História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 6
Capítulo 6 - CULPA


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, voltei! =D

E as peças vão começar à se encaixar em breve!

Enjoy, Minna-san! o/



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Após a promessa que havia feito ao assistente, Matsumoto passou o resto do dia explicando coisas básicas sobre o funcionamento do pequeno laboratório - nada muito especifico, apenas o que parecia trivial mas que era necessário. Realização de relatórios, checagem de resultados, verificação do estados de funcionamento das máquinas, e principalmente, a temperatura interna e nível de reiatsu armazenado no tanque usado por Karin. Não importava o que fosse, aquele tanque deveria ser mantido sempre à mesma temperatura de sempre, além disso,  o principal combustível do refrigerador da máquina era o poder espiritual de Hitsugaya e deveria ser mantido sempre a um nível seguro para não comprometer seu funcionamento, e assim o capitão deveria ser informado diariamente sobre seu estado.
 

No dia seguinte, Mahiro já esperava no laboratório pela chegada da tenente e embora não deixasse transparecer em sua expressão, estava ansioso pela revelação que ela deveria lhe fazer hoje.
 

Enquanto analisava os papéis referentes aos últimos resultados com as alterações antes já mencionadas por Urahara, o assistente mantinha-se intrigado. Todo o funcionamento parecia estar perfeito, no entanto, não explicava o que de fato acontecia para que a temperatura mostrasse qualquer tipo de alteração dentro do aparelho. O homem ficara tão concentrado nas análises que nem reparou quando a porta foi aberta e quatro pessoas adentraram seu atual espaço de trabalho.

— Masashi! - Chamou a voz rouca parecendo estar irritado. O chamado lhe assustou, fazendo seu corpo se sobressaltar repentinamente.

— H-hai? - Levantou-se acertando o óculos que quase caíra de seu rosto por conta do susto. Ao se virar, Hitsugaya e mais três pessoas lhe observavam.

— Não ouviu os outros três chamados? - Indagou Hitsugaya.

— Desculpe, Hitsugaya-taichou, realmente não ouvi. Acabei me perdendo enquanto estudava alguns papéis. - O capitão estreitou seu olhar. - Em que posso ajudar?

— Algum problema?

— Hai, quer dizer, não!

— Sim ou não? Seja mais direto! - Ordenou.
 

O homem respirou fundo antes de começar sua explicação.

— Estava olhando os últimos resultados que possuem alterações na temperatura. Estava tentando descobrir à causa disso, já que o aparelho em si não parece ter qualquer problema em seu estado de funcionamento. Pensei que talvez fosse o refrigerador, mas pelo que dizem os resultados das análises nele, o nível de resfriamento continuou o mesmo, embora no tanque a temperatura tenha aumentado. Teria a possibilidade de que o problema fosse causado por algum vazamento nas mangueiras de alimentação no braço da garota, mas também não apresentou ser o caso. - Expôs.

— Consegue entender o funcionamento geral do tanque?

— Posso dizer que ao menos superficialmente sim. Por ser um trabalho do ex-capitão Urahara Kisuke-san, é mais fácil de entender. Minha irmã sempre se espelhou nele e por causa disso possuí arquivados todos os projetos divulgados dele e graças a isso, já li todos várias vezes. Isso não me torna um especialista como ela, mas ao menos me ajuda no entendimento geral. - Explicou.

— Parece que sua equipe anda aumentando, Hitsugaya-taichou. - Disse um homem com um tapa-olho.

— Para dizer a verdade, não contava com o fato de mais alguém entender essa máquina além do Urahara. - Respondeu.

— Pelo que entendi, ele tem conexões ainda mais eficientes. É um bom reforço, não acha?

— Não espero que chegue o dia em que sejam necessários, mas admito que é conveniente. - Concordou.

— Entendo... - Disse o mais velho jogando seu olhar para o assistente. - E qual é o seu nome?

— Masashi Mahiro. Fui transferido da 12ª divisão, Kyouraku-soutaichou. - Apresentou-se rapidamente.

— Parece que sabe quem eu sou. Yoroshiku, Masashi-kun. A minha bela acompanhante de óculos à minha esquerda é minha tenente, Nanao-chan e à minha direita, a capitã da 4° divisão, Isane-taichou. - Apresentou-as.

— Hai. Yoroshiku. - Fez uma pequena reverência mostrando seu respeito aos superiores. - Em que posso ajudá-los?

— A Isane-taichou veio para pegar os exames da Kurosaki. Já o comandante geral... - Respondia o grisalho com certo desagrado.

— Vim conversar um pouco com o nosso pequeno anjo. Não se incomodem comigo. - Disse risonho.
 

Hitsugaya estalou a língua e deixou claro em seu rosto sua desaprovação ao caso.

— Apenas não à perturbe com suas brincadeiras idiotas. - Avisou.

— Que cruel, Hitsugaya-taichou. Apenas vim visitar sua amiga, nada demais... - Fez drama. - Ou está com ciúmes? - Insinuou malicioso.
 

O rapaz se enervou, mas logo se acalmou respirando profundamente.

— Esteja ciente que ela é uma Kurosaki e não se importa com a sua posição atual. - Avisou.

— E qual seria o problema? - Indagou o mais velho.

— Estou tentando avisar que se falar qualquer gracinha e ela realmente ouvir, esteja ciente de que ela irá lhe socar quando acordar. - Simplificou. - Isane-taichou, me acompanhe, vamos ao que interessa.

— H-hai... - Respondeu a mulher alta meio confusa. Após a morte de Unohana, a tenente havia assumido seu posto, enquanto Hanatarou assumiu o posto de tenente, porém ela ainda não havia se acostumado com seu cargo promovido e muito menos com a forma informal do seu atual comandante.

— Me socar, hein... - Comentou. - Não me importaria de receber um soco seu agora, Ojou-chan. - Disse em tom baixo e solene.
 

Mahiro havia ouvido algumas coisas sobre a tendência da informalidade na família Kurosaki, porém ainda lhe parecia inconcebível um ser existente com audácia suficiente para atacar o supremo comandante da organização shinigami.

— Seu desenvolvimento parece estar bem. - Comentou Nanao.

— Com certeza está se tornando uma linda mulher. Hitsugaya-taichou parece ter bom gosto para mulheres, não acha, Nanao-chan? - Elevou sua voz para que o grisalho ouvisse.

— Velho irresponsável. - Praguejou Hitsugaya irritado, recebendo um sorriso sem jeito da capitã que conferia os papéis. Mahiro mantinha-se quieto para não se envolver, mas concordava com a indignação do capitão da 10ª divisão.

— Deveria parar de tentar irritá-lo e se portar como um comandante, Kyouraku-soutaichou! - Repreendeu a tenente. - Não sei quanto ao gosto do Hitsugaya-taichou, mas certamente é bonita. - Completou admirando a garota adormecida.

O comandante sorriu-lhe em compreensão, sua tenente também demonstrava sinais de que estava na torcida pelo despertar da jovem no tanque.

— Karin-san, se não acordar logo, não sei se ainda estarei aqui para poder te contar todas as histórias constrangedoras do capitão de gelo que lhe guarda com tanto cuidado. - Brincou em tom baixo e logo após volto a ficar sério. - Não acha que o rapaz e a sua família já esperaram muito tempo para ouvir sua voz novamente? Sabe, ele não é muito de sorrir, mas faz muito mais tempo que o normal desde que vi um resquício de felicidade no rapaz. Pode não parecer, mas mesmo um homem como ele pode definhar por amor. Se estiver me ouvindo, faça um favor à esse velho que não pôde ajudar naquele fatídico dia e não o deixe avançar mais neste estado. - Pediu sem que o grisalho ouvisse.

— Não se culpe por isso, soutaichou. Não havia ninguém que pudesse fazer algo diferente dos procedimentos padrões além dela. Você fez o que podia fazer e nada mais. - Disse a tenente.

— Obrigado, Nanao-chan, mas se essa garotinha não tivesse aparecido, provavelmente agora estaria, no mínimo, sem mais um dos poucos capitães que restaram neste lugar. E é por causa dessa minha incompetência que ela teve que fazer tudo aquilo. Isso não muda, nem mudará. - Respondeu e voltou-se novamente para a morena. - Já deve ter idade para beber, se não for incomodo, passe na minha sala quando acordar, Tenshi-chan. Podemos tomar saquê enquanto lhe conto tudo o que sei sobre o passado do Hitsugaya-taichou. - Convidou-a em seu habitual tom amigável.

— Por que não vai trabalhar e para de tentar incomodar a garota, Kyouraku-soutaichou? Nem todas as pessoas têm tempo livre e disposição para beber à qualquer hora. Aproveite e pare de me provocar também! - Disse Hitsugaya.

— Hai, hai... Não precisa ser tão rude, Hitsugaya-taichou, a garota não irá se encantar por mim se tomar um ou dois copos comigo, ou ela gosta de homens de aparência mais madura? - Brincou.

Hitsugaya lhe olhou de forma fulminante. A sede de sangue era quase palpável, além, obviamente, da pressão espiritual claramente alterada.

— Aconselho a ir trabalhar, Kyouraku-soutaichou. - Disse em tom gélido e ameaçador.

— Kowaii... - Murmurou. - Vamos, Nanao-chan, parece que o rapaz ainda está de mau-humor e não queremos enfurecê-lo. - Chamou sua tenente.

— Se está assim, a culpa é sua. - Rebateu Nanao.

— Até você, Nanao-chan? Não seja tão cruel comigo. - Fez frama novamente. - Bom lhe ver mais uma vez, Karin-san. Espero sua visita à minha sala em breve. - Despediu-se da garota em tom baixo. - Até mais, pessoal. Bom trabalho à todos. - Dirigindo-se à todos na sala enquanto ia embora.

Mahiro passara o resto do dia ocupado e também um tanto frustrado. Hitsugaya saíra do laboratório muito mais tarde que o dia anterior, além de que Isane mantivera a tenente da 10ª divisão ocupada por um longo tempo enquanto lhe assistenciava com os exames, impossibilitando que ele pudesse entrar no assunto sobre o ocorrido de anos atrás.

Nos dois dias que se seguiram, a unidade que deveria ser calma e “secreta”, contraditoriamente se tornou algo mais próximo à um museu com exposição de arte disponível para ser visto, pois todos os dois dias tiveram a visita de capitães e tenente, incluindo a visita de Zaraki e Yachiiru - que embora já relatada a amizade, ainda surpreendia qualquer subordinado de patente mais baixa que tenente - e que resmugara algo sobre “ainda estar esperando pelo combinado”, e até mesmo Shiba Shukaku apareceu para visitar a garota e trocar algumas palavras com Matsumoto e Hitsugaya, assim, impedindo que o assistente ficasse tempo considerável sozinho com a tenente para dela extrair as informações que queria.

Mais uma noite, frustrado e cansado, pôs-se a dormir assim que chegara em casa, porém, o que Mahiro não sabia era que aquela seria sua última noite tranquila. O mistério de Karin ainda tinha muito mais o que lhe oferecer do que pensava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo!

Abraço e Sayounara, Minna-san! o/



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