Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 3
Novos amigos e um idiota


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou!
AMEEI os comentários, gente!
Aqui está mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem!



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  LEÓN

 Entrei na cabana em que eu ficaria e vi dois caras tocando violão, ambos estavam cantando uma música que eu não conhecia. Seria um longo verão, assim que eles notaram a minha presença, eles pararam de tocar e se levantaram das cadeiras onde estavam sentados.

 -Oi, você deve ser o León, certo?-perguntou um cara da pele morena, ele tinha um sotaque diferente, parecia ser brasileiro.-Eu sou o Broduay e esse é o Braco.-falou apontando para o loiro atrás dele.-Somos veteranos no acampamento e todos os anos puxamos os novatos para um ritual de iniciação, topa?-perguntou e eu coloquei minhas coisas em cima da cama vaga.

 -Não tenho nada para fazer mesmo, claro, topo. - respondi.


     [...]


     Depois de um tempo andando pelo acampamento, nós chegamos a uma parte afastada dele, era onde tinha uma pequena cachoeira, quanto mais ao lado eu olhava mais alto aquilo ficava. Tinha um grupo de garotos em cima da pedreira e nós três fomos na direção deles.

 -Pessoal, esse é o León. León, esses são o Maxi, Marco, Diego, André, Alex, Napo e o Federico.-falou Broduay nos apresentando.

 -Bem-vindo ao ritual de iniciação.-falou Federico apertando a minha mão.

 -Como é esse ritual?-perguntei e Diego tomou as rédias.

 -Quantos metros acha que são da pedreira até a água?-perguntou Diego e eu franzi o cenho.

 -Uns 10 metros.-respondi.

 -Dez e meio, para ser exato.-falou Diego.-O ritual de iniciação é simples, você tem que pular da pedreira até a água.-respondeu e eu assenti.-Todos nós já pulamos e alguns não se sairam tão bem quanto outros.-completou.

 -Eu caí de costa.-falou André com uma careta, como se lembrasse da dor.

 -Eu caí com as pernas abertas e quase ia extinguindo minhas possibilidades de ter filhos algum dia.-falou Napo e eu imaginei a dor que ele devia ter sentido.

 -Então... se algo der errado, eu acabo me fudendo por completo?- perguntei e eles assentiram.

 -Básicamente isso.-falou Braco e eu encarei a água lá em baixo.

 -Deram sorte, eu amo água.-falei tirando a camisa e os vans que eu estava usando.-Eu ganho alguma coisa se eu sair ileso?

 -Não.-reponderam em uníssono e eu dei de ombros, respirei fundo e me postei na beira da pedreira.

 -O QUE ESTÁ FAZENDO, IDIOTA?-escutei a voz de Violetta gritar, olhei para baixo e vi a mesma perto da água. O lugar devia fazer muito eco ou a Violetta é boa de garganta.

 -NÃO É DA SUA CONTA!-rebati no mesmo tom.

 -VOCÊ É IRRITANTE, SABIA?

 -Digo o mesmo de você.-murmurei para mim mesmo, dei alguns passos para trás e pulei, meus pés foram os primeiros a sentir o impacto da água. Meu corpo todo estava em baixo d'água, abri os olhos e vi alguém se aproximar, era uma garota, senti sua mão delicada me puxar para cima e quando fui reclamar por ela ter me puxado para cima, senti minha bochecha esquentar pelo tapa que ela deu. A garota era loira de pele branca, fiquei encarando ela com o cenho franzido, não estava com raiva, eu só achava aquele rosto bem familiar.

 -Você não para, não é?-perguntou irritada e eu permaneci calado.-Tem sempre que fazer estravagância, seu idiota?-perguntou e eu vi seu rosto ficar vermelho de tanta raiva.-Pois fique sabendo que aqui não tem nenhum show de dublês! Céus! Já pensou no que aconteceria se algo desse errado, você batesse a cabeça e desmaisse?- gritou e eu sorri largamente. Como é que eu pude esquecer aquela loira histérica?-E VOCÊ AINDA SORRI!-gritou indignada, começando a jogar água em mim, gritei para ela parar e ela parou.

 -Ludmila?-perguntei e ela jogou água em mim de novo.

 -Não, é o papa!-exclamou irônica.-É claro que é a Ludmila.


        [...]


       Saimos da água e ela estava um pouco mais calma, era o que parecia. Depois de tantos anos longe, não achei que ela fosse mudar tanto(bom... só a aparência, porque ela continua sendo histérica). Ela foi pisando duro até a Violetta e pegou uma toalha, me aproximei delas e passei a mão pelos cabelos enxarcados.

 -Então, prima, como foi lá em Paris?-perguntei e ela não respondeu.-Vai ficar com raiva de mim?-perguntei e ela ficou em silêncio.-Lud...

 -Víh, fala para esse panaca que se ele não calar a boca eu vou fazer com que o meu 37 acerte bem no meio das pernas dele.-resmungou Ludmila e Violetta me encarou.

 -Você ouviu.-falou ela e eu revirei os olhos.

 -Fala para essa garota chata que aquilo não foi motivo para tanto chilique.-falei para Violetta e a mesma se levantou indgnada.

 -Quer saber? Eu vou dar o fora, vocês que se etendam.-resmungou saindo dalí.

 -Eu vou tomar banho.-murmurou Ludmila se levantando e indo embora.


          [...]


      Depois de tomar banho e colocar uma roupa, eu vi que eram 6 horas da noite e eu estava com fome. Me dirigi até o refeitório e vi o local cheio, andei por todo o local e fui para a fila para pegar o meu jantar, quando consegui pegar, eu ouvi um grupo de garotos conversando, um deles era o monitor do acampamento, o que me chamou atenção na conversa deles, foi ele ter tocado no nome da Violetta.

 -Eu vou pegar.-falou o monitor com um sorriso malicioso no rosto.-Ela ainda vai parar na minha cama, anotem isso: eu vou ter a Castillo toda para mim em uma única noite.-uma raiva incondicional tomou conta de mim ao ouvir aquilo, eu não pensei em nada, eu só agi. Joguei a bandeja no chão e a atenção de todos vieram para mim, fui andando em passos furiosos na direção do monitor e quando estava perto o suficiente, soquei seu rosto com toda força que tinha, ouvi muitos sons de espanto e ele se levantou irritado.

 -Qual é o seu problema, seu filho da mãe?-perguntou irritado, ele me empurrou e eu o empurrei de volta.

 -Você é o meu problema!-exclamei tentando ir para cima dele, só que eu senti vários braços me segurarem.

 -Você é louco!-gritou e todos ficaram ao nosso redor.

 -É, eu sou! Então fica longe dela! Se você encostar um dedo sequer na Violetta, eu te mato, imbecil!-rebati furioso e eu sorriso sacana apareceu no seu rosto.

 -Do que está falando, León?-escutei Violetta perguntar, olhei para o lado e a vi com a Luh, a Fran e a Cami, puxei os meus braços e consegui me soltar.

 -Nada.-murmurei saindo dalí, passei pelo monitor e bati meu ombro no dele.


           [...]


     Assim que entrei na cabana, eu me joguei na cama e suspirei cansado, foi quando eu senti algo incomodar as minhas costas, me sentei na cama e vi um livro, não, não era um livro, era o diário de Violetta que eu tinha roubado dela alguns anos atrás, abri o mesmo e comecei o folheá-lo, até encontar uma página que me chamou bastante atenção.

 Eu me deitei na cama ainda lendo o diário dela, quando as palavras da minha mãe vieram na minha cabeça.


  *Flash back on:

 -Você não pode odiá-la tanto assim.-murmurou me encarando.

 -Eu odeio, mãe. Eu a odeio tanto quanto ela me odeia.-rebati e ela me encarou pensativa.

 -E se ela não te odiasse, você ainda a odiaria?-perguntou esperançosa.

 -Isso seria impossível...-ela me interrompeu.

 -Tudo bem, mas e se não fosse impossível, ainda a odiaria?-tornou a perguntar e eu fiquei pensativo.

 -Não sei, eu acho que não.-respondi incerto e ela sorriu.

 -Trate-a bem e ela irá fazer o mesmo, Violetta é uma menina boa, ela sabe perdoar, León.

  [...]

 *Flash back off.

  
     Eu teria que mudar para que ela parasse de me odiar?  Respirei fundo e tentei me lembrar de algum momento em que eu tratei ela bem,só que nada vinha. Será mesmo que eu passei 5 anos tratando aquela garota mal? Mas por que eu estou me importantando? Sempre foi assim. Desde sempre nos odiamos. E por que eu me importei quando escutei aquele idiota falar aquilo dela? Por que eu me irritei com aquilo se eu ia fazer a mesma coisa com ela? O que deu em mim?

 "Corre, chato!"

 Lembrei de um único dia em que esquecemos das nossas diferenças, foi há 4 anos atrás, estavamos na minha casa. Meu pai tinha pedido para nós lavarmos o carro dele e, do nada, nós começamos uma guerra de água, eu peguei um belo de um resfriado naquele dia. Sorri ao lembrar da careta que ela fez quando eu joguei espuma dentro da sua boca, ela tentou revidar, mas acabou certando minha mãe e minha mãe também entrou na brincadeira, ela estava tentando nos molhar quando o meu pai apareceu, o resultado foi o terno do meu pai enxarcado, eu pensei que ele ia ficar irritado, mas aí ele correu até a minha mãe, a agarrou pela cintura e se jogou na piscina com ela, eu fiz a mesma coisa com a Violetta, ela não gostou muito, já que ainda não sabia nadar, ela ficou agarrada a mim e gritava para eu não soltá-la, foi engraçado ver o desespero dela quando eu fingi que ia soltá-la na parte funda da piscina. Com certeza foi o dia mais incrível que passamos juntos, na verdade, o único dia.

  [...]


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Notas finais do capítulo

Isso mesmo, pessoas! Hoje foi só o Lê que narrou.
O próximo capítulo já está pronto, mas eu só vou postar depois.
Mais uma vez obrigada pelos comentários.
Bjs, Lindas!