Written In The Stars escrita por DarkUnicorn


Capítulo 2
Primeiro dia de aula: Memórias, As idiotas (Vulgo: completamente divas) das minhas amigas, Tarde no café e Aposta.


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM!!!
Eu sei que falei que ia postar semana passada, mas NÃO DEU PARA ESCREVER NADA! É sério, todo dia surgia um maldito compromisso que meus pais inventavam ¬¬
MAS AQUI ESTOU EU!
Espero mesmo que gostem do cap!
Comentem ♥
~~E eu queria agradecer a LINDA da Sofhi Chan por favoritar a Fanfic~~



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Pov. Rin

Ouvi um barulho irritante, um não, cinco em seguida.  Só então fui abrir meus olhos. No criado-mudo ao lado de minha cama, meu celular apitava igual a um louco!  A maioria das pessoas iria ficar feliz de receber uma mensagem de bom dia, mas eu não! Poxa, ainda são seis horas da manhã.

  Peguei o celular e desbloqueei-o. Um ser místico metade cenoura, metade humano havia enviado a mensagem. Sua espécie se chama Gumirious Megpoidiuns, também conhecida como a trouxa da minha melhor amiga.

Gumi: Bundinhaaaa ♥

Gumi: Eii, por que não responde?

Gumi: NÃO MENDIGA QUE AINDA TÁ DORMINDO?!!

Gumi: ME RESPONDE, VADIA!

Gumi: ACORDA!

Comecei a digitar:

Rin: Por Kami, EU TO COM SONO!

Rin: E Vadia é você ¬¬

Gumi: Não miga, é você ;)

Gumi: Mas enfim, sabe aquela cantora americana, a Sweet Ann?

Rin: Unhum, o que tem ela?

Gumi: A filha dela andava muito rebelde lá nos Estados Unidos, então Sweet Ann resolveu se mudar para cá, por causa do ensino mais rigoroso. E ELA VAI ESTUDAR NA NOSSA ESCOLA!!!

Rin: Quer um ensino melhor e a coloca na nossa escola? XD

Gumi: Kkk Vai entender... Mas, caralho, eu tô MUITO ansiosa para conhecer ela! *Imagine um grito de Fangirl aqui*

Gumi: Tchau MINHA vagaba ♥ Tô saindo!

Rin: Thauuu biscate do meu kokoro

  Deixei meu celular de lado. Depois que eu acordo, não consigo dormir de novo. Levantei-me, senti um tapete macio tocar meus pés. Pego uma toalha, vou em direção ao banheiro. Despi-me, abri o chuveiro e entrei no banho, deixando a água morna escorrer por meu cabelo.

~~*~~

  Abri meu guarda-roupa, peguei meu uniforme de escola. Não era lindo igual a aqueles usados nos animes. Apenas uma camisa branca de mangas curtas com uma saia azul-marinho que batia um palmo acima do meu joelho e uma pequena gravata borboleta que combinava com a saia, por serem da mesma cor. Olhei-me no espelho. Vi a mesma garota de sempre. Cabelo loiro na altura dos ombros, olhos azuis da cor do céu, e continuava aquela anã despeitada de todos os dias.

  Era a mesma Rin.

  Não... Faltava algo.

  Ah, sim, meu laço branco. Nunca gostei muito dele, porém, ele foi dado por minha mãe aos meus onze anos de idade em uma viagem em família. Só após sua morte passei a usa-lo sempre. Como se se fosse um lembrete de que ela está comigo.

  Agora sim, prazer, Rin Kagamine.

~~*~~

Ohayo— digo ao entrar na cozinha.

Ohayo, Onee-chan! - disse Yuki sorridente enquanto colocava chá verde em sua xícara. Len nem mesmo se preocupou em responder. Tenho saudades da época que éramos próximos.

  — E o Otoo-san*? — Pergunto.

  — Trabalhando. - Meu irmão respondeu, desinteressado. Murmurei "hum" em resposta.  Servi-me com um pouco de Okayu, mingau de arroz, e comecei a comê-lo.  Fui a última a terminar, ficando sozinha na mesa, e tive de lavar a louça.

  Nós três saímos de casa ás 08h10min, assim iriamos chegar no horário certo para a aula. Yuki estava no sexto ano do primário, então ela não iria para mesma escola que nós. Em pouco tempo de caminhada ela já havia se encontrado com sua amiga, SeeU, para irem juntas ao colégio, me deixando sozinha com Len, em um silêncio meio desconfortável.

  Ele fitava o chão, concentrado em seu caminho, como se estivesse contando os passos. Parei de prestar atenção no loiro, logo me concentrando na paisagem, por ser primavera, as ruas estavam cobertas de flores de cerejeira, ao ver isto uma lembrança tomou conta de meus pensamentos.

“Eu Deveria ter uns seis ou sete anos nessa época, vestia um vestido de cintura alta azul-bebê, com babados brancos que batiam no meu joelho enquanto eu andava. Estava caminhando por um parque cheio de Sakuras, justo na primavera, fiquei maravilhada pela cor e beleza do lugar, não me lembrava de ter visto algo mais bonito. Virei-me para trás. Acenei para meu irmão sorrindo.

— Nii-san!* — Digo — Olha, que lindo! — Ele vem correndo até mim.

— É mesmo! — Ele responde.

 O pequeno Len esticou seu braço até uma parte da Cerejeira que ele pudesse alcançar. Apanhou uma flor e em seguida disse:

— Pra você, Rin-chan — Ele corou um pouco, eu também. Peguei a flor e admirei-a por um minuto. Fiquei na ponta dos pés, embora fossemos gêmeos, Len sempre foi um pouco mais alto do que eu. Eu corei um pouco mais, e lhe dei um beijo demorado na bochecha.

Arigatou, Nii-san — Disse ao me afastar. Len corou violentamente, porém sorriu.

— Crianças! — Ouvimos uma voz feminina. Uma mulher de altura mediana e cabelos pretos que iam até o queixo, ela segurava uma menininha de uns dois anos no colo, elas eram muito parecidas — Venham! Eu e seu pai já arrumamos as coisas para o piquenique.

  Nós assentimos. Demos as mãos e fomos até onde nossos pais estavam.

— Mãe! Olhe essa flor! O Len nii-san me deu!

— Mas que linda — Lola sorriu. — Por que não a coloca em sua orelha? — Sugeriu.

— Mas daí o que eu ia usar meu buquê? — Pergunto.

— Buquê?! — Perguntaram meus pais ao mesmo tempo.

— É, o do meu casamento com o nii-san.

— Vamos nos casar? — Len perguntou, olhando para mim.

— Você não quer? — Pergunto. Ele cora novamente.

— E-eu nunca falei que não queria... — Ele responde meio envergonhado. Eu sorri em resposta.

— Mas vocês são irmãos! — Exclamou meu pai, inconformado.

  Mamãe fuzilou papai com os olhos e disse algo como “Deixe”, apenas com os lábios, sem emitir sons.

 Nós nos sentamos junto a eles. Peguei uma laranja de dentro da cesta e comecei a comê-la, me lambuzando inteira. Len riu.

— Não entendo como você gosta tanto de laranjas! Bananas são muito melhores! N/A Hummm Lenzinho ( ͡° ͜ʖ ͡°)  — Exclama.

—Nada Haver! Laranjas são as melhores frutas nesse mundo! — Retruco.

— Não são não!

— São sim!

— Não!

— Sim!

  Ambos rimos, por que discutíamos sobre qual fruta era melhor? Nem nós sabíamos, porém aquele era um tipo de “briga” que nós tínhamos o tempo todo, e logo depois nós riamos iguais a duas hienas. Após terminarmos de comer, fomos brincar. Depois de corrermos tanto, estávamos sentados debaixo de uma das árvores, descansando.

— Ei, Len! — O chamo. Ele olha para mim.

— O que?

— Lembra aquela hora que estávamos falando sobre o nosso casamento? Então, por que não o fazemos agora. — Ele ficou completamente vermelho, mas assentiu.

— Espera — Disse Len — como vamos fazer isso?

Eu pigarreei.

— Len Kaai Kagamine — Disse engrossando minha voz, para que ela se parecesse com a de um homem — Você aceita Rin Kaai Kagamine como sua esposa na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separa?

— Aceito — ele disse, com as bochechas um pouco vermelhas.

— Agora é sua vez! — digo.

— Tá... Rin Kaai Kagamine você aceita Len Kaai Kagamine como seu esposo... — Eu o interrompi.

— Você diz “marido”! — Rio um pouco e digo sorrindo — seu bobo!

— Foi mal, eu estou nervoso! Continuando... Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

— Aceito — Sorrio.

— Pode b-beijar a noiva — Um tomate teria inveja dele, estava muito vermelho. Meu irmão foi chegando cada vez mais perto de meu rosto, selando nossos lábios em um selinho, que não durou nem um segundo direito. Nunca contei esse como meu primeiro beijo, até por que nem me lembrava dele direito. — Eu os declaro marido e mulher...”.

 

— Rin? O que aconteceu? — Ouço a voz atual de Len me tirar do Flash Back. Percebo que havia parado no meio da calçada, do nada.

— N-nada não, só estava pensando...

— Ah, ok. — Ele fala.

  Queria poder voltar a ser realmente a irmã dele.  Não que tivéssemos deixado de ser gêmeos, mas queria que agíssemos como tais.

 Voltei a andar até chegar ao colégio Vocaloid.

~~*~~

  Parei em frente ao quadro grande e colorido, que mostrava em que sala iriamos ficar naquele ano. Procurei meu nome.

Kagamine Rin – 1-3

 — Rin-chan!!!! — Gumi fala animadamente. A esverdeada corre até mim e pula para me abraçar, quase nos derrubando — Vamos ficar na mesma sala! E Luka-chan também!

— Que demais!! — Exclamo, parecíamos duas garotinhas de cinco que haviam acabado de ganhar um pirulito.

 — Meninas! — Disse uma garota alta, de longo cabelo rosa.

 — Luka! — Disse Gumi — Sua vagabunda, por que não me mandou mensagens nas férias?  — Ela fingiu ficar brava.

 — Minha mãe cismou que eu tinha que ir para a casa da minha vó, no interior de Kyoto, e acredita que lá não tinha internet? Nem sinal pegava direito!

— E como você sobreviveu? — Falo fingindo estar assustada. Nós três rimos.

— Nem eu sei direito, amiga! — Ela diz rindo.

— Ei, — Fala Gumi — Vocês sabiam que meu irmão vai dar aula de física para gente nesse ano?

Luka pareceu ficar assustada.

— Gakupo-sensei? — Ela perguntou.

— É! Você teve aulas particulares com ele ano passado, não é?

— É...

— O que aconteceu, Luka? — Pergunto — Você pareceu preocupada, de repente...

— Não foi nada! — Ela responde forçando um sorriso. Eu e Gumi nos entreolhamos, desconfiadas.

Ficamos conversando por mais um tempo no pátio, até tocar o sino entrarmos na sala. 

Já havia algumas pessoas na sala, um casal de adolescentes que se pegavam no canto da sala, um grupo de meninas que conversava e dava gritinhos, dois amigos conversando, e é claro, o trio mais odiado toda escola, ou amado da visão de algumas pessoas.

Kasane Teto, inteligente igual uma porta, repetiu três vezes o segundo ano da escola média, só então conhecendo Miku e Neru.  Akita Neru, para mim, é a pior das três! Não há um ano que eu não caia na mesma sala que ela, e falo sério, desde o primário estudamos juntas, quando nos conhecemos fomos amigas, mas por algum motivo que não me lembro, passamos a nos odiar. Hatsune Miku já nasceu com o pensamento de ser uma princesa, por ser filha do homem mais rico da cidade, ela acha que pode tudo. Não demorou muito para esta se tornar a “abelha rainha” do colégio. Não conheço direito ela, apenas sei que ela não gosta de mim, então, às vezes faz algo para me perturbar, mas normalmente esse cargo é de Neru.

Ao poucos, mais pessoas iam entrando na sala. Reconheci algumas pessoas, por exemplo, Sakine Meiko, a capitã do time de vôlei do colégio, Shion Kaito, um garoto que eu tive uma queda, cheguei a ficar com ele, mas somos apenas amigos, e Len, claro, outro que fica na mesma sala que eu todo ano, antes eu gostava disso, hoje não.

Eu sentei em uma mesa no meio da sala, Gumi logo atrás de mim. Luka deixou seu material em uma das cadeiras da frente, para ela poder prestar atenção na aula sem problemas, ela é uma das poucas que faz isso.  Ela se levantou e ficou conversando com a gente até a professora de japonês chegar.  Luka foi a primeira a sentar e cumprimentar a professor, na verdade a única, o resto da sala não estava nem aí para o que ela falava.

 Eu conversava com Mikuo-kun, um novato em nossa sala. Uma batida na porta (não era na Kasane, literalmente na porta) ecoou pela sala. Era o Diretor. A sala ficou em silêncio pela primeira vez aquele dia.

— Com licença — Pediu — Esta é Lily Barker.

 Senti Gumi me cutucar. Eu a olhei, ela disse silenciosamente “É ela”, com um grande sorriso.

— Ela é Americana, então pode ser que tenha alguma dificuldade na adaptação, tratem bem ela.  Lily-san, — Ele se virou para a garota alta de longo cabelo loiro, preso em um rabo de cavalo.  — Você pode se sentar atrás da menina de cabelos ruivos — Ele diz se referindo a Miki Furukawa, uma garota que sentava na primeira carteira da fileira do canto.

Ela foi andando até o lugar dito pelo diretor. Após a saída do mesmo, a sala voltou a ser a mesma de sempre. Não demorou muito até que Neru, Miku, e Teto fossem até a novata.

— Lily, — Disse Miku segurando o pulso da garota. — Que bom que você se mudou para cá! Amei sua Pulseira!

— Hum, Valeu — Lily respondeu meio tímida.

— Por que senta lá no fundo com a gente? — Teto se pronunciou. — Daí você conta todos os seus podres para a gente! — fala, logo recebendo uma cotovelada de Neru — Ai!

— Ela estava só brincando! — Disse Neru passando a mão em sua única marinha Chiquinha — Espero que sejamos amigas!

— Desculpem — Lily falou — “Amiguinhas”, mas, não sou de andar com as típicas falsianes de um colégio! Tchauzinho! — Ela acena sorrindo e vira-se para frente em seguida.  Neru cochicha algo no ouvido de Miku e elas soltam uma risada irritante.  A garota nova irá sofrer por um tempo...

Tivemos mais algumas aulas, até que finalmente deu a hora do almoço. Eu e minhas amigas subimos para o terraço. Sentamos em um canto, e abrimos nossos bentos.

 — Meninas! Vocês não sabem o que aconteceu nas férias! — Gumi dizia animada — Eu fui à praia com a minha família, um dia eu encontrei um garoto, muito, muito gato! Ele também era muito legal e divertido. A gente ficou! Foi uma droga que três dias depois eu tive que voltar pra cá! — Ela fez uma carinha triste, eu e Luka rimos.

— Mas em que sentido foi o “ficar”? — Falo com um sorriso malicioso.

— Nos dois! Sim, eu perdi com ele — Ela fala meio vermelha.

— Sério?! Parabéns!!! — Nós duas damos gritinhos agudos, parecíamos duas garotas de doze a anos ao ver o show do cantor favorito. Luka havia ficado em silêncio.

— Parabéns Gumi-chan! — Foi a vez de a rosada falar. Ela não parecia muito animada.

— Eu jurei que a Luka ia ser primeira! — Disse Gumi — Principalmente pelo tamanho do sutiã!

  Nós três rimos.

— Ai Gumi! Que isso! — Ela parecia um pimentão.

— Se fosse pelo tamanho do peito, uma garota de onze anos perderia a virgindade antes de mim! — Falo rindo.

— Amiga! Você não é mais tão tábua assim! — Exclamava Gumi — Era até dois anos atrás!

— Comparando com vocês... — Rimos novamente. — Mas... Doí muito?

— Sendo sincera, na primeira vez sim, na segunda nem tanto.

— Vocês transaram mais de uma vez??? — Pergunto meio alto demais.

— Fala baixo! Mas, sim, três vezes, na verdade. Só no dia que nos conhecemos que não.

— Mano, enquanto você transava, a Luka viajava lá pra Kyoto, eu mal saí de casa!

— Verdade! Quase toda vez que eu te convidava pra sair você falava que não estava afim! Até achei que você e o Len-kun tinham começado a se pegar para sua casa parecer tão interessante. — Gumi Fala.

— Vai. Se. Foder. — digo pausadamente.

— Ou seja, é verdade! — Fala Luka.

— Você também, vai se foder.  Mas, sério, a gente nem se fala direito...

— Claro! — Exclama Gumi — Ficam se beijando no canto do quarto*, nem precisam falar!

— Incesto, não. — digo inflando minhas bochechas infantilmente, cruzando os braços fingindo que tinha ficado brava. Luka revira os olhos sorrindo. — Não mesmo. — Gumi ri igual uma retardada.

— Mas, Rin, pare de reclamar de suas férias! Pelo menos você tinha internet! Eu nem isso...

Ouvimos novamente o sino. Voltamos para a classe.

~~*~~

Após outra dose de aulas, fomos embora. As meninas me chamaram para ir a um novo café que tinha aberto perto da escola. Eu aceitei, mas não podia demorar muito. Eu havia marcado de falar de novo com o “velho estuprador”, sim, esse é o novo apelido dele.

 Enviei uma mensagem para Len:

Rin: Oie, eu vou sair, não vou jantar aí. Bjs.

Na entrada do café estava um tapete felpudo escrito “Bem-Vindo”. Uma faixa estampada na porta de vidro dizia o nome do local, ao me aproximar as portas se abriram automaticamente.  O café não era muito grande, porém bem bonito. Algumas mesas circulares ficavam ao lado esquerdo, ao lado de um mini palco, e ao direito era o balcão de pagamento, lá vimos uma garota de cabelos loiros que nós conhecíamos, nem tanto, sendo sincera.

— Lily-san? —Luka perguntou.

— Okaeri, garotas. — Respondeu a mesma.

—Meu Deus! Nem falamos com você na escola! Desculpa. — Gumi disse exageradamente.

 Lily sorriu.

— Não se preocupem, a árvore era bem amigável! — Ela brincou, rindo.  Nós rimos também.

— Sou Gumi — Fala a mesma.

— Rin — Digo.

— Luka.

— Sou Lily, mas acho que isso vocês já sabem... — Ela fala.

— Sabemos — Luka sorriu. — O Diretor-sama falou.

— É — Lily devolveu o sorriso.

— Nossa Lily, e aquele “Foda-se” que você deu no grupo da Neru hoje foi demais!  — Digo.

  A novata riu.

— Aquilo? Elas precisavam abrir os olhos!

— Concordo, aquelas mimadas acham que são as donas do mundo. — Foi vez de Luka falar.

— Então né?! — Lily falou encerrando o assunto.

— Ei, você acabou de chagar aqui em Tóquio, não é? — Gumi perguntou olhando para a loira — Então como arrumou um emprego tão rápido?

— Isso é meio que fácil, quando sua mãe é famosa.  — Ela responde.

— Quem é sua mãe? — Luka pergunta.

— Sweet Ann, a cantora...

— Sério? Eu amo aquele cover que ela fez da Adele, “Set fire to the rain

— Fico honrada, — Ouvimos uma voz feminina dizer, uma mulher alta de cabelo loiro-claro, parecia ter uns vinte e cinco anos, mas algo deu a impressão dela ser mais velha — Se quiser canto um pedaço “But I set fire to the rain,Watched it pour as I tou....

— Mãe, Chega! — Lily interviu.

— Lily-chan! Só estou fazendo amizade com suas novas amigas! — Disse a cantora.

— MEU KAMI!! SWEET ANN — Gumi gritou/ teve um mini ataque cardíaco.  — Eu sou muito sua fã!

— Obrigada, fofa — Agradeceu — Fico feliz que goste de minhas músicas.

  Gumi sorriu em resposta.

— Mãe, por que você não sobe lá pra casa? Você só precisa fazer shows aqui à noite!

— Ai, tudo bem, já que sua mãe velha e careta está aqui te envergonhando...  — Sweet Ann, fala rindo, logo, se retirando.

— Meninas, desculpem minha mãe.

— Que isso, — diz Gumi — sua mãe é um amor!

— É que você não convive com ela cantando por aí vinte e quatro horas por dia!

  Eu rio.

 — Tá, — Digo — Mas eu convivo com uma irmãzinha de onze anos cantando aberturas de doramas! E ela não canta bem...

— Não Mesmo... — Confirma Luka.

  Ficamos conversando e tomando café, nem percebi a passagem do tempo. Olhei no relógio e já eram 20h15min.

— Puta que pariu! Olha a hora, melhor eu ir indo pra casa!

— Mas, Rin, por que você já vai?  —Luka pergunta — Seu pai não está trabalhando? Aproveita que pode chegar tarde...

— É que eu tenho um compromisso...

— Depois diz que não vai transar com o Len! —Fala a cenoura.

— Vai cagar, Megpoid. — Digo séria.

— E quem é Len? — Pergunta Lily.

— É o irmão com quem ela pratica incesto!

— Já te mandaram ir se foder hoje, Gumi? — Pergunto.

— Já! Você hoje cedo! — Ela diz infantilmente.

— Então vai de novo. — Ela me mostra a língua, eu faço o mesmo em resposta.

  Pego minha mochila e digo:

— Até amanha! Tchau!

— Tchau — Elas respondem.

— Use camisinha! — Gumi brinca.  Eu mostro o dedo pra ela. 

~~*~~

  Chegando em casa, abri a porta com minha chave. Tentei fazer o mínimo de barulho possível, indo direto para meu quarto. Joguei minha mochila em cima da minha cama, o que fez alguns dos meus bichinhos de pelúcia voarem. Troquei de roupa, tirando meu uniforme e colocando uma camisola branca, que estava meio justa. Liguei meu computador, me conectei no Medieval War. Ele já havia me enviado uma mensagem:

~LKSoul – Oi :))

~FuckTheKawaii – Oiee

~FuckTheKawaii – Me desculpaaa, Tava com minhas amigas nem vi hora passar ^^

~LKSoul – hahaha Sei como é isso >.< Mas não desculpo! Você tá me devendo um beijo.

~FuckTheKawaii - ;* Beijo dado

~LKSoul – Não assim , um de vdd, quando a gnt se encontrar

~FuckTheKawaii – What? Não! Você continua sendo o velho estuprador!

~LKSoul - :(

~LKSoul – Espera só, algum dia você via ficar louca pra me conhecer. *Sorriso malicioso*

~FuckTheKawaii – Espere sentado!

~LKSoul – Quer apostar?

~FuckTheKawaii – Depende... O que?

~LKSoul – Aquele beijo.

~FuckTheKawaii – Aceito...Mas só pq você tá querendo muito me beijar akhjka

~LKSoul – haha! Sei que sou só eu ;)

~FuckTheKawaii – É sim! Kjkfhasjk

~LKSoul – Uhum, sei! *ironia*

~FuckTheKawaii - :p Idiota.

~LKSoul – Sabe o que eu percebi? Que eu não perguntei seu nome ontem...  Qual é?

Não sei bem o porquê, mas uma vozinha em minha cabeça me disse para não falar a verdade.

~FuckTheKawaii  - É Ayumi ^^ E o Seu?

~LKSoul – Hiro :)

~FuckTheKawaii – akhdjs Agora tô te imaginando com a cara do Hiro do filme Operação Big Hero!

~FuckTheKawaii – E o Baymax do seu lado! Ele te perguntando “Numa escala de um a dez, quanto é a sua dor?”.

~LKSoul – E Eu estou vendo você com duas marias-chiquinhas e uniforme escolar, não me diga que seu sobrenome também é Shinozaki?

~FuckTheKawaii –  Você também gosta de Corpse Party?! E não, meu sobrenome é Yamamoto.

  Menti novamente. Por quê? Não sei.

~LKSoul – Ayumi Yamamoto... Legal!

~LKSoul – E eu gosto muito de Corpse Party :)

~LKSoul – Não do anime, do Jogo!

~FuckTheKawaii – Finalmente alguém que concorda comigo! O anime é mais tripa e sangue do que história ¬¬

  E Assim nós ficamos conversando até bem tarde naquela noite...


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Notas finais do capítulo

* Pai.
* Irmão.
* Referencia a música “Butterfly on Your Right shoulder”.

Gostaram? Odiaram? Comentem!
O próximo capítulo no pov. da Luka-chan ^^
♥ ♥ ♥



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