Sara Sidle

Aquilo havia sido perfeito, tudo havia. Era difícil de admitir que tudo era novo para mim, mas de verdade era e Gil fazia ser uma experiência ainda mais perfeita. Dividido entre o tesão e a preocupação que tinha comigo.

— Gil... – Murmurei, assim que paramos de nos beijar.

— Sim.

— Quero que me ensine tudo o que sabe.

— Como? Por quê?

— E por que não? É um homem experiente, visivelmente preocupado comigo, e com certeza pode me ensinar muitas coisas. Tenho preservativos suficientes?

— Sara, está brincando com fogo. – Senti acariciar meus cabelos. – Não sabe o quanto estou lutando para manter meu autocontrole. E viu que posso perdê-lo a qualquer momento.

— Pareceu que não gostei? – Rebati.

— Não quero lhe machucar.

— E não irá, mas se não se sente a vontade, se não quer mais... Tudo bem. – Disse com desleixo. – Posso procurar quem faça. – Sorri lasciva, sabia que isso mexeria com seu ego.

— Não. – Ele foi duro. – Está certo, se quiseres aprender algo, será eu quem irá te ensinar. – Suspirou. – Mas não espere mais cavalheirismos da minha parte.

— Nunca esperei isso de você. – Ergui uma sobrancelha.

— E tem uma condição, aliás, duas. – Fitou-me malicioso, com certeza havia algo escondido na manga. Gil era o mendigo mais articuloso que eu havia conhecido. Certo, o único, mas com certeza era muito mais inteligente do que aparentava.

— Sou toda ouvidos.

— Primeiro: Irá aceitar minha proposta e dormirá em minha casa um dia. – Falou de modo desafiador.

— Certo. Isso não me parece tão ruim. E a outra?

— Quero que entre em sua cabeça que o que haverá entre nós não será somente sexo casual. E não estou dizendo que temos que assumir uma relação publica, a única coisa que eu digo é que durante suas... Aulas – ele fez aspas com as mãos –, você só irá se relacionar comigo e com nenhum outro homem, e eu farei o mesmo.

— Você também não se relacionará com outros homens? – Segurei o riso.

— Sara... – Resmungou.

— Está certo. Serei fiel, e você também. Embora eu ache que isto seja a mesma coisa que um relacionamento, mas está certo. Só que não necessitamos sermos afetivos em publico, nós não somos namorados.

— De pleno acordo.