— Sim, aprendi que não estava imune a tudo. – Baixei a cabeça quando percebi que não choraria mais. – Porém apesar de você pensar o contrário, não é fácil ter tanto dinheiro.

— Duvido que não seja tão pior que não ter o que comer.

— Com certeza não. – Sorri. – Mas posso te mostrar que não é um mar de rosas também.

— Verdade? – Perguntou-me irônico. – Como? – Me desafiou.

— Você irá comigo na festa beneficente. – Sorri maldosa. – E irá entender o que eu digo.

— E o que eu ganho com isso?

— Um belo choque de realidade. – Pisquei.

Olhamo-nos intensamente por alguns segundo, fitei aqueles lábios doces e macios. Que saudade sentia dele.

— Mama... – Arthur nos interrompeu, tirando nossa atenção um do outro por alguns segundos.

— Temos de dar um jeito nisso. – Olhei para Grissom, e peguei Arthur colocando ele sentado em meu colo.

Não demorou muito para que Arthur dormisse em meu colo. Fiquei sentada por alguns minutos fitando o menino. Havia crescido tanto, assim como meu amor por aquela criança. Então senti o braço quente de Gil acomodando por cima de meu ombro, e sua respiração tão perto do meu ouvido.

— Acho que seria melhor coloca-lo no berço. – Murmurou tão perto que me arrepiei.

— Não tenho forças para leva-lo. – Eu sabia o quanto estava fraca, não conseguiria subir as escadas com o menino no colo, que agora pesava bem mais do que há três meses e eu bem menos.

Gil então tentou pegá-lo, mas o menino acordou por alguns segundos fazendo manha. Não queria ir para os braços do pai.

— Como faremos?

— Tenho uma ideia.

Então me levantei e Gil colou seu corpo no meu ajudando-me a segurar Arthur, e a passos lentos fomos ao quarto de Sophia. Colocando Arthur com cuidado no berço para que ele não acordasse, senti ele me ajudar ficando por trás de mim, e colando totalmente seu corpo em minhas costas, senti um calor intenso percorrer. Seu membro estava rígido.

Quando ele se ergueu finalmente ficando longe de mim, meu coração disparou, queria ele colado em mim novamente. Virei-me para ele.

— Você já fez sexo casual?

— Como? – Ele parecia ter um ponto de interrogação sobre a testa, mas na realidade era apenas uma ruga no cenho por franzi-lo.

— Sexo sem compromisso. – Expliquei.

— Eu sei o que é sexo casual. Só não entendo por que está perguntando isso.

— Por que agora, é isto que quero de você. – Respondi friamente, tão friamente que era o oposto do meu corpo que fervia de prazer, ao mesmo tempo em que não entendia de onde havia tirado coragem de perguntar aquilo.