How I met your mother escrita por Marlbora


Capítulo 3
All These Things I Hate (revolve Around Me)


Notas iniciais do capítulo

Oláááááaáááá, amores! Voltei com mais um capítulo novinho em folha.
Queria agradecer ao WagnerNiwa que favoritou a história ♥
Ó, já adianto que vem novidades nos próximos capítulos, viu?
Beijinhos, espero que gostem!



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HUNTINGTON BEACH, 2034

—Crianças, assim que o tio Matt conheceu a tia Valary, muita coisa mudou. Primeiro, nós perdermos nossa carona habitual para a escola e, acreditem, precisei ter que acordar 20 minutos mais cedo por causa disso. Segundo, quebramos a regra do "sem mulheres na mesa dos bros". E terceiro, passamos a ter uma ajudante em nossa "banda" - faço aspas com as mãos.

—Ok, é agora que a mamãe aparece? - Aurora pergunta após bocejar.

Sorrio.

 

2013, CASA DO MATT

13H

Já estávamos na quarta-feira e, Deus, como o tempo voou. Depois da aula, os caras tinham marcado de ir para a casa do Matt ensaiar um pouco. Fazia quase um mês desde o último ensaio e, além do mais, precisávamos decidir algumas coisas para o próximo show. Passei em casa para pegar minha guitarra antes de ir, o que foi bom, pois pela primeira vez naquele dia fiquei um tempo sozinho. Eram só eu e os meus pensamentos.

Assim que parei na frente da casa dos Sanders, pude ouvir Jimmy berrando.

—CARALHO, MATT, NÃO TEM NADA PARA COMER NESSA CASA!

Atravessei a porta e logo Bella veio me "cumprimentar". A cachorrinha, que não tinha mais do que um ano de idade, se atirou no chão de barriga para cima na intenção de receber carinho - coisa que ninguém conseguia negar.

—Finalmente nosso guitarrista chegou - Johnny disse com a boca cheia, atirado no sofá - e ai, amigo, pronto para uma festinha hoje?

Sorrio fraco ainda acariciando Bella.

—Passo, cara, preciso cuidar da McKenna hoje.

Johnny bufa e se ajeita no sofá para me encarar com cara de descrente.

—É sério? Você cuidando da sua irmã? Qual é, Brian, você nunca ficou mais de cinco minutos com a McKenna sem reclamar.

—Qual o problema em ficar com a McKenna? - pergunto me levantando. Bella permanece imóvel e por um segundo eu me preocupo - ela é a minha irmãzinha, dude.

—TU ACHA QUE EU NASCI ONTEM?

Jimmy aparece na sala com um pacote de salgadinhos e diz:

—Olha, pelo teu tamanho, eu não duvidaria.

Sorrio.

—Vamos lá, Brian - apareceu Zacky com uma garrafa de cerveja na mão - hoje é a reinauguração do bar do Johnny, não podemos perder. Lá é o nosso bar preferido, temos que estar todos lá hoje!

Reviro os olhos e mudo de assunto.

—Vamos lá ensaiar.

—Ok, mas tu vai - Jimmy rouba a cerveja do Zacky.

—Não, eu não vou.

—Sim - ele dá uma pausa - você vai.

—Eu nã..

—ENTÃO VEREMOS!

—E AI, VIADOS - gritou Matt a garagem - VOCÊS IRÃO VIR OU NÃO?

 

16:30

—Trouxe um lanchinho para vocês - disse Valary entrando na garagem com uma bandeja com sanduíches e alguns energéticos - espero que gostem.

Ela disse isso sorrindo e sentou-se ao lado de Matt.

Depois de mais de três horas de ensaio, finalmente fechamos a setlist para o show do fim de semana. A prefeitura da cidade decidiu fazer um evento beneficente para juntar dinheiro para sabe-se lá o que, e abriu espaço para bandas locais divulgarem seu trabalho.

Eu sabia que Jimmy não havia esquecido a festa de hoje, então, não me espanto quando ele se vira para falar com Valary.

—Valaryzinha, você vai com nós para a reinauguração do bar, não vai? - pergunta Jimmy.

—Ah, eu dispenso. Vou para a casa de uma colega fazer o trabalho de inglês - ela revira os olhos.

 

—Naquele dia, sua tia Valary iria para a casa da sua mãe fazer o trabalho. Se eu soubesse disso, teria ignorado qualquer evento da cidade naquela noite apenas para ter algumas horas a mais do lado de Sky.

 

—Ah, tudo bem - diz Johnny - não vai faltar oportunidade de você sair com nós.

—Quer dizer que a Val pode faltar para fazer um trabalho e eu não posso faltar para cuidar da minha irmã? - pergunto arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços.

—Qual é - Zacky resmunga - todos nós sabemos que você não vai cuidar da McKenna hoje.

—Pelo menos pense a respeito, dude - disse Matt pela primeira vez - vai ser bom sair, esfriar a cabeça... Damos um jeito de pagar alguém pra ficar com a McKenninha.

—Exato, meu caro, você não tem desculpas.

Reviro os olhos e me concentro em terminar logo o sanduíche para ir pra casa.

 

18H

Era óbvio que eu não iria cuidar de McKenna. E era óbvio também que eu não iria para a reinauguração do bar do Johnny. Eu ainda estava extremamente abalado com a traição, queria ficar sozinho, em casa...

 

—Chorando - completa Aurora.

—Depressivo - É a vez de West falar

—Ouvindo Adele.

—Olha, agora é sério - tiro os meus óculos escuros e me ajeito no sofá - pra informação de vocês....

—Okay, fomos longe demais, as músicas dela já haviam estourado naquele tempo? - West ri e bate sua mão na da Aurora.

—Vocês estão de castigo! E o castigo de vocês será ouvir a história na versão completa. Eu ia encurta-la, mas não vou.

—Aaaaah, pai - Aurora e West reclamam ao mesmo tempo e afundam no sofá.

 

A noite em Huntungton Beach estava gelada. Poucas pessoas estavam caminhando na rua, e as luzes das casas começavam a ser acesas. A casa do Matt não ficava longe da minha, por isso, chego em casa em menos de 10 minutos e vou direto ao quarto.

—Filho, como foi o ensaio? - pergunta meu pai assim que eu passo pela sala.

—Foi bom.

Subo as escadas preguiçosamente e, assim que me atiro na cama, meu celular vibra. Era Jimmy.

—Passo ai em 27 minutos - diz e desliga, não dando tempo para que eu inventasse uma nova desculpa.

Suspiro.

Já que seria inevitável convencer Jimmy de que eu não iria, decidi me arrumar antes que ele chegasse aqui e fizesse um outro fiasco.

 

19H

Por incrível que pareça, James se atrasou alguns minutos, o que me fez querer desistir pela milésima vez naquele dia. Pensei em ligar para ele desmarcando, mas antes que eu pensasse em fazer isso, alguém buzinou na frente de casa.

—Se cuida, filho, e não volte tarde - disse minha mãe.

—Pode deixar, mãe.

Assim que pus os pés para fora de casa, James gritou do carro do senhor Sullivan.

—Preparado para a melhor noite das nossas vidas, motherfucker?

Reviro os olhos e entro no carro.

—Simmm - digo forçado e James fecha a cara.

—PODE PARANDO,BRIAN, NINGUÉM OBRIGOU VOCÊ A VIR!

E acelera.

 

BAR DO JOHNNY

—Os caras já estão aqui - disse James berrando em meu ouvido devido a música alta - vou achar eles. Tenta não se meter em nenhuma confusão e só tome suco de uva. Me encontre perto do bar.

Assinto e James parte em meio a multidão.

Dou alguns passos e logo vejo uma garota ruiva seminua dançando em cima de um poste. Ela realmente era uma gata...

 

—E essa, crianças, foi a história de como eu conheci a mãe de vocês.

Aurora ficou branca e West abriu a boca em "O".

—O QUE?

—Tá bom, eu tô brincando, era só pra ver se vocês estavam prestando atenção.

 

Dou uma volta pelo bar e cumprimento alguns conhecidos. Realmente, Johnny havia se superado nessa reinauguração. Tudo estava ainda mais foda do que antes. Quem estava tocando era uma banda de rock de uns amigos nossos, Bullet for my valentine, que, assim como nós, eles estavam no inicio da carreira.

 

—Crianças, sabem aquele tênue segundo que separa dois momentos? Em um minuto você pensa que já está superando determinada coisa, e no outro, tudo vira de cabeça pra baixo... Pois então.

 

Assim que dei alguns passos em direção ao palco improvisado, eu a vi. Michelle estava lá, trajando um vestido extremamente curto, com uma garrafa de cerveja na mão, me encarando. Era a primeira vez que eu a vi depois de tudo. Seu cabelo loiro parecia ter partes ruivas por causa da iluminação do bar.

Um cara chega em sua frente, põe a mão em sua cintura e a beija, tão intensamente que por um minuto eu viro o rosto. Mas ela continuava me encarando.

Chega, Brian, você não merece isso. Saí em direção às bebidas dando passos pesados. Sabia que seria uma má ideia vir.

 

—Então você sempre teve essa intuição feminina ou o que? - perguntou West rindo.

Fecho a cara.

 

Droga. Agora precisava de um vício que superasse um outro pseudo vício.

—Carl, me vê uma dose de Whisky.

A primeira dose foi para tentar preencher o vazio. A segunda, para tentar eliminar a raiva. A terceira, para esquecer o rosto de Michelle. A quarta, para esquecer a cena daquele beijo. A quinta foi para me incentivar a levantar e ir bater naquele cara. A sexta dose foi para me dar coragem.

Cambaleei um pouco, mas consegui me levantar. O bar girava.

—Ow ow ow ow, amigão - Johnny, o dono do bar, ficou na minha frente. Não entendia o porque, mas ele parecia muito engraçado naquele angulo - já chega.

Queria dizer que eu queria ela de volta para a minha vida.

—Brian, ela está fazendo isso pra te provocar. O cara não tem culpa de nada!

Johnny leu meu pensamento? Ele era amigo do cara que Michelle estava pegando? Porque Johnny estava o defendendo?

Alguém gritava por Jimmy, mas foi Matt quem apareceu. Eles haviam trocado de nome?

Começo a rir.

—Dude, vamos pra casa - disse Matt passando meus braços pelos seus ombros.

—Não - tento me desvencilhar dele - eu preciso... bater... naquele cara.

—Não, você não precisa.

Jimmy apareceu.

—O que aconteceu?

Ele estava com uma ruiva. Michelle havia pintado o cabelo da mesma cor há uns meses. Jimmy estava pegando Michelle? Forço a visão, mas a garota tinha olhos... eu não conseguia ver.

—Brian bebeu demais e quer bater no cara que Michelle beijou.

—Deixa comigo, Matt, eu levo ele pra casa.

—Não - interrompo - eu tô bem.

E tudo ficou escuro.

 

—Crianças, tudo o que eu lembro depois foi de ter acordado em um lugar "estranho", dentro de uma banheira.

 

Franzo a testa e tento pensar onde caralhos estou. Sabe quando você sabe que lugar é aquele, mas não o reconhece?

Pego meu telefone e mando mensagem pro Jimmy.

—Jimmy?

—Fala, campeão

—Me busca, rastreia o meu telefone, eu não sei onde eu tô.

Meu celular vibra. Era uma mensagem de Jimmy.

—Brian, eu te levei pra casa. Você está no seu banheiro.

Olho ao redor. Como eu não tinha percebido antes?

Recebo uma ligação dele.

—Por favor, nunca mais me deixe beber - digo e ele ri.

Levanto-me da banheira com certa dificuldade e destranco a porta. Capoto na cama e a última coisa que eu ouço de Jimmy antes de dormir é:

—Boa noite, portões sinistros. LEA, VOLTE AQ...


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