La Vie En Rose escrita por clariza


Capítulo 10
L'histoire de ce soir




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Freya estava sentada em frente à penteadeira enquanto Greta domava o seu cabelo. Ela estava imóvel pensando em que enrascada ela havia se metido dessa vez. O vestido de veludo azul escuro estava estirado e bem passado sobre a cama dela, junto com os sapatos pretos e devido a ocasião, ela usaria meia-calça. Devido a guerra, o suprimento de coisas finas para meias e outros artigos delicados havia sido direcionado ao setor bélico, o que fazia de meias-calças artigos de luxo.

― Não posso ir ― afirmou a garota ―sinta a minha testa, tenho certeza que eu estou pegando um resfriado, acho que estou com febre.

Delicadamente, Greta colocou a sua mão sobre a testa da irmã, soltando um “tsc,tsc,tsc” em seus lábios e deu os ombros para a irmã mais velha, fazendo pouco caso.

― Temo que não esteja com febre, minha irmã, na verdade está um pouco gelada, mas creio eu que seja apenas medo.

Freya arregalou os olhos.

― e de que, por algum acaso eu teria medo? ―perguntou, tentando disfarçar o nervosismo.

―Faz anos que você não tem um encontro, e Bucky é um rapaz tão bonito porém um soldado, algo que você abomina, talvez porque aquele que não deve ser citado fosse um soldado, e ele era um babaca com toda aquela pose de galã, mas era feio ― Greta dizia distraidamente, colocando grampos no cabelo escuro da irmã mais velha ― e o americano é muito bonito, nem você pode discordar disso, Effy, mas você conhece a fama dele, ele é um mulherengo, Oskie contou milhares de histórias dele e aqui está, o próprio Bucky Barnes tentando ter um pouco da sua atenção, você tem medo de se envolver e começar a ter sentimentos por ele, e ele assim como Ale… desculpe, assim como o babaca não ter os mesmos sentimentos que você possa nutrir por ele.

― Ou eu apenas não queira sair com ele. ―contestou Freya.

―Sim, sempre existe essa possibilidade, mas, tente pelo menos se divertir um pouco antes de emergir a sua cabeça em trabalho. Na pior das hipóteses você vê um filme e comer num bom restaurante ― aconselhou a irmã mais nova ― e, Effy, ele é tão bonito.

Suspirou a irmã mais nova.

― Beleza não é tudo, Gret. ― replicou Freya, de inclinando para ver o que ela havia feito em seu cabelo.

Os cabelos castanhos estavam presos, parte para trás com uma flor levemente mais clara que o vestido, os cachos estavam firmes e grandes, o mais próximo da perfeição que já estiveram, Greta havia aproveitado um momento de distração e colocado pequenos brincos, em forma de flores que combinação com uma pequena rosa que tinha em seu vestido.

―Mas, beleza é realmente de alguma ajuda, Effy ― Greta a fez virar para si, pegando os produtos de maquiagem e começando a aplicá-los no rosto de Freya gentilmente ― vocês fariam um casal tão bonito, teriam bebês bonitos também.

― Greta, não. ― afastou-se Freya, olhando a irmã com preocupação ― por favor, não tenha expectativas por mim, isso é só uma forma de me livrar de Stark, você sabe disso, se ele não estivesse enchendo linguiças na sala com papai eu nem estaria fazendo isso, tenho uma pilha de cálculo integral para resolver.

―Eu sei, só estou dizendo para aproveitar o momento, carpe diem.

―Seu latim continua péssimo ― reparou Freya enquanto Greta passava rouge em suas bochechas.

Houveram duas batidinhas na porta, antes que Oskar colocasse a sua cabeça e avisasse que Bucky havia chegado.

Freya respirou profundamente antes que avisar que já desceria, ela odiava a admitir mas, as suas pernas estavam trêmulas, não por Bucky em si, mas como Greta havia dito, ela nunca estivera em nenhum outro encontro que não fosse com Alexei, isso no mínimo a quatro anos atrás? o que ela diria? como deveria reagir?

Ela nunca perguntaria a greta nada disso, todas as suas dúvidas e inseguranças, afinal de contas ela era a irmã mais velha, não deveria lhe ocorrer tal tipo de coisa. Greta pintou a boca de Freya com um batom vermelho que realçava como a sua pele estava pálida e os cabelos escuros, não era algo ruim, mas, apenas fazia muito tempo.

Freya se vestiu rapidamente, colocando as meias com cuidado para que elas não se rasgassem e colocou o vestido azul suave ao seu toque ele era um pouco mais justo do que ela realmente usaria, estava no seu armário há um certo tempo e ela nunca havia uma ocasião que ela achasse apropriado para usá-lo, agora ela não tinha nenhuma escolha quando Greta decidia o que ela iria vestir.

Quando, já completamente vestida Greta borrifou um pouco de perfume na irmã, a desejando boa sorte e expulsando-a do quarto para que ela andasse mais rápido. Lentamente Freya desceu as escadas, não de propósito para criar uma grande entrada, apenas porque toda a situação a deixa apreensiva. Bucky estava aos pés da escada, a esperando enquanto conversava distraidamente com Oskar, mas no segundo que a percebeu a sua atenção se voltou exclusivamente para ela. Seus olhos pareciam medir cada centímetro do seu corpo e rosto.

―Boa noite ― ela disse, enquanto Bucky levantava uma de suas mãos, tomando os dedos da moça e beijando o dorso de sua mão descobertas ― está muito bonita.

Bucky não estava muito diferente, os cabelos negros arrumandos, de terno e gravata os olhos azuis gelo que ainda pareciam que podia ver através dela.

―O senhor está muito bonito também, senhor Barnes.

―Fazemos o que temos que fazer quando temos muita areia no nosso caminhãozinho. Oskar pigarreou.

―Ela deve estar em casa às onze da noite, e nenhum segundo a mais, me entendeu? ―ameaçou o irmão mais velho ― E por favor, mantenha o respeito, mantenha as suas mãos bem longe dela.

Bucky, como sinal da sua boa vontade afastou a mão que tocava a mão da garota sobre a escada.

―Pare de ser bobo, Oskar, é apenas um encontro, arranjado por você mesmo. Se estava tão insatisfeito porque se deu ao trabalho de planejar tudo? ―argumentou Freya, colocando o seu braço em cima dos ombros do rapaz.

―Só a traga antes das onze da noite.

E assim, eles se foram, Freya com seu antebraço preso a curva do braço o rapaz, a guiando para a porta e a carregando noite adentro.

―Então, o que faremos essa noite? ― Freya perguntou tentando parecer interessada, Bucky sorriu de canto olhando para frente.

―Dorothy, segure as suas saias, não estamos mais no Texas. ― Afirmou, e Freya sorriu desconfortável, não era comum pra ela não saber do que alguém estava falando.

―Eu não entendi ― O sorriso do rapaz aumentou, se soltando ela e indo em direção a rua, para chamar um táxi.

O carro amarelo parou em frente a eles e Bucky abriu a porta para que ela entrasse no veículo, sem ter muito o que fazer, afinal ela não tinha ideia de onde o rapaz estava a levando.

A viagem não foi muito longa, Bucky falava como um guia turístico, mostrando a garota cada canto da cidade ela acompanhava tudo atentamente, tentando guardar cada detalhe em sua memória, até o táxi adentrar numa rua larga e iluminada onde grandes placas se estendiam, brilhantes e impossível de manter a atenção em apenas um, a distraindo completamente do que Bucky lhe dizia e praticamente atirando o seu corpo para fora do carro em movimento.

Ao descerem do automóvel, Freya continuava encantada com o lugar, olhando em volta sem realmente saber onde estava, ela sabia, já havia lido sobre esse lugar, a Broadway, era muito mais brilhante e animada do que ela sequer ousou imaginar, Bucky lhe estendeu o braço e ela o segurou.

―Vamos lá?

―Onde exatamente vamos? são tantas opções. ― ele a guiou pela rua movimentada.

―Eu te disse Dorothy, nós vamos para Oz.


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