Interativa - Survivors: Terceira Temporada escrita por Luan Hiusei


Capítulo 9
S02CAP03 - Shelter Taken


Notas iniciais do capítulo

Olá meu queridos leitores?
Capítulo que era pra ser o primeiro da temporada, mas acabei mudando a ordem.
Enfim, espero que gostem.



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Na temporada anterior de Survivors...

— Então você ajuda eles? – Ana perguntou, estava sem bolsa, segurava apenas uma estojo retangular rosa.
— Com o que posso. Temos uma festa lá, se quiser podemos ir ainda hoje.
— Não sei, já são quase onze horas.
— Qual o problema? Vamos, te levo em casa depois. – Yuri disse, Ana suspirou fundo antes de concordar. Os dois correram de volta até o carro e pararam na festa.

Um homem passou correndo e pegou o estojo da mulher de sua mão, Yuri, mais por reflexo colocou o braço em sua frente e o desconhecido se chocou contra o braço rígido do homem, caindo no chão. Assim que caiu bateu com a cabeça no cordão da calçada, com um estalo surdo ele parou inerte no chão.
— O que... – Ana se abaixou, pegou a bolsa e checou o pulso e o pescoço do homem. – Está muito fraco...

O homem não respondeu, olhava para todos como um animal e caminhava arrastando seu corpo. Quando ele se atirou por cima de uma mulher e arrancou sua pele com os dentes. O desespero tomou conta de todos enquanto corriam como loucos, Yuri ficou e tirou a criatura de cima da mulher, a mordida foi enorme e sangrava muito no pescoço, provavelmente a mulher não podia ser salva. Ele quase gritou com o homem, mas não teve tempo antes de ser atacado também, dessa vez foi Ana que ajudou, chutando a criatura de cima dele e dando a mão para ajudá-lo.

— Vamos ficar quanto tempo aqui? – Lúcia perguntou, Yuri parou o carro sinalizando que haviam chegado..
— Até que queiram sair, mas não vai ser tão cedo. – Yuri respondeu, estavam no local onde a festa ocorreu, dessa vez Ana reparou em um pavilhão que havia nos fundos do pátio da casa de Sandra. Eles entraram e ela mostrou o local, vários colchões e banheiros, uma cozinha enorme.

— Mas temos que lutar, não? – Cláudio virou a cabeça para cima. Sandra e Yuri acompanharam o gesto.

E então, a passarela de luzes falhou, uma a uma, se apagaram, sequencialmente, até que nenhuma luz sobrou, estavam totalmente no escuro.

☆ ☆ ☆ ☆

Sandra não soube como reagir quando a escuridão tomou conta do local, ouvia passos e alguém correu para frente, Ana chamou Yuri, Yuri pegou ela pela mão, agora chamou a tia. Eles estavam um pouco distantes. Ela correu em sua direção, sentiu uma mão a segurar. Estava realmente muito escuro por ali, ela viu que eles começaram a correr e acompanhou o ritmo deles. Ana segurou Cláudio pela camisa, percebeu que ele acabaria se perdendo.
— Mantenham a calma! – Yuri gritou, mas um grunhido das criaturas o lembrou sobre qual tom de voz deveria usar.
— Merda, nós vamos morrer aqui... – Cláudio falou, estava tremendo um pouco.
— Shh. – Yuri fechou os olhos, não estava mais ouvindo nada. – Para frente.

Mais uma vez os quatro correram para frente. Em poucos minutos finalmente chegaram ao local onde deveriam estar.

Sandra se perguntava como poderiam ter sobrevivido a escuridão, aquelas pessoas não eram sobreviventes. Não saberiam como agir, abririam a porta e acabariam mortas, todas.

Mas algo parecia estranho com relação ao local. Primeiro, as luzes características de velas na casa de Sandra. Claro, podiam ser os cidadãos da comunidade, mas eles não eram responsáveis por todos aqueles mortos no chão, e estavam totalmente mortos, pois marcas de balas estavam em suas cabeças. Marcas de balas. Sandra havia checado tudo naquela manhã. Sem armas de fogo. Algo estava errado ali, e ela percebeu.

— Esperem. – Ela sussurrou e segurou Yuri, que eventualmente segurou os outros.
— O que foi? Agora que estamos quase chegando você... – Cláudio começou a falar mas Ana apertou seu pulso, fazendo-o ficar quieto.
— Não temos armas de fogo aqui. Nenhuma, e olha isso no chão. As pessoas que estão lá nem sabem atirar. – Ela disse, Yuri e Ana perceberam logo o que acontecia.
— Você não acha que outras pessoas... – Ana começou a falar, mas foi interrompida.
— Não tínhamos velas também. As luzes na casa são de velas, eu conheço aquelas pessoas. Não são capazes de sair dali se não forem acuadas.
— Droga. Droga. Droga... – Yuri cerrou os punhos.

Sandra se desesperou. Correu para o pavilhão e bateu na porta. Nenhuma reação.

— Abram essa porta já! – Ela batia desesperada na porta de metal, seus oito companheiros estavam do lado de fora também.
— Será que eles nos trancaram aqui?! – Yuri gritava, ajudava Sandra a bater na porta.
— Saímos por dez horas e eles fazem isso? – Ana respirava fundo, não se permitia gritar.

A porta se abriu. Armas, instintivamente todos se preparam para lutar. E todos de dentro estavam armados.
— Me perdoem a péssima recepção. É que devo tomar algumas... "Providências", sabem, mas vamos socializar. Sou Michael, Michael Miller. E esse lugar agora é meu.
— Como é que é?! – Yuri quase avançou, mas o som de uma arma sendo preparada para atirar o fez parar.
— Calma. Ou vai acabar igual aquela garota, como era o nome mesmo... – Ele estalava os dedos no ar, tentado lembrar o nome de alguém. – Luana, não, não, Lúcia! Isso aí, Lúcia. A vadia era muito apressada e levou uma belo tiro na cara, ela tinha uma foto com uma garota parecida com você. – Ele apontou para Elena.

Ela não conseguiu se segurar, Sandra esticou o braço na tentativa de alcançar ela, mas foi em vão. Correu na direção de Michael. Ódio. Esse era o nome do sentimento que sentia agora. Poderia cortar Michael em pedacinhos e dar as criaturas se botasse as mãos nele.
— Minha amiga! – Ela gritou enquanto corria mais. Yuri, Cláudio e Sandra estavam muito longe para impedir algo, mas podiam salvar suas vidas. Se atiraram para trás de um carro parado. E sons. Metal, balas, muitas delas, uma chuva infernal de projéteis atingiu o corpo de Elena. Caiu aos pés de Miller. Sandra gritou, estava com medo. E então os sons pararam. Um grito feminino de "Não" pode ser ouvido.

— Podem sair. Se não fizerem merda, vão continuar vivos. Temos uma longa conversa, tragam as algemas.

☆ ☆ ☆ ☆

Quase duzentas pessoas. Foi o número que Rebecca informou a eles sobre o número de residentes do local. Agora não parecia tão grande, Sandra permanecia em silêncio enquanto era conduzida até sua antiga casa. Perguntou de seu filho mas não obteve resposta. O mesmo sobre a irmã de Ana.

Durante essas oito horas eles haviam cercado melhor a casa de Sandra. Agora dois guardas armados cuidavam das portas. Eles foram levados até a sala de estar da casa de Sandra.

Por mais incrível que pudesse parecer, Sandra sentiu paz. Calma. Estava em sua casa e estava consciente que não era mais sua. Mas o local familiar a acalmava. E para alívio maior ainda viu seu filho sentado em uma cadeira da mesa. Teria corrido abraça-lo se não estivesse sendo segurada.
— Filho! – Ela gritou mesmo estando perto dele, ele se virou e sorriu. Fez menção de levantar da cadeira mas um homem bruto o empurrou de volta.

Ana suspirou de alívio também, sua irmã estava bem. Junto com o suspiro saíram grande parte das suas preocupações.
— Pelo jeito se 0conhecem. – Miller estava logo atrás do grupo de Yuri. Era um homem alto, tinha cabelos pretos e lisos penteados para trás. Usava um terno preto, calça preta também. Seus olhos eram verdes. – Bem. Damos uma rápido resumo do que nosso grupo é. M, de Miller. Obviamente. Antes dessa droga toda começar, eu era um empresário famoso. André um traficante. Éramos ligados pela máfia da região. Percebemos que o governo não conseguiria lidar com isso tudo e nos organizamos. A maior parte das nossas pessoas são criminosos, gangsteres e presidiários. Então não sejam pessoas más ou pagarão caro.
— E o que mais fazem? Tomam abrigos de civis? – Yuri perguntou com raiva, mas levou um soco no rosto que o atirou no chão. Todos tentariam ajudar mas não podiam.
— Parece que temos um rebelde. Mas admiro isso, você é forte. Sem mais delongas, vamos as regras. Fuga será punida com morte. Roubo com corte de um dedo. Cada um tem sua tarefa e deve obedecer ao toque de recolher. Os supervisores de cada área indicarão outras regras. Desobediência será severamente punida. Podem soltar.

Finalmente Mariana teve suas mãos soltas, correu e deu um abraço apertado na irmã. Ana quase chorava.
— Você está bem? Eles não te... – Ana começou, parecia extremamente preocupada.
— Eu estou bem sim. – Mariana respondeu enquanto era abraçada mais forte.

— Mãe... Eles mataram a Lúcia... – Kauan disse com os olhos marejados.
— Vai ficar tudo bem... – Ela simplesmente o abraçou, não chorou.

Cláudio e Júlio César não disseram muito além de perguntar se estavam bem. O único que permaneceu em silêncio foi Bernardo. Nada, ele simplesmente olhava para o chão quieto, chutava a parede sem dizer nada.

Avisados sobre suas novas posições no grupo, cada um foi designado a seu local para dormir.

☆ ☆ ☆ ☆

Sandra levantou cedo. Mesmo com as emoções do dia anterior, ela conseguiu ter uma noite razoável. As três horas de sono não foram tão eficientes como deveriam, e ela parecia extremamente cansada. Seu cabelo castanho estava um pouco volumoso e desarrumado. Faziam alguns dias que não cuidava do cabelo. Usava um vestido florido azul e branco. Um chinelo branco simples.

Via aquelas pessoas armadas andando, no local que ela lutou para construir. Não conseguia controlar sua raiva, queria que eles fossem embora, nunca mais voltassem.

Sandra caminhou até o banheiro, ligou a torneira. Lembrou-se que não tinham mais energia, a torneira lhe trouxe a notícia que a água também havia sido cortada.

Os primeiros raios de sol entravam pela janela de vidro. A aurora tinha uma cor rosa, e produzia um calor agradável, não que algo fosse agradável naquele dia.

Assim que saiu do banheiro encontrou Rebecca. Ela estava um tanto distraída. Segurava um balde de água. Sandra era parceira dela, pelo que lembrava da sua nova ocupação. Elas apresentavam o local a novatos quando chegavam, e agora também cuidavam da enfermaria improvisada na casa de Sandra. Antiga casa de Sandra.
— Bom dia. Trouxe água para a higiene pessoal básica. – Rebecca disse. Sandra respondeu com um obrigado simples e sincero e voltou ao banheiro. Sabia bem porque era uma apresentadora, sabia ser gentil com todos. Era calma. E podia convencer as pessoas facilmente. Terminou de lavar o rosto e saiu então do banheiro. Rebecca ainda a esperava.
— Por onde começamos? – Perguntou Sandra, enquanto amarrava seu cabelo com um elástico.
— Temos alguns feridos, mas nada grave. Você vai ser minha assistente. Tudo bem para você? – Sandra respondeu com um aceno de cabeça e seguiu a mulher.

Seguiram sem conversar muito até o local onde deveriam ficar, no segundo andar da casa de Sandra. Três camas e duas macas foram colocadas no lugar dos móveis. Um armário que continha roupas, agora estava cheio de remédios, em outra porta vários equipamentos médicos. As camas tinham lençóis azuis fracos e travesseiros brancos. A janela estava aberta, deixando passar um pouco do sol.
— Fazemos o que aqui? – Sandra parecia de certo modo aliviada por saber que eles cuidavam das pessoas ali. Estava realmente esperando que eles matavam ou abandonavam os feridos.
— Tudo que é relativo a traumas e coisas assim. Não tenho qualificação pra lidar com doenças, por isso chamaram você. – Rebecca se sentou, algumas folhas estavam sobre sua mesa. – Recebemos alimento pelo nosso trabalho aqui. – Sandra olhou para as folhas e viu que todas as operações feitas ali, qualquer uso de remédio, ou equipamento era devidamente anotado.

☆ ☆ ☆ ☆

— Sério que eles vão colocar essas armas em nossas mãos? – Cláudio segurava um rifle de cabo de madeira nas mãos, girava a arma enquanto a observava.
— Supostamente sabem que não nos vamos nos rebelar. E não vamos mesmo. – Yuri fazia o mesmo, mas havia observado os "inimigos", eram mais de cinquenta. Todos armados. Acabariam mortos, e provavelmente um desastre maior.
— Verdade. – Júlio César recarregava um revólver. Estavam no depósito de armas do local. Era uma sala vazia, com apenas um armário de prateleiras cheias de armas e munições. Parecia o sótão de uma casa.
— Vamos ficar de guarda onde? – Cláudio escolheu sua arma e foi até a porta.
— Eles disseram na porta de trás da casa de Sandra. O local onde nenhum de nós pode sair sem ser visto. – Yuri colocou um revólver na cintura, tinha um binóculo pendurado por um cordão ao pescoço.

Os três foram para o local onde deveriam estar. Esperavam encontrar alguém preparado lá, pois não sabiam exatamente o que fazer.
— O que foi? – Uma mulher saiu da casa, Cláudio olhou de canto e reconheceu a garota mulher imediatamente.
— Amora? Onde estava? – Ele quase a abraçou, mas foi impedido pelas mãos estendida dela.
Usava um shorts jeans curto, uma camisa larga branca com detalhes pretos perto da parte baixa. Tinha um colar de penas preso ao pescoço. Os cabelos eram lisos e pretos, caindo pelas laterais do rosto até um pouco acima da cintura. Tinha várias figuras tatuadas nos braços e algumas pulseiras de pérolas. Teria vinte e cinco anos. Os olhos eram escuros.
— Cláudio? – Também tinha um bastão preso a cintura por um cordão. – O que houve?
— Você sobreviveu... Quase todos lá morreram. Teve sorte.
— Eu fiquei sabendo... Os celulares e rádios pararam. Minha tia morreu também.
— Que droga. Então apostos que os "M" te salvaram. – Ele deu uma entoação sarcástica a palavra "M".
— Infelizmente e felizmente sim. Se não fossem eles, estaria morta. Mas agora estou presa.

☆ ☆ ☆ ☆

Ana havia finalmente se arrumaram. Ela e a irmã tiveram uma merda de sorte, como Mariana disse. Junto com Clara Tudor, elas eram responsáveis por agradar aquela escória humana. E era o único jeito de conseguir alimentos ali.
— Que droga! – Mariana derrubou uma prateleira com algumas coisas em cima. Do canto da parede do banheiro largo, uma garota de dezoito anos observava a cena. Usava uma camisa rendada preta, com flores de detalhe. Seu cabelo era preto, mas tinha mechas roxas escuras e era ondulado e longo. Seus olhos eram castanhos. Usava um shorts preto e uma sandália da mesma cor.
— Não vão durar muito aqui. – Ela saiu do canto de braços cruzados.
— Não vamos ficar aqui. – Ana disse sem desviar os olhos do espelho.
— Então não pretendem fazer como a maior parte das pessoas capturadas? Simplesmente se entregar e se aliar a eles? – Clara parecia estar buscando uma resposta específica.
— Claro que não. Eles não tem o melhor sistema de segurança do mundo, assim que houver uma brecha escaparmos. – Ana não se preocupava em falar assim, mesmo com a presença da garota.
— Olha... Sou Clara Tudor. Hoje a noite haverá uma reunião, é no quarto vinte e três. Meia noite. Calem a boca e vocês nunca ouviram isso. Entenderam?
Ana e Mariana se surpreenderam com a discrição que conseguiam ter, simplesmente continuaram a fazer o que estivessem fazendo, sem perguntar nada ou falar, como se realmente não soubessem de nada.

☆ ☆ ☆ ☆

Yuri quase atirou em Bernardo quando o viu chegando de carro, não tentaria atirar em ninguém por vontade própria mas Amora estava os observando, e ele tinha que comer no fim do dia.

Bernardo viu a bala que quase o atingiu chegando, por sorte saltou para trás assim que viu Yuri apontando a arma para ele. Havia esquecido do padrão de entrada. Toda vez que alguém chegasse deveria fazer um determinado sinal, e Bernardo percebeu que se não fosse Yuri lá em cima, ele estaria morto.

Ele então levantou as mãos, foi reconhecido por Yuri que avisou o parceiro que estava ao lado. O portão então abriu, deixando Bernardo entrar. Olhava atenciosamente tudo ao seu redor. Não lembrava de muitas qualidades suas, mas uma delas era a habilidade de encontrar falhas quase imperceptíveis, e ele não pretendia ficar naquela prisão disfarçada. Não servia para aquilo, fisicamente, sua irmã era mais forte que ele. Sua irmã. Á quanto tempo não via ela, desde que foram separados pela prisão do pai. Havia tentado a encontrar, mas não conseguiu e agora, agora era impossível.

☆ ☆ ☆ ☆

Ana e Mariana se levantaram cuidadosamente. As últimas velas haviam sido apagadas, e a lua coberta por nuvens não as dava visibilidade suficiente para caminharem despreocupadas por ali.
Saíram do quarto com passos cautelosos, Ana colocou a cabeça pela janela, dois guardas distantes conversavam, continuou seu trajeto reto, tateando parede e contando os quartos que encontravam, ela saiu do dez, contou cuidadosamente treze portas, esperava estar certa, porque se não, ela estaria bem ferrada. Sinalizou para a irmã esperar um certo sinal, enquanto a garota se escondia na escuridão.

Ana destrancou a porta, entrou e a fechou atrás de si. Sem fazer nenhum ruído caminhou pelo quarto, não parecia ter ninguém ali. Quando uma mão tapou sua boca, mas ela não tentou se debater, esperava isso. Foi levada com um pouco de demora até o banheiro, que era enorme e apenas uma vela sobre a pia dava coloração laranja ao azulejo branco.
— Onde está sua irmã? – Uma senhora de quase sessenta anos saiu de um local não iluminado. Usava uma calça e uma camisa brancas, acompanhada de um sapato preto. O cabelo ainda era preto, mas alguns fios brancos estavam aparecendo. Os olhos eram castanhos.
— Está esperando meu sinal. – Ana respondeu, se surpreendeu com a calma e força de sua voz. – Duas batidas na porta.

Ana ouviu a porta abrir, provavelmente era para buscarem a garota.

Ana então viu todos se colocarem visíveis a fraca luz laranja. A primeira surpresa, Sandra, saiu da sombra, não estava com o filho ali, parecia extremamente séria. Yuri ao lado dela fez Ana suspirar de alívio, se sentia alguma dúvida com relação aquele grupo de insurgentes, qualquer uma se desfez. Clara estava ao lado da senhora, tinham uma leve semelhança.
Sua irmã foi trazida também, só parou de tentar chutar quem a carregava quando viu a irmã. Para sua surpresa, era Júlio César que a carregou. Cláudio e Bernardo também se revelaram, ver alguns rostos conhecidos aliava todos. E por fim, Rebecca saiu, estava ao lado de Sandra.
— Sou Amélia Tudor, e somos o grupo que vai derrubar Michael e sua ditadura. – A "senhora" disse. Parecia emitir um ar de superioridade, provavelmente era a líder e formadora do grupo.
— Nem todos nossos membros estão presentes, mas vamos deixar claro que temos duas opções aqui. – Rebeca disse, sua voz era suave e calma. – Nem eu, nem Amélia discordamos dos métodos de cada lado, mas um é pacífico, neste lado vamos apenas planejar uma fuga. O outro lado, quer também causar perdas a eles. Cabe a cada um escolher o que acha melhor.

Ana baixou a cabeça. Yuri havia se colocado ao lado de Amélia. Sandra provavelmente escolheu o lado de Rebecca por seu filho. Júlio César escolheu lutar, Bernardo e Cláudio, fugir. Restava Ana e Mariana.
Mariana escolheria lutar, assim que fez menção de ir para o lado de Amélia, sua irmã a segurou pelo braço. Ana não estava realmente disposta a deixar a irmã se arriscar. Mariana olhou para a irmã. Ela não parecia aberta a um diálogo. A garota não sabia ao certo seus sentimentos, poderia dizer que estava com raiva, mas faria o mesmo, então simplesmente ficou quieta e aceitou.


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Notas finais do capítulo

Personagens desse capítulo:

https://uploaddeimagens.com.br/imagens/photogrid_1469374698687-jpg (excluindo a leticia)


https://uploaddeimagens.com.br/imagens/screenshot_2016-07-24-15-10-19-1-png

Enfim, é isso, até mais.



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