Te amo, muito, demais, para sempre escrita por Victor Brant


Capítulo 2
Hora de acordar




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No fim daquela noite Theo teve a certeza que não era o todo poderoso do pedaço.  Ele ficou com o ego ferido e se olho no espelho por trinta minutos perguntando a si mesmo o por que que   Chrissys  revidou dessa maneira. Ele já abordara antes diversas garotas do mesmo modo e isso nunca lhe havia acontecido.

Brad quando ficou sabendo do ocorrido por Claroy, correu para o banheiro ver se estava tudo bem com o amigo, mas Theo não queria lhe dar ouvido. Ele estava afundando no seu próprio orgulho.

Ele decidiu voltar para casa sem dar satisfação para ninguém, simplesmente pegou o carro e foi. A noite continuou normalmente para seus amigos, Brad continuou sua aventura por várias línguas, enquanto Claroy se aprofundou em uma boa conversa com Leo. Edward não poderia ter ficado menos contente por realizar mais uma festa com sucesso, ele ficou sabendo do tumulto que envolveu sua prima pelas bocas de outros convidados e à procurou para saber se estava tudo bem, mas Chrissys demonstrou-se sem remorsos, apenas achava que Theo teria merecido o tapa pela falta de respeito em tocar uma mulher de uma forma tão rude sem permissão. Alegou ao primo que o tapa foi sem força e que não guarda ressentimentos de Theo.

Era por volta das uma hora da madrugada quando Theo chegou em casa. Seus pais e sua irmã mais nova já estavam dormindo. Ele apenas chegou e pulou de cara na cama. Theo não tirava duas coisas da cabeça, estava confuso até mesmo em seu próprio pensamento. Ora pensava no seu desastre com Chrissys, ora pensava no beijo de Claroy. Ele nem mesmo sabia por que pensava naquele beijo se foi só mais um de vários que já havia dado na garota.

Agora voltado com a barriga para cima e os braços cruzados em baixo da cabeça ele continuava a pensar  e olhando para o teto. Seu quarto era um típico quarto de um adolescente desorganizado. Não muito grande, mas também não muito pequeno, o quarto era bem arejado e tinha uma varanda voltada para a rua. Ao lado da sua cama ficava uma mesa para seu notbook e  enfeites como bonecos cabeçudos de Harry potter e Percy Jackson, personagens de suas sagas favoritas. Ao lado Esquerdo do Notbook estava posicionado um porta DVD com suas series favoritas, entre elas Braking Bad, Game Of thornes, The Flash, Teen Wolf, The Walking dead e até mesmo Gossip Girl. Seu guarda roupa era acoplado a parede e no que restava ao lado da varanda, havia três prateleiras  na parte superior com cerca de trezentos livros divididos entre romances, sagas, livros filosóficos e sociológicos.

Sua ultima lembrança antes de dormir foi mais uma vez, o beijo de Claroy.  Fechou os olhos e dormiu um sono profundo. Ele não sonhou, sua mente estava vazia, era apenas uma escuridão, como se fosse uma noite fria e sombria. E sem nenhuma imaginação ele dormiu por dez horas.

— Acorda princesa! – Brad o empurrava contra a cama com as duas mãos.

— Porra Brad, me deixa dormir cara. – Theo ainda estava com a cara afundada no travesseiro babado.

— Já são dez horas da manhã Kenzinho. Vamos cara levanta. Tá um lindo primeiro dia de férias lá fora.

— Kenzinho é seu pai – Theo virou para o amigo com a cara amarrotada e o cabelo bagunçado.

— Não. Meu pai é um inútil de um empresário que não da atenção para o filho, mas tudo bem. Vamos cara levanta – Ele puxou Theo pelo braço que quase bateu de cara no guarda roupa. – Então, vai começando a contar.  Como assim você levou um tapa na festa do Edward, cara?

— Mano, nem me lembra disso. Aquela garota é louca.

— Ela é louca ou você foi um inútil para chegar nela?

—  AH tá bom! Como se eu não soubesse chegar em uma menina, né?

— Você às vezes é meio retardado – Brad pegou a almofada – Eca! Isso aqui tá babado. – E jogou no amigo. – Mas então, o que vamos fazer hoje?

— Nada.

— Como assim nada? É  o primeiro dia de Férias! – Brad levantou e segurou-o pelos ombros – Escuta aqui Theo Brant, se você acha que vai ficar assim, com esse draminha barato porque levou um fora de uma garota, você está muito enganado.  Foi só mais uma de várias, ok? Vamos, vista uma roupa. Bora dá uma passada no Starbucks e ligar para alguém, e fazer algo produtivo.

— Starbucks? Quero.

—Beleza então, arruma ai que vou avisar sua mãe. 

A mãe de Theo se chamava Katherine. Ela é professora de Filosofia na escola em que eles estudam, logo Theo era obrigado a manter as notas altas para não ter que ouvir sermão em casa. Seu pai era advogado de uma das empresas mais importantes em Los Angeles.  Ambos mantinham um bom relacionamento com o filho, a mãe mais rígida em relação aos estudos e o pai sempre buscando assuntos que levavam Theo a pensar na carreira Jurídica.

Brad avisou Katherine que os dois sairiam para tomar café fora e dar uma volta com os amigos. Pegaram o carro que Theo ganhou de aniversário do pai, um  Ford Fusion preto, um carro luxuoso que chamava atenção dos colegas no colégio. Dessa vez Theo não deixou Brad dirigir, preferiu a ele mesmo no volante, assim poderia  se distrair um pouco.

Theo mora no NorthEast, um pouco atrás da praia de Santa Mônica, um bairro tranquilo com uma vizinhança agradável. Brad morava a poucos quilômetros no Sawtelle. Theo dirigiu o carro em direção a  Santa Monica blvd  a procura de uma  cafeteria Starbucks.  Enquanto dirigia Theo e Brad escutava algum CD da banda Arctic Monkeys, sua preferida. Conversaram pouco durante a viagem, Brad decidira entrar no assunto da festa  quando estiverem tomando um bom capuccino.

Depois de andarem cerca de 10 minutos, encontraram um Starbucks próximo ao shopping  MID CITY, ainda na Santa Mônica blvd. O lugar estava movimentando, Theo estacionou em frente e desceu do carro. A primeira coisa, como de costume a fazer foi colocar um óculos Rayban aviador, e Brad foi na onda do amigo. Era mais uma marca em comum dos dois. A loja é bonita, com acabamento em madeira e o letreiro originário da franquia, “Starbucks coffe” chamava atenção. Na área externas havia algumas mesas e cadeiras também com acabamento amadeirado para os clientes, todas ocupadas. A porta estava fechada, provavelmente para evitar que o ar condicionado que circulava na área interna se esvaísse, eles entraram.

— Puta merda! – exclamou Brad.

— Que foi cara? – Perguntou Theo.

— Acho melhor nós irmos a outro lugar.

— Mas por quê? – Theo não entendia. Brad olhou para ele, deu um sorriso e apontou despistado  para um dos caixas da loja. – Ali -.

Theo no momento paralisou, não acreditava que iria voltar a vê-la tão cedo. E mais uma vez ela estava radiante. Com os fios de cabelos longos soltos, usava uma blusa casual branca e uma calça jeans clara. Desta vez ela estava sem maquiagem, mas Theo ainda enxergava perfeição em seu rosto, era Chrissys. – Não vamos não, segue o plano! – Theo finalmente disse.

— Que? Que plano? – Brad ficou confuso. – Já era cara, ela te viu e está vindo -.

— Segue o plano! – Theo sussurrou e virou de costas para Chrissys, olhou pro amigo e começou a falar palavras aleatórias. Brad ficou sem entender nada.

— Oi rapazes -  Ela cumprimentou.

— Hã, oi? – Theo respondeu e Brad acenou.

— Então... Theo, eu queria lhe pedir desculpas por ontem. – Seu rosto corou.

Theo não sabia o que dizer, mas seu orgulho queria sair por cima da situação. Tentava pensar rápido em alguma resposta – Desculpa, nos conhecemos? – Brad ficou observando o amigo com cara de quem não estava acreditando no que ouvia.

— É... acho que sim, prima do Edward que te deu um tapa... Sem querer – Ela ficou ainda mais com as bochechas vermelhas enquanto colocava o capuccino que comprou em cima do balcão que estava ao lado.

— AAAAHHH, nem lembrava mais disso – Mentiu. Theo lembrava, e muito bem do tapa que levou, ele não queria admitir com fraqueza, não queria expor que seu ego e orgulho estavam frágil naquele momento. – Está tudo bem. Aconteceu, nada demais – Mentiu mais uma vez.

— Olha, eu te julguei mal. Não deveria ter feito aquilo – começou a falar.

— Então pessoal, vou ali comprar meu café e vocês esperam ai,  Ok? – Brad se dirigiu a fila de pedidos. O local como de se esperar, por dentro era tão lindo quanto o lado de fora, prateleiras com copos personalizados estavam espalhados pela loja. Nas laterais das paredes havia balcões para que os clientes consumissem os produtos e a variedade de salgados e donuts com cobertura.

— está tudo bem, sério. Eu entendo, eu não devia ter feito aquilo.

—  É, não devia. Mas você não disse que não lembrava? – Chrissys sorriu.

— Agora lembrei – Ele sorriu de volta.

— Tudo bem então. Enfim, vou indo porque o Edward está me esperando. Ele quer me levar pra conhecer a cidade, até mais. – Ela pegou sua bebida e ia saindo quando Theo segurou seu pulso pela segunda vez. Ele sentiu seu corpo endurecer e percebeu que não devia ter feito  e à soltou novamente.

— Desculpe – Ele a fitou.

— Tudo bem – Ela olhou pra ele e esperou que dissesse algo.

— Olha, é o primeiro dia de Férias do colégio. Poderia avisar o Edward que quero falar com ele? – Foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça – Sei lá, estava pensando de juntar a turma para ir a praia ou coisa do tipo. – Ele deu um sorriso singelo.

— Ok, aviso sim. Mas agora eu preciso ir, sério. – ela se despediu e saiu enquanto Theo observava seu andar.

— Acho que tem alguém apaixonado. – Brad apareceu ao seu lado segurando um café preto e um capuccino. O primeiro para ele e o segundo para Theo, sua bebida favorita quando se tratava de cafeína.

— Que apaixonado o quê, você está louco?

— Te conheço bem – Brad riu.

— conhece porra nenhuma – Theo se irritou.

— Hora de acordar irmãozinho. Você mudou e agora todas as garotas vão ficar só pra mim.

— Cala boca!

Horas mais tarde, Edward entrou em contato com Theo e eles marcaram de encontrar na praia as duas horas da tarde. Edward ficou responsável de convidar a galera através do facebook, instagram, etc. Enquanto Theo e Brad deveriam providenciar um som e uma playlist para tocar durante a tarde e Claroy ficou de levar algumas bebidas.

Quando deu a hora, algumas pessoas já estavam reunidas na praia de Santa Mônica, próximo do Pier e ao lado da Torre Quinze onde ficava alguns salva-vidas. A vista para o Oceano pacífico era linda e uma vez ou outra aparecia animais marinhos curiosos desse lado da praia.

Por volta das duas e quinze, já estavam presentes vintes pessoas no grupo.  Edward conseguira transformar a “saída” em uma verdadeira social na praia. Theo decidiu começa a playlist com musicas do Bob Marley para entrar no clima. O Grupo de amigos eram todos do colégio e haviam ali muitos do que estavam presentes na festa do dia anterior, inclusive o ruivo com quem Claroy ficou, que antes nunca foi notado por Theo e Brad.  Alguns garotos jogavam peteca e um grupo de meninas brincavam de derrubar uma a outra na areia, Edward contava historias para um grupo de pessoa, provavelmente de suas aventuras e Claroy organizava uma mesinha branca pequena, com garrafas de vodka, vinhos e refrigerantes. Ao lado também tinha uma caixa de cervejas Heineken.

— Quem convidou o cabelo de fogo? – Theo se aproximou de Claroy.

— Oi para você também Theo .

— Oi. Foi você?

— Sim, por quê?

— Eu não gosto dele.

— Você só gosta de você mesmo – ela riu com deboche.

— Ah qual é Clari? Eu também gosto de você – Ele sorriu de lado.

— De mim e mais quantas? – Ela revirou os olhos – O Leo é legal, você deveria conversar com ele.

— É, quem sabe-. Theo estava com ciúmes da amiga, só não queria admitir. Talvez não um ciúme de amigo, mas sim um ciúme mais profundo. Ciúme tal, quem nem ele sabiam definir ainda.

A musica mudou de Bob Marley para Happy de  Pharrell Williams e a galera animou a dançar. Estavam todos felizes pelo inicio de férias, a alegria era contagiante. Os  alunos do  Columbia West College  são realmente lindos, e Edward conseguiu arrastar as consideradas mais gatas pelos amigos pra  praia. Garotas loiras, ruivas, morenas, todas chamam muita atenção em seus corpos esbeltos e cabelos bem hidratados.  Theo e Brad já se relacionaram com a maioria delas, mas quem ele não se relacionou bem, nos últimos dias, acabou de chegar.

Mais uma vez Theo ficou paralisado observando a garota. Dessa vez sem as roupas de cima. Ela estava com a parte de cima de um biquíni preto e uma bermuda jeans curta. Usava um óculos Rayban aviador com o metal banhado em ouro e agora seu cabelo estava preso. Ela não notou Theo e foi direto falar com Edward.

— Ela está linda né?

— Caralho Brad, você e essa sua mania de aparecer do nada – Theo assustou-se. – Sim está.

— Eai, vai tentar ganhar um tapa de novo?

—Vou é dá um tapa em você se não parar de falar merda.

— Calma, estou só brincando – Brad começou a rir - Enfim, se tu não for rápido de uma maneira inteligente, outros serão, fica a dica.

— Foda-se, que façam bom aproveito. Theo virou-se sem dizer nada e procurou Claroy. Quando avistou viu que o Leo estava ao seu lado, estavam um pouco distanciados do resto da turma, conversando. O choque de ciúmes tomou conta de si mais uma vez, mas ele preferiu fingir que não viu nada.

A social continuou a rolar, todos estavam animados. Uma hora ou outra Theo conversava com algumas garotas, trocou olhares e cumprimento com Chrissys, mas não chegaram a conversar. Ele jogou bola e peteca com os amigos e também alguns jogos que envolviam bebidas. Já no fim da tarde, quando o Sol começou a abaixar. A turma decidiu transformar a bagunça em um luau de fim de tarde. Brad convidou alguns colegas de Classe que sabiam cantar e tocar, cada um levou um instrumento e puxaram a roda de musica para observar o por do sol no mar.

A maioria dos adolescentes já estava bêbados, gritavam e riam de qualquer coisa.  Brad começou a puxar o solo da musica The lazy song de Bruno Mars no violão, enquanto Wlad puxou o canto tocando uma percussão com as palmas da mão. Juntos a eles ainda estava Aron que fazia o segundo solo da musica, também com um violão e Monise que fazia a segunda voz e tocava um pandeiro.  O grupo acendeu uma fogueira no centro de um grande circulo formado por eles, todos estavam ali, exceto Claroy e Leo que ainda conversavam separadamente do grupo. Theo notou que ela ainda estava distante e não gostou nem um pouco e pediu para que Edward convidasse os dois para se juntar ao resto.

Ao som ainda de Bruno Mars, Monise puxou na voz a musica  Talking to the moon no exato  momento em que o sol começou a beijar o mar e Lua a aparecer. Brad e Aron notaram rapidamente a musica que a garota ia cantar e puxaram o acorde no violão.

Leo, neste momento resolveu beijar Claroy na frente de todos e ela não evitou. Theo  observando a cena fitou sem parar os dois, e a calmaria em que seu corpo estava começou a desaparecer, seu sangue começou a ferver e uma onda de ciúmes lhe veio. Ele que estava ao Lado de Edward levantou-se e foi em direção a Claroy, Brad de longe notou o que o amigo ia fazer, mas não teve tempo de reação. Interrompendo o beijo, Theo puxou Leo e lhe deu um murro no queixo fazendo-o cair na areia.

—O que você está fazendo The? – Claroy gritou e a musica que os amigos cantavam sessou.

— Esse cara está louco de te sair beijando assim – Theo respondeu também aos gritos, e todos ficaram em silêncio.

Leo começou a levantar e falar – Você não é dono de ninguém aqui moleque – Neste momento ele tentou revida o murro, mas Theo foi mais rápido em desviar e passar uma rasteira no garoto que caiu mais uma vez na areia. Agora montando em cima do garoto, começou a soca-lo.

— Meu Deus gente, alguém faça alguma coisa! – Claroy gritava para todos que observavam e Brad e Edward correu para separar a briga.

Theo estava domado pela raiva, que foi gerada pelo ciúme. Não estava escutando ninguém ao seu redor, apenas continuou esmurrando o garoto ruivo que estava no chão defedendo-se com as mãos para proteger o rosto.

—Theo Brant, pare com isso agora! Você não é assim! – Alguém gritou mais alto a ponto de despertar Theo da sua Fúria. Ele reconhecia aquela voz e olhou para trás.

Ela estava linda como sempre, Luny veio em sua direção, ajoelhou ao seu lado e fortemente segurou-lhe pelos ombros e olhou no seus olhos. – Calma! Está me ouvindo? Calma!

Luny não estava presente até o momento,  Faz um mês que ela viajou para visitar universidades para qual foi convidada a ser ingressar. Ela, como Brad era a melhor amiga de Theo. Amiga e por qual também já houve sentimentos. Desde que partiu em viagem, eles pouco se falaram e foi uma surpresa para Theo a ver agora, neste momento.


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