Um amor Silencioso! escrita por Will o Construtor de Sonhos


Capítulo 13
Déjà vu


Notas iniciais do capítulo

Ola meus querido só passando para desejar uma ótima leitura.



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Os dias de praia estavam chegando ao fim já era sexta de novo e isso indicava o fim da semana, do sol e das férias. Decidimos jantar em um restaurante a beira mar e fomos presenteados com música ao vivo. Ver meus pais se divertindo e sem preocupações me mantinha no controle.

Eu ainda não tinha resposta do Victor e não falei mais com seu irmão, também não havia mandado mais muitas mensagens. Pedro conseguira me tirar do sério na noite anterior quando se confessou e disse que sempre foi afim de ficar comigo desde quando me conheceu.

Eu perdi a cabeça com ele e acabei descarregando toda minha raiva nele. Raiva de não ter notícias do Victor, por não saber o que estava acontecendo e não poder fazer nada. Deixei bem claro pra ele que eu não tinha intenções de desistir do Victor e não tinha nenhum interesse em ficar com ele mesmo que não me acertasse com ele. Ele ficou chateado e desligou.

Segurei a barra para meus pais não perceberem. A noite estava quente e abafada o céu era um manto escuro pontilhado de estrelas e a lua estava linda. Comíamos peixe e salada e aproveitávamos a noite.

...

— Victor, você pode me ouvir?

Faço que sim com a cabeça, a voz dele e calma e baixa.

— Consegue falar alguma coisa? _ Faço que não com a cabeça!

Minha cabeça dói um pouco, sei que está chovendo muito lá fora, apesar de não ouvir a chuva posso ver os clarões dos trovões. Meu quarto tem isolamento acústico para que os ruídos não machuquem minha audição que está muito sensível depois de alguns anos.

— O que você está sentindo? _ O Médico está com uma prancheta e faz anotações constantes.

Esse não é o médico de costume esse é um psiquiatra e sei porque ele está aqui. Olho ao meu redor e vejo a interprete que irá auxiliar na conversa, vejo o Gustavo através do vidro do quarto, e vejo muita movimentação do lado de fora!

“O que está acontecendo?” Pergunto em sinais e ouço a Jovem repetir para ele! A voz dela e doce e melodiosa.

— Não sei dizer ao certo, isso é um hospital chega gente doentes e feridas o tempo todo. _ Ele dá um sorriso amigável apesar de a resposta ter um tom seco.

“Pode verificar?”

— Podemos sim se você se concentrar nas perguntas.

Faço uma cara feia. Tenho tido pesadelos desde a última semana. Acordo agitado e suando frio e muitas vezes com um grito sufocado na garganta. Faço sinal com a cabeça para que ele prossiga.

— Você poderia me contar seu sonhos? Quero detalhes e clareza. Tudo o que puder lembrar. Marta irá ajudar com a comunicação como eu já mencionei, ela é habilidosa então não precisa ter calma.

Decido que o quanto mais rápido eu contar mais rápido aquilo termina. Começo a falar rápido e ela repete para ele como se fosse ela quem estava narrando e não eu gesticulando.

— Eu acordo no banco de traz do carro, o tempo está escuro mas não é noite. Sei que está ventando e logo irá chover. Meus pais estão conversando no volante, não vejo meu irmão em lugar nenhum no carro.

“Sei que algo está diferente mas sei onde estou e sei o que vai acontecer. É o dia do acidente, estamos voltando da praia. Papai e mamãe estão atentos ao tempo então a chuva vem.”

“Não. Não é uma chuva é um temporal, tem vento e a chuva cai em torrentes, a vista fica limitada papai tem dificuldades em dirigir, em segundos não podemos ver a vegetação ou o acostamento.”

“Fico agitado e respiro rápido meu irmão conversa com meus pais”

— Você mencionou que seu irmão não estava ali.

— E não estava, mas nessa parte do sonho ele está. Ele está agitado e tem algo diferente.

— O que está diferente?

— Lembro de a chuva ter começado logo que saímos da praia, não quando já estávamos na serra.

— Isso ainda é um sonho as coisa não são precisa. Afinal isso e parte de sua lembrança.

— Sinto que ainda tem algo errado. A chuva continua forte, a estrada é a mesma. Sei o que está para acontecer fecho os olho e começo a falar não. Não. Não. Quero acordar não quero ver aquilo de novo.

— Imagino que sim, muitas vezes você acordou resmungando e outras um leve sussurro ou até mesmo gritando. Você sabe que dia é hoje?

— Foi nessa mesma data. Em uma chuva como essa.

— Exatamente. O curioso é por que agora sem motivos aparentes seu cérebro decidiu reviver os acontecido.

— Tem mais uma coisa!

— E o que seria.

— Quando o carro derrapa a primeira vez ele muda de pista. Não estou mais dentro do carro. Estou vendo a cena de fora.

— Isso e incomum.

— Não é só isso! O carro não é o mesmo, um caminhão vem na contra mão o carro sai da pista e desce o barranco e perco ele de vista o caminhão também sai da pista então acordo.

— Não havia um caminhão quando o socorro os encontrou.

— Como eu disse algo está diferente!

— Bom Obrigado pelas resposta, vou receitar um calmante para ajudar com o sono. Vou ver o que está acontecendo e alguém vem te informar depois _ O tom irônico dele era detestável. _ Vamos indo Marta e aproveite e vamos deixar aquele jovem entrar ele parece muito querer ver como você está.

Ele se levanta e sai levando com sigo a moça sorridente. Gustavo entra em seguida.

— Oi. Como você está?

“Bem, Obrigado”

— Soube que está tendo noites difíceis!?

“Nada grave apenas um pesadelo”

— Sei que não é o momento para isso mais queria conversar com você sobre aquele dia.

“Já falei que não temos nada pra conversar sobre aquele dia. Não aconteceu nada.”

— Para com isso _ Ele levanta o tom de voz. _ Você sempre fugindo, eu não vou te morder ou tentar te beijar de novo.

“Não acho que vá conseguir nenhum dos dois” Olho seriamente para ele e reconsidero a ameaça, não teria forças para cumprir mesmo e ele está com uma cara de choro.

— Victor eu não vou negar que amo você e sempre gostei de você desde novo, mas entendo você quando diz que somos amigos.

“Entende?”

— Sim entendo, você já achou o amor da sua vida e tenho que aceitar que não sou eu. O Andersom e um cara legal e vocês ficam lindos juntos.

“Obrigado. Mais ele não venho nem me visitar ainda então não sei se ele me ama tanto assim.”

— Ele ainda está viajando com a família.

“Eles deveriam ter chego hoje pela manhã”

— Podem ter esperado o temporal passar.

“A mãe dele tem que preparar as aulas para o próximo semestre e ele me deu certeza que chegariam no Domingo de manhã”

— Um dia a mais um dia a menos não fará a diferença, tenho certeza que ele vira ver você assim que chegar.

“Tudo bem. Continue de onde parou.”

— Bom era só isso mesmo, queria que soubesse que não vou tentar mais separar vocês!

“Nos separar?”

— Achei que você já sabia. Foi ideia do Pedro ele sempre foi afim do Andersom e fizemos tudo para separar vocês.

“Do que você está falando”

— Na festa sempre que enchíamos os copos colocávamos mais Vodka na bebida dele, queríamos ele alterado para eu conseguir beija-lo. A Cindy e o tapa foi tudo uma encenação _ Ele fez uma pausa eu estava fervendo de raiva. _ Toda a história de que ela falou que ele estava sentindo falta de alguma cois...

Ele fica mudo quando o acerto no queixo, ele também anda alguns paços para traz. Estou em pé na frente dele e estou tremendo de raiva. Ele está com um sorriso fraco no rosto e está com a mão no queixo. Ele arruma o óculos e se endireita.

— Mesmo encamado e hospitalizado você ainda tem forças para dar um bom soco.

Continuo olhando para a cara dele e tento controlar minha respiração.

— Eu já esperava por isso, mais não aqui no hospital. Bom de qualquer maneira eu mereço. Fui muito sujo com vocês dois.

Sujo! Ele quase nos separou. Ou separou por um tempo. Fui levado a acreditar que ele fez aquilo consciente e que não estava feliz estando comigo.

— Bom não sei mais o que dizer só quero que você me perdoe pelo que fiz e que nossa amizade ainda seja a mesma.

— Sss... sa... sssaa... sai ddd... ddaaa qqqqqq qui.

— Você vai mesmo voltar a falar por causa dele! _ Ele tem um sorriso esnobe e isso me irrita mais. Tento acertar ele de novo, só que dessa vez ele e mais rápido e segura meu pulso.

— Sai. _ respiro fundo e penso nas palavras não quero gaguejar de novo _ Sai. Da. Qui. _ Digo pausadamente após alguns minutos.

— Vou sair sim, mais ainda vamos terminar essa conversa e você não vai ter tanta sorte na próxima vez. Amigo.

— O que está acontecendo aqui. _ Uma enfermeira entra na sala e vê o que poderia se tornar uma briga eminente. _ Vamos sai, já passou do horário de visitas e você não deveria entrar aqui.

Ele me solta e se afasta com um olhar triste e um sorriso de deboche. A enfermeira fala comigo em um tom calmo e meigo enquanto ele sai. Volto para minha cama e tento acalmar a respiração.

— Você está bem meu querido? _ Faço que sim com a cabeça.

Pego meu bloco de anotações e escrevo “Porque tanta agitação ai fora”

— Realmente está um caos lá fora, muitos acidentes nas estradas, postes que caíram em carros, carros que subiram nas calçadas. O jornal fala que é o pior temporal dos últimos 5 ou 6 anos.

Escrevo novamente “Algum acidente grave na serra?”

— Engraçado perguntar, ontem um carro invadiu a pista contraria e quase se chocou com um caminhão ambos saíram da pista.

Meu coração está disparado. “E quanto as pessoas? Alguma morte?” Meu coração bate rápido isso não pode estar acontecendo, tenho vislumbres do meu sonho um clarão de luz entra pela janela assustando a enfermeira.

— Nossa esse foi realmente perto. _ Apesar de não ouvir o barulho pude sentir o tremor do relâmpago quando tocou o chão. _ Quanto as vítimas o motorista do caminhão não sobreviveu.

Escrevo frenético e minha letra parece um monte de rabiscos. “E os passageiros do carro?”

— O motorista está em estado grave, sua mulher não está correndo perigo passou por uma cirurgia complicada mas passa bem.

“Eram só eles” Meu coração desacelera um pouco, não entendo porque estou agitado. Penso no acidente que matou meus pais e em tudo que passei depois. A chuva e meus nervos devem ter ajudado o pânico tomar conta por alguns minutos.

— Que eu me lembre sim. Porque o interesse nesse acidente?

“Nada. Só fiquei curioso”

— Bom de qualquer maneira você precisa descansar. O Dr. Me passou um remédio para você dormir vou buscar e já volto.

Me deito na cama procurando um meio de ficar confortável, ela sai do quarto para buscar os medicamentos e minha janta que e uma sopa rala e sem sabor. Penso no sonho e no acidente tentando entender o que está diferente. Porque o carro e o caminhão? Porque tudo se parece com o que ela me contará.

Ela retorna me tirando dos pensamentos e me serve uma comida diferente. Arroz sem sal e um purê de batatas igualmente sem sabor, com algumas verduras.

“O que é isso?” Pergunto erguendo o purê na colher e soltando com um plof sobre o restante!

— Sua nova dieta hospitalar.

“Preferia a sopa”

— Você mesmo disse que era ruim! _ Ela sorri

“Ainda prefiro a sopa.” Mesmo assim como a comida e tomo meus medicamentos.

Ela fica conversando comigo e fazendo algumas anotações no meu registro enquanto eu sinto muito sono por causa do calmante.

— Está confortável? _ Faço que sim com a cabeça.

Ela assente e arruma meu travesseiro e se senta ao meu lado.

— Logo você terá alta e estará falando e ouvindo normal. Você é um menino saldável tenho fé que irá se recuperar. _ Ela parece abatida.

“Você está bem?” Estou quase dormindo meus olhos estão pesados e quase não a vejo mais.

— Sim, só estava pensado na sua história de como ficou assim.

“Já fazem anos, não devemos remoer o passado”

— Não era bem isso que estava pensando. Sabe o caso que te contei a pouco. _ faço que sim estou quase apagando! _ Tem um garoto, o filho do casal que está em coma como você ficou.

Minha mente já está distante quando ela termina a frase estou dormente quando me vejo no banco de trás do caro um casal conversa sobre o tempo e ao meu lado um garoto ouve música nos fones. Uma tempestade está se formando ao redor deles e o tempo está agressivo. Vejo tudo avançar como em um filme a chuva caindo a visibilidade diminuindo eles falando ao mesmo tempo sobre a tempestade e se deveriam parar ou não. O carro desliza e sai da pista invadindo a contramão com um horror nos olhos descubro o que está diferente a música no radio não é a mesma. Não é o mesmo acidente que eu vivenciei olho para o lado a tempo de ver o garoto que eu achei ser meu irmão e então minha vista fica turva e as imagens são difusas eu estou no carro com minha família ouço minha mãe gritar e então acordo suando frio mais uma vez.

Olho no relógio e já passam das 4h da manhã, os corredores estão claros mais meus quarto está escuro. Chamo minha enfermeira com o dispositivo na minha cama, preciso vê-lo, preciso encontra-lo.


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Notas finais do capítulo

Devo confessar que me animei e acabei escrevendo de mais! =D Obrigado por comparecer, obrigado a todos os que acompanha e que curtiram. E muito obrigado especial para você que tira um tempo pra comentar e me deixar atento a tudo =P



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