Paris escrita por Lins Girl


Capítulo 1
Capítulo 1 - Only


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que viria. hahaha
Ontem um resfriado me pegou de jeito e não pude postar, mas olha aqui!
Quero agradecer a todos pelos comentários e pelo apoio nas outras ones. Escrever é o meu refúgio e vocês me ajudam a não sair dele. Obrigada
Então vamos lá!
Beta: Maíra
Enjoy! :3



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Kate pôs o sobretudo nos ombros esperando que seu marido fizesse o check in. O lobby do hotel parecia receber todo o vento frio da “cidade das luzes” e aquilo fez com que a capitã se encolhesse mais e cruzasse os braços.

— Eu avisei para deixar dois casacos fora da mala, mas você não me escuta. – Castle a abraçou por trás, prendendo as mãos dela nas suas em uma tentativa falha de aquecê-la.

— Calado. – Beckett resmungou e pode ouvir a risada dele.

— Vamos para o quarto descansar. Amanhã cedo nós sairemos para ver a cidade. – Rick sugeriu vendo o cansaço no rosto da esposa.

— Tudo bem. – Ela bocejou antes de agarrar-se a ele para manter o apoio de seu próprio corpo.

— Deixe para dormir quando chegarmos ao quarto. – Rick murmurou em seu ouvido assim que ficaram sozinhos dentro do elevador.

— Eu não quero dormir. – Ela respondeu claramente lutando contra o sono.

— Eu não vou fugir. – Ele a abraçou guiando-a para fora do elevador e seguindo para o quarto. – 1345, 1346, 1347... Aqui! Chegamos meu amor.

Assim que Castle abriu a porta, Kate caminhou até a cama e caiu de costas ali mesmo. Puxou os lençóis e os travesseiros para ficar mais confortável. “Dane-se que ainda estou de sapato e com as roupas molhadas da chuva” – Ela pensou ligando o aquecedor do quarto.

— Você não vai dormir assim. – Richard puxou as cobertas descobrindo o corpo dela.

— Me deixa em paz. – Kate pegou um dos travesseiros e colocou em cima da cabeça.

— Você parece uma criança mimada, Katherine. – Mais uma vez, naquela noite, ele riu.

— Eu estou com sono. – Beckett sentou na cama macia e jogou nele um dos objetos que repousava sobre a mesinha ao lado da cama, provavelmente um daqueles sabonetes absurdamente caros.

— Você não está com sono. Só exagerou no calmante depois que Caleb apareceu lá em casa. – Ela bufou com aquela lembrança. Estavam ali para esquecer tudo, mesmo que fosse apenas por alguns dias. Tentar. – Vou lhe ajudar a tomar um banho e, então eu deixo você dormir.

Ela resmungou de novo e levantou da cama. Ele tirou seu sobretudo e jogou no chão do quarto, começando a abrir a blusa de botões dela.

— Você pode tomar banho comigo se quiser. – Kate acariciou seu peito, sentindo o aroma tão característico emanar da pele molhada.

— Sinto muito babe, mas hoje não. Prefiro fazer isso quando você está totalmente acordada e disposta a gritar sem parar. – Ela sentiu o rosto queimar diante daquilo.

— Tudo bem. – Ela desistiu de tentar convencê-lo a fazer algo naquela noite, e deixou que ele a despisse.

Assim que tirou a última peça de roupa do corpo da mulher, Richard a guiou até o boxe do banheiro.

— Eu preferia a banheira e uma taça de vinho.

— Nem pensar, você já está grogue o suficiente. Não deveria ter tomado tantos calmantes durante o voo. – Ele segurou as mãos dela rente a seu corpo. – Agora... Banho! – Ele fez uma pausa dramática indicando a água fria que escorria pelo chão do local.

— Está fria.

— Eu sei.

— Cas! – Ela o repreendeu.

— O que? Não fui eu quem tomou remédios sem prescrição médica e agora precisa de uma ducha gelada. – Ele apontou mais uma vez para o chuveiro e ela entrou no boxe.

— Eu vou te matar. – Ela sentiu a água tocar seu corpo e soltou um gemido de frustração. – E se eu preciso de um banho, você também precisa.

De alguma forma – talvez com alguma habilidade que ela tenha aprendido na academia de polícia – Kate o puxou para debaixo da corrente gelada, prensando-o contra a parede oposta, depois de seu corpo estar totalmente molhado.

— Você tem noção de que ainda estou de roupa e com os meus sapatos? – Ele murmurou enquanto sentia ela beijar seu pescoço.

— Não por muito tempo, babe.

#

— Ok, talvez você precisasse disso também. – Castle se jogou na cama levando-a consigo.

— O efeito do calmante passou no primeiro beijo que você me deu. – Ela sentou na cama para poder pentear os cabelos. –Pode ouvir os meus gritos ou os seus estavam tão altos que não conseguiu? – Ela rebateu a brincadeirinha de mais cedo.

— Eu os escutei, não se preocupe. – Ele afastou os fios de cabelo que cobriam o ombro dela e deixou um beijo ali. – Estou afim de ouvi-los novamente.

Ela respondeu de uma forma inusitada: derrubando-o na cama e deixando seu corpo deslizar para perto do dele.

#

— Arco do Triunfo, Pirâmide do Louvre, Rio Sena ou Ponte das Artes?

— Arco do Triunfo. – Beckett respondeu rapidamente.

Eles haviam passado o dia inteiro passeando pela cidade e, já que anoitecia, precisavam decidir qual seria sua última parada antes de retornarem ao hotel.

— Por que? – Ele franziu a testa.

— Eu sempre quis conhecer esse monumento, o nome já dá uma vontade de viver. – Ela sorriu como uma criança que acabara de ganhar o melhor doce do pote.

— Ok então. Vamos ao Arco. – Rick agarrou sua mão entrelaçando seus dedos.

#

— “A chama que reacende todas as noites” – Beckett traduziu do latim uma das inscrições da coluna do monumento.

— O que eu não sei sobre você dá para encher outros mil livros, não é? – Ele prendeu o corpo dela contra o seu e vendo que ela fazia uma expressão de questionamento, continuou – Latim. Você também sabe latim.

— Aprendi o básico com a minha mãe. – Kate mordeu os lábios e o encarou. – Você também sabe. Eu lembro quando você fez aquela pesquisa louca dos monges em um dos primeiros casos depois que voltei a trabalhar na delegacia. “Meu Latim está enferrujado” uma ova.

— Eu só quero saber quantas línguas você fala.

— Adivinhe. – Ela continuou andando para ignorar totalmente o guia bonitinho que tentava flertar com ela.

— Seis. – Ele chutou.

— Quase lá. – Ela fez uma careta. – Oito.

— O que? – Ele gritou chamando a atenção de algumas pessoas que passavam por ali.

— Não sou fluente em todas. A maioria eu arranho e faço sotaques engraçados. – Ela tentou diminuir a surpresa dele com aquilo.

— Mas são oito. – Ele continuou inconformado.

— Você lembra que eu te contei que a minha mãe trabalhou em um projeto social na ONU, não? – Ele afirmou – Foi lá que eu aprendi todas essas línguas, eu tinha contato com pessoas do mundo inteiro.

— Você é incrível.

— Não alimenta meu ego que eu fico impossível depois. – Ela mordeu o lábio.

— Pensei que esse fosse eu.

— Convivência.

#

A varanda do hotel dava uma linda vista para a Torre Eiffel, a mesma estava iluminada com as cores da bandeira do país, o que a deixava ainda mais admirável.

— “Fluctuat nec mergitur” – Castle observou Kate dormindo no tapete da varanda em meio a um monte de travesseiros e almofadas. – Não importa o quanto as ondas tentem, você nunca afundará meu amor.

Rick deitou-se a seu lado tendo a mulher que ama em seus braços. Sem preocupações por mais alguns dias.

 


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Notas finais do capítulo

Notas: “Fluctuat nec mergitur” é o lema de Paris e significa “É sacudida pelas ondas, mas não afunda”. Paris é cercada por rios.
E então??



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