Cap. 1: Sozinha

     Minha vida... estranha? Diferente? Não sei como descreve-la... Moro em Konoha, uma tipica cidadezinha do Japão em que tem um clima agradavel e qualquer familia poderia morar e ser feliz... Poderia... Porque não pode.

   Uma maldição? Não sei responder. Só sei que moro sozinha a minha vida inteira, não sei como cheguei aqui. Como eu queria me lembrar.

Eu tinha sete anos quando acordei numa casa escura, com cheiro de naftalina e sangue. A casa na epoca estava bagunçada e tinha rastros de sangue por tudo. Arregalava os olhos enquanto via o quanto aquela casa estava bagunçada. Algo tinha entrado e atacado alguém.

    Naquela epoca, eu tentei encontrar alguém, alguma ajuda, mas nas ruas só existia a claridade do sol, e mais a rua deserta... Ninguém....

Somente a mim, e a casa estranha, com cheiro de sangue.

A partir dai, tive que me virar sozinha e descobrir os perigos que rondavam esta cidade. A noite, me trancava em casa, fechando curtinas e colococava o sofá na frente da porta, para que aqueles monstros não entrassem em minha casa. Durmia na banheira, ouvindo os gritos agudos de algum animal sendo morto.

 No outro dia, mais cheiro de sangue, as ruas desertas mais uma vez. O cheiro de carnissa entrava em minhas narinas. O estomago ja não se revirava mais. Gosto ruim na boca já não mais.

Esta é minha vida, a noite me escondo dos misterios daquelas ruas, em dia, aproveitava a calmaria e 'assaltava' alguma loja abandonada pra reabastecer minha geladeira. Assim cresci. Fugitiva, ladra, perdida, abandonada.... não sei me defenir bem. Isso porque só me lembro de meu nome, que só descobri em meios sonhos, e em um album de foto, que continha meu nome embaixo de uma imagem minha.

Chorar? Para que? Tinha absoluta certeza que aquela era minha casa, e quem estivera ali matara minha familia inteira... Mas não chorava pelo simples fato de eu não me lembrar deles. Não os 'conhecia' o suficiente para que eu tenha algum laço de amor.

Agora, você possa me definir como uma pessoa fria... Bem não sei se pode ser verdade. Mas não me entendam mal, eu só nunca amei ninguém e nunca fui amada.... NUNCA AMADA...

 Nunca fui amada, mas a dor de imaginar que um dia eu poderia ter sido amada era enorme. Viver sozinha machucava. Estou cansada... cansada de morar sozinha, cansada de não ter ninguém, cansada de não ter uma familia... então me decidi me vingar, me vingar dos monstros que tentaram milhares de vezes me capturar sem sucesso, me vingar nos monstros que provavelmente mataram as pessoas que me amavam...

A partir desse dia, treinei sozinha... resolvii ir atras desses monstros, vampiros, meu odio por eles era muito grande... Matar vampiros... esta é minha missão, este é meu destino...

Porque eu sou... Hinata...

 Uma caçadora!