Royal Diary escrita por Gabs


Capítulo 1
Prologo.


Notas iniciais do capítulo

Espero sinceramente que gostem, beijos!



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Estava escuro, completamente. Ouvi um chorinho de bebê, de repente estou como consciência, abro os olhos e me deparando com a  seguinte cena: estava deitada em minha cama, cercada por profissionais da área da saúde, todos bem uniformizados. Os lenções da cama estavam sujos de sangue.  Chamei por Clarisse, a minha empregada, ela veio depressa até mim. Clarisse estava conosco há pouquíssimo tempo. Mas era esforçada e tinha um olho incrível para a moda. Seus palpites eram sempre maravilhosos. 

— Por favor deixe-me, eu quero, eu preciso vê-lo... Ver o meu bebê. – pedi, soluçando. – preciso do meu anjinho. Deve ser tão lindo, ele! 

A mulher me fitou e havia traços de preocupação ali. Grossos cachos negros lhe emolderavam o rosto, Clarissa tinha uma beleza natural, singela. Seus olhos eram negros e selvagens. E o seu rosto longo e naturalmente bronzeado.

Ela assentiu com a cabeça e em seguida fez um sinal para que todos os outros se retirassem.

Clarisse engoliu em seco, tenta; - Majestade, tenho uma notícia para a senhora e ao meu ver não vai lhe trazer nenhuma satisfação!

Fiquei assustada, temendo ter perdido o meu filhinho. Por vezes fui publicamente apontada e inferiorizada pelo rei, meu atual marido. Ele me desprezava de todas as maneiras possíveis e reclamava sempre, mesmo quando tentava agrada-lo.

— O-o que houve? - perguntei, gaguejando. - meu filho? Onde está meu garotinho? Por favor, não tente me esconder a verdade. Por favor!

Ela me fitava, tentava reprimir alguns lágrimas. Ela já acompanhará o meu sofrimento algumas vezes.  – Senhora, ru sinto muitíssimo mas não é um menino! É uma garotinha, linda e saudável. É uma herdeira!

Céus! Senti uma forte pontada no peito. Como assim uma menina? Não, não pode ser. Estava fadada a ser infeliz. A minha filinha  jamais poderia sentar no trono, Rufos ficaria inconformado. Oh, meu bom Deus, aquilo fez o meu coração doer!

Tantos anos vivendo um casamento infeliz, sofrendo amarguras por nada! Haviam noites que ele entrava no meu  quarto e tentava dormir comigo a força. Quando vinha estava bêbado, com cheiro de vinho, mijo e vômito. Ele sussurava o nome dela. Ele chamava por ele. Ele me batia. Algumas vezes... Ele realmente conseguia fazer aquilo. Doía.

"Ela jamaid poderá governar o reino. A culpa é toda minha!" pensei.

Meu mundo havia desmoronado. Meu peito subia e descia.

— Eu não a quero! – falei com a voz rouca, carregada por nojo e rancor. – Tire-a daqui! Não quero ter de olhar pra essa garota. 

— Mas minha senhora... – os olhos da empregada brilharam de excessos. Vi lágrimas de tristeza escorrerem.

Comecei a chorar também. Não poderia ser. Aquilo era horrível!

— Rufos a viu? Oh céus, eu sou uma amaldiçoada! Essa criança nunca poderá governar o reino, pois é uma menina! – gemia sentindo uma profunda dor.

 - Não. Ele ainda não chegou de viagem, mas já está a caminho. – murmurou Clarisse.

Então uma ideia se acendeu na minha cabeça como uma lampada. Era insana. Terrível! Mas ainda assim...

— A Rachel, aquela empregada... Ela teve bebê hoje, não foi?  - perguntei num tom de voz muito alto.

— Sim, sim, morreu, coitada! O marido também está à caminho... é um menino. - ela respondeu, cheia de tristeza.

O tempo foi se passando lentamente. A ideia se formando na cabeça... Tomei coragem para dizer  a seguir; — Clarisse, eu quero que os troque. Troque os bebês...

Ela me fitou, assustada.  – Não, mas...

— É uma ordem. – demandei. – será muito bem recompensada. Faça isso por mim!

E esse foi o acontecimento que marcou a minha vida. Não de uma forma boa. Não.

Naquela noite, enquanto as crianças eram trocadas, reparei que a minha filha tinha uma marquinha em formato de estrela na coxa muito branca. Seus olhinhos azuis me encaravam, como um sinal de suplicia... Então Clarisse desapareceu com ela nos braços.

 

Se passaram tantos anos e eu me arrependo muito do passado... vivi uma vida amarga ao lado de Rufos, cheia de aparências, minha única alegria foi ter dado amor à Nataniel, meu filho falso.


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