Quando O Amor Acenar escrita por Sayaka Kudo


Capítulo 1
Can't Pretend


Notas iniciais do capítulo

Então gente, esse é o primeiro capítulo narrando de um jeito bem vago as personagens. Não aconteceu nada demais nessa parte, mas juro que depois vai ficar mais animado [TRETAS]~
E não se preocupem, não vai ser aquela história com duzentos capítulos, quero encurtar bastante ela pra ficar mais dinâmica a leitura~
ESPERO QUE GOSTEM ♥ Mamãe Sayaka ama vocês, e não se esqueçam de comentar/favoritar/recomendar -q
https://www.youtube.com/watch?v=B4-OxOmsqR0



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Sakura estava pela segunda vez naquele mês sentada em seu sofá, acariciando a cabeleira loira de Ino para tentar confortá-la. Filmes, chocolate e sorvete não adiantavam com a amiga e por isso tinha que se esforçar ainda mais para mostrar que estava sempre ali quando a loira precisasse. Ela e seu namorado, Gaara, haviam brigado pela segunda vez e por motivos de finanças e ciúmes. A Haruno nem se quer conseguia se imaginar em alguma situação dessas, pois já teria dado um basta naquilo tudo na primeira discussão.

Ino e Gaara eram um casal elegante e poderoso e estavam juntos há quase dois anos. Sakura sabia que no início eles estavam mais encantados um com o outro do que necessariamente apaixonados. Aquilo já havia deixado de ser amor tem um tempo, mas Sakura não tinha um pingo de coragem de falar o que pensava para a amiga.

Ás vezes Sakura achava Ino egoísta demais. A loira sempre aparecia na porta da sua casa e começava a falar sobre seus problemas, como se a melhor amiga tivesse alguma obrigação de engolir aquilo tudo calada. Quando era o contrário, Sakura sentia-se besta por ter se aberto com a amiga, pois ela sempre respondia que aquilo era bobagem e besteira, revirando os olhos. A Haruno tentava ignorar, tentava ser uma boa amiga o máximo possível mesmo sabendo que, na maioria das vezes, Yamanaka Ino era inconveniente e falante.

— Eu não entendo por que ele faz isso. — A loira saiu dos ombros de Sakura e levou um lenço ao nariz. — Eu achei que a gente tinha resolvido tudo da primeira vez. Eu entendo que eu não sou nada inteligente quando se trata de dinheiro — Ela abriu um sorriso forçado. — Mas o ciúmes...

Antes que terminasse a frase, Ino amassou o pano e jogou no lixo que estava repleto de outros lenços usados. Sakura tentava não demonstrar nojo (mesmo quando a garota fazia muito barulho ou quando sua voz ficava muito modificada pelo nariz entupido), e sempre se esforçava para ser uma amiga melhor e manter um rosto de conforto. Por isso, colocou a mão no ombro de Yamanaka e disse sorridente: "Vocês vão passar por isso! Vocês sempre passam, lembra?"

Os olhos de Ino brilharam. Sabia que aquilo era verdade e que poderiam resolver tudo (e ainda ter um bom sexo de reconciliação depois!). Para Sakura, a situação já era muito diferente; via aquilo tudo como um circo. Eles tomavam ações paliativas, ou seja, sempre resolviam as consequências, mas não as causas. Sakura se perguntava mais uma vez naquela noite por que não conseguia simplesmente deixar tudo sair e ser sincera, mas logo Ino interrompia seus pensamentos com alguma reclamação.

— Sakura-chan — Ino falou afastando-se para o canto do sofá, colocando os pés descalços em cima deste. Escorou a palma da mão no rosto e o cotovelo no braço do móvel e continuou — Eu não consigo me conformar com que um dia você vai se sentir assim. Relacionamentos não eram pra ser desse jeito, mas sempre vão ter complicações e ambos vão sofrer com qualquer decisão errada. É difícil, você não consegue controlar a situação porque depende da vontade dos dois... Ás vezes parece que você só tem que aceitar o que está acontecendo para não perder a pessoa.

"Aceitar o que está acontecendo". Sakura pensou enquanto a voz de Ino ainda ecoava no subconsciente. Não entendia mesmo o que Ino estava dizendo. Para ela tudo parecia mais fácil, afinal, nunca iria e aguentar a situação ruim. Assim que as coisas começassem a desandar, ia tentar resolver tudo que estivesse acontecendo no relacionamento.

— Eu não vou mais fazer isso. — Ino interrompeu o silêncio. Seus olhos estavam inchados e vermelhos assim como a ponta de seu nariz. — Quanto tempo não saímos? Que não nos divertimos? Temos pouco tempo para conversar e quando acontece, eu te dou uma colherada de problemas e te forço a engolir.

Sakura se surpreendeu. Não pensou que a amiga falaria aquilo tão cedo. Ainda era pouca coisa em relação ao que a rosada imaginava, mas já era um primeiro passo. Chegou a pensar que a loira poderia estar lendo seus pensamentos.

— Eu vou resolver as coisas com Gaara. Não significa que irei terminar... Eu ainda não estou pronta para isso e seria uma decisão baseada em emoções. Se for para acontecer, não quero que seja assim.— Ino continuou, mudando totalmente sua posição dramática para uma mais racional. Como se tivesse um interruptor que ligasse e desligasse o bom senso. — E nós vamos melhorar tudo. A gente vai voltar a se divertir... Como era antes.

S-sim. — Sakura gaguejou quando saiu rapidamente dos seus pensamentos. Realmente seria ótimo sair uma noite e brindar pelos velhos tempos. Mal imaginava como poderia ser isso, estava muito ocupada trabalhando no hospital e nem se quer sabia quando iria conseguir uma folga. Mas a garota gostava de se fantasiar. No seus próprios pensamentos, Haruno imaginava-se bem mais jovem, bonita e brincalhona; e ela gostava dessa ideia.

As duas passaram a tarde conversando. Finalmente saíram daquele assunto entediante sobre o relacionamento de Ino e viram uma comédia romântica na TV para distrair. Tiveram uma tarde de garotas, e enquanto a loira pintava suas unhas do pé na sala, Sakura Haruno separava os ingredientes para fazer um bolo de chocolate no cômodo ao lado.

Ao amanhecer, Ino já teria recebido 3 ligações do seu namorado. Por isso, mesmo sem tomar um café ou pentear o cabelo, voltou para sua casa arrastando os pés de tanto cansaço. Aquilo era tudo que Ino desejava passar pra frente; a possível discussão para teoricamente resolver aquelas brigas chatas e infantis. Era somente a segunda vez que aumentaram o tom de voz um com o outro e Ino não aguentava mais a ideia de voltar para sua casa.

Sakura acordava habitualmente cedo e por isso não se incomodou com as ligações ás seis da manhã no telefone de Ino. O domingo teria acabado e agora iria ter que fazer tudo que adiou com muita fadiga e dor de cabeça. Aquilo era bem cansativo, e conseguia ver a hora que ia se afastar de Ino por causa da sua falta de paciência e tempo. A rosada suspirou. Não gostava de imaginar isso.

Ino chegou em casa por volta das sete, pois morava numa direção totalmente contrária de Sakura. Ao abrir a porta, a primeira coisa que viu foi Gaara sentado na mesa da cozinha, esperando a chegada de sua namorada. Ele tinha uma feição impaciente, mas parecia não querer discutir logo cedo. Ino odiava como seu namorado parecia sempre indecifrável, como se seus olhos falassem uma língua totalmente diferente.

— Tadaima! — A garota falou sorridente como se, ao pisar em casa, todos seus problemas tivessem ficado do lado de fora. Gaara a olhou por uma fração de segundos. Ele estava irritado, não podia mentir, odiava essas fugas de Ino quando eles tinham que resolver algum assunto, mas olhando-a assim; com seus cabelos louros bagunçados, irradiando uma beleza natural e iluminando o dia com seu sorriso... Ah, era impossível odiar a Yamanaka.

— Okaeri. — Ele abriu um sorriso de lado e respondeu.

Sakura corria para fazer seu trajeto de sempre sem se atrasar. Antes de chegar no hospital fazia a rotineira parada numa padaria no bairro debaixo, mas ao passar na frente e ver uma fila gigante para pegar o café, decidiu ir em outra mais próxima. Parou o carro em frente de um lugar bonitinho e pequeno, parecia pouco conhecido.

Assim que entrou no lugar com ambiente alaranjado, o cheiro de pão fresco e café penetraram suas narinas, e Sakura se perguntou como nunca teria percebido aquele lugarzinho reservado. Gostava muito da atmosfera e não pôde disfarçar um pequeno sorriso de satisfação enquanto olhava ao redor. Distraída, bateu seu ombro levemente num rapaz alto.

Haruno sentiu-se completamente ofendida ao pedir desculpas para o garoto. A sensação de ter feito besteira corroeu seu corpo quando não recebeu nem se quer um olhar de volta. Um arrepio nervoso subiu pelo seu pescoço, mas sentiu-se incapaz de tirar satisfações. Rapidamente virou o rosto para o balcão e fez seu pedido, lembrando que tinha que correr para não se atrasar.

Enquanto isso, Ino sentava-se na mesa de frente para Gaara. Aquele silêncio parecia estrangular seu pescoço, mas ao mesmo tempo, não parecia incomodar o ruivo. Ela olhou algumas contas amassadas debaixo da fruteira, e como se fosse um espirito, Ino fechou os olhos rapidamente, desejando que aquilo sumisse de sua casa.

"O que eu estou fazendo?", Yamanaka se perguntou. Obviamente, seu namorado estava nem um pouco animado em começar uma discussão e se ela continuasse angustiada, provavelmente ele perceberia e assim entrariam num outro ciclo de fadiga. A loira olhou para Gaara enquanto este parecia distraído, e tudo que conseguiu fazer foi admirá-lo. Ele era realmente uma pessoa incrível.

O rapaz olhou para ela curioso. Ela retribuiu com um sorriso esperto. Ele sabia o que isso significava. Era mais que óbvio que Ino jogaria aquela situação desconfortável para o lado sexual. Era melhor ter um sexo de reconciliação do que partir para uma gritaria sem fim, e por isso, ela entrelaçou seus dedos nos do Gaara e o guiou para o quarto.


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Notas finais do capítulo

OBA! Minha primeira fanfic aqui no site, então o que acharam? Perdão pelos erros bobos de ortografia (pretendo consertá-los logo), mas sempre que escrevo estou suuuper lesada porque a inspiração vem de madrugada.



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