O mendigo x GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 148
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha preparado uma nota muito fofa, mas perco um pouco da fofura de madrugada. haha. Gente, brincadeiras a parte, chegamos ao último capítulo de Mendigato. Mendigo é a história AyA, aqui é MENDIGATO mesmo.

Sabe aquela frase do Gil para Sara, que ele escreve em uma carta? "Eu disse que sentiria sua falta, e sinto". Pois é, já tô sentido falta dessa história no meu dia a dia, no nosso dia a dia.

Eu já disse quando finalizei outras histórias, que me surpreende que após 5 anos, ainda hajam leitoras assíduas nas minhas histórias e fico feliz de ter voltado e terminado essas histórias para mim, mas principalmente para vocês.

Já ferrou né? Pra quem não queria ser fofa, já tô sendo até demais. Mas é que final de fic, sempre me deixa um pouco melancólica. Ainda temos mais um capítulo de "curiosidades", mas a história em si, termina aqui, sendo esse o último capítulo oficialmente.

Desfrutem ♥



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Gilbert Grissom

Meus olhos já não enxergavam tão bem, mas ainda sabia aquela beleza. Meu olfato e os demais sentidos já não eram tão apurados, porém ainda reconhecia aquele perfume e o toque de sua pele. Minha memória já não era a mesma, mas ainda sim me lembrava de cada momento que vivemos juntos em todos esses anos de casados. 

Estiquei meu braço para pegar meus óculos com cuidado para não me mexer muito, não queria desacomodá-la. Sara com o passar dos anos tinha o sono cada vez mais leve, e mal respirei, alcancei as ditas lentes e coloquei a frente de meus olhos apoiados sobre o meu nariz. 

Bem melhor. Agora poderia vê-la com muito mais clareza.

Ela era muito mais bonita sem estar embaçada. Céus, como agradecia aquela mulher por haver mudado minha vida. Arthur era tão pequeno e indefeso quando ela apareceu para salvá-lo e eu mal podia acreditar que ela me salvaria também. Hoje nós tínhamos uma família imensa. 

Alicia fora a primeira a casar e nos dar netos, seguidos de Sophia. Catherine estava certa e fora um dos gêmeos que juntou nossa família, Axel e Camila começaram a namorar ainda jovens, se casaram e eram tão felizes que lembravam um misto do meu relacionamento com Sara e do relacionamento de Catherine com Warrick, Alan também encontrou seu par. Arthur foi quem nos dera mais dor de cabeça, achamos que ele nunca iria se ajeitar, bonito e com todas as mulheres a seus pés, demorou em escolher sua elegida e hoje era completamente dependente de sua esposa até para respirar. Sara sempre dizia que Arthur tinha muito de mim.

Por último, e não menos importante, nossa pequena Isabela, a caçula, que nasceu prematura e nos deu muita dor de cabeça quando pequena por ter uma saúde frágil, se tornou uma adulta forte, e seguiu os passos da mãe, tendo muitos filhos. O que fora um milagre, já que os seus três guarda costas, vulgo irmãos, tentavam afastar todos os seus pretendentes.

Meu devaneio então fora levado para pequenos lapsos de memória da nossa maravilhosa tarde em família, um almoço com todos reunidos. Sentimos falta de Henrique, ainda era difícil de acreditar que ele havia partido, mas deveria estar feliz agora junto de sua esposa que tanto sentia saudade. Em seus últimos dias, fora isso que disse a Sara e isso que a confortou.  Hank também partira deixando principalmente Sophia com saudades, porém fora o que a aproximou de seus meio irmãos, os filhos de Hank com Stefany.

Podia ver tantos jovens naquela mesa, doze deles meus netos, os outros quatro, dois filhos de Ana Paula e dois filhos de Gabriel. Já havia alguns bisnetos também correndo pelo pátio, tão impacientes e rápidos como poderia imaginar que crianças poderiam ser. Não me recordava o nome de todos, assim como Sara. Estávamos velhos.

Rimos ao perceber que estávamos brincando de adivinhar quem era quem.

Cansamos cedo, e fomos para nosso quarto dormir. Arrisquei-me a levar minhas mãos em seus cabelos brancos e acaricia-los. Pude reparar sua pele enrugada, parecia mais débil com o passar dos anos, mas para mim ainda continuava tão bonita como no dia que a vi pela primeira vez. Ela então acordou com o toque, senti remexer e ficar ainda mais encostada em mim.

— Amo quando me acaricia. – Fora a primeira coisa que ela disse quando acordou.

— Eu amo você por inteiro. – Murmurei depositando um beijo em sua testa. – Não deveria ficar tão encolhida querida, pode atacar sua hérnia e suas costas irão ficar doloridas.

— Você sempre preocupado comigo. – Ela sorriu, e não pude deixar de admirar aqueles belos olhos castanhos. – Não me importo com minhas costas, nada é mais aconchegante que estar em seus braços.

— E como não estaria preocupado com você minha querida? É a pessoa mais importante da minha vida. 

— Você também. Eu te amo meu velho. – Ela me chamava assim carinhosamente já fazia alguns anos.

— Eu te amo minha querida.

Alguns minutos de silêncio e pensei que ela havia pegado no sono. Meus olhos pouco a pouco também iam se fechando.

— Sabe meu velho? – Ela então cortou o silêncio com sua voz rouca, me despertou instantaneamente, como amava o som de sua voz. – Eu pensei que não iria me querer depois que envelhecesse.

— Por quê? – Perguntei surpreso.

— Por que já não sou mais bonita, minha pele é flácida, meus seios caídos, meu cabelo branco. Pareço aqueles cãezinhos que são todos enrugados. – Falou divertida, se havia algo que não havia mudado em Sara com o passar dos anos era seu bom humor.

— Para mim você sempre será a mulher mais linda do mundo. Afinal, eu também envelheci. – Apertei-a contra mim. – Meus também são brancos, minha pele também parece a de um cachorro Sharpei. 

— Seus olhos continuam tão azuis quanto antes, ainda tem o mesmo brilho de há tantos anos atrás. – Sorriu apaixonada.

— E os seus os mesmos castanhos. E, além disso, eu vejo como os senhores te olham no baile da terceira idade. – Riu. – É a senhora mais linda de lá.

Caímos na gargalhada. 

E ali estávamos nós, ainda juntos e felizes agradecidos pela vida e já sem medo da morte, sabíamos que quando um fosse o outro iria junto, sem desesperos e sem temores, pois como em nossa promessa de casamento estaríamos juntos na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, por todos os dias de nossa vida, e havíamos estado unidos em todos estes momentos, superando todas as dificuldades e desfrutando de maravilhosos momentos juntos. E eu aos meus oitenta e cinco anos, Sara havia parado de contar há dez anos e parado nos setenta e três,  e com mais de cinquenta anos de casados, sabíamos que nem a morte iria nos separar.


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Notas finais do capítulo

Eu confesso que o que mais me faz amar essa história é esse epílogo. Ele divide a opinião entre leitoras AyA, mas eu simplesmente sou apaixonada por esse final, eu sou péssima com finais, por que eu nunca quero que acabe. Mas eu confesso que esse, em todas as minhas histórias escritas e finalizada (já passam de 20), é o que me deixa mais feliz e satisfeita como escritora.

Espero que vocês amem, que amem a história toda, que amem esse final, que amem Mendigato, e que a mensagem de superação não fique somente nessa história, mas em toda vida de vocês.

O próximo capítulo é das curiosidades. ♥



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