Thương escrita por Bombom


Capítulo 1
é só olhar por cima do seu ombro


Notas iniciais do capítulo

Como eu não terminei o planejamento de Proditione, estou aqui, postando uma one pra xará mais linda deste planeta. Não julguem u.ú
Flor, é teu níver. Nesse último ano, rolaram muitas tretas terríveis que te magoaram muito, mas saiba que este próximo será muito melhor, ok? Eu vou embora do Brasil, mas nossa distância não vai aumentar. Afinal, a única que importa é a do coração, certo?
Te amo, de verdade.
AGORA TOMA TEU PRESENTE TOMA



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Era a primeira vez que eles visitavam Hogwarts desde terem se formado.

Lily não fazia ideia do porquê, mas seu marido – seu estúpido, estúpido marido, que ela amava tanto que seu coração não podia deixar de se aquecer sempre que o via – estava especialmente feliz hoje. Hogwarts trazia lembranças, sim, mas não ao ponto de ele estar praticamente pulando por aí.

Merlin, se ele continuasse nesse estado, ela teria de mandar uma carta para Sirius pedindo ajuda.

Era um sábado, então os alunos estavam livres de qualquer atividade. James fez questão de passar na quadra de quadribol – Lily teve de segurá-lo para que não começasse a gritar coisas relativamente ofensivas ao time da Lufa-Lufa que estava treinando lá – e na frente da torre da Grifinória. Todo esse tempo, a cada criança que passava correndo, o sorriso dele se alargava um pouco. Por um momento, ela se aterrorizou com a ideia de que sua cara racharia ao meio.

Quando um bando de moleques do segundo passou correndo e trombando neles e James não fez mais do que balançar a cabeça e continuar a sorrir, Lily ficou assustada.

― James? ― ela chamou, baixinho, tocando gentilmente em sua mão. Ele se virou com um sorriso enorme para ela, e Lily não pode deixar de sorrir de volta. Maldito sorriso contagiante.

― Sim?

― O que há com o sorriso? Está me assustando.

A mão dele agarrou a sua com um pouquinho mais de força. O olhar dele se afastou para o lago de Hogwarts, passando pelo Salgueiro Lutador e finalmente focando em um grupo de adolescentes do quarto ano. Seu sorriso passou de ofuscante para um pouco mais gentil, um pouco mais interno.

― O que você acha de termos filhos, Lily?

A pergunta quase a fez cair de bunda no chão. Era por isso que ele estava com esse olhar sonhador? Ele queria filhos?

― Ah! Eu, um, eu acho que gostaria de tê-los depois da guerra acabar. Quem sabe. ― Ela não sabia bem o que fazer a mão livre depois disso, movendo-a para mexer no próprio cabelo e depois brincando com a barra de sua camiseta leve. Era praticamente verão, estava quente. ― Temos só vinte anos e não precisamos correr com isso ainda. Por quê?

― É uma das coisas que eu mais quero no mundo. Mas se nós realmente queremos uma criança, não é melhor agora? Quero dizer, podemos estar no meio da guerra, mas quem sabe se nós vamos ainda estar vivos depois dela.

Era uma possibilidade que Lily sabia muito bem que era verdade, mas era duro ver James, o eterno palhaço e flerte descarado, falar dela. Subitamente, o sol quente de fim de primavera não era o suficiente para aquecê-la.

― Bem, isso é verdade ― ela murmurou baixinho, soltando a mão dele para esfregar seus braços. ― Mas não acho justo deixarmos um órfão. Quem cuidaria dele?

― Sirius ― ele rapidamente respondeu, quase sem dúvidas. ― Remus. Pedro. A sua irmã.

― Merlin, minha irmã não. Petúnia faria o garoto morrer de tédio. ― James riu, puxando a para perto. Lily enfiou as mãos nos bolsos do casaco dele enquanto o braço dele circulava seus ombros.

― O garoto? ― ele brincou com ela, vendo-a desviar os olhos e ficar ligeiramente emburrada. ― Eu sempre achei que teria uma garotinha. Colocaria o nome de Harriet.

― Parece que você já tem tudo planejado. E se for um garoto? Qual nome daria?

― Harry, oras.

― Que criativo da sua parte.

― Faz parte do meu charme.

― Há!

Os dois continuaram caminhando por Hogwarts. Eles tinham vindo mais cedo do que o combinado com Dumbledore para poderem visitar tudo. Passaram pela cabana de Hagrid e o cumprimentaram, depois pararam para ver a estufa de Herbologia e finalmente pararam na entrada do castelo. Entraram na torre de Grifinória – a Mulher Gorda gentilmente os deixou entrar assim que os viu – e foram ao refeitório. Estava chegando perto de seu horário com Dumbledore, então os dois começaram a subir para a sala do diretor.

― Sabe ― Lily começou enquanto subiam o décimo lance de escada. ―, eu acho que estaria tudo bem termos filhos. Agora, quer dizer.

James quase tropeçou e caiu de cara. ― Você realmente acredita nisso? ― Ele se virou para ela com aquele olhar esperançoso que ela não conseguia resistir, e Lily sentiu suas bochechas se esquentarem sob os olhos dele. Ela assentiu com a cabeça. ― Por Merlin! ― James a tomou em seus braços e a beijou.

Lily riu, batendo gentilmente no ombro dele para que a deixasse descer. ― Calma lá, garotão. Temos que ir ver Dumbledore. Não podemos começar agora.

O jeito que suas sobrancelhas se arquearam deu a entender que ele realmente estava considerando a ideia. Contrariado, ele a colocou no degrau acima com delicadeza. Entretanto, não conseguiu segurar mais do que alguns segundos; logo, estava sorrindo abestalhado de novo.

― Vamos ver Dumbledore rápido, então. Quero chegar em casa logo. Harriet não pode esperar.

― Eu ainda acho que vai ser um garoto. Quer apostar, Potter?

― Aceito, Evans!

—X-

James estava segurando um pequeno embrulho ligeiramente rosado um ano e dois meses depois. O choro de Harry ecoava pelo cômodo, e deitada na cama, Lily Potter estava exausta, seu cabelo vermelho se espalhando pelos travesseiros e lençóis depois de ter saído de seu rabo de cavalo durante uma das contrações.

― Harry, Harry, Harry ― James tentava cantar baixinho para que ele se acalmasse, mas a criança não queria se calar. Lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto, e ele se pegou incapaz de tirar qualquer um dos suportes para tentar secá-las.

― James? ― Lily chamou fraca, e ele em frações de segundo estava sentado ao seu lado na cama, com medo de que fosse qualquer coisa grave. A curandeira que estava com eles se levantou.

― Sim, Lily?

― Eu ganhei a aposta?

― Ganhou, meu amor. Quer segurar Harry? ― ele ofereceu gentilmente, vendo o sorriso vitorioso se esticar pelo rosto cansado dela. Ela se forçou a abrir os olhos para reconhecer seu filho, que estava chorando. Ela assentiu vigorosamente.

Harry se encaixou perfeitamente em seus braços, e Lily não chorou, mas James o fez mais um pouquinho. Imediatamente, o choro parou, e a curandeira a informou que o bebê estava com fome.

Pais de primeira viagem, a primeira tentativa de alimentá-lo foi praticamente desastrosa. Felizmente, Harry parecia saber o que estava fazendo – ironia que da família toda, Harry parecia estar mais no controle que todos os outros membros – então logo sua boca estava no lugar certo e Lily estava dando leite para seu bebê.

― Então o nome dele vai ser Harry mesmo? ― ela perguntou, ainda meio fora de si. Seus olhos cansados se encontraram com o de James.

― Se você ainda quiser.

― É um nome lindo. Harry James Potter. Não tenho nada contra.

Os dois voltaram sua atenção para o bebê quando ele soltou o mamilo e abriu os olhos. O verde esmeralda deles fez os dois outros Potters soltar um pequeno suspiro de admiração.

― Esta me parece ser a cor definitiva ― a curandeira murmurou, fazendo os dois pais saírem de seu estupor. ― Nunca se sabe quando eles nascem com os olhos azuis, mas verde é bem raro de ser uma cor passageira.

― Ah, sim. ― James assentiu com a cabeça, mesmo não fazendo ideia do que ela estava falando.

― Ele tem o seu nariz, James ― Lily falou de repente. ― E sua boca. E sua orelha. Por Merlin, ele é igualzinho a você. Espero que não seja tão chato.

― Ei! Você me ama, lembre-se disso. Além do mais, ele tem seus olhos, e não tem alguma coisa que diz que os olhos são as portas pra alma? Não quer dizer que ele vai ser igual a você?

― Deixa de besteira, Potter.

Sem os dois perceberem, Harry tinha ido dormir pacificamente nos braços da mãe. Do lado de fora, a curandeira avisava a quatro homens ansiosos que tinha dado tudo certo e um garoto tinha nascido. Sirius vibrou, Remus agradeceu a moça, Pedro não teve muita reação e Dumbledore se retirou do cômodo com passos pesados.

Mais um menino que se encaixava na poesia.

Harry não poderia ter nascido em agosto?


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Notas finais do capítulo

Não mim mate mossa eu sou gente de bem plis naaaaaaaaaaaau *morre sozinha*



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