História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan
Notas iniciais do capítulo
Mais um! =D
Enjoy, Minna-san! o/
Enquanto os testes eram feitos, o jovem capitão permanecia sentado e emanando uma leve e fria reiatsu. Tendo a garota apoiada em seu peito desnudo, ele observava constantemente os detalhes da morena e estando tão próximos, mesmo que fraca, o rapaz podia sentir a respiração de Karin e isso, de alguma forma, lhe causava um pouco de paz.
Enquanto sua irmã trabalhava, Mahiro analisava disfarçadamente o capitão com a garota perto de si. A sala estava mais fria graças ao resfriamento gerado pelo grisalho, uma leve névoa se formou ao redor dos pés do mesmo e a sensação térmica do cômodo se mostrou ainda mais baixa do que a própria temperatura que caía com o poder do jovem.
O assistente olhou para a feição do grisalho que parecia ter relaxado ao menos um pouco, mas que tinha sua atenção voltada unicamente para Karin que estava deitada em seu colo. Aproveitando-se da distração temporária do capitão, Mahiro direcionou seu olhar diretamente para as asas da morena, entretanto, estreitando seu olhar logo em seguida e se questionando se por acaso a refração do líquido do tanque criogênico havia alguma vez lhe enganado. As asas da garota pareciam ligeiramente diferentes de antes, ao menos pareciam um pouco menos translúcidas e mais espessas, além de mais completas do que antes.
O homem quase deu um grito quando seu coração pulou de susto ao ouvir a voz de Matsumoto aparecer perto de si.
— Taichou, o que está acontecendo aqui?! - Perguntou ela em tom alto e até um tanto desesperado.
— Matsumoto… - O capitão logo reconheceu-a. - Tivemos um problema com o tanque durante a noite. - Simplificou.
— Mas a Karin-chan está bem, né? - Questionou enquanto dava a volta na bruta pilastra e logo se acalmando ao ver a garota nos braços do mais jovem.
— Ao que parece, está sim. - Respondeu de forma rápida e evitando o olhar da ruiva, mal sabendo que não havia feito escolha melhor.
Matsumoto respirou aliviada, mas logo um sorriso satisfeito e um olhar um tanto malicioso cruzou seu semblante ao ver o “quão bem” ficava a morena dormindo nos peito desnudo do rapaz e o quanto lhe fazia bem, pois este claramente havia relaxado mais.
Mahiro reparou na estranha expressão da tenente, mas seu senso de sobrevivência lhe dizia fortemente para não interferir e se possível, até se afastar um pouco enquanto a ruiva se aproximava de forma suspeita, dando a volta na cadeira do grisalho e parando atrás dele para cochichar algo próximo de seu ouvido.
— Taichou… - Chamou em tom malicioso. Hitsugaya, que bem conhecia a personalidade da tenente, estalou a língua e virou o rosto para um outro lugar qualquer enquanto tentava ignorar a voz que lhe incomodava. - A Karin-chan parece bem acostumada e muito bem acomodada no seu colo… O que andou fazendo com essa criança? - Insinuou ela.
O rapaz tentava controla seu constrangimento e rubor, bem como sua irritação pela notável provocação. Rangendo os dentes e franzindo o cenho em desgosto, Hitsugaya ignorou pois geralmente iria mandar a mulher inconveniente ir trabalhar, mas agora não mais podia usar essa estratégia.
— Cale a boca, Matsumoto. - Ordenou o rapaz em tom baixo e moderado; e ainda evitando olhar para a subordinada. - O que faz aqui a esta hora? - Era a real dúvida que lhe consumia.
— Fui ao escritório e ainda estava trancado, então imaginei que o senhor estava por aqui… - Explicou aparentemente sem pretensões, mas logo um sorriso travesso se alargou. - Acertei... - Declarou. - E o senhor, o que faz semi-nu com uma jovem no colo? - Perguntou fazendo questão de usar os termos adequados para o efeito desejado.
Conseguiu.
O capitão tornou-se rubro e finalmente esbravejou como sempre fez.
— Pare de falar besteiras e vá trabalhar, Matsumoto! - Exclamou, assustando e chamando a atenção dos outros dois shinigamis.
Matsumoto se afastou um pouco do rapaz, porém ria muito satisfeita com o resultado, pois há muito tempo não via o jovem se portar daquela forma.
O assistente olhou confuso a reação do capitão e, principalmente, a confusa expressão alegre que a ruiva adquirira ao levar uma advertência do grisalho.
— Hitsugaya-taichou, está tudo bem? - Quis saber o homem vendo o grisalho manter o rosto o mais virado possivel.
— Não me perturbe também, Masashi, não estou com paciência. - Declarou em alto e bom som, porém, desta vez o assistente não sentia qualquer sinal de mau-humor ou de ira, além de que pelo ângulo que via, o rapaz parecia estar com as bochechas infladas enquanto resmungava algo.
Mahiro ficou ainda mais confuso e a tenente logo percebeu, rindo-se ainda mais do assistente meio tapado e do capitão à praguejar baixo.
Mayumi, por outro lado, já saía do tanque enquanto olhava concentrada para a ferramenta em sua mão.
— Mayumi-nee, conseguiu algo? - Questionou o irmão.
— Não sei. - Respondeu pensativa. - O leitor de temperatura está em ótimo estado, o alimentador também parece estar e nenhum componente da máquina parece ter mais energia do que deveria ter. Em resumo, não houve qualquer roubo de energia pelo tanque. - Constatou.
Hitsugaya franziu o cenho, não gostando muito do que ouvira. Um mau pressentimento lhe afligiu e ele logo se levantou para colocar Karin de volta no tanque.
— Seja como for, quero os relatórios precisos de tudo que avaliou. - Dizia ele caminhando com a morena no colo.
— Com toda certeza, capitão. Farei-os hoje ainda e lhe entr - A voz da mulher foi cortada assim que o capitão passou ao seu lado, pois a ferramenta em sua mão “gritou” em um silvo longo e que assustou à todos.
— O quê? É impossível! - Exclamou a oficial olhando para o dispositivo em sua mão.
— O que está acontecendo? - Questionou o grisalho.
— Acho que está com defeito… Ela deveria indicar algum roubo considerável de energia, mas estou longe do tanque, então… - Ao olhar confusa para o grisalho, encontrou um rosto pálido e petrificado.
— Taichou… A Karin-chan… - A ruiva fora a única que entendeu o que acontecera com o superior e sua voz logo o despertou.
— Saíam daqui… - Ordenou roboticamente.
— Taichou? - Disse confusa a ruiva.
— Saiam daqui! É uma ordem! - Exclamou o rapaz irritado. - Saiam daqui e só voltem quando eu ordenar! Agora! - Exclamou ainda mais alto.
Matsumoto calou-se e apenas pediu para que os dois irmãos à acompanhassem em silêncio, deixando assim o capitão sozinho no laboratório com a jovem em seus braços.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! o/
Até o próximo capítulo!
Abraço e Sayounara, Minna-san! o/