Tigris Ice- A Penitência De Uma Espada Divina escrita por Papanoob666


Capítulo 1
Capitulo 1: (Prólogo) O acorde da Morte


Notas iniciais do capítulo

O inicio da maior guerra do mundo, a guerra que ameaçava extinguir a raça humana assim como toda e qualquer forma de vida na Terra, a guerra divina.



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Em uma decrépita floresta no reino de Kavlaan, quando o sol em meio ao céu se encontrava, atravessava vagarosamente um caçador, que por seu caminho via arvores apodrecidas de madeira rústica e frestas de sol que ultrapassava as folhas. Chamava-se Marcel o “Jugo” trajado de uma malha de couro de Pantera, negra levemente refinada forjado por sua esposa, e em seu ombro carregava um lobo que caçara mais cedo, em sua mão empunhava um machado de lenhar. Marcel era um homem com não mais de trinta e oito anos, alto com cabelos lisos, negros e longos, uma barba curta infamada pela idade, olhos azuis característico de jugos e cicatrizes de combate, Seguia seu caminho sem olhar para os lados, pois aquela era a floresta mais perigosa do reino de Kavlaan nomeada “Sylvam Opacam”, onde habitavam gatunos e magos praticantes de ocultismo que matavam e assaltavam todos que naquele ambiente entravam, andava cautelosamente, até se deparar com uma longa espada fincada no chão a dois metros de sua distância, em uma fenda sombria, o brilho prata divino refletia o sol e atraiu sua atenção e sua cobiça, assim como também a de um gatuno que dentre as arvores surgiu, ao perceber o potencial provável oponente, Marcel se esconde atrás de uma das arvores e espera observando-o, deixando seu lobo escorado em um galho.

O velho gatuno trajava-se de um tecido azul semelhante ao pano e carregava adagas de combate, parecia até um camponês, porém Jugo enxergava a maldade em seu olhar, o homem fazia de tudo, mas não conseguia tirar tal espada do solo. Marcel decidiu atacar e parou de se encobrir atrás das sombras da arvore, aproximando-se silenciosamente e concentrado à retaguarda do gatuno, que parece não perceber, quando estava oportunamente perto do homem, deferiu um golpe com o machado em seu braço direito com força excessiva que acaba arracando-o fazendo esguichar muito sangue, o gatuno solta um grito terrificante e ensurdecedor, Jugo o empurra com medo de que seu barulho atraísse mais inimigos, contra o chão fazendo-o cair de vanguarda o que silenciou o homem, e diz:

— Você escolhe sua maneira de morrer... Pode morrer como um homem sem implorar pela vida, ou como um covarde.

O Gatuno fez com a cabeça o gesto de sim, concordando com sua sentença, Jugo parte a cabeça do homem com o machado manchando de sangue seu rosto e sua malha, vai caminhando até a gloriosa e misteriosa espada, que só conseguiu arrancar do solo com as suas duas mãos, percebeu que eras muito pesada para usa-la em combate, mesmo assim levaria tal tesouro para seu lar, voltou então à árvore e carregaria novamente o lobo levando em um ombro e a espada no outro deixando seu machado em um suporte do cinto, caminhava muito lentamente pois aquela espada era surpreendentemente pesada.

Chegando a seu lar, como sempre era recebido por seu filho pequeno Poll e por sua mulher lulchra de braços abertos, finca a espada no chão contando a grande e gloriosa batalha com o lobo, e também como achou a misteriosa espada, então riu como já era de seu costume adentrando o lobo e a espada a sua moradia. Morava em uma casa simples constituída por tijolos e madeira que se localizava a o lado de um rio onde se banhavam e pescavam, em uma planície verde com pouquíssimas arvores local que sua esposa plantava trigo e arroz. Sempre para caçar jugo fazia um longo trajeto e como aventureiro preferia a dificuldade, a família estava se preparando para o inverno que começará no dia seguinte, sempre no final da tarde jugo treinava Poll com galhos, pois queria que seu filho de apenas cinco anos fosse um grande guerreiro como ele era, já tinha a completa confiança em Poll afinal ele era um “Jugo”.

Sua esposa foi batizada de lulchra em seu nascimento, que se origina de “linda” em latim “bulchra” com o diagrama de lua, se encontrava com trinta e cinco anos de idade, uma mulher muito inteligente e independente, loira dos cabelos longos e olhos verdes, claros como o próprio sol ao bater nas folhas de uma arvore, não havia se quer uma marca de idade ou cicatriz. Sofreu muito do lado de seu marido sempre enfrentando os problemas de cabeça erguida, e após ter Poll se dedica muito à criança.

No passado Marcel o jugo foi um grande guerreiro que matava em nome do rei Thomas Xelars na patrulha elite do reino de Kavlaan com apenas quatro membros nomeada de “interfectorem agni”, todos acovardavam ao ouvir tal nome, eles venceram todas as batalhas que a o grupo foram designadas, por isso seu nome era uma lenda, mas ao ver a maldade e a ganância do rei se rebelaram contra ele, perdendo a honra ao questionar feitos do império, a consequência foi de que todos os membros foram sentenciados a morte, jugo foi o único sobrevivente dos quatro amigos, mas leva com sigo cicatrizes eternas em seu rosto e em sua alma, além de não poder se aproximar mais do reino por ser procurado, desde então Jugo se tornara um homem simples que o único desejo era alimentar e proteger sua família “envelhecer a vendo crescer”.Após achar a espada, passava noites teorizando o motivo de tal tesouro estar em um local tão escuro e vazio, até que a ideia que mais convinha seria de que após suas orações ganhou um presente dos céus, e treinaria seu filho para usar a espada, imaginava os feitos que faria a pequena criança, e todas as noites antes da criança dormir contava histórias de seu passado e dizia “Meu filho, próxima geração dos Jugos, com a espada abençoada será o rei de tudo onde o homem já pisou quem sabe não vire rei da lua” e ria pertinentemente.

Três meses se passaram o inverno já estava se dissipando, quando em uma noite Marcel teve um sonho ilustre...

“Encontro-me em um lugar muito escuro, aproxima-se um homem com uma face decomposta e uma foice de tamanho notável, pergunta-me se já realizei todos os feitos que almejava, então não disse nada só acenei a cabeça que sim, ele me disse que o anjo da morte estava a minha espera”.

Jugo amedrontou-se e sabia que aquilo era uma possível visão, mesmo assim no dia seguinte como de rotina acordou e foi caçar quando o sol na margem ainda nascera, saiu de casa apenas empunhando o machado e a malha de couro na neve fria e neblinosa, andava com pressa para esquentar seu corpo, e quando de sua casa estava muito distante começa a ouvir uma musica que penetrava sua alma, algo similar a uma harpa, se desvia do caminho que sempre seguia, e começa a ir na direção do som quase divino, quando se depara com um homem de costas, tocando uma lira sentado em uma pedra, o local que se encontrava era na entrada de uma floresta de arvores congeladas, a frente do homem com a lira havia o rio congelado o mesmo que cruzava seu lar, Jugo na hora ficou sem reação não sabia se atacava ou se recuava.
O homem com a lira trajava-se de uma vestimenta de frio completamente negra, e em suas costas havia algo similar a uma asa de metal negro, aquela linda musica começava a assustar a Marcel, sem saber se aquele musico representava alguma ameaça começa a se aproximar da retaguarda com esperanças de rende-lo.

—Não dês mais nenhum passo! Disse o musico que se vira de vanguarda para Marcel.

Jugo vê um jovem alto, rapaz de olhos acinzentados e cabelos negros, começa a sentir um arrepio que atravessa sua coluna e estremecendo seus ossos, mas não era o frio, agora era um pressagio ruim, como poderia saber aquele homem tocando a lira à presença de Marcel? O fato amedrontador que assustava Jugo era as místicas asas, além de que não existiam formas de vidas humanas tão próximas a seu lar.

—Marcel de jugo? Eu procurei anos, o que por acaso um humano achou! Ela precisa ser destruída, me dê agora a localização da espada!- complementa em seguida.
Marcel diz com nada mais do que uma sugestão de sorriso no rosto, tentando esconder o medo:

—Não sei do que está falando estranho! Mas se retirar-se agora pouparei sua vida e perdoarei sua insolência.

—Nunca pensei que sairia dos paraísos do inferno para escutar tanta baboseira de um verme, acho que todos os humanos me conhecem como Thanatos lorde das profundezas do Cocytos - disse Thanatos rindo - eu irei te poupar  se me entregar à localização, sinto seu medo Marcel, e você sabe que posso encontrar sem você, isto é, se ama quem no momento está com a espada, eu o vi retira-la do solo, mesmo no momento não podendo fazer nada, fazem três meses que estou tocando minha lira nessa pedra esperando por  você.

“Ele está blefando, pode ser ele que meu sonho me avisou, mesmo que eu a entregue ele não teria nada a perder, poderia simplesmente matar a todos e ir embora, vivi e matei muita gente, chegou agora minha punição então morrerei como um homem, Poll proteja sua mãe”

—Estou falando com você, responda ou encontre seu fim diante dessa fria estrada, posso ler seus pensamentos covardes.

—Destino... Disseram-me uma vez que não tem como mudar o que foi escrito pelos céus, eu nasci e um dia morrerei, se for agora então será defendendo minha família, Thanatos não acredito que seja você mesmo, esperava um ser menos inepto, anjo da morte vamos ver tal habilidade.
 Thanatos ri e diz:

—Mesmo ofendendo-me te dou a piedade de morrer simplesmente ouvindo minha lira, ou então te torturarei até conseguir o que quero e se não conseguir, terá a morte mais terrível de toda a existência da terra, você feriu meu orgulho e decidi que não é tão relevante à espada neste momento! Nunca desejei tanto a morte de um mortal.

Marcel pela primeira vez temia a um inimigo e não conseguia esconder seus medos do anjo, entrou em posição de combate, e disse:

—Sou geração prata e sei que és mortal ao momento que sobe das profundezas, Sei que não te matarei, mas despedaçarei o corpo que “possui”, te banindo temporariamente.

—Essa é minha única entrada na terra, um único servo meu nessa geração do catolicismo, veja por um lado bom, todos temos a perder nessa batalha, esse garoto de dezenove anos me concedeu a alma e o corpo,mas sei que você não conseguirá me atacar, luto a muitas gerações ser tocado por um humano mancharia minha honra não acha?

A musica se para, Thanatos se levanta e tira do que pareciam asas negras, uma grande foice de metal bem trabalhado negro, que ofuscava o brilho fraco do sol que nascia no horizonte, largando sua lira em meio à neve do chão, caminhava em direção de Marcel, ao ver tal reação Jugo também começa a correr no mesmo sentido deixando seu machado em sua mão de maneira que o pudesse atacar, ao olhar para seu caminho antes de chegar a Thanatos, percebe que sua morte se aproximava, com o impulso pula na tentativa de acertar um golpe com efeitos críticos em seu oponente, planejava acertar a cabeça de Thanatos, Marcel tinha certeza de sua vitória, no entanto nos últimos milésimos Thanatos retém o ataque com sua foice, destroçando o machado e ferindo a mão de Jugo, que cai ajoelhado no chão com sua mão sangrando, se sente impotente, se ajoelha, coloca as duas mãos no chão e chora pensando em sua família e a angústia de não poder vê-los mais, pela primeira vez em sua vida viu que não havia esperanças.

—Este rio congelado será seu túmulo, sua morte virá de um modo muito lento- disse Thanatos.

—A morte não temo, e jamais entregarei à você a espada, sempre soube que eras uma bênção dos céus- Responde Marcel rindo.
Thanatos fica enfurecido e o chuta com uma força sobre humana lançando Marcel ao rio congelado, na queda Jugo bate a cabeça no gelo do rio com muito impacto abrindo uma grande ferida esvaindo-se em sangue, mesmo quase desmaiando Marcel via aproximação de seu oponente,  Thanatos andava em sua direção muito calmamente como se estivesse sem preocupações.

—Não pareces muito corajoso agora, é uma pena! - Diz Thanatos Pegando Marcel pelo pescoço e o levantando- Concluiu todos os feitos que almejava projeto falho de deus?

Marcel já estava quase inconsciente, mesmo assim cuspiu sangue na cara de seu oponente, foi quando Thanatos enfurecido o usa para quebrar o gelo do chão o batendo repetidamente, quebrando também ossos de jugo e rachando a superfície congelada, e ao quebrar o gelo, o lança no rio, soltando gargalhadas enquanto jugo lutava para subir na superfície congelada, sendo impedido por Thanatos que pisava em sua cabeça e em seus braços, manchando o lago com seu sangue, mas a resistência de seu corpo não permitiu que continuasse a viver, a hipotermia o fez silenciar a agonia da mente e da alma, sendo ali seu túmulo.

**

Sua esposa fica muito preocupada, jugo estava atrasado para o jantar, e não era de seu hábito, sempre chegara antes do sol cruzar os horizontes e da lua pairar sobre a terra, mesmo no inverno se da para notar a presença de astros universais, mal conseguiu dormir a noite, No outro dia bem cedo, já floresceu a primavera, e lulchra caminhava com seu filho Poll no colo em busca de seu marido, seguindo as pegadas de Marcel que ainda estavam bem evidente mesmo com a neve se derretendo, caminhou a um certo ponto da trilha até perceber um desvio muito inexplicável, pois conhecia o caminho que seu marido trilhava todos os dias, até achar o seu fim, saiu na entrada de uma floresta de arvores que começavam a descongelar e a florescer, no chão via sangue, estilhaços de alguma arma e um instrumento de corda próximo a pedra,  e pegadas que davam muito próximas do rio, ao observar a água congelada, via sangue que pintava a neve, algo muito terrífico, larga Poll e corre seguindo o rio onde se encontrava seu finado marido congelado, ao ver, o desespero a fez gritar, de forma aguda e ensurdecedora que assusta a criança e a faz esvair-se em lágrimas, acalma Poll, porém não consegue conter suas lágrimas que descem em seu lindo rosto branco como a lua e atinge o rosto da inocente criança.

“Um grande e forte homem com quem me casei, sabe Jugo pode estar morto, mas sempre viverá em minhas memórias, nunca deixarei seu filho esquecer-se de tal nome "Marcel de jugo" o guerreiro mais forte de todo o reino, sei que morreu lutando e não desistiu a nenhum segundo, mas o destino é o Que é, nem sempre como queremos, nem sempre como imaginamos, mas Como sempre trilhamos. ’’ - Lulchra.


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Notas finais do capítulo

Me doeu muito matar Marcel... Mas foi necessário.



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