Dezembro de 1918

Quando Charles voltou da guerra em dezembro de 1918 ele parecia diferente. Talvez ter visto muitas pessoas morrerem tenha feito com que ele mudasse a forma de tratar sua esposa e seus familiares. Quem sabe ele tenha percebido como a vida é preciosa e curta para desperdiçar maltratando aos demais e sendo alvo de seu rancor.

Ou ele percebeu que nem tudo gira em torno de seu próprio umbigo e nem todo mundo existe para satisfazer suas vontades e lhe serem submissos. Há pessoas muito maiores do que ele. Como soldado ele tinha que obedecer às ordens do general não as suas próprias vontades.

Bem, seja qual for a razão da mudança, o fato é que ele realmente começou a se portar como um marido dedicado. Tratava bem a esposa e arrumou um emprego de policial na cidade, na verdade, ele foi incorporado por ter servido no exército. Charles nunca mais foi ao bar e tratava Esme com gentileza.

— Nossa, Charlie, estou surpresa como você voltou diferente da Europa! – Esme exclama chamando o marido pelo apelido particular.

—Vi muitas coisas lá... Coisas que ninguém deveria ver – responde com o olhar distante.

— Parece que ao menos uma coisa boa a guerra fez. Lamento quantas pessoas morreram e quantas famílias foram arrasadas ao perderem seus entes queridos ou seus lares...

Charles puxa Esme pela cintura para ela sentar em seu colo:

— Realmente a guerra é mesmo uma coisa horrível, querida. Mas já que estamos vivos, vamos celebrar a vida.

Ele abre uma garrafa de vinho e serve uma taça para a esposa e outra para si.

— Obrigada, querido – Esme pega a taça e brinda com o marido. – Ao ‘novo’ Charles.

— Saúde! – Charles exclama encostando sua taça na taça da esposa com olhar desconfiado, inseguro.

Ele não parece muito certo do que está acontecendo com ele, não tem certeza se mudou mesmo ou é apenas um efeito das atrocidades que viu no campo de batalha e o medo de ser morto. O medo pode mesmo mudar as pessoas, mas parece que Esme aprova o novo Charles e ele fica mais feliz com isso do que deveria e se deixa levar pela emoção do momento.

Ela também fica encantada com a transformação do marido. Até parece que ele renasceu das cinzas da batalha. É tudo o que ela sempre pediu. Será que finalmente Deus a ouviu? Seu presente de Natal chegou mais cedo esse ano. Por um momento ela se arrepende por ter desejado que Charles morresse na Europa, mas como ela iria adivinhar que ele voltaria mudado? Ele era tão rude com ela antes...

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Os dois sobem as escadas em direção ao quarto, se beijam diversas vezes. Caem na cama, se despem e se entregam um ao outro. Quando se dão conta já estão transando.

— CHARLES! – Esme grita enlouquecida de prazer.

Charles entende e acelera ainda mais o seu movimento no interior da mulher. Ela geme de prazer.

— Esme, eu te amo! – Charles beija a esposa sem diminuir o ritmo.

Ela agarra seus cabelos e aperta a sua nuca.

— Não pára, Charles. Mais forte. Mais rápido.

Ele faz o que a esposa pediu e acelera ainda mais as estocadas. Sua mão também ajuda. A outra mão aperta um dos seios de Esme.

— Ah Charles! – Esme suspira.

— Esme – ele acelera ainda mais seu movimento de vai-e-vem.

Sabe que estão quase lá. Sente uma pressão em seu membro como de uma bomba prestes a explodir. Alguns instantes depois explode e ele sente o alívio inundando seu corpo. A expressão no rosto da esposa também é sublime. Esme está radiante. Sorri com os olhos fechados levemente:

— Obrigada, Charles!

Ele a beija ainda dentro dela.

— Eu que agradeço você meu amor – sussurra em seu ouvido.

Esme adormece e Charles se levanta para tomar um banho. Seu pênis ainda estava ereto, mas depois do banho recolhe.

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