A Vida Por Tras Da Vida Real escrita por Amanda Katherine


Capítulo 13
Despedida.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora. Espero que gostem, beijoos.



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Era ela, eu tinha certeza. Ela não virou apenas um zumbi, mas sim um monstro. Orochimaru sabia que eu ia voltar, um dia para vinga-los, e a modificou sabendo que eu não suportaria vê-la assim.

— De... Deborah? – disse num fio de voz. A mesma apenas fez um barulho estranho com a boca e começou a avançar.

— Sakura, vem! – me puxou Sai enquanto Tsunade saía dali com Kakashi.

    Eu não conseguia me mexer, estava atônita. Vê-la daquele jeito e imaginar que parte da culpa era minha por tê-los deixado para morrer. Ela poderia estar do jeito que estava, mas ainda duvidava se ela seria capaz de me machucar, ela tinha que se lembrar de mim.

— Sakura! – exclamou Sai me puxando para trás, fazendo com que seu machado quase acertasse em mim, logo o cravando no chão e a mesma o puxou na tentativa de solta-lo. Me despertei de meu transe.

   Comecei a correr, o mais rápido que podia. Meus olhos embaçados pelas lágrimas que escorria pelo meu rosto.

  Eu juro, pela minha vida, que Orochimaru vai pagar cada momento de dor que nos fez passar. Cada vida perdida, cada sangue inocente derramado. Ele vai pagar!

  Olho para trás e a mesma consegue retirar seu machado do chão. Ela nos olha e solta o grito mais alto e angustiante que eu já vira em toda a minha vida. Ela começa a correr como nunca antes, suas pernas mais compridas, fez com que nos alcançasse rapidamente. Entramos numa lada e logo que fechei a porta, ela lançou seu machado, fazendo o mesmo ficar preso na porta.

— Você conhece aquilo? – perguntou Tsunade ofegante. Estávamos todos ofegantes.

— Ela... ela era minha melhor amiga no tempo em que estive aqui... – disse cabisbaixa tentando controlar tanto o folego quanto a vontade de chorar.

Começamos a vasculhar a sala, em busca de uma outra saída. Mas havia apenas um grande vidro, onde dava a vista de um andar abaixo com zumbis.

— Ou enfrentamos os zumbis, ou ela! – disse Kakashi.

— Enfrenta-la? Teríamos que a matar e eu não quero fazer isso. Tem de haver alguma cura! Tem de haver. – disse dando um murro no vidro, o que o partiu em milhões de pedaços.

Todos já haviam pulado e eu, quando subo na janela, olho para trás e ouço um grito estridente de Deborah e a mesma arromba a porta e corre em minha direção, me grudando, e junto de seu impulso, caímos até lá embaixo, abraçadas.

Ao chegar no chão, meu ar havia sumido. A pancada foi tão forte, que eu me contorcia no chão, tentando respirar.

Deborah, por outro lado, já havia se levantado e pegou minha kunai, ao lado de minha cintura. Meus companheiros lutavam contra os outros zumbis que haviam no local.

— Sakura... – gritou Sai. – Corre! – disse ele, enfiando sua kunai no pescoço de um zumbi e partindo para outro.

Empurrei Deborah e me levantei, peguei minhas Shurikens e desferi nos zumbis a minha frente, fazendo com me liberasse caminho. Corri em direção à porta de saída e antes de chegar lá, Deborah agarra meus tornozelos.

Caio no chão e quando me viro para ela, vejo seus cabelos envoltos de meus tornozelos. Ela se aproxima e se ajoelha, levanta sua mão com minha kunai e mira em mim.

— Deborah... – sussurrei. – Você não é assim. Eu sei que em algum lugar ai dentro, você está lutando!

Ela parou seu movimento e com sua mão erguida, ela soltou a kunai, que faiscou ao cair no chão.

— Sa.ku.ra. – disse ela com a voz rouca, arrastada e lenta. Parecia mais um robô falando. Meu Deus, o que fizeram com ela?

— Sim... sou eu... sou eu. – disse com lagrimas nos olhos. – Sou eu, Deborah.

— Sa.ku.ra eu... – ela tentava dizer e parece que a cada tentativa, ela sentia dor. – Eu... não. Consigo. Eles... me. Machucam.

— Não tem problema, não fale muito se isso te machuca. – disse me levantando.

A abracei, era entranho, pois aquele não parecia ser o seu corpo, mas era... Modificado, mas era. Ela me abraçou de volta, seu corpo tremia. Pude então perceber que ela chorava.

— Deborah, deve haver uma cura. Eu vou encontrá-la. – disse e ela negou com a cabeça. Seu choro mais parecia um ruído e isso dilacerava meu coração.

Logo seu olhar se transforma de desespero para ódio. Ela me empurra, me fazendo cair no chão e deslizar para longe dali e corre como se fosse um leão para a porta que estava atrás de mim. Seus cabelos, que esticavam, grudam a kunai que ela havia deixado cair e leva a mesma até sua mão. Mas não havia nada na porta. Ela pula no ar e volta em direção ao chão com as duas mãos envolta da kunai, assim que ela quase chega ao chão, a porta se abre num estrondo, revelando dois cachorros, fazendo com que quando Deborah pousasse, a kunai acertasse a cabeça do cão. Os cachorros tinham duas cabeças cada, com línguas enormes e divididas ao meio.

O outro cachorro gruda em sua perna, a mordendo. Então ela pega a kunai e enfia na cabeça do mesmo.

Saio de meu devaneio quando um zumbi gruda em mim. Suas unhas me arranham. DROGA!

Pego minha arma e acerto um tiro no meio de sua cabeça e só então, vejo que aquele zumbi, era outro de nosso antigo grupo. Fico perplexa, vendo seu corpo definhar e encolher como se não houvesse ar dentro dele, como se fosse plástico, até ele secar por completo e sobrar apenas a caveira do mesmo.

Sinto meu estomago embrulhar com essa cena, mas logo me distraio com mais e mais zumbis vindo em cima de mim.

Estávamos lutando com toda precisão do mundo. Olho para a porta e vejo eles lá, parados. COMO É QUE SAIRAM DE LÁ?!

— Que porra estão fazendo aqui? – grito e Ino me encara desesperada, logo pegando suas armas e lutando contra os zumbis.

— Não podíamos ficar lá parados. – disse Neji que também começara a lutar.

Aquela sala mais parecia com um massacre. Nunca vi tanto sangue em toda minha vida. Todos estavam lutando, inclusive Deborah, que me defendia dos zumbis.

Quando o último deles foi morto, Ino chegou perto de mim e me mostrou uma seringa. Era... a cura?!

— Ino... Onde conseguiu isso? – perguntei.

— Na sala onde estávamos. Estava dentro de uma gaveta, numa maleta trancada, a quebramos é claro. Eram para ser duas, mas uma se quebrou como impacto de quando quebramos a maleta.

— Deborah... – disse e ela se aproximou. Todos ficaram a olhando atentamente, a analisando. – Isso pode lhe trazer ao normal. – disse feliz.

Logo sinto uma pontada na cabeça e caio de joelhos no chão. Olho para meu braço arranhado pelo zumbi e o mesmo estava cheio de veias que se mexiam, parecendo minhocas. Eu estava me transformando... Droga!

Fico novamente em pé, meio arcada, segurando meu braço com a mão livre.

— Sakura, o que houve?

— Eu fui infectada!

Deborah dá um grito muito alto e estridente, levando as mãos a cabeça e caindo de joelhos. Seu olhar era novamente de ódio. Ela foi até Ino e puxou a seringa de sua mão. Ela correu até mim e me grudou pelo pescoço, me arrastando até o outro lado da sala.

Meus companheiros correram para me ajudar, mas os cabelos de Deborah os impediram de se aproximar.

— Deborah, o que está havendo? – perguntei com dificuldade e ela fechava seus olhos com força.

 Eles estavam controlando ela?!

— Deborah... – disse assim que suas mãos botaram mais fora em meu pescoço.

Ela me olhou com os olhos arregalados e soltou de meu pescoço, e, de surpresa, ela enfiou a seringa em mim.

— Nããããooo. – gritei sentindo uma dor terrível no peito. Essa era a única chance de traze-la ao normal e ela desperdiçou comigo.

— Por.favor.faça.isso.parar. – disse ela rouca. – Me.mate. – neguei com a cabeça.

Eu chorava copiosamente pelo estado em que nos encontrávamos.

— Atire.aqui.Sakura. – disse ela levando as mãos ao peito. – Por.favor. Eu.não.aguento.mais! – disse ela com dor e novamente avanando em mim.

Eles realmente estavam a controlando.

— Deborah, eu não posso. – disse angustiada.

— Por.favor.Sakura! – disse ela mais alto.

E eu levei minhas mãos a minha cintura pegando a arma e apontando para seu peito lentamente. Fecho os olhos e destravo a mesma. Sinto sua mão por cima da minha e ela aperta seu dedo, acima do meu, fazendo a mesma voar para longe com o tiro que acertou em cheio seu peito.

Corro até ela que estava se contorcendo no chão. O que está havendo com ela?!

Me abaixo até ela e ela estava voltando ao normal.

— Sakura... – diz ela cansada.

— Estou aqui. Estou aqui... – digo afagando seus cabelos.

Ela havia voltado ao normal. Estava nua. Tsunade tira o sobretudo que usava e o coloca sobre ela.

— Você realmente voltou! – disse ela. – Obrigada. Você foi a melhor amiga que eu já tive. Usei a cura em você porque sei que você é capaz de matar Orochimaru. Você é capaz de vingar todos nós. Eu acredito em você! – disse ela chorando e eu sequei as lágrimas de seus olhos.

— Vou sim! Eu vou vingar todos vocês!

— Eu te amo, Sakura!

— Eu também te amo, Deborah. – digo chorando, vendo a mesma fechar os olhos lentamente e morrendo.

Eu juro pela minha vida que Orochimaru irá pagar pelo o que fez!


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Notas finais do capítulo

Até o próximooo. XOXO.



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