Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 27
Capítulo 27 - I'm sorry.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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 Passamos em uma loja de móveis para Dani comprar uma cama, e então fomos para casa, ajudei ela a colocar parte de suas roupas no guarda-roupa embotido do outro quarto, ela estava distante, mas parecia feliz. Damon ficou só um pouco a tarde, disse que queria nos deixar sossegadas, e que nos veríamos amanhã á noite.

  Segunda-feira, estava frio como nos outros dias, fiz minha rotina matinal, Dani já estava arrumada e comendo uma torrada no balcão da cozinha, me juntei a ela.

— Bom dia – sorri – dormiu bem?

— Incrivelmente bem – ela sorriu – me sinto – ela suspirou – livre.

— Você não vai precisar se preocupar com ele.

— Me desculpa Elena – ela disse de cabeça baixa.

— Pelo que? – perguntei, dando uma mordida em uma torrada com geléia.

— Você saiu da casa do seu namorado para ter a experiência de morar sozinha – agora ela me encarava – e um mês depois eu com meus problemas acabamos com isso.

— Acredite se quiser – me lembrei de todas as vezes que acordava sozinha, chegava e a casa estava vazia, ficava a noite toda sozinha – eu já não queria tanto assim ficar sozinha, era um pouco deprimente.

— Eu prometo que vai ser por pouco tempo, até eu arranjar um... – eu a interrompi.

— Não se preocupe, você pode ficar o tempo que quiser, vai ser bom ter uma colega de apartamento – sorri.

— Mas e você e o Damon? Não quero atrapalhar.

— Bom nós temos a casa dele, e – eu tentei segurar o riso – nada que fones de ouvido não resolvam – ela me lançou um olhar de enojado e riu.

— Certo, obrigada Elena, de novo.

— Chega de me agradecer garota, agora vamos se não vamos nos atrasar.

 Vestimos nossos casacos, lenços e luvas e saímos de casa, era bem melhor ter Dani indo comigo para o trabalho, nada de medo de ser sequestrada de novo. A Boutique ficava no Upper East Side, e levávamos cerca de quinze a vinte minutos para chegar a pé. 

 Assim que chegamos Louise já estava lá, e faltavam apenas cinco minutos para a loja abrir, corremos para vestir nossos uniformes. Vesti o vestido cinza, com uma meia-calça da cor da pele que nem dava para notar, e uma bota de camurça que ficava pouco abaixo do joelho de salto fino, e bem quente, eu amo essa bota. Dani passou muita maquiagem no rosto e no colo para disfarçar os roxeados de sua pele.

— Bom dia meninas – Lyana estava sorrindo para nós. – como foi o final de semana? – nos entreolhamos.

— Bem – respondemos juntas sorrindo.

 O trabalho foi como todos os outros dias, desde que começou essa onda de frio eu almoçava fora e voltava para a loja e ficava na sala de descanso, sentada no sofá de couro, e com as pernas no puff preto. Lyana provavelmente é a melhor chefe do mundo, ela nos da tanta liberdade e as vezes conversamos tanto que da para esquecer que ela é nossa chefe e dona da Boutique, não poderia nunca imaginar uma chefe melhor.

 Vestimos nossos casacos e saímos pela avenida, era bom ter companhia até em casa, passamos em um restaurante e pedimos comida para viagem, seguimos até o apartamento. Estava terminando de jantar, quando ouvi alguém bater na porta, a abri e era Damon.

— Oi  - ele me lançou um sorriso fraco.

— Desde quando você bate na porta? – ri e o beijei.

— Desde quando você mora com outra garota, não quero ser inconveniente.

— Entendi – o abracei e o puxei até o sofá.

 Ele estava distante dali, e mal me tocava, eu senti que algo o incomodava.

— Está tudo bem? – resolvi pergunta.

— Eu tenho uma coisa para te falar, e tenho certeza que você não vai gostar – ele segurou meu rosto entre suas mãos, e seus olhos azuis estavam nos meus olhos castanhos – mas antes de qualquer coisa preciso que você me escute, e deixe eu terminar de explicar tudo ok? – ele estava muito nervoso agora.

— O que aconteceu? – meu coração acelerou.

 Damon me puxou até meu quarto e fechou a porta atrás de nós, ele se sentou na cama, e eu me sentei em sua frente de pernas cruzadas, ele segurava minhas mãos, e pude sentir suas mãos suadas, algo dentro de mim já estava em pânico.

— O que houve Damon?

— Elena, tente não me odiar, e entender o meu lado. – ele abaixou a cabeça.

— Fala logo Damon – eu estava nervosa, com medo do que poderia ser.

— Se lembra de quando você beijou o Matt, e nós brigamos? Você foi para a casa dos seus pais...

— Eu me lembro Damon, o que foi?

— Eu nem sei por onde começar – ele passava a mão pelos cabelos – Na segunda noite sem você, eu estava muito mal, e tive que ir trabalhar, e lá eu comecei a beber para tentar me esquecer um pouco de tudo, eu bebi muito naquela noite, muito mesmo, e não me lembro de boa parte dela. – eu não estava gostando nem um pouco do rumo dessa história, mas não o interrompi – Hoje a tarde aquele mesmo numero que você atendeu me ligou, eu atendi, mas não reconheci quem era, a garota me disse que se chamava Rachel, e que ela havia me conhecido no bar em que eu trabalhava – ele pausou, respirou fundo e abaixou a cabeça de novo, irritada segurei em seu queixo para continuar olhando em seus olhos – Ela me disse que estava gravida, que havia descoberto alguns dias atrás, e pelas contas dela havia sido na noite em que nos conhecemos – ele pausou de novo, me observando com cautela, o meu coração estava acelerado, e meu corpo congelado – Ela disse que naquela noite nós fomos para o meu apartamento, e que não se lembra muito bem do que aconteceu, mas que tem certeza que eu sou o pai do filho dela, porque a conta que ela fez com o médico deu exatamente aquele dia, e ela não saiu com ninguém naquele dia, além de mim – me senti como se alguém tivesse me dado uma facada no peito, senti a alma sair do meu corpo e voltar muito tempo depois, o ar me faltou – Eu perguntei se ela não podia estar enganada, e ela me afirmou que não, ela disse que tem certeza que sou o pai, mas eu honestamente não me lembro de nada, não me lembro nem do rosto dela. – ele abaixou a cabeça novamente.

— Você está brincando comigo né? – disse após algum tempo, eu me recusava a acreditar nisso, não posso.

— Queria muito que fosse uma brincadeira, mas é verdade, Elena eu estava muito bêbado, não me lembro de nada.

— Você está de sacanagem comigo Damon? – falei mais alto, tirando minha mão das suas – Dois dias Damon, nós havíamos brigado a dois dias – eu estava incrédula, meus olhos estavam cheios de lagrimas.

— Me desculpa, por favor – ele sussurrou.

— Te desculpar? Você sai transando com a primeira que aparece na primeira briga, e quer que eu te desculpe? Vá se catar.

— Elena, eu não queria ter feito isso, eu juro que não me lembro de como aconteceu, de como eu deixei isso acontecer.

— Imagino muito bem como aconteceu – lagrimas de dor e raiva misturadas desciam pelo meu rosto.

— Eu vou pedir exame de DNA.

— Foda-se o DNA Damon – disse exasperada – Você transou com outra, após dois dias que estávamos brigados, nem terminado nós não tínhamos, você me traiu.

— Brigamos porque você beijou Matt Donovan – ele deu ênfase no você.

— Ah claro, agora a culpa é minha de você ter engravidado a garota? Me poupe.

— Não disse que a culpa é sua, mas – ele pausou e veio para cima de mim me puxando para um abraço – Eu te amo tanto pequena, por favor não me odeie.

— Damon vai embora – foi tudo que consegui dizer.

— Elena por favor...

— Não tem por favor, você me traiu, você sempre disse que me amava de um jeito que eu não entendo, e se esse é o tipo de amor, honestamente prefiro não entender, agora por favor vai.

— Não faz isso, por favor – seu tom era de suplica.

— Creio que seja tarde demais para isso Damon. – sai da cama e fui até a porta de saída do apartamento e fiquei esperando-o.

— Não deixe nosso namoro terminar assim, por favor – ele tocou meu rosto, isso fez com que meu corpo se arrepiasse.

— Não vou tomar nenhuma decisão definitiva agora, mas quero que você vá.

— Eu te amo Elena, por favor não deixe... – bati a porta na cara dele.

 Meu corpo parecia ter sido pisoteado por uma manada de elefantes, minha respiração falhava, estava me sentindo sufocada, quando Dani me abraçou eu desabei a chorar.

                                                                             DAMON.

 Já era a segunda vez que recebia ligação desse numero que não estava identificado, irritado o atendi.

— Alô.

— Alô, por favor o Damon – disse uma voz feminina, que não reconheci.

— É ele, quem é?

— Rachel Leville, você provavelmente não vai se lembrar de mim, nós nos conhecemos a mais ou menos um mês, no bar onde você trabalha. — droga, como ela conseguiu meu numero? — Nos conversamos muito aquela noite, você estava muito chateado, e então depois de muitas bebidas fomos ao seu apartamento e bom — ela hesitou – sei que não é certo te contar isso assim, você nem deve se lembrar do meu rosto— pude ouvir uma risada irônica – Mas eu descobri que estou grávida, e segundo as minhas contas com o médico, foi exatamente no dia em que fomos ao seu apartamento, e eu não fiquei com ninguém, nem antes e nem depois disso.

 Fiquei em choque, isso só poderia ser mentira, era óbvio que era um golpe ridículo.

— Como conseguiu meu numero?

— Você o anotou no meu celular. Você pode achar que estou mentindo, mas eu não estou.

 Ela me falou alguns detalhes da nossa conversa, a maior parte deles sobre Elena, e então me falou algumas coisas do meu apartamento, e então um flash me veio a cabeça, com uma ruiva muito bonita, estava na minha cama quando eu dormi, e quando acordei já não estava mais.

— Como você pode ter certeza que é meu?

— Não tenho mais namorado, e bom, não saio fazendo sexo por ai.

— Como eu posso ter certeza? — eu estava desesperado, isso não podia ser verdade, eu e Elena estamos tão bem.

— Daqui á alguns meses podemos tentar fazer o exame de DNA, por enquanto é muito cedo, mas – ela pareceu triste— tenho certeza que é seu.

 Puta que pariu, mil vezes puta que pariu, isso não pode estar acontecendo, não pode, eu não posso ter sido tão babaca assim, eu amo a Elena, eu jamais transaria com outra, o que aconteceu comigo? Meu Deus, ela vai me odiar, ela não irá me perdoar jamais.

 Fiquei andando pela casa desesperado, não tem nada que eu possa fazer, não vou dizer á moça para tirar o bebê, não posso fazer isso, vai contra todos os meus princípios, mas e Elena? Ela nunca mais vai querer olhar na minha cara depois que eu contar á ela.

 Mas ainda resta a esperança dessa maluca estar errada não é? Tem que estar errada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? não me odeiem e nem parem de ler a fic, como já disse antes, tudo aqui tem seu propósito. Eu aguardo ansiosa os comentarios de vocês ok? e quem quiser falar comigo no twitter é @dobreholtt :*
Eu estava pensando ontem, eu tenho mais de trinta caps prontos, então alguns dias vou postar dois, um a tarde e um a noite, vou fazer isso na segunda, na quarta e no sabado ok?



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