Pov’s Cebola

Cheguei na escola com Mônica, e não demorou muito para Marina e Denise já começarem a ficar dando seus chiliques.

—Achei que ficaria de atestado? –Perguntei para Marina.

—E perdeu a oportunidade de dar uns tapas naquela piranha? Nem pensar! –Ela disse e logo voltou com seus chiliques. Me sentei em um banco com Mônica para “conversar” quando estava me aproximando dela para lhe dar um beijo ela me interrompe:

—Cebola, você poderia me explicar porque da Cascuda odiar tanto agente? –Ela me perguntou e eu respondi o mais calmo possível.

—Ela fez muito mal para mim, o Cascão, a Denise, o Xaveco e a minha... Antiga namorada! –Digo sem jeito me lembrando dela, Ah... Droga porque eu fui me lembrar?!

Acho que Mônica percebeu isso e logo tentou me consolar!

—Serio? Eu  não sabia disso? –Ela disse, e eu não vou ficar com raiva dela por causa que ela não sabia disso.

—É mas aconteceu uma tragédia e ela, você sabe... Morreu. –Digo.

—Entendo a alguns anos eu perdi uma prima, sabe ela que me ajudava em alguns momentos ruins! –Ela disse e depois ficou pensativa.

—Essa era a melhor qualidade da Irene! –Disse e logo senti uma lágrima cair, a limpei com rapidez! E logo ela sorriu.

—Irene? Esse também era o nome da minha prima! –Não levou dois segundos e o sensor Fofoca da Denise explodiu.

—Como? –Ela Perguntou para Mônica. –Como ela era com estranhos? Data de nascimento? E aparência?

—Ei calma! Não sei como ela era com estranhos, mas deveria ser educada, não me lembro quando ela nasceu e ela era loira, cabelo curto e olhos claros! –A medida que ela ia falando eu arregalava os olhos, essa era a Irene, minha Irene.

—Hey oque aconteceu? –Perguntou Magali que acaba de  chegar.

—A Irene é prima da Mônica! –Disse Denise!

—Não acredito! Isso é serio? –Ela perguntou.

—Sim! –Marina e Denise responderam ao mesmo tempo

—Ok isso a gente conversa mais tarde!  -Ela disse e depois encarrou meus olhos. –Cebola você ainda tem o diário da Irene? –Ela perguntou.

—Claro! –Respondi, confuso. –Só não tenho a chave! –Completei.

—Então alguém vai ter que quebrar aquele cadeado! Porque eu tenho algo que precisa ser respondido!

Ela disse firme, quer que ela esteja aprontando estou curioso! E pelo seu olhar não é qualquer coisa!

—Não precisa, eu tenho a chave! –Mônica disse e me olhou...

[...]

 Duas horas da tarde:

Todos estavam em minha casa,  sorte que a Maria Cebolinha não estava lá senão você já pode imaginar...

Caminhei até meu quarto e peguei  uma caixa em baixo da cama de lá tirei o diário de Irene, não sei como a Magali sabia desse diário, talvez por que eram grandes amigas.

Tirei a poeira que estava por cima da capa e tentei não chorar. Fui até a sala onde todos estavam sentados nos sofás exceto Titi que estava sentado no chão. Dei o diário para Magali que segurava as chaves com força.

Ela pegou ele e abriu o cadeado o tirando em seguida. Ela começou a folear algumas paginas a procura de uma especifica.

—Oque você Tanto quer? –Perguntei cruzando os braços.

—Então vocês sabem que a Irene era a maior rival da Cascuda, e... Achei! –Ela disse e voltou a atenção para uma folha especifica.

Todos chegamos perto para ver e vimos que era a ultima pagina escrita dele.

E Magali começou a ler em voz alta:

“Dedico está ultima pagina para Cebola e Mônica as pessoas que mais confio!

Querido diário, ou querido Cebola e querida Mônica, hoje foi mais um dia difícil na minha vida. Como você sabe a Cascuda não tem me deixado em paz está semana , sim ela nunca me deixou em paz mas agora ela está cada vez pior acho que é porque eu estraguei o relacionamento dela e do Cascão, mas era muito preciso fazer isso! EU SÓ AJUDEI meu amigo não entendo o porque dela nunca gostar de mim.

Esse é o ultimo dia que verei Cebola gostaria de me despedir da Mônica também mas ela está novamente na detenção. Gostaria de poder matar aquela Penha.

Talvez você ache oque eu vou dizer (Ou melhor escrever) muito pessimista mas é a verdade: Hoje é o dia da minha morte!

Como eu sei? A Cascuda já deixou isso claro quando pois aquela mensagem em meu caderno. “Cuidado! Pois SEIS horas podem te matar.” Ela deu destaque na palavra “seis” seis horas era a hora que eu saia de casa para fazer o balé. Eu conheço muito bem os truques dela e não é a primeira vez que ela tenta isso. Então para acabar com isso de uma vez resolvi me entregar logo. Pelo menos meus amigos estariam seguros!

Eu não queria que acabasse assim mas queria pelo menos me despedir de meu namorado. Marquei um encontro com o Cê no campinho. Preciso  dar o ultimo beijo! 

Bom... Como não vou mais escrever aqui deixei a chave reserva com a Mônica e quando acabar de escrever aqui vou fazer questão de desaparecer com a outra. Já deixei bem claro que esse diário eu daria para Cebola desde que eu comecei a escrever.

Conhecendo o Cebola como conheço tenho certeza que ele não vai estourar esse cadeado. Não sei quanto tempo demorará para vocês lerem esse diário. Mas leve o tempo que for lembrem que eu os amarei  eternamente...

Com MUITO amor e carinho...

—Irene”

Ela terminou de ler com os olhos cheios de lagrimas, não só ela como todos nós estávamos chorando até o Titi.

—Eu estou com muito medo dela! –Mônica disse e eu a abracei!

—E eu com muita raiva! –Disse Denise.

—Eu posso ficar com esse diário? –Magali perguntou. –Eu só quero ler mais algumas paginas ela disse e eu balancei a cabeça como sim.

—Eu estou acreditando! –Disse Cascão. –Como não percebi isso antes? Eu sou muito burro! –Cascão disse e desceu as escadas.

 Eu conheço meu amigo, com certeza ele foi esfriar a cabeça!

Ouvi marina chorar baixinho, pois é antes eu não acreditava nessas neuras da Denise e agora vejo como ela está certa.

Resolvi observar ela e a vi chorando abraçada com Xaveco é a primeira vez que a vejo chorar assim, como se seu choro estivesse guardado a anos e agora fosse a hora de colocar tudo para fora.

Agora e vejo que a minha meta é outra, não quero dinheiro, não quero vencer um racha, tudo que eu quero agora é proteger a Mônica dos perigos da vida e principalmente a proteger da Cascuda!

Eu já perdi uma pessoa que amei, não quero perder outra!