Caminhos de Fadas escrita por Machene


Capítulo 2
Capítulo 2




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Cap. 2

 

Perto do fim da tarde todos do reino de Fairy Tail começaram a se preparar para o baile real. Romeo já estava na metade do caminho para atravessar a floresta das fadas e chegar na vila do outro lado, mas não tinha esperança de conseguir vender sua gata branca fantasiada de vaca. Charlie, por sua vez, dava sinais de cansaço por ser obrigada a andar todo o tempo. Nesse momento eles se depararam com Wendy, andando ao lado do lobo.

Eles os seguiram até chegar na casa da vovó, que era perto da trilha. Interessado, o menino se aproximou da janela e esperou a rabugenta senhora permitir a entrada dos dois. Porlyusica estava agasalhada e entediada, mas não parecia nada doente. De fato, mesmo se estivesse, sua neta não poderia dar mais guloseimas do que as sobras sobreviventes da viagem. Os pães doces alimentaram não apenas a ela, como ao meio animal Jellal.

Felizmente, a senhora havia preparado dentro de seu caldeirão um guisado de peixe suficiente para alimentar um exército depois de saber da visita de Wendy. As barrigas de Romeo e Charlie roncaram alto com a visão, então eles concordaram que não haveria mal algum bater na porta e perguntar se poderiam se juntar ao banquete. Assim fizeram, e no instante em que a menina atendeu a porta se apaixonou pela gata... Quer dizer, vaca.

Declarando que eram seus amigos, ela convenceu a avó a aceitar a companhia dos convidados surpresa. Mas mais surpresa ainda eles tiveram quando chegou o caçador.

— Quem é agora? Já vai, já vai! – Porlyusica atendeu à porta com uma carranca – É você. – Gajeel sorriu e deixou os dentes a mostra – O que quer?

— Isso lá é jeito de tratar as visitas, velha Porlyusica?!

— Já tenho visitantes o bastante por hoje, seu caçador rabugento!

— Quem? – ele nem se preocupou em pedir licença e foi logo entrando.

— Escute aqui, não pode invadir a minha casa quando bem quiser forrar o estômago!

— UM LOBO! – ele gritou e Jellal quase engoliu a colher, levantando-se de uma vez ao ser ameaçado com uma barra de ferro – Para trás! Eu vou dar cabo desse bicho!

— Mas o que eu te fiz? Todo dia é a mesma coisa! Eu já falei que não sou um lobo!

— Pois pra mim se parece muito com um! Agora fique quieto enquanto eu te acerto!

Em pouco tempo a casa estava sendo revirada ao avesso.

...

— E agora Alzack? Já vai anoitecer e nós não tivemos um único sinal das coisas que a bruxa pediu para pegarmos. Talvez devêssemos pedir informação a alguma fada.

— E por acaso aquela trilha de borboletas não era um sinal? – questionou o padeiro.

— Eu achei que fosse. Mas também, elas nos guiaram até o caminho mais longo da floresta. Assim nós não vamos chegar na vila vizinha até o fim da tarde.

— Vocês precisam de ajuda? – o casal se virou assustado, vendo uma fada sentada na rocha mais alta ao redor do lago da clareira onde estavam – Juvia pode ajudar.

— Juvia? – Bisca sorriu e se aproximou aliviada – Quem é Juvia?

— Juvia é a fada das águas. – ela levantou e mostrou seu poder formando uma bolha d’água – Juvia pode ajudar a acharem o caminho pra casa.

— Ah... Espere. Juvia é você? – Juvia acenou em confirmação, estranhando a dúvida da mulher – Oh... Desculpe, eu pensei que estivesse falando de outra pessoa. É porque você tem um jeito engraçado de... – seu marido interferiu.

— Esqueça. Fada Juvia, nós não queremos voltar pra casa. Pelo menos não agora. A minha esposa e eu estamos procurando quatro ingredientes para a bruxa Erza.

— Oh, a bruxa Erza?! Vocês fizeram um acordo com ela? Não deviam!

— Nós precisamos. Ela nos prometeu uma criança se a ajudássemos a fazer sua poção mágica. – a fada de cabelos azuis ponderou um pouco.

— E o que vocês precisam entregar para ela?

— Ah... – Bisca tomou a dianteira de novo – Uma vaca branca como leite, uma capa vermelha como sangue, um cabelo amarelo como milho e um sapato dourado como...

— Bom, ela não completou essa parte. – o padeiro finalizou.

— Ah, Juvia viu uma vaca branca indo para o norte! Estava com um menino, e era pequena, mas acho que pode ser útil. E tinha uma menina com capuz seguindo na mesma direção com um meio lobo. Acho que iam para a casa da vovó Porlyusica. Se isso ajudar.

— Ajuda sim, e muito! Obrigada fada Juvia! – a esposa agradeceu e levou o marido pela trilha, ambos sem notarem os galopes de um cavalo ali perto.

— Tem mais gente na floresta hoje? Quem será que...? – Juvia se interrompeu ao ver o cavaleiro que ia para o sul, ficando encantada – Pelas minhas asinhas... ELE É LINDO! – seus olhos brilharam – Como será o nome dele? Juvia vai descobrir!

...

Enquanto isso, o príncipe Zeref paparicava sua donzela de cabelo comprido, Mavis. Sentados no jardim de flores a beira da torre, nenhum dos dois se preocupava com outras pessoas, o baile ou qualquer coisa do mundo fora daquele campo invisível. Dessa forma, eles não notaram a presença do cavaleiro que parou em frente.

— Ah, não adianta... O príncipe não está em lugar algum. – do céu, então, desceu um gato voador negro e pousou na cabeça do cavalo – Achou ele, Phanterlily?

— Não senhor. Lamento dizer, mas nossa pequena equipe de busca não pode cobrir toda a extensão desta floresta. Os guardas precisam tomar conta disso.

— Nem pensar! Eu sou o protetor dos príncipes. Com que cara acha que o rei ficará se souber do desaparecimento do segundo filho? Ele vai mandar cortar minha cabeça.

— Senhor Gray, nem o cavalo do príncipe Zeref nós pudemos achar. Com o perdão da palavra, eu sou um gato de resgate, não um cão de caça.

— Com licença. – os dois se viraram surpresos – Ah, o senhor precisa de ajuda?

— Sim. Sim nobre fada, eu preciso. – ele desceu do garanhão e pegou a mão de Juvia, o que fez seu coração acelerar freneticamente – Meu amigo e eu estamos atrás do príncipe Zeref. Você teria visto Sua Alteza em algum lugar?

— Oh sim, Juvia... Ai minha nossa, suas mãos estão frias. – ela suspirou extasiada.

— Oh, perdoe-me. – Gray fez menção de soltá-la, contudo a fada o aproximou ainda mais do próprio corpo, deixando-o constrangido pelo olhar malicioso dela.

— Não tem problema. Juvia é a fada das águas, está acostumada ao frio.

— Ótimo. Então... Você poderia nos ajudar? – Juvia piscou e olhou para o lado.

— Juvia não sabe se deveria. O príncipe está num lugar secreto, entende?

— “Secreto”? – o homem levantou uma sobrancelha, e vendo o interesse da fada na sua pessoa resolveu se aproveitar, pegando suas mãos novamente – Minha doce fada, por favor, eu peço que nos ajude a achar o príncipe. Ou o rei vai ter minha cabeça servida.

— A cabeça do senhor Gray?! Ah não, Juvia não se perdoaria! Tudo bem, aqui está o príncipe Zeref. – ela tocou o campo invisível e logo todos puderam ver Zeref abraçando a pequena Mavis, o que os deixou envergonhados – Eu disse que era um lugar secreto.

— Príncipe Zeref, o que está fazendo?! Estava escondido aí o tempo todo?

— Bem, eu... Sim. Ora essa Gray, você não precisava vir até aqui me procurar.

— É claro que eu precisava! Se Vossa Alteza não voltar agora, vai chegar atrasado no baile do seu irmão. E então eu serei o culpado por deixa-lo sair enquanto vigiava.

— E vão pedir a cabeça do senhor Gray! – Juvia lembrou nervosa.

— É, pois é. Isso também. – o príncipe suspirou sorrindo e então surgiu a fada Levy.

— Mas o que está acontecendo aqui? Juvia, você mostrou a torre da Mavis para eles?

— Juvia não tinha a intenção, mas o rei ia pedir a cabeça do senhor Gray, então...!

— Como é? Não estou entendendo. – ela parou quando viu a loira perto de Zeref – Mavis, você... Oh céus! Você encontrou seu verdadeiro amor?!

— “Verdadeiro amor”? – o gato repetiu confuso – Que verdadeiro amor?

— Nós protegemos a Mavis desde que era criança. – Juvia respondeu – Quem achou ela foi a Erza, quando ainda era uma de nós. Depois de virar uma bruxa, Erza colocou um feitiço de proteção para ninguém encontrar a Mavis e pediu que a vigiássemos.

— E o feitiço só poderia ser quebrado pelo verdadeiro amor dela. – Levy completou – Apenas a pessoa que estivesse destinada a passar o resto da vida ao lado da Mavis iria encontra-la, e você achou, príncipe Zeref. Vocês foram feitos um para o outro!

— O quê? Oh não! Não, não, não! O rei Makarov jamais aceitaria isso!

— Tenho certeza que meu pai não se importará quando eu conversar com ele, Gray.

— Mas Vossa Alteza, está mesmo pensando em desposar uma camponesa?

— Por que não? – ele se voltou à donzela – Eu confesso que até fico aliviado de saber que minha adorável amada não é verdadeiramente filha daquela bruxa.

— Por quê? Qual o problema com ela? – as fadas se entreolharam preocupadas.

— Ora... Ela é uma bruxa. As bruxas são perigosas, traiçoeiras. E pra ser sincero, era difícil dizer antes, mas não entendi como uma criatura tão maravilhosa poderia ser filha de um ser tão medonho. – Mavis abriu a boca indignada e se afastou.

— Escute aqui, ela não é nada disso, entendeu?! Erza pode não ser a minha mãe de verdade, mas é uma boa pessoa! – declarou, só então voltando-se às protetoras – Ela quer voltar a ser fada, por isso veio me contar que descobriu como transformar Jellal de volta ao normal. Ela pediu a um casal para pegar alguns ingredientes antes da meia noite e disse que vai fazer uma poção para desfazer a maldição, além de pedir desculpas a ele também. Mamãe está arrependida de ter feito aquilo por ciúme e quer voltar a ser amiga de vocês.

— Oh. – a fada da escrita tocou o peito, a ponto de chorar como a protegida e a amiga.

— Olhem, eu não estou entendendo mais nada, então com licença, porque eu preciso levar o príncipe Zeref de volta ao castelo. Vamos Vossa Alteza.

— Gray, espere! – ele fez força para não ser arrastado – Mavis! Mavis querida, me perdoe pelo que eu disse! Por favor, venha ao baile esta noite!

— Eu... Eu vou pensar. – o cavaleiro e o príncipe montaram nos cavalos e se foram junto de Phanterlily, Gray ainda olhando para trás.

— Juvia não vai esquecer o senhor Gray! Fique bem até nos vermos de novo!

— Só você para se apaixonar por um tipo desses, Juvia.

— Ah! Levy não pode dizer nada! E o caçador Gajeel? Já decidiu aceitar a proposta de casamento dele? Não é todo dia que um humano e uma fada se comprometem.

— Cale a boca! Aquele ogro temperamental não me causa nenhum bem. Ele só pode ser saciado pelo estômago. Por isso faz bem em visitar a senhora Porlyusica, como hoje.

— “Hoje”? – a fada das águas mordeu o lábio inferior em pânico – Oh não. Mavis, você disse que Erza pediu a um casal para pegar ingredientes pra sua poção. Quem?

— Ela disse que era um padeiro e sua esposa, que moravam na vila vizinha. Por quê?

— Bem... Talvez Juvia tenha feito uma bobagem.

...

O baile já havia começado quando Lucy apareceu na entrada. Estava ofegante e seu cabelo um pouco emaranhado, mas o vestido estava intacto. Ela puxou as luvas bege para cima dos cotovelos, alinhou o laço rosa na cintura e bateu nas anáguas brancas. Por sorte a fada Levy havia lhe dado um par de sapatos extremamente confortáveis, porque teria o imenso trabalho de subir a escadaria gigante do castelo.

Quando alcançou o topo, a moça estava satisfeita consigo mesma. Bateu na porta e esperou os servos abrirem, estranhando sua estupefação na sequência. Todos, inclusive, pareceram paralisar quando entrou, encantados pela visão. Um deles foi ninguém mais, ninguém menos, que o príncipe Natsu. Ele dançava com a meia-irmã de Lucy, Lisanna, de forma entediada, mas quando a curvava para trás simplesmente largou-a no chão.

Enquanto Bickslow, o conselheiro, se dispôs a ajuda-la, Natsu caminhou até o pé da escada e esperou a loira desconhecida se aproximar. Seus corações estavam acelerados.

— Vossa Alteza. – ela se curvou em sinal de respeito, mas ele só o fez após ouvir seu pai tossir para alertar a falta de conduta.

— Ah, como vai? Eu... Já nos vimos antes? – Lucy riu, passando o cabelo para trás da orelha num gesto que ele achou adorável.

— Certamente não. Mas eu tinha muita curiosidade em saber como Vossa Alteza era.

— Por favor, me chame apenas de Natsu. Vamos dançar?

Aquele sorriso sedutor bastou para a camponesa se entregar completamente. Seu pai não era nobre, apenas a madrasta e suas filhas. Dessa forma, ela jamais imaginara um momento como esse, dançando com o príncipe no castelo, num vestido magnífico e sobre a observação de todos. E estava adorando cada momento. Depois da dança houve outra, e outra, e mais outra. Quando os dois cansaram, foram aproveitar a brisa no jardim.

Lá havia uma cerejeira, como a que Lucy plantara no túmulo da mãe, e a lembrança motivou um diálogo com Natsu. Ela contou alguns detalhes de sua vida, tomando cuidado para não expor as partes degradantes. Ele, por sua vez, também se sentiu à vontade para falar sobre várias coisas, sempre sorrindo. Um sorriso que a deixou bem encantada. Tudo corria maravilhosamente bem... Excerto pelo fato de o relógio estar igualmente apressado.

...

— O que nós faremos Alzack? – a esposa perguntou ao padeiro enquanto olhavam pela janela da cabana de Porlyusica, então ele tirou duas pistolas da mochila que levava.

— Vamos aproveitar que o caçador está distraído com o lobo, então pegamos a vaca e o capuz. Ainda teremos tempo de procurar os outros dois ingredientes que faltam.

— Mas nós não podemos roubar de crianças!

— Se não fizermos isso, nunca teremos a nossa criança!

— Ora veja o que está dizendo. Nós já estamos passando dos limites.

Enquanto o casal discutia, a porta da cabana foi escancarada. Jellal saiu correndo, tentando desviar da barra de ferro que o caçador sacudia tentando acertá-lo. Ele mesmo estava tendo dificuldades com isso, já que Wendy lutava para defender o amigo. Romeo se ocupava em comer, e guardar pedaços de bolo nos bolsos da calça. Charlie olhava tudo de forma reprovativa. As coisas se acalmaram quando Porlyusica tomou a arma de Gajeel.

— Já chega vocês dois! Eu estou farta de ficar acomodando tanta gente na minha casa e ainda ter que arrumar a bagunça de vocês! Eu moro numa floresta porque detesto lidar com humanos, então não me façam quebrar essa barra de ferro nas suas cabeças!

— Desculpe. – a dupla pediu, então Alzack e Bisca saíram de seu esconderijo.

— Com licença. Desculpem incomodar. – o homem começou – Nós estávamos só passando e notamos que você tem uma bela vaquinha aqui, garoto.

— Ah. Sim, é a Charlie. – ele respondeu terminando de engolir.

— Por acaso gostaria de vende-la para nós? Podemos pagar uma refeição para você.

— Não obrigado. Eu ia vende-la na vila vizinha, mas já consegui comida suficiente para alimentar a mim e meu pai durante o inverno.

— Ei, esta cesta é minha! – Wendy declarou vendo-o escondê-la atrás das costas.

— Você tem uma avó que te alimenta com bolo e guisado de peixe, não precisa disso.

— Você vai devolver minhas coisas, ladrão! – a garota bravejou.

Para tentar acertá-lo, ela jogou uma das sapatilhas. Ele desviou e o calçado foi parar na mão do padeiro. Quando viram que era dourado, ambos se alegraram e o homem tratou de colocar a gata/vaca debaixo dos braços. Os dois saíram correndo, sendo perseguidos pelas crianças e na sequência pela vovó, o lobo e o caçador. Vendo aquilo, as fadas Juvia e Levy, que se aproximavam da cabana com Mavis no encalço, alçaram voo.

Elas tomaram a jovem, cada uma de lado, e seguiram o grupo na direção norte. No castelo, Zeref apenas observava seus irmãos conversando, cada um com sua dama. Natsu dizia a todo instante que estava “empolgado” ao lado de Lucy, enquanto Laxus olhava a, então ainda desconhecida, meia-irmã dela, Mirajane, com luxúria. Até Bickslow parecia ter conseguido atrair o interesse de Lisanna, segundo significava a troca de sorrisos deles.

A ceia corria bem para todos, menos ele. Gray tentava anima-lo, sem um resultado. De repente, Happy e Phanterlily invadiram a sala de jantar com pressa, voando até o rei Makarov numa das pontas da mesa e anunciando a invasão de alguns “loucos” na entrada. O idoso mandou chamar os guardas e todos correram para ver o que estava acontecendo. Nos pés da escadaria principal, o padeiro e sua esposa tentavam se defender dos outros.

— MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO PÁTIO DO MEU CASTELO? – o rei bradou e todos o encararam conforme descia os degraus ao lado dos filhos e das suas acompanhantes – Expliquem-se imediatamente!

— Majestade. – todos se curvaram, e bem nesse momento Mavis despencou do céu dentro da fonte d’água, sendo acudida por Bickslow e Gray.

— Eu pedi pra me aterrissarem com calma, maldição! – a moça gritou com as fadas quando estava no chão, tirando os fios molhados da frente do rosto.

— Desculpe querida. As mãos da Juvia escorregaram. – Juvia sorriu envergonhada e a secou, enxugando a água do seu corpo – E não diga coisas como “maldição”. Isso pode assustar as pessoas. Lembre-se do que aconteceu com outras princesas.

— Querida! – Zeref correu para abraçar Mavis, completamente feliz – Achei que não viesse. Mas por que ainda está vestida assim?

— Eu não vim para o baile, vim ajudar minhas madrinhas a salvar o padeiro e a sua esposa. Desculpe a invasão, mas... Por favor, peço a atenção de todos! Isso tudo é apenas um mal-entendido. Esses dois não são ladrões. Eles negociaram com a minha mãe, Erza...

— A bruxa Erza? – Makarov se exaltou – Meu filho, você se juntou a filha de uma bruxa?! Por favor, diga que não é verdade!

— Não, não pai! Está enganado. É um relacionamento adotivo.

— Que eu pretendo manter com muito orgulho! – Mavis declarou – Mas não é isso que importa agora. Eu... AI! – ela gritou ao sentir seu cabelo ser puxado por Bisca.

— Desculpe senhorita, mas isso é para um bem maior. – a mulher pegou uma tesoura e cortou os fios amarelos, deixando todos pasmos – Ei, o cabelo dela ainda é do tamanho do seu corpo! Você tem mais do que o suficiente, então... Obrigada, de nada.

— Vocês ficaram loucos? – Lucy se aproximou – Não podem pegar as coisas dos outros sem ao menos perguntar antes! – antes que mais alguém dissesse algo, um vento forte levantou as folhas secas do jardim e logo surgiu a bruxa Erza.

— Ora, ora, ora. O que temos aqui. Francamente, que turma para dar trabalho.

— Mamãe, você mandou eles cortarem o meu cabelo? – Mavis choramingou.

— Mas é claro que não! Por que vocês foram mexer com a minha menina? – a ruiva a abraçou, então afastou confusa – Alias, o que está fazendo fora da torre? Juvia, Levy!

— Foi uma emergência. – a fada da escrita declarou – Além disso, Mavis achou seu verdadeiro amor. – ela e Juvia apontaram para o príncipe Zeref com sorrisos maliciosos.

— Mais que droga. E eu pensei que esse dia demoraria a chegar. Tudo bem, ao menos é um príncipe. Cuide bem da minha menina, ou transformo você em sapo.

— Sim senhora. – ele riu de nervoso e abraçou a já decidida noiva pela cintura, não dando tempo que a loira dissesse mais nada.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

A história ficou até maior do que eu esperava, mas o próximo capítulo é o último.



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