Royal Diary escrita por Gabs
Notas iniciais do capítulo
:3 Beijinhos!
— Problemas de coração é algo bem comum dentre a família dela. - o médico me disse, sério e austero. - Chegou a sofrer alguns sustos muito grave, igual ao do ano passado.
— O que houve no ano passado? - perguntei, preocupada.
— Ficou paralisada, em estado de choque após saber que o filho mais novo não poderia mais andar, seu nome era Dereke. - respondeu o médico. - não conseguiu comer ou se mexer por três dias.
Senti o meu coração doer. - Isso é horrível!
— Sim. - ELE admitiu. - mas o que houve dessa fez? O susto me pareceu enorme, ela demonstrava algum nevrosismo?
— Não. - respondi. - Estava normal até que entrasse no banheiro. Acha que talvez eu possa tê-la assustado. Sem querer?
— Talvez. - o doutro falou para mim.
— Doutor Dimitri? - uma voz logo atrás de mim o chamou. Me viro e vejo a rainha Valerie.
— Senhora? - respondeu Dimitri, fazendo uma reverencia que logo depois eu também o imitei.
— O que aconteceu com a Clarisse? - perguntou seriamente a rainha Valerie.
— Sofreu um AVC, majestade. - respondeu ele.
— Isso é horrível! - exclamou roucamente. Suas mãos tremiam quando ela se sentou bruscamente na cadeira. - Uma água com açúcar, por favor!
— Vou buscar na cozinha. - respondeu Dimitri, saindo para fora da ala hospitalar logo após.
Fiquei em silêncio. Os olhos da Valerie se encheram de lágrimas.
— Ela sofreu uma dor muito grande quando descobriu que o filho tinha virado cadeirante – comentou a monarca, com a voz carregada de peso.
— As mães sofrem muito por amor aos seus filhos! – me arrependi minutos após dizer isso. Valerie começou a chorar ainda mais. – senhora, me desculpe se falei algo de errado!
— N-ão! – ela gemeu. – Você está certa... É que nem sempre fui capaz de amar a minha filha!
Filha? Não seria filho? Não consegui entender direito o que ela queria dizer, mas decidi não perguntar.
— Vocês parecem ter um laço de amizade muito forte, ouvi dizer que Clarisse trabalha há muitos anos nesse castelo. – comentei baixinho.
O doutor Dimitri tornou a adentrar na ala hospitalar, trazendo um copo consigo.
— Tome – disse entregando o copo nas mãos da rainha. – vai ajudar a acalma-la. O açúcar vai causar a você uma sensação de bem-estar.
Valerie tomou um gole, suas mãos tremiam fazendo o copo vibrar.
Dimitri nos informou que havia boas chances de Clarisse sobreviver e que ela entrava em um coma.
— Quando era pequena, minha mãe sofreu um ataque cardíaco e isso fez com que partisse desse mundo. – comentou tristemente a monarca.
— Eu entendo como é grande a dor de perder uma mãe. – abri um sorriso deprimido. – a minha morreu no mesmo dia em que nasci.
— Meus pêsames! – solidaria, ela apertou a minha mão.
— Natan, tem tanta sorte de tê-la como mãe, me parece uma pessoa bastante compreensível. Não fala isso puxando o saco, claro!
Os olhos azuis de Valerie brilharam. – Daisy, seja sincera comigo. Como imaginava a família real antes de chegar aqui? O que esperava de nós?
— Pessoas felizes. – respondi. – em todas as fotos de revistas você saiam tão alegres... Sorridentes! De longe a família mais conformada do mundo.
— Ah, a mídia mente tanto! – suspirou ela. – Manipula a sociedade. Muitas pessoas acham que eu levo uma vida perfeita, casada com um monarca... Sempre vestida com as melhores roupas, joias, artefatos de luxo, morando nesse castelo grande e com um quarto enorme só pra mim. Mas se há algo que eu trocaria por tudo isso é o gozo de ter um marido que me ame de verdade.
Veio em mim algumas lembranças daquela noite horrível de novo. Rufos era um homem incapaz, cheio de soberba e sem um pingo de amor no coração. Perguntei-me como Valerie deveria ter aguentado aquele casamento decadente, sem paixão, apenas aparência e meios de comunicação social.
— Pobre Nataniel! Ele sofre tanto por causa de nós dois... A culpa não é dele, a culpa é completamente minha. – e sem dizer mais nada, se levantou e foi embora.
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E aí? O que dizem?