Garota em Chamas escrita por RayaninhaN


Capítulo 3
Complicações




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— Pai, chegamos!— Hinata chegou em casa escancarando a porta para que eu pudesse entrar com as dezenas de sacolas de compras. Ela riu da minha cara emburrada e, assim que entrei em casa, deixei as sacolas no chão para os empregados levarem para o quarto de Hinata.

— Até que enfim vocês chegaram, já estava ficando preocupado!— Hiashi falou do escritório já vindo nos recepcionar. — Por que vocês demoram tan...— Porém, ele parou estático assim que chegou à sala. Ele olhava de Hinata pra mim com o olhar espantando e perplexo. Já nós olhávamos pra essa expressão de Hiashi sem entender nada.

— O que foi pai?— Hinata aproximou-se do pai, preocupada. — O senhor ta passando mal?

— ISSO NÃO É HORA PRA SE PREOCUPAR COMIGO HINATA!— Hiashi começou a averiguar centímetro por centímetro do corpo de Hinata. — Você está banhada em sangue e Neji também!— Agora sim a fixa caiu. Então era por isso aquela cara de preocupado! — Vamos! Tenho que levar vocês para o hospital agora!— Hiashi começou a correr pela casa, tropeçando nos móveis, procurando a chave do carro dele.

— Se acalme tio! Se não nós que vamos ter que levá-lo pro hospital!— Falei calmamente tirando jaqueta e ajudei Hinata a tirar a dela.

— Como é que eu posso me acalmar Neji? Vocês estão... Estão... Machucados?!— Hiashi estava confuso. Porque mesmo nós estando completamente sujos de sangue, não estávamos nem um pouco machucados e ainda estávamos sorrindo.

— Não paizinho!— Hinata sentou o pai na poltrona. — Não estamos machucados! Agora o senhor pode se acalmar. – A jovem Hyuuga piscou pro pai que, finalmente, pareceu se acalmar.

— Mas... Mas se vocês estão bem, por que vocês estão todos sujos de sangue?— Meu tio parecia cada vez mais confuso.

— É uma longa história tio, mas primeiro precisamos de um belo banho!— Estalei as costas e pescoço pra tirar a tensão de seus ombros.

— Concordo com o Neji, pai! Depois de um belo banho eu prometo que conto tudo ao senhor, ta? — Hinata já ia em direção ao quarto quando ouviu a voz do seu pai.

— Então vocês vão me deixar assim? Nessa angustia?

— Só posso adiantá-lo nesse momento tio... Que Hinata é uma heroína!— Pus a mão no topo da cabeça de Hinata e comecei a bagunçar seu cabelo. Mas essas palavras não fizeram a confusão na cabeça de Hiashi sumir, muito pelo contrario. — Tenha só um pouco de paciência, Tio.

— E pai...— Hiashi olhou pra filha na esperança que ela dissesse mais algum detalhe sobre o que tinha acontecido, mas... — Eu vou usar sua banheira!—Não teve como não segurar a risada e Hiashi também não conseguiu evitar sorrir e, aos olhos de quem vê, parecia ter relaxado.

— Ok! Vou mandar uma das empregadas ajudar você! Assim, e a reforma no seu quarto já começou. Já mandei prepararem outro quarto pra você usar por enquanto, depois eu mostro a você qual é, ok?— Hinata correu até o pai e lhe deu um beijo no rosto fazendo Hiashi corar. Hinata sempre foi muito carinhosa com ele, mas ele não tava mais acostumado com demonstrações de afeto tão repentinas. Hanabi só falava o necessário com o pai, na verdade Hiashi não lembra se a filha mais nova já o beijou assim. Afinal desde pequena que a caçula é esnobe e não se preocupa em agradar ninguém.

— Obrigada pai!— Hinata virou as costas e correu de volta pra onde eu a esperava, mas antes dela começar a subir as escadas ela virou pro pai e falou — O Senhor é o melhor!— E nós subimos as escadas deixando o todo poderoso Hiashi todo bobo.

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Por um momento Hiashi achou que não conseguiria segurar as lágrimas, uma emoção forte começou a apertar em seu peito. "Ela não me odeia" pensava ele. Jamais sentira tamanha felicidade na vida. Passou esses cinco longos anos já se preparando pra receber o ódio da filha mais velha, porém ela não o odeia e isso fez um peso enorme sair das costas de Hyuuga Hiashi. "Você viu isso, Hanna? Nossa filha não me odeia!" Ele tocou o rosto da finada esposa em uma foto em cima da estante. A bela Hyuuga segurava a filha mais velha nos braços e estava tão radiante que Hiashi não segurou e deixou cair uma única lágrima solitária pelo seu rosto pálido, mas não era uma lagrima de tristeza e sim de felicidade. Hiashi pegou a fotografia admirando as belas mulheres na foto. "Não se preocupe querida! Eu prometo a você que vou compensar os cinco anos perdidos longe da nossa Hinata e ela será muito feliz! Nunca mais vou deixá-la se afastar de mim."

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Hanabi, naquela noite, não desceu pra jantar, mas na minha opinião, e provavelmente na do meu tio, o jantar nunca esteve tão completo. Hinata não conseguiu comer seu precioso sushi e reclamava a cada cinco minutos disso fazendo todos nós rirmos da sua cara emburrada. Ela mal tinha chegado e já tinha conquistados todos naquela casa, do porteiro à cozinheira, que se colocaram a disposição de Hinata pra tudo e a qualquer momento.

Naquela mesma noite, depois do jantar, nós estávamos na sala assistindo qualquer coisa na Tv quando uma empregada veio anunciar que eles tinham uma visita e quando a visita entrou na sala...

— Quando me disseram que uma bela garota tinha feito uma traqueostomia com uma caneta... Eu só consegui pensar em uma garota que teria coragem e que conseguiria fazer isso!— Uma bela mulher de seios fartos e cabelos dourados entrou na sala sem nem ao menos esperar a resposta de Hiashi se ela poderia ou não entrar. Nós encaramos a bela mulher que sorria pra jovem Hyuuga de olhos perolados. Hinata, a principio, parecia um pouco surpresa, mas não demorou a abrir um belo sorriso ao reconhecer a loira a sua frente. — E pelo visto eu estou certa não é Doutora Hyuuga?— O sorriso de Hinata se alargou e ela correu pra abraçar a mulher.

— Tsunade-sama!— Tsunade também sorriu e correspondeu o abraço da garota Hyuuga.

— Então você, finalmente, voltou pra gente! — Não foi bem uma pergunta, mas Hinata acenou com a cabeça. Tsunade segurou forte nos ombros da garota, como se fosse pra confirmar que ela realmente tava ali na sua frente. — Conheço duas pessoas que ficaram muito felizes em vê-la!— Hinata abriu um sorriso, como se soubesse exatamente bem de quem Tsunade estava falando.

— Como assim "voltou pra gente"?— Hiashi puxou Hinata dos braços de Tsunade. — Ela voltou pra mim!— Uma veia saltou da testa de Tsunade. – E que história é essa de traqueostomia? Hinata acabou de chegar ao Japão, você se confundiu!

— Talvez!— Tsunade sorriu cinicamente olhando de mim pra Hinata. — E então, eu me confundi?— Por um momento Hinata excitou em responder. Todos que estavam na sala olhavam pra Hinata esperando uma resposta, mas a Hyuuga simplesmente baixou a cabeça e ficou um tempo encarando o chão.

— Eu...— Por que diabos Hinata tava hesitando em dizer que salvou a vida de alguém?

— Hinata?— Hiashi chamou a atenção da filha que permanecia de cabeça baixa. – Olhe pra mim!— Ela obedeceu à ordem do pai imediatamente. O rosto de Hiashi estava impassível como sempre, embora houvesse um quê de serenidade nos seus olhos. Ele pôs as mãos no ombro da filha. — Não ouse em mentir pra mim!— Os olhos que antes transmitia insegurança, agora brilhavam com determinação. Hinata nunca mentira pro pai, isso eu sei, então essa não seria a primeira vez.

— Não pai! Tsunade-sama não se confundiu! Fui eu! Eu salvei a vida de um homem hoje! — Embora Hinata tivesse com medo da reação do pai, ela não desviou o olhar do dele e Hiashi permaneceu firme também a encarando.

— Bom... Isso explica o porquê de você chegar coberta de sangue em casa hoje!— Hiashi sorriu beijando no topo da cabeça da filha. — Nossa, eu realmente fiquei preocupado.

— Pai... Acho que agente precisa ter uma conversa séria sobre o futuro que o senhor planejou pra mim!— E mais uma vez Hinata baixou a cabeça diante da presença poderosa que seu pai exercia naquele lugar. Não era a toa que Hyuuga Hiashi era o melhor e o maior no que fazia. Sua presença majestosa já era mais que suficiente pra todos baixarem a cabeça diante dele.

Mas agora a insegurança de Hinata tava fazendo sentido. Ela já tinha me falado mais cedo que não seguiria na profissão que seu pai queria que ela seguisse. E ela sabia melhor que ninguém o quanto seu pai ansiava que ela assumisse os negócios da família. Mesmo sem ela nunca ter demonstrado talento algum para os negócios, mas mesmo assim ele nunca desistiu de vê-la assumir a presidência das empresas de advocacia Hyuuga porque, mesmo sem a primogênita ter talento algum pra advogar. Quando eu passei no vestibular pra direito, três anos depois de Hinata partir, ele admitiu para mim que sempre soube que eu estaria ao lado de Hinata pra tudo.

— Claro que precisamos! E esse é o momento certo! Vamos sentar!— Hinata estava meio atônica sem entender a calma do pai. 

— Você tem certeza que quer ter essa conversa na frente de todos, pai?— Hiashi a olhou arqueando a sobrancelha. — Eu... Eu estou nervosa!— Hinata sussurrou e Hiashi sorriu, sentando-a ao seu lado no sofá.

— Não há motivos pra você ficar nervosa, minha filha!— Tsunade e eu também sentamos e observamos a cena entre pai e filha. — Eu só acabei de confirmar o que eu já sabia!— Hinata estava cada vez mais confusa. Ela olhou pra Tsunade que sorria confiante.

— Como assim, pai? Eu não to entendendo nada! O que eu preciso dizer é que...— Hiashi alargou o sorriso e segurou as mãos da filha.

— Antes de você falar qualquer coisa, primeiro me escute! Há um pouco mais de dois anos essa senhora, que está a sua frente, veio me fazer uma visita bastante inesperada. Afinal, o quê a diretora da Universidade de Tókio iria querer comigo? A principio pensei que ela tivesse de olho em garantir que Neji iria mesmo pra Universidade, mas não era só a Neji que ela queria garantir que iria pra Universidade dela, ela também queria garantir a sua! Mas não foi isso que me surpreendeu, afinal, embora Tsunade não tivesse chegado a conhecer você, você e Neji sempre tiveram fama de Gênios, então era normal as faculdades pelo mundo cobiçarem vocês dois, por isso não me surpreendi. O que de fato me deixou sem fala, foi quando Tsunade disse pra que curso ela queria que você fosse.— Agora sim a fixa de Hinata tinha caído e ela olhou pra loira com um sorriso.

— Hiashi não acreditou em mim quando eu disse do seu fantástico talento pra medicina, na verdade ele chegou até a me chamar de "velha louca"!— Tsunade estava com um sorriso de vitória.

— E, como resposta, você me deu um tapa na cara!—Tio Hiashi também sorriu alisando a face que foi estapeada. Hinata sorriu divertida com a situação. É difícil imaginar o poderoso Hiashi apanhando pra uma mulher.

— Enfim, no dia que eu vi você pela primeira vez na conferencia internacional de medicina na América, eu vim aqui falar com seu pai. Contei pra ele algumas coisas que sabia sobre você, o porquê você estava em um congresso de medicina mesmo estando em um colégio interno pra jovens delinquentes, enfim, mas ele realmente só acreditou em mim quando eu mostrei uma foto sua a ele.— A loira mantinha o sorriso vitorioso.

— Mas você tinha que entender meu lado, nunca que eu imaginaria uma filha minha tendo talento pra medicina se eu mesmo detesto hospital, e Neji nem se fala né?— Hiashi piscou pra mim e eu corei levemente, desviando meu olhar.

— Sério? Pois Neji se saiu muito bem como meu assistente hoje, embora ele tivesse tremendo.— Hinata sorriu docemente pra mim.

— Mas não era pra menos né? Foi a primeira vez que vi um pescoço por dentro, e sem falar na quantidade de sangue!— E mesmo assim todos sorriram do meu rosto corado. – Mas tio... Eu posso fazer uma pergunta ao senhor?

— Claro que pode!

— É que... Por que o senhor não me contou que tinha recebido notícias sobre a Hinata? Se o senhor sabia o quanto eu também estava ansioso e desesperado por notícias dela?—E por incrível que pareça, Hiashi baixou a cabeça.

— Você... Acreditaria em mim que eu não contei nada a você por medo?— Todos pareciam confusos, então Hiashi sorriu levemente corado. – Tsunade tinha me dito que no ano seguinte ela iria novamente e quando ela me disse isso eu comecei a fazer diversos planos pra ir vê-la, mesmo que fosse só por um dia, mas quando eu comecei a pensar no que eu diria a ela quando a visse... Eu simplesmente não consegui! Eu tinha medo que quando Hinata me visse ela me desprezasse por não ter lutado mais pra tirá-la daquele lugar, tinha medo que ela me odiasse, então eu não consegui!

— Isso não explica o porquê o senhor não me contou!

— Por que você não desistiria de me convencer a ir até ela! Você teria insistido nisso até eu ir, e do jeito que eu também queria vê-la não seria muito difícil de me convencer, mas eu não podia vê-la, se nós a víssemos com certeza teríamos trazido ela de volta à força e acabaríamos presos, então achei melhor esperar! Afinal você já tinha se conformado mais com a partida dela, eu não queria reabrir sua ferida.— O sorriso divertido e envergonhado de Hiashi, fez todos naquela sala sorrirem também.

— É... Acho que o senhor tem razão! — Hinata sorriu pra mim e eu retribui o sorriso. Seu tio tinha toda Razão! Há dois anos provavelmente eu teria ido até o inferno se soubesse que poderia ver Hinata, mesmo que fosse de longe, mesmo que fosse somente por uma hora, mas teria ido.

— Mas e então Doutora Hyuuga— Tsunade levantou e foi até a herdeira. — Você vai ou não fazer o vestibular pra medicina?— Hinata tirou os olhos perolados dos olhos castanhos da loira e olhou profundamente nos olhos perolados do pai. Hiashi sorriu pra filha apertando forte sua mão e beijando sua testa.

— Não vou privar você de ser feliz Hinata, você já ficou presa por tempo demais!— Ela ficou bastante feliz ao ouvir essas palavras do pai, então no mesmo instante ela beijou as mãos do pai aceitando sua bênção e se levantou pra apertar a mão de Tsunade.

— Com certeza vou, Tsunade-sensei!

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Naquela mesma noite, o próprio Hiashi foi levar a filha ao quarto temporário que ela ocuparia enquanto o seu quarto estava em reforma, porém quando Hiashi já estava em sua cama ainda bastante pensativo sobre tudo que estava acontecendo, ouviu alguém abrir a porta do seu quarto.

— Pai?— Hinata pôs apenas a cabeça pra dentro do quarto.

— Hinata? Aconteceu alguma coisa?— Hiashi sentou-se dando permissão pra que a jovem Hyuuga entrasse e, apôs um segundo de hesitação, ela entrou. Ela parecia ta perturbada com alguma coisa, em nenhum momento ela olhou nos olhos do pai. Hiashi começou a ficar preocupado. — Ta sem sono?— Ele fez um gesto chamando a filha pra sentar ao seu lado e ela foi ainda de cabeça baixa.

— Na verdade eu...— Ela sentou-se ao lado do pai e, finalmente, olhou profundamente em seus olhos. — Eu não conseguiria dormir sem antes falar com o senhor!— Hiashi cada vez ficava mais confuso. – Eu... Eu vim te pedir desculpas!

— O que? Pedir-me desculpa? Pelo o quê?

— Por destruir seu sonho! Por não poder cumpri o futuro que o senhor planejou pra mim! Por não poder ser sua herdeira! Eu... Eu sinto muito!— Hinata apertava as mãos com força e mantinha a cabeça baixa.

— Do que você ta falando?— Hinata levantou a cabeça pra olhar pro pai. Ela ia explicar novamente, mas o Hiashi a interrompeu. — Hinata, não importa o que você faça ou o caminho que você decida seguir, você sempre será minha herdeira! Você é minha primogênita! Você é minha filha e eu amo você mais que tudo nessa vida! Não vou negar que eu nunca imaginei que teria uma filha médica, mas você não sabe o orgulho que eu senti quando Tsunade disse do seu talento, o orgulho que senti quando ouvi da sua boca a noticia que você salvou a vida de alguém.— Os olhos de Hinata estavam marejados. — Vou te contar um segredo Hina, sua mãe sempre soube que você seria médica!— Hinata arregalou os olhos. — É sério! Sempre que ela via você cuidando dos seus coleguinhas ou de algum animal machucado que você encontrava na rua e trazia aqui pra cuidar deles, ela soube que suas mãos tinham sido feitas pra cuidar e não para os negócios! — Dessa vez Hinata não segurou as lágrimas, porém Hiashi não deixou que elas caíssem. — Hanna estaria tão orgulhosa de você, Hinata! Tudo que você fazia era motivo de orgulho pra ela, imagina se ela pudesse te ver agora!— Hinata se jogou nos braços do seu pai e se abraçaram com força.

— Obrigada pai!— Hiashi separou-se um pouco da filha e segurou em seu rosto olhando profundamente em seus olhos.

— E nunca mais diga que você destruiu meu sonho, porque você é o nosso sonho que virou realidade, meu e da sua mãe! Você é minha vida e você foi à vida da sua mãe, e isso já é o futuro que ela te prometeu, afinal você ta viva! Então nunca mais diga uma besteira desta! Você é nossa filha e minha herdeira!— Hinata limpou as lágrimas e confirmou com a cabeça. Prometeu solenemente pra ela mesma que jamais seria fraca novamente. E, naquela noite, Hinata adormeceu nos braços de seu pai, sentindo-se depois de muito tempo completa.

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Já Neji, que viu Hinata sair de mansinho do quarto temporário e ir ao quarto de Hiashi, a seguiu e ouviu toda a conversa atrás da porta. Esse tipo de comportamento não era de seu feitio, mas se tratando de Hinata ele teria de quebrar algumas regras. Afinal, tudo em Hinata ainda era um mistério pra ele e ele tava cada vez mais ansioso pra descobrir cada detalhe do passado dela e ele iria descobrir, mais cedo ou mais tarde! Na opinião dele esse ar misterioso em torno dela só a deixava mais tentadora. Neji sentia-se excitado só de está na presença da prima, não só pelo corpo tentador da mesma, e sim por suas atitudes! Ela tava diferente demais, mulher demais e experiente demais. Pelo o que será que ela passou pra ter se tornado assim? Ou talvez ele estivesse imaginando tudo isso e ela ainda fosse à mesma garotinha inocente de cinco anos atrás? Com certeza ele descobriria isso com o tempo.

Ao girar a maçaneta e entrar no seu quarto, ainda distraído por tantos pensamentos, sentiu um corpo quente e nu juntar-se ao seu corpo. Neji estava só de bermuda por isso sentiu a excitação dos seios fartos em suas costas. Instantaneamente um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. Duas mãos começaram a acariciar seu abdômen o fazendo arrepiar. Então uma voz bastante sensual e uma respiração quente próximo ao seu pescoço o fizeram voltar a ser o mesmo Neji de um dia atrás, antes de Hinata chegar: Um Cafajeste!

— Pensei que você não viria mais! Já estava pensando em ir me divertir com meu amiguinho vibratório!— Era impossível não ficar excitado! Afinal, Neji é um homem e a mulher que lhe abraçava por trás e lhe acariciava em cada centímetro do seu corpo era, simplesmente, belíssima, gostosa e insaciável. Instintivamente ele virou prendendo a mulher, completamente nua, na parede.

— Acho que seu amiguinho vibratório não daria conta de você! — Um sorriso safado pintou no rosto do Hyuuga e a mulher em seus braços estremeceu de prazer ao ouvir aquela voz grossa e firme em seu ouvido.

— Você é o único que dá conta de mim, querido! Por isso é sempre com você que eu venho brincar!— Os lábios úmidos da mulher eram um convite nada discreto para serem beijados, Neji sorriu sarcástico atendendo ao pedido mudo da garota que sorriu maliciosa na expectativa. O garoto a beijou com uma força desnecessária, do jeito que ela gostava. Levou-a á cama ainda a beijando com volúpia e caindo em cima dela! O peso do corpo daquele homem sobre o dela era o que mais lhe satisfazia! Era o que ela mais sentia falta quando ele estava longe, mas naquele momento, ele era somente dela e de mais ninguém.

— Neji-sama!— Ela sussurrava o nome dele entre gemidos, o excitando cada vez mais. Os olhos de ambos brilhando intensamente de prazer. Neji desfrutava minimamente de cada detalhe do corpo que lhe era oferecido. Pele branca e macia como seda, seios fartos, coxas grosas e bunda firme e durinha. Perfeito em todos os sentidos e ângulos. Ela, simplesmente, era perfeita fisicamente, mas só fisicamente mesmo. Mas embora ele soubesse que a garota que estava em seus braços, nesse momento, fosse bastante vulgar pra entrar em seu quarto a essa hora da noite, ele sabia que seria bastante difícil encontrar outra garota que lhe satisfizesse como essa. E com certeza Neji já teve varias garotas em sua vida sexual, mas nunca nenhuma lhe proporcionou tanto prazer.

As mãos delicadas dela desciam vagarosamente pelo abdômen dele até chegar à barra do short e acaricia lhe a área sensível entre suas pernas e esse toque o fez soltar um rangido entre os dentes serrados. Ela com certeza sabia como o enlouquecer. Em um movimento rápido ele a pôs por cima e ficou um tempo abobalhado olhando aquele corpo todo a sua mercê. Ela sorriu por saber que seu corpo agradava tanto ao homem que ela tanto ama e que, se ele pedisse, seria até sua escrava sexual pelo resto da vida. Foi a vez da garota desfrutar do corpo que lhe era oferecido e ela, literalmente, mordeu, lambeu e chupou cada parte do corpo do belíssimo homem a sua frente, fazendo o mesmo ir ao delírio. Ela quase nunca se importava em sentir prazer, tudo que ela queria, tudo que a satisfazia, era saber que Neji estava gostando, que ela podia o levar a nuvens, e só isso pra ela que importava. Ela tinha tamanha obsessão por Neji, que ele já tinha se tornado uma espécie de vício dos mais perigosos possíveis, que ela até mataria só pra tê-lo sempre por perto!

Quando Neji já não aguentava mais e já estava no ponto de explodir, ele inverteu as posições e novamente ficou por cima. A essa altura ela também já estava 100% pronta pra recebê-lo. Ela molhada e ele sentindo o sangue pulsar por todo o membro, na expectativa evidente. E sem pudor algum Neji entrou na garota, os dois soltando gemidos de prazer. Seus corpos já estavam banhados de suor. Neji continuava com as investidas e a garota arranhava suas costas sem pudor algum, a respiração de ambos estava cada vez mais descompassada. Cada vez mais forte, cada vez mais fundo. Do jeito que Neji gostava e do jeito que a garota passou a gostar.

A garota já tinha tido o orgasmo quando Neji teve o dele. Ele permaneceu dentro dela esperando os tremores em seu corpo passar e sua respiração voltar ao normal. Quando Neji virou pro lado e saiu de dentro da garota, ela foi pra cima dele lambendo do seu peitoral até chegar ao nódulo da orelha do rapaz absorvendo o gosto salgado do suor dele e se deliciando com isso.

— Acho que está na hora de você ir!— Neji levantou-se, nu, e caminhou em direção ao banheiro, abandonado o calor feminino.

— Obrigada por brincar comigo hoje de novo, Neji-san!— A sensação de abandono que ficou na garota apôs Neji deixá-la transformou em malicia. Ela não sabia ainda o porquê esperava algum gesto de carinho de Neji apôs o sexo, isso só a fazia se sentir cada vez mais abandonada por ele. Ela lhe roubou um selinho e depois foi até sua camisola que estava no chão. — Espero que possamos brincar logo em breve.

— Você ama uma brincadeira arriscada não é?— A garota voltou a encarar os olhos perolados e lhe sorriu maliciosamente.

— Eu amo brincar com você, não importa como ou onde! Você é minha brincadeira preferida!— Neji então abriu um sorriso de pura malícia e escárnio. Ela já estava quase do lado de fora do quarto quando ela ouviu a voz de Neji.

— Quando é que você vai aprender... Que você que é minha brincadeira hein, Hanabi?— Neji olhou diretamente nos olhos perolados da prima mais nova.

— E quando é que você vai aprender que eu não me importo em ser seu brinquedo, querido primo?

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No dia seguinte, acordei mais cedo que de costume pra um dia de férias. Mas eu estava ansioso! Sim... muito ansioso pra encontrar Hinata. Passei a noite tendo sonhos nada inocentes envolvendo minha prima mais velha e quando acordei ainda tive que tomar uma ducha fria pra tirar certos pensamentos da cabeça, porém foi em vão. Cara, não acontecia comigo desde minha adolescência! E olha que eu tive uma boa noite de sexo. Mas mesmo assim eu precisava vê-la o mais rápido possível ou iria explodir. Não que eu tivesse a intenção de sequestra-la e arrastá-la pra minha cama, mas que eu tava começando a cogitar essa possibilidade, isso era verdade.

— Ohayo, Tio!— Sentei-me à mesa procurando Hinata pela cozinha e sala, mas ela não estava ali.

— Ohayo!— Hiashi respondeu tirando os olhos do jornal e olhando pra mim, não demorou pra ele notar que tinha algo me incomodando. E lógico que seu tio era perspicaz demais, não foi nada difícil chefe dos Hyuugas descobrir do que se tratava. – Hinata saiu cedinho com Kiba pra ir passear com o cachorro dele!— Droga! Corei ao perceber que estava tão transparente em minhas reações, isso só fez Hiashi sorrir mais por saber que ele estava certo. – Na verdade, aquele garoto madrugou aqui! Vou ter que aturar isso novamente é?— Hiashi tentou não deixar transparecer o ciúme aparente que ele tinha pela filha mais velha, mas foi completamente inútil. Sorri sarcástico.

— É! Bonita do jeito que sua filhinha está... Vai chover marmanjo aqui em casa!—Mantive o sorriso metidinho no rosto e Hiashi arqueou uma sobrancelha. Por mais que ele soubesse que o quê eu disse era verdade, ele também não podia deixar de tirar uma com a minha cara.

— E você vai ficar bem com isso, Neji-chan?— Hiashi tratou de colocar um sorriso irônico no rosto enquanto uma veia saltava da minha testa por ouvir aquele maldito sufixo junto ao meu nome.

— E o que você quer dizer com isso?

— Nada, nada!— Hiashi voltou a ler o jornal. – Só que me lembro de alguém dizer que casaria com ela e tal, mas como ela esta mais velha, mais bonita e mais madura com certeza não vai mais quere casar com você né?— Hiashi tentava conter o sorriso. — Ela deve encontrar alguém melhor!— Fuzilei meu  tio com o olhar, ele não deixaria que meu orgulho fosse abalado.

— Primeiramente a gente era criança quando eu a pedi em casamento! Ela não deve nem se lembrar disso, nós já somos bem grandinhos agora. E em segundo lugar, tenho certeza que ela não encontrará um partido melhor que eu!— Sorri convencido, já Hiashi voltou a me encarar.

— Tem certeza que não?— Ele virou a notícia que estava lendo no jornal pra mim. Arregalei os olhos quando vi a foto de Hinata e Sasuke estampando a primeira página, de frente um pro outro, ela sorrindo corada e ele mantendo a postura, com as mãos no bolso e um sorriso torto nos lábios. O título da notícia era: “Os herdeiros dos dois maiores magnatas do Japão se encontram em meio a um acidente no centro de Tokyo!” No decorrer da notícia tinha notas destacadas como: “ Nunca vi tanta beleza junta!” “ Seria o mais novo casal de Tokyo?” “ Foi uma cena digna de filme”. Sim, eu fiquei puto com isso! Como assim? Eu que a ajudei e quem fica com a fama é ele? Eu que fiquei ao lado dela, caramba. Deveria ser a nossa foto aí! – De acordo com o jornal o melhor partido que Hinata poderia ter seria Uchiha Sasuke! Tem até falando de você aqui, mas parece que eles veem vocês dois como “quase irmãos”!— Droga! E eu não os culpo por isso.

— Hinata não é nem perto de uma irmã pra mim! Nunca foi! Você sabe disso.— Disse frio, tentando não me exaltar. – E não acho que o Uchiha seja digno dela.

— Muito pelo contrário, gostei muito do que li aqui e gosto muito das histórias que escuto sobre ele.— Disse ele sorrindo. – Sasuke é um perfeito cavalheiro, cresceu na Europa, afinal, e será herdeiro de um vasto império. Junto os dois seriam um dos casais mais ricos do mundo.

— Mesmo assim Sasuke não deixa de ser um mulherengo, tio! É desleixado, gosta da vida mansa. Até onde eu fiquei sabendo nem vestibular ele quer prestar.

— De acordo com o jornal, ele também fará medicina. Olha só que coincidência.

— Coincidência? Sério? Claro que não! Aquele maldito deve ter deduzido que Hinata faria medicina e se escreveu pra ficar mais próximo dela.

— Se for por isso melhor ainda! Lembro que fiz algo parecido pra ficar perto da mãe de Hinata. Lembro que eu também era mulherengo igual você e ele e que eu mudei tudo para segui-la. Se for amor à primeira vista entre eles igual foi comigo e a Hanna, então eu sei que vai ser que vai dá bons frutos.

— É completamente diferente! Hinata ainda é muito inocente no mundo aqui de fora, tio. Lógico que por qualquer sorriso galante ela vai se apaixonar.

— Ela não olha com esse sorriso pra você.

— E quem disse que eu quero que ela se apaixone por mim?

— Hã? Então quer dizer que você não tem mais interesse algum na minha filha?— Hiashi se inclinou pra perto de mim. Desviei o olhar muito envergonhado.

— N-não vou negar que Hinata é belíssima, mas tenho certeza que ela não leva em consideração um pedido feito a uns seis anos trás!— Massageei a nuca tentando disfarçar qualquer tensão em minha voz e evitando olhar nos olhos do meu tio.

— Isso não respondeu a minha pergunta! "Droga”! Seria muito ignorância da minha parte tentar mentir pro maior advogado desse país, mas também não podia dizer pro homem que me criou e que eu idolatro, que passou a noite tendo sonhos eróticos com a filha preferida dele. Estou em um beco sem saída, até...

— Neji-sama? A Sta. Mitsashi está aguardando o senhor— Uma empregada entrou na cozinha o anunciando! Nunca fiquei tão aliviado na vida. Imediatamente me levantei e dei de cara com o sorriso sarcástico do tio.

— Desculpe tio! Não posso deixar Tenten esperando! Depois terminamos nossa conversa!

— Não precisa! Já tenho a minha resposta!— E Hiashi, simplesmente, se levantou da mesa e saiu! Isso me fez sorri. Não era pra surpresa nenhuma que o tio realmente soubesse minha resposta, afinal eu já morava com o tio há nove anos e nunca, repito, nunca consegui contar uma única mentira pro tio. No começo bem que eu tentei, mas logo vi que era impossível, então desisti de tentar! Então só pelo fato de ter tentado mentir pra ele era óbvio ele perceberia logo de cara que eu estava escondendo algo. Isso só fez minha admiração por ele crescer ainda mais e, algum dia, eu seria igual a ele.

O resto do dia passou se arrastando. Já eram 19h:57m e nada de Hinata chegar! Não que eu tivesse contando os segundos pra vê-la (Longe disso! ¬¬), mas é porque aquela garota mau tinha chegado na cidade e já passou o dia fora de casa. Tudo bem que ela ligou pro tio Hiashi avisando que iria almoçar com a família de Kiba, mas até uma hora dessas? Até Tenten que tinha vindo à mansão Hyuuga só pra conhecê-la, porque não aguentava mais de curiosidade, já tinha desistido e ido embora prometendo voltar amanhã pra conhecê-la.

Olhava a cada cinco segundos pela janela do quarto em direção ao portão principal da mansão Hyuuga e nada dela chegar. "Se ela não chegar em cinco minutos eu vou atrás dela!". Porém, parece que lendo meus pensamentos, o carro da família Inuzuka tinha acabado de aparecer. Quase que eu pulo pela janela pra ver se Hinata realmente tava dentro daquele carro, mas não demorou pra figura majestosa e risonha de minha prima descer do carro. Delicadamente ela cumprimentou o Sr. E a Sra. Inuzuka e depois Kiba a trouxe até a porta principal da mansão. "Esse cachorro! Quem ele pensa que é pra abraçar uma Hyuuga desse jeito?". Assim que Kiba saiu e Hinata entrou em casa, eu entrei em um dilema: Ir ou não ir correndo atrás dela? Por mais que eu tivesse com vontade de correr pra vê-la, eu não podia. Não podia deixar de lado meu tão precioso orgulho, afinal nunca corri atrás de mulher nenhuma em sua vida, mas por outro lado eu nunca senti tanta necessidade da presença de uma pessoa como senti dela hoje. Então acho que vou deixar só um pouco do meu orgulho de lado e descer pra vê-la.

— Por que eu abriria uma exceção pra você?— Hiashi estava no celular com cara de poucos amigos, já Hinata tinha se jogado no sofá pondo a cabeça do colo de seu pai, que acariciava os cabelos dela. OI? — Ok! Esteja aqui em uma hora!— E Hiashi desligou o celular sem nem se despedir.

— Problemas?— Perguntou Hinata olhando nos olhos de seu pai que não parecia muito feliz.

— Nada que seu pai não possa resolver!— Ele beijou na testa da filha e se levantou.— Se vocês me derem licença!— E Hiashi saiu deixando somente nós dois na sala. Hinata sorriu pra mim e eu substitui o lugar de Hiashi para que ela deitasse a cabeça no meu colo.

— Teve um dia interessante?— Perguntei aconchegando os braços no encosto do sofá.

— Tive sim!— E ela realmente parecia radiante. — O tio e a tia Inuzuka ainda são loucos por mim!— Ela começou a contar como tinha sido seu dia, mas eu estava mais interessado em observar cada movimento que a morena fazia com os lábios, em observar a pele branca. A cascata negra azulada que eram os cabelos dela repousavam sobre minhas pernas. Devo admitir que estava altamente tentado em tocar em seus cabelos, como seu tio tava fazendo, sentir a textura deles. Eles pareciam tão macios e sedosos. Que cheiro será que eles tinham? Provavelmente cheiravam a Uva. Então eu não resisti mais e passei os dedos por dentro dos cabelos dela. Eles realmente eram macios como eu imaginava, quer dizer, são mais macios do que eu imaginava. E se ela se surpreendeu ou estranhou meu toque, ela não deixou transparecer. Continuou falando animadamente tudo o que tinha acontecido, na verdade ela até se aconchegou melhor no colo dele, então eu entendi isso como um sinal de "pode continuar" e foi isso que eu fiz. Cada vez aprofundando mais os dedos no cabelo dela e quando finalmente criei coragem, levei uma mexa de seu cabelo ao meu nariz e mais uma vez estava certo. O cabelo de Hinata tinha um cheiro doce de uva. —... E o seu, Neji?— Hinata perguntou me tirando dos meus devaneios. — Como foi seu dia?

— Nada de mais! Queria ter tomado banho de piscina hoje, mas como eu não queria ir sozinho e minha prima decidiu passar o dia na rua... Eu não fui!— Hinata abriu um belo sorriso!

— Ué! Estou em casa agora!

— É! Mas agora é tarde! Já são mais de oito horas da noite.— Disse Neji com a cara emburrada.

— E o que é que tem?— Hinata se levantou e piscou pra mim. – Só me dê cinco minutos pra botar um biquíni!— E ela correu escada à cima. "Ela ta falando sério?" Sorri. "Quer saber? Que se dane!" Também corri pro meu quarto e pus um calção de banho. "Essa garota só pode ser doida, mas eu é que não vou ligar pro que é certo ou não quando uma bela mulher me chama pra tomar banho de Piscina à noite, só nós dois!".

Já estava na sala esperando-a quando a mesma apareceu no topo da escada deixando meu queixo no chão. Que Hinata tem o corpo lindo, isso eu já tinha percebido, mas vê-la naquele momento só de biquíni na minha frente me deixou pasmado. Hinata estava com um biquíni rosa com detalhes prateado em completo contraste com sua pele. Seus longos cabelos estavam soltos e ela estava com uma saída de banho preta bem curtinha. Sem sombra de dúvidas o corpo de Hinata era mil vezes mais bonito e desenvolvido que o de Hanabi. Hinata tinha seios maiores, cintura e abdômen mais bem feitos e coxas mais torneadas. O que me fez pensar: Será que Hinata malhava lá? Não é possível ela ter pernas tão... Tão... Belas sem nunca ter malhado.

— E então? Nós vamos ou não?— Hinata agora estava com um sorriso metidinho no rosto. "Será que eu tava com tanta cara de bobo assim?". Hinata aproximou-se de mim e pôs uma das mãos no meu peito desnudo, fazendo uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo. – Você também tem um corpo muito bonito! O que foi que aconteceu com aquele magrelo?— Isso me fez colocar novamente um sorriso convencido nos lábios.

— O mesmo que aconteceu com a Hinata gordinha: Academia!— Hinata abriu mais o sorriso e seguiu pra piscina. Eu a acompanhei.

— Quem disse que eu fiz academia?— Ela tirou a saída de banho e deixou-a ao lado da piscina.

— Acho que está meio óbvio! – Apontei pra todo o corpo dela, que sorriu e pulou na piscina.

— Pois você está enganado!— Falou Hinata assim que submergiu. Pulei logo em seguida, submergindo bem em frente a ela.

— Não que eu não acredite no poder da mãe natureza, mas tenho certeza que ela não faria isso tudo aqui sozinha!— Nós dois sorrimos.

— Há cinco anos eu jamais iria cogitar a possibilidade de você elogiar meu corpo!

— Há cinco anos eu nem sabia o que era um corpo bonito! — Ela sorriu divertida.

— Acho que era por isso que você gostava de mim! — Falou a jovem Hyuuga.

— Não... Eu era apaixonado pelo seu sorriso!— Hinata corou e sorriu levemente. – E isso não mudou muito! Na verdade... Tá bem mais bonito que da última vez que eu o vi.—Parece que ela gostou do que ouviu então decidi complementar mais ainda. – Igual a outras partes do seu corpo.

—Mas meu corpo nada tem a ver com Academia, meu caro. Até que eu tentei começar a malhar na academia lá do reformatório, mas musculação não foi muito minha praia, então comecei a treinar luta! — Fiquei nitidamente surpreso.

— Sério?— Ela confirmou com um aceno e um sorriso. – Você não tem cara de quem sabe lutar, e eu não sabia que em reformatório tinha aula de luta.

E não tem! Só que em um reformatório você não encontra muitas amigas mulheres então tive vários amigos homens que me ajudaram a me tornar forte! Lá era um lugar bastante perigoso e os meninos temiam pela minha segurança. Eles diziam que eu aparentava ser tão fraca, que era um alvo fácil, e eles estavam certos. – Hinata olhava pro nada, estava bastante nostálgica, mas logo seu olhar voltou pra mim. — Então foi assim que eu aprendi Jiu-Jitsu, Muay Thai e Krav Magá! – Arregalei os olhos, incrédulo, e Hinata gargalhou. — É sério! Em cinco anos dá pra aprender muita coisa!

— Eu sei! Mas eu juro que não consigo imaginar você lutando.

— E você, Neji-nii? Luta alguma coisa?

— É claro que sim! Que espécie de homem você acha que eu sou? Também luto Jiu-Jitsu!— Os olhos de Hinata brilharam e, do nada, ela saiu da piscina, amarrando a saída de banho de volta no quadril.

— Pois vamos lutar! Ai eu mostro pra você como eu fiquei forte!— Ela tava com um sorriso triunfante e já começava a alongar só que eu permaneci dentro da piscina com um sorriso sínico nos lábios.

— Eu não vou lutar com você!

— Por que?— Ela pôs as mãos na cintura e ficou com a cara emburrada.

— Porque você é uma mulher!— Hinata me fuzilou com o olhar. Pelo visto ela odiava esse tipo de preconceito, mas por algum motivo pouco tempo depois ela pôs um sorriso mais sínico que o dele no rosto.

— Entendo! E perder pra uma mulher seria demais pro seu orgulho inabalável, né?— Uma veia saltou da minha testa. "Com quem essa garota pensa que ta falando?".

— Eu só não quero machucar você!

— Tudo bem, Neji-chan! Eu realmente entendo!— Hinata falou ironicamente deixando Neji mais puto ainda.

— Se é assim que você quer então não vou me responsabilizar por manchas rochas que aparecerem no seu corpo!— Já ia me preparando pra sir da piscina, porém Hinata me deu as costas.

— Não, agora eu perdi a vontade! — Ela piscou cinicamente e começou a caminhar, porém...

— Ah não! Agora nós vamos lutar!— Sai da piscina e começei a caminhar rapidamente na direção dela, com um olhar de um predador atrás da presa. Hinata não teve outra opção a não ser sair correndo gritando teatralmente e sorrindo. Também sorriu. – Você não vai escapar de mim assim tão fácil, Hyuuga Hinata!— E corri atrás dela. “Então você também gosta de um joguinho igual sua irmã não é, Hinata? Isso vai ser divertido”.

Hinata entrou em casa e, graças a isso, a alcancei na sala de visitas. Agarrei-a pela cintura fina e ela só sorriu mais, então a peguei em meus braços a e joguei no meu ombro como se ela fosse um saco de batatas.

— Peguei!— Sorri vitorioso e Hinata continuava gargalhando. Foi quando eu ouvi um pigarro. Quando olhei na direção de onde vinha o som, arregalei os olhos quando vi que na sala onde estávamos, tio Hiashi tava recebendo visitas, e o pior era que não eram visitas qualquer.

— Desculpe tio, eu não sabia que tínhamos visitas!— Disse levemente corado!

— O que é que está acontecendo, Neji?— Perguntou Hinata tentando olhar pra onde seu pai estava, porém, como ela tava no meu ombro, ela não conseguiu.

— Tudo bem!— Disse Hiashi num tom de voz impassível, o tom de voz que ele só usava na frente dos clientes. — Esse é o meu sobrinho Neji, mas tenho certeza que você já o conhece certo, Fugaku? – Disse o chefão Hyuuga com certo orgulho na voz.

— Claro que o conheço, quem não o conhece né?— Disse o Chefão Uchiha com certo cinismo em sua voz. – E essa bela garota? Ela eu não conheço!

— Claro que não conhece, ela chegou agora da Europa! Neji será que você poderia colocar minha filha no chão pra eu apresentá-la as visitas?— Eu excitei! Por um segundo, mas excitei! Tinha pessoas perigosas demais naquela sala, mas eu não podia contestar uma ordem do Hyuuga mais velho.

— Claro!— Antes de colocá-la completamente no chão, sussurrei em seu ouvido. – Salva pelo gongo! — E Hinata deu um belo sorriso pra ele e se virou pra cumprimentar as visitas. Porém, em um piscar de olhos, o sorriso divertido da Hyuuga se transformou em uma cara de perplexidade e completa surpresa.

— I- I-...— Ela começou a gaguejar algo sem sentido algum, parecia sem fôlego. O que diabos ela poderia ter visto pra deixá-la tão sem reação desse jeito? — Itachi?— Itachi? Olhei para as pessoas naquela sala e o único que eu não conhecia era um rapaz, aproximadamente da idade da minha idade, de cabelos e olhos negros! Com certeza era um Uchiha, mas eu nunca o tinha visto antes. Esse mesmo rapaz olhava pra Hinata com a mesma cara de perplexidade que ela. Ninguém naquela sala tava entendendo nada.

—Hi-Hinata?— Ele conseguiu pronunciar e deu um passo em direção a jovem Hyuuga. Foi quando Hinata deu um sorriso inacreditavelmente radiante e, se eu não tiver imaginado coisas, malicioso pro rapaz. – Isso só pode ser brincadeira!— O jovem de cabelos negros falou antes de correr pra abraçar Hinata, e não foi um abraço qualquer, foi um abraço de quem tem muita, mais muita mesmo, intimidade!

— Heeeeeey... Mas o que ta acontecendo aqui?— Perguntou Hiashi fervendo de ciúmes da filha. Foi quando eles afrouxaram um pouco o abraço e olharam pro seus pais que pareciam está boiando nessa história, e não eram só eles, Sasuke, Hanabi e eu também estávamos boiando.

— Você conhece essa moça, filho?— Perguntou Fugaku altamente confuso e curioso. Foi quando Itachi sorriu encantado pra Hinata que lhe correspondeu o sorriso!

— Claro que sim!— Falou o rapaz como se fosse óbvio. – Hinata é...— Ele parecia ta escolhendo bem a palavra que iria usar nesse momento. -... Minha Namorada!— Todos naquela sala entraram em estado de choque! "O que diabos esse cara quer dizer com Minha Namorada?"


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Notas finais do capítulo

Hello, Miiiinnnnaaa...
Como eu já falei, essa fic lá no Fanfiction.net já está bem mais avançada que aqui, por isso aqui eu posto mais rápido. Mas dessa vez eu decidi mudar. Prefiro escrever com os personagens falando em primeira pessoa, não como narrador. Por isso tô dando uma mudada. Espero que gostem!



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