Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto, senti a mão de Damon em meu rosto, sorri sem abrir os olhos.

— Bom dia minha pequena.

— Bom dia meu amor – virei o rosto e dei um beijo em sua mão.

— Você quer levantar agora? Ou quer ter mais alguns minutos para nós dois? – ele se apoiou no cotovelo e deixou seu rosto acima do meu.

— Quero mais algumas horas para nós dois – ri e passei a minha mão para sua nuca, trazendo seu rosto até o meu, nos beijamos.

 Seu beijo era sempre reconfortante, era uma sensação de paz que me invadia por dentro, era segurança, amor, carinho, nada podia mudar isso.

— Vocês dois – ouvi a voz de Caroline do outro lado da porta – poderiam nos dar o ar de suas graças? – ela estava irritada, nós dois reviramos os olhos.

— Já estamos indo Car – gritei.

— Vocês tem dois minutos, ou eu volto aqui.

 Me aconcheguei no peito de Damon, deixando uma trilha de beijos , ele me pegou pela cintura, me deixando montada, com uma perna de cada lado de seu corpo, eu sorri.

— Você sabe que se a gente não descer em dois minutos, ela vai abrir essa porta de qualquer jeito não sabe? – perguntei.

— Eu sei – ele bufou – quem convidou essa garota? – eu ri.

 O beijei por longos minutos, ele passava as mãos por minha cintura, por dentro da minha camisola, não queria parar, não mesmo.

— Vocês tem um minuto – Caroline gritou.

— Que droga – Damon deu um tapa na cama, eu ri.

— Vamos  - sai de cima dele.

 Vesti um short e uma regata preta, prendi meu cabelo num coque mal feito, Damon se vestiu e nós descemos até a cozinha, Caroline estava com uma xicara na mão.

— Bom dia – ela disse toda animada, Damon deu uma fuzilada nela, que a fez até parar de sorrir.

— Bom dia Car, bom dia gente – fiz um aceno geral.

— Bom dia – todos disseram juntos.

— Demoraram para levantar em – disse Enzo com um tom malicioso.

— Por que não cuida da sua vida Enzo? – disse com um sorriso falso, ele riu.

 Todos nós tomamos o café da manhã conversando, e rindo, o humor de Damon já havia voltado ao normal.

— Vamos dar um mergulho no lago? – perguntou Car.

— Parece bom, vai lá encher as boias.

— Já estão cheias, obriguei Klaus e Enzo a encherem.

— Caroline sendo Caroline – disse Klaus beijando o pescoço dela.

— Nem me fale – Damon revirou os olhos e me abraçou por trás.

  Ela ignorou Damon completamente, e saiu me puxando pela mão.

— Vá colocar um biquini, nós vamos pegar um sol, depois vamos mergulhar no lago, e quem sabe seu pai não deixa a gente pegar um dos jet skis.

— Como você sabe que ele tem?

— Seu irmão me contou, falou para eu convencer ele a nos deixar usar – ela riu.

— Seria bem legal – e impossível.

 Subi até o meu quarto, e quando fui trancar a porta alguém bateu, era Damon, ele entrou apressado e fechou a porta atrás de si.

— Subi sem deixar a Caroline ver – ele riu.

— Voltamos a namorar escondido? – perguntei.

— Aparentemente sim – ele riu.

 E então me pegou no colo, me beijando, beijando meu pescoço, minha clavícula, subindo até a minha orelha. Ele me jogou na cama e tirou a camiseta subindo em cima de mim, ele tirou a minha blusa, depois o meu short, mordi o lábio inferior e ele sorriu.

 Não sei quanto tempo depois cai deitada ao lado dele, ofegante e com um sorriso bobo nos lábios.

— Eu preciso ir, meu Deus a Caroline vai me matar – me levantei rindo, pegando minha roupa pelo quarto, abri a mala e peguei um biquini preto e branco, o vesti, e vesti o roupão de seda que Car me deu, arrumei meu cabelo que estava todo bagunçado, Damon ainda estava deitado na cama, apenas com um lençol.

— Você tem noção o quanto é tentador  ver você assim?

— Ah eu tenho – ele riu.

— Vou esperar por você lá em baixo ok? – dei um beijo rápido nele e sai do quarto.

 Caroline estava me fuzilando, eu apenas ri e caminhei até lá fora. Meu pai estava caminhando ao lado de minha mãe, Kate estava conversando animada com Enzo.

— Elena – Dani me segurou pelo cotovelo – onde você estava?

— Colocando o biquini.

— Meia hora para colocar um biquini? – ela me olhou com cara de tédio.

— O que você quer?

— O Jeremy falou do jet ski do seu pai, será que se você pedir ele deixa a gente usar?

— Não sei, ele nunca gostou muito que nós os usássemos, mas talvez agora que ele esta diferente. Vou falar com ele. – ela sorriu e voltou para o lado de Richard, eu ri.

 Caminhei até onde meu pai e minha mãe estavam, eles caminhavam de mãos dadas, e foi lindo de se ver, meu pai estava bem lento, caminhando quase arrastando os pés, mas era bom para ele.

— Ai estão vocês – disse parando ao lado do meu pai sorrindo.

— Oi querida – disse minha mãe.

— Pai, eu queria te pedir um favorzinho – me senti com dezessete anos de novo, e já estava preparada para ouvir um não, e uma bronca.

— Você quer os jet skis. – ele disse rindo.

— Como você sabe?

— Porque todos estão falando sobre isso, o Jeremy espalhou para todo mundo – ele riu – pode pegar filha, eu não vou mais os usar de qualquer jeito – ele deu de ombros – assim pelo menos vocês vão se divertir.

— Obrigada pai, de verdade – acho que é a primeira vez na vida que peço algo a meu pai que ele diz sim, sem nenhum sermão.

 Damon apareceu na varanda, caminhei até ele, ele mordeu o lábio inferior e eu ri.

— Já esta com saudade?

— Sempre – o abracei e encaixei meu rosto em seu pescoço, ele me abraçou.

— O que foi pequena?

— É o meu pai, ele está tão diferente, está gentil, simpático, carinhoso, ele até deixou eu pegar os jet skis.

— Sério?

— Sim.

— Mas isso é bom, não é?

— Claro que é, mas vai saber quanto tempo ele tem de vida, ele podia ter mudado antes, ele poderia ter ido ao hospital, descoberto o câncer antes, e podia ter se tratado.

— E ele ainda seria o mesmo de sempre.

— Não sei o que eu prefiro.

— Amor, ele esta tentando se redimir, com todos, de isso a ele ok?

— Você tem razão – o abracei ainda mais forte, e dei um beijo em seu pescoço – quer me ajudar a pegar os jet skis? – sorri.

— Vamos lá – ele sorriu e me pegou no colo.

  Finalmente conseguimos colocar os dois jet skis na agua, todos estavam animados, Damon foi primeiro, sozinho, eu me sentei no píer junto com Caroline e Dani.

— Elena, aquela prima do Damon, por que ela está aqui? – perguntou Car.

— A Lilly a convidou para o casamento, e o pior, convidou para ficar na minha casa, junto com ela durante a nossa lua de mel – revirei os olhos.

— Não acredito – disse Dani rindo.

— Pois é, e o melhor de tudo, a cereja do bolo, o Damon já ficou com ela.

— Mentira – as duas se viraram para mim.

— E como você aceita ela aqui?

— Car eu tenho ciúmes, é claro, mas eu não vi o Damon olhar para ela em nenhum momento.

— Mas ela olha para ele – disse Dani – até demais.

— Você viu?

— Sim, e quando vocês estão juntos o olhar dela fica tenso, não sei explicar.

— Inveja talvez? – Caroline perguntou se deitando na canga.

— Provavelmente – disse Dani fazendo o mesmo – as vezes até eu sinto uma invejinha de você e do Damon – ela riu, me deitei também.

— Vocês acham que ela tem inveja de mim? De nós dois?

— Elena não sei, mas é o que parece, então cuidado, principalmente com ela na sua casa.

— Vou ter – suspirei.

 Nós três ficamos deitadas lá por meia hora, eu já sentia meu corpo ferver, decidi ir para o lago, que ali já era fundo, subi em uma das boias, elas eram enormes, caberiam duas pessoas com facilidade, me deitei na de unicornio, jogando um pouco de água em meu corpo, fiquei olhando enquanto Damon e Enzo se afastavam nos jet skis. Alguns minutos depois eles estavam voltando, Damon desacelerou e parou próximo a mim.

— Quer vir dar uma volta amor? – ele sorriu.

— Quero, vou até ai.

 Desci na boia e fui nadando até onde ele estava, Damon me ajudou a subir, me sentou na frente dele, seu corpo estava quente demais.

— Você sabe pilotar? – ele perguntou, eu ri.

— Damon, várias vezes eu vim para cá sem meu pai, Jeremy e eu apostávamos corrida, é claro que eu sei pilotar.

— Ok então pilota, vamos lá – ele segurou em minha cintura e beijou meu pescoço, me causando um arrepio.

 - Se segura – ele apertou ainda mais em volta de minha cintura, dando uma onda de choque por meu corpo.

 Fui acelerando aos poucos, e cada vez mais, quando me dei conta já estava bem rápido, a água batia em meu rosto, e era revigorante, há quanto tempo eu não sentia isso? Anos.

 Ficamos dando voltas por meia hora, mas o sol queimava meus ombros, e achamos melhor voltarmos. Deixamos o jet ski parado e o amarramos ao pé do píer. 

 Caroline estava na varanda animada, ela estava tirando várias fotos, com Klaus, Dani, Enzo, e de todos também.

— Parados os dois – ela disse quando estávamos subindo as escadas – essa vai para o álbum maravilhoso que vou fazer, sorriam.

 Damon me aproximou de seu corpo e eu sorri, Caroline não nos deixou ver a foto, disse que seria surpresa.

Ela me obrigou a vestir o roupão de novo, e assim o fiz, e tirou várias fotos minhas com ele, fotos de nós duas, com Dani, depois com a minha mãe, e ela obrigou todas nos juntarmos com os roupões para tirarmos uma foto, minha mãe adorou a ideia, tiramos varias fotos todas juntas, Car, Dani, minha mãe, Lilly, Kate e eu. Honestamente eu estava agora de olho em Kate, depois do que conversamos no píer, é melhor mesmo.

 Após uma longa sessão de fotos e brincadeiras, Enzo trouxe uma bandeja cheia de drinks, cada um pegou um.

 Me sentei na escada, enquanto bebia , Damon se sentou ao meu lado, coloquei a cabeça em seu ombro.

— Gostei desse roupão – ele sorriu – melhor ainda seria se você não estivesse com nada por baixo e nós estivéssemos sozinhos.

— O que está acontecendo com você – disse rindo.

— Não sei, eu só sei que me sinto ainda mais apaixonado do que no nosso primeiro casamento.

— Eu também, parece que tudo o que aconteceu serviu para isso.

— Sim.

— O que você acha que vai ser diferente agora?

— Não sei, eu já sei das suas manias, dos seus ataques de ciúmes, dos seus costumes, você já sabe tudo sobre mim também, vai ser como sempre foi – ele deitou a cabeça em cima da minha, enquanto bebíamos cada um sua bebida.

 Algumas horas após o almoço nós voltamos para o lago, quase todos estavam sentados pelo píer, em conversas calorosas, meu pai estava com um olhar diferente, ele parecia feliz, e foram raras as vezes que o vi assim.

 Eu estava de joelhos atrás de Damon, passando protetor solar em suas costas já vermelhas.

— Você tem cinco anos? Não sabe que tem que passar o protetor Damon?

— Você está falando como a minha mãe – ele me pegou pelo braço e me puxou para seu colo – adoro quando cuida de mim.

— Eu vou cuidar, para sempre – segurei seu rosto e o beijei.

 Passamos o restante da tarde ali, todos juntos, rindo, conversando, brincando, bebendo, e nos divertindo muito. Damon e eu apostamos uma corrida com Caroline e Klaus de jet ski, claro que nós dois ganhamos, e Damon tirou sarro de Klaus o restante do dia.

 Era bom estar ali, com todas as pessoas que eu amo, com as pessoas que são tão importantes para mim, eu não sei o que seria de mim, sem minha família e meus amigos.