Após o nosso passeio incrivel, nós voltamos para o resort, e decidimos passar a tarde na piscina. Me deitei na espreguiçadeira de madeira que tinha um colchão fino por cima, Damon se deitou ao meu lado, mas na sombra.

— Acho que vou pedir algo para beber, quer algo? – perguntei a Damon.

— O que pedir para você – dei um selinho nele e fui até o bar da piscina.

 Me apoiei no balcão esperando alguém aparecer, mas não havia ninguém, respirei fundo e me sentei no banco, um homem se sentou ao meu lado, me olhando com um sorriso malicioso, eu o ignorei e chamei de novo por alguém, e ninguém apareceu.

— Onde será que está o barman? – ele disse.

— É o que estou querendo saber.

— O que você vai querer? – ele perguntou e pulou para trás da bancada.

— Eu vou esperar o barman, é o melhor.

— Eu vi ele conversando com uma mulher a poucos minutos, acho que vai levar um tempo para voltar – ele riu – o que vai querer?

— Quero uma caipirinha de limão e um whisky.

— Você bebe whisky? – ele perguntou rindo para mim.

— Não, é para o meu marido.

— Marido? – ele ficou surpreso.

— Sim, estamos aqui de lua de mel.

— Caramba – ele riu constrangido – vou fazer a sua caipirinha.

  Ele se concentrou nas bebidas, eu fiquei olhando Damon de longe, ele estava apenas com a sunga e óculos de sol, com a cabeça deitada sobre o braço direito, a visão era divina, mordi meu lábio inferior.

— Aqui estão – ele colocou os dois copos no balcão, me tirando de meu devaneio.

— Obrigada, por favor anota ai quarto 2045.

— Ah não, sem problemas.

— Mas...

— Sem problemas, fica por minha conta, por tentar flertar com uma mulher que esta em lua de mel com o marido – ele riu.

— Sendo assim, obrigada – pisquei para ele, peguei os copos e voltei até onde Damon estava.

— Estava te olhando do bar, meu Deus do céu Damon, como você pode ser tão gostoso? – me sentei em cima de suas pernas rindo, ele riu também e pegou o copo da minha mão.

— Eu sou?

— Não imagina o quanto. – o beijei.

 Voltei para minha espreguiçadeira, Damon ficou na sombra, e eu no sol, precisava voltar para Nova York pelo menos com uma marquinha de biquini.

 Acabei cochilando no sol, acordei com o corpo dolorido, escutei a voz de Damon atrás de mim, quando me virei havia uma garota, fiquei observando.

— Na verdade não, estou aqui para a minha lua de mel – ele disse segurando uma risada – aquela ali é a minha esposa – ele apontou para mim, a garota se virou e eu acenei, ela ficou mais vermelha que seu biquíni, eu ri.

— Desculpa – ela sussurrou para ele e saiu andando.

— Não posso nem cochilar Sr. Salvatore – revirei os olhos.

— Ela veio me chamar para uma festa que vai ter em um hotel hoje a noite.

— Você quer ir nessa festa? – perguntei me sentado ao lado dele.

— O que você acha? – ele perguntou me encarando.

— Acho que nós temos coisas melhores a fazer – segurei seu rosto e o beijei.

— Concordo – ele riu passando a mão pelas minhas costas.

                                                                    *

 No dia seguinte nós alugamos um carro e fomos para uma praia mais distante, haviam poucas pessoas ali, um grupo jovem e uma família, coloquei uma canga na areia e me sentei, Damon se sentou ao meu lado.

— Você está gostando da viagem?

— Você precisa mesmo perguntar? – eu ri.

— Acho que não.

 Comecei a ler um livro, Damon estava ouvindo musica deitado ao meu lado, o grupo de jovens que estavam próximos de nós, estavam ouvindo musica alta e bebendo, gritando coisas sobre formatura e o quanto estão aliviados de terem terminado a faculdade e coisas do tipo, o que ficava cada vez mais difícil prestar atenção no meu livro. Damon cansou de ficar deitado, se sentou e ficou olhando para o mar, que estava um pouco agitado.

— Amor – ele me cutucou – olha ali – me sentei e acompanhei onde seu dedo apontava, no meio do mar havia um ponto preto que sumia e reaparecia. – é uma pessoa? – ele se levantou, e quando me dei conta Damon já estava correndo até o mar.

— Damon – gritei.

— Fica ai, eu já volto – ele gritou sem parar de correr.

 Meu coração se apertou, Damon nadava até o ponto preto,  eu estava nervosa, sei que o Damon sabe nadar muito bem, mas o mar está agitado, e pode puxa-lo.

— O que está acontecendo? – perguntou um homem parando ao meu lado, e encarando.

— Não sei, acho que tem alguém se afogando – não tirei os olhos de Damon.

— Você é a garota do bar de ontem? – ele perguntou me analisando – com certeza é.

— Acho que sim – eu estava aflita, não queria conversar.

— Aquele é o seu marido?

— Sim – minha voz saiu mais aguda que o normal.

 Damon havia chego até o ponto preto, e estava voltando, as pessoas que estavam ali prestavam atenção naquela cena, quando ele se aproximou ainda mais, alguns garotos que estavam do lado correram até ele para ajudar, eles traziam uma garota, aparentemente desacordada.

— Alguém chama uma ambulância – ele gritou, colocaram a garota no chão, corri até onde eles estavam.

 Damon fazia uma massagem cardíaca na garota, que continuava pálida e apagada, ele fez de novo, e de novo, e então ela começou a cuspir agua, e procurar desesperadamente por ar.

— Calma, você estava se afogando, agora está tudo bem – ele disse tentando tranquiliza-la.

— Lay – gritou uma outra garota que estava na frente – meu Deus – ela se ajoelhou ao lado da garota.

— O que aconteceu? – perguntou Damon.

— Não sei, ela estava com a gente num minuto, no outro não estava mais, achamos que ela estava na van, meu Deus, ela vai ficar bem?

— Acho que sim, ela já está respirando normalmente – ele disse saindo de cima dela. – ela estava bebendo?

— Sim – a menina se ajoelhou ao lado da amiga –Lay você está bem?

— Sim, eu acho que sim – a voz dela saiu baixa – minha cabeça... está doendo.

— A ambulância já deve estar chegando – disse um menino.

— Obrigada, você salvou minha amiga – a garota abraçou Damon, que ficou sem reação.

 A ambulância chegou, Damon acompanhou a garota até a ambulância, ela segurava a mão dele.

— Obrigada – ela disse aparentemente envergonhada, - você salvou a minha vida.

— Não tem de que, só tome mais cuidado – ele soltou a mão dela, e então elas saíram.

 Damon e eu voltamos para onde estávamos, eu ainda estava um pouco em choque, Damon estava mudo a meu lado.

— Você está bem? – perguntei me ajoelhando na frente dele.

— Sim, estou – ele forçou um sorriso – eu achei que ela já estava morta, quando chegamos na areia.

— Você salvou ela, se você não tivesse visto ela provavelmente estaria morta, porque os amigos estavam todos bêbados.

— Meu Deus – ele passou a mão pelo cabelo.

— Já passou amor, já passou – segurei seu rosto entre minhas mãos, os olhos dele encontraram os meus, e ele me puxou para um abraço forte, quase sufocante.

— Eu tive um sonho assim, a pouco tempo – ele me apertou ainda mais contra seu corpo – mas no meu sonho era você que estava se afogando, e eu não consegui chegar a tempo – o abracei forte.

— Não era eu, você salvou a vida de uma garota amor – ele me soltou e eu olhei em seus olhos – e além do mais, eu sei nadar – sorri, queria distrai-lo.

— Vamos voltar para o hotel? Por favor?.

— Claro amor, vamos – vesti minha roupa, ele fez o mesmo, e nós voltamos para o carro.

 Damon foi o caminho todo de volta calado, ele parecia ainda sob efeito da adrenalina, toquei em seu braço sorrindo, e ele me lançou um sorriso forçado, resolvi deixa-lo quieto por um tempo.