Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 21
Ser desprezível


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, gente!
Olha quem sumiu!
Eu queria me desculpar, eu nunca fiquei tanto tempo assim sem postar, mas é que minha vida tá uma correria só.
Quero muito agradecer aos comentários no capítulo anterior, amei todos eles.
Vejo vocês lá em baixo!



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   LEÓN

 

 Me sentei devagar na cama, olhei por sobre o ombro e vi Violetta dormindo serena, sorri e me levantei, não queria acorda-la, até porque eu ia conversar com a Lia sobre o Germán e ela não deveria ouvir. Andei em passos lentos para fora do quarto e fui em direção à sala de Lia, assim que entrei no cômodo percebi que ela estava em reunião com o pessoal. Encarei Lia por alguns segundos e ela pareceu entender o que eu queria, ela pediu lincença e veio até mim, me puxando para a minha sala. Eu percebi pelas mãos tremulas de Lia que ela estava tentando ser forte, que ela estava tentando esconder a dor da perda, eu imaginei que a Violetta tentaria fazer o mesmo e eu não pude conter a dor que cresceu no meu peito.

 


 -Contou para ela? - perguntou com a voz baixa.

 


 -Não. - respondi e ela respirou fundo. - Lia, tem certeza que ele morreu? Quer dizer, você viu o corpo?

 


 -Não, mas os seus pais sim.

 


 -Quem matou ele?

 


 -Não sei, León, mas eu desconfio que tenha sido o Nicholas.

 


 -Nicholas? Mas ele não estava preso aqui? - perguntei incrédulo.

 


 -É, só que ele fugiu, eu não sei como, mas tudo indica que há um traidor entre nós.

 

 

 

 

 

     [...]

 

 

 

 

 


        VIOLETTA


    A primeira coisa que fiz ao acordar foi olhar para o lado, mas o León não estava lá. Me espreguicei e fui dando passos lentos para fora do quarto, assim que saí, dei de cara com um León preocupado, ele estava prestes a abrir a porta. León passou as mãos pela nuca e respirou fundo.

 


 -Violetta, precisamos conversar. - murmurou com o tom de voz sério. Lá vem merda!

 


 -Geralmente, quando as pessoas falam assim, não vem coisa boa. - murmurei. - León, por favor, não quero notícias ruins.

 


 -Lamento, mas as notícias são as piores possíveis.

 


 -É sobre o meu pai? - perguntei, temendo que fosse verdade.

 


 -Como sabe?

 


 -Eu escutei ontem, quando fui pegar o violão, não escutei tudo, só que eles falavam do meu pai. - respondi e ele pôs as mãos nos bolsos da calça. - O que houve com o meu pai, León?

 


 -Preciso que tenha calma, Violetta.

 


 -Estou calma, estranhamente calma. - murmurei e era verdade, estava com dificuldade em lembrar das coisas e a única coisa que eu lembrava do meu pai era o nome.

 


 -Violetta... o seu pai... ele.... morreu. - falou com dificuldade e eu fechei os olhos. - Eu sinto muito. - sussurrou me abraçando, eu abri os olhos e retribuí o abraço. - Entendo se quiser chorar.

 


 -Eu não quero. - balbuciei e ele me encarou com o cenho franzido.

 


 -Não quer?

 


 -Eu não lembro de nada, León, eu queria chorar por ele, só que não me vem nada sobre ele, não me vem um motivo para chorar, é como se ele fosse um... estranho.

 


 -Não te vem nada na cabeça, meu amor? - perguntou preocupado e eu abaixei a cabeça, me preocupava com a ideia de nunca lembrar. - Violetta, isso é sério, o que eles te deram? Precisa ir à um médico.

 


 -Não, eu não preciso, eu vou lembrar, León.

 


 -Meu amor, isso não é normal, você está a quase 1 mês sem suas memórias, temos que te levar ao médico, talvez ele consiga retirar a substância que injetaram em você. - replicou e eu assenti contragosto, eu tinha uma sensação estranha quantos aos médicos em geral, eles me davam medo, geralmente, eles são portadores de boas e más notícias, ninguém nunca sabe que resposta esperar deles e isso é assustador.

 


 -Tudo bem, se você quer. - murmurei, ele levantou a minha cabeça e eu vi um sorriso lindo dançando nos seus lábios, aquele que dizia que ele estaria comigo sempre me protegendo. - Ele sabia ou não da máfia? - perguntei e León negou.

 


 -Ele não sabia da máfia, fizemos você acreditar que sim, mas não, ele não sabia. Sua mãe teve que fingir a sua morte, para poder ir embora, vocês corriam perigo estando perto dela e ela não queria perder vocês, mas parece que os idiotas dos seguranças que ela botou na cola de vocês não prestou a devida atenção nele.

 


 -Como ele era? - perguntei e ele pareceu pensar um pouco.

 


 -Bom, eu não sei muito, ele só vivia trabalhando, mas a única coisa que eu sei é que vocês tinham um relacionamento difícil, mas ele te amava muito e fazia questão de dizer isso toda vez que estava com os meus pais, eu não sei como ele te tratava quando vocês estavam sozinhos, até porque você e eu não nos falávamos muito. - falou e eu assenti, me senti culpada por não me lembrar do meu próprio pai, que tipo de filha não fica triste ao receber a notícia que seu pai morreu? - Ei, não fica assim, não é culpa sua não se lembrar.

 


 -Eu sei, só que... - suspirei. - Me abraça. - pedi e sem pensar duas vezes me abraçou.

 


 -Tem mais uma coisa que eu tenho que te contar. - falou e eu permaneci em seus braços.

 


 -O quê?

 


 -O Nicholas fugiu. - ao escutar aquilo, eu me afastei dele.

 


 -Como?!

 


 -Ao que tudo indica, temos um traidor entre nós. - balbuciou e eu assenti, o meu pai morreu, o Nicholas fugiu e temos um traidor na máfia, com certeza as coisas vão piorar.

 

 

 

 

 

    [...]

 

 

 

 

 

   DIEGO


 O verão estava acabando e eu não tive uma notícia sequer da Francesca, quando ela foi se despedir me prometeu que ligaria e, até agora, eu não recebi nenhuma ligação dela. As coisas meio que mudaram depois que o pessoal saiu, o Leonardo e o Tomás sumiram misteriosamente. O Marco me odeia, só por saber que a Francesca queria manter contato comigo; a Lara anda muito irritada ultimamente, sempre resmungando: "O León foi embora e, com certeza, foi para ficar com a vagaba da Violetta.", ela tem sorte que a Violetta não esteja aqui para se defender.

 


 -Recebeu alguma notícia da Francesca? - escutei a voz do Marco atrás de mim, eu me virei e o vi de braços cruzados.

 


 -Não, para quê quer saber? - perguntei cruzando os braços assim como ele.

 


 -Você acha que ela vai te ligar? - perguntou irônico e eu apenas o encarei. - É melhor esperar sentado, que em pé vai cansar. - após essa frase o meu celular tocou, peguei o celular e sorri ao ver o nome da Fran e seu rosto estampado na tela do mesmo, mostrei o celular para o Marco, que travou o maxilar, claramente irritado e foi aí que eu atendi.

 


   Ligação on

 

 Diego: Oi, Fran.

 

 Fran: Oi, Diego. Olha, me desculpa por ter demorado tanto para ligar, é que eu estou com o tempo corrido e eu nem sei como consegui tempo para te ligar. - escutei a voz dela meio cansada do outro lado da linha e eu franzi o cenho. Onde está a Francesca enérgica que eu conheci? - Minha vida está uma loucura, meus pais estão me matando com tantas coisas. - escutei ela suspirar e eu saí andando para me afastar do Marco. Francesca me contou que seus pais são engenheiros e querem que ela assuma os negócios da família.

 

 Diego: Você deve estar exausta, devia descansar.

 

 Fran: Não é que eu esteja cansada, só... me sinto fraca, impotente, tenho coisas para resolver que te deixariam maluco.

 

 Diego: Quer me contar? Talvez eu te ajude. - falei e fez-se um enorme silêncio do outro lado da linha, até cheguei a pensar que ela tinha desligado, mas não, porque eu ouvi o som da sua respiração.

 

 Fran: Bom... meus pais descobriram que os números do orçamento estão caindo visivelmente e que não estamos lucrando em nada, tem alguém aqui dentro que está fazendo esses números caírem e nós não sabemos de quem desconfiar.

 

 Diego: Tem alguém roubando vocês? É isso?

 

 Fran: É, eu não sei o que fazer, Diego. Como descobrimos se alguém está mentindo ou não?

 

 Diego: ... - ela não me deixou responder.

 

 Fran: Não, chega! Eu te liguei para falar de nós, não de trabalho.

 

 Diego: Sobre Nós? - perguntei e um sorriso involuntário apareceu no meu rosto.

 

 Fran: É, esperava o quê? Um dia eu vou voltar, e você está me devendo um encontro.

 

 Diego: Sinto sua falta, esse acampamento é uma merda sem você, sabia? - perguntei e pude imagina-la sorrindo convencida do outro lado da linha.

 

 Fran: É claro que sei, eu sou incrível! - exclamou e eu ri.

 

 

 


    [...]

 

 

 

 

 


   NICHOLAS


        -Eu tenho mesmo que fazer isso? - perguntei me sentindo derrotado por dentro.

 

 -É claro que tem, mate-a. - ordenou, eu abaixei a cabeça e escutei seu riso fraco. - Não me diga que se apaixonou.

 

 -Não acredito que vai fazer isso com ela. - murmurei levantando a minha cabeça para encarar o ser desprezível que estava na minha frente.

 

 -Pois acredite, você vai fazer isso e não vai voltar atrás, me entendeu? - bravejou e eu apenas assenti.

 

 -Eu só acho que aquela garota não merece passar por isso.

 

 -Se você mudar de ideia...

 

 -Eu não vou, só não se esqueça, que depois disso, eu não quero mais ver você, ser desprezível. - e com essas palavras eu me retirei daquele local.

 

 

 

 

 

    [...]

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então?
Quem será que está mandando no Nicholas? Quem está organizando tudo isso para machucar a Violetta?
Espero que tenham gostado!
Bjs!