Eu Te Amo, Alasca Young escrita por VampireBoy


Capítulo 1
Capítulo Único - Eu Te Amo, Alasca Young.


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem desta minha versão do final ;)



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Eu e Coronel seguimos para o quarto da Alasca depois de voltarmos da ponte. Ele bateu na porta, nenhuma resposta, em seguida bateu mais uma vez.

— Vamos lá, Alasca. – disse Coronel gritando por estar bêbado demais. – Eu trouxe Strawberry Hill e alguns bufritos.

Ouvimos passos vindo em direção da porta que se escancarou. Alasca estava com os cabelos cor de mogno presos em um coque, seus olhos verdes estavam inchados, ela parecia estar chorando.

— O que aconteceu, você está bem? – perguntei para ela assim que entramos.

— Nada aconteceu, relaxa. – respondeu ela.

Ela enxugou as lágrimas e sentou em cima da cama. Aberto, em cima da cama encontrava-se o livro didático de História, e ao lado o caderno dela.

Coronel ligou o rádio, colocou um CD de Punk Rock para tocar. Nos sentamos no tapete branco, Alasca retirou o rolha da bebida, pegou três copos de papel colorido e nos entregou. Mordisquei um pedaço do bufrito – um burrito que era frito, e o nome batizado por Alasca –, em seguida ela me perguntou:

— Você já brincou de verdade ou consequência, Gordo?

— Nunca brinquei disso. – respondi sinceramente.

— COMO ASSIM, VOCÊ NUNCA BRINCOU DISSO. – perguntou ela incrédula.

— Eu não tinha amigos desde a sétima série. – eu respondi tristemente.

— É uma brincadeira que se joga com uma garrafa... – começou ela explicando, pegou a garrafa de Strawberry Hill foi até a janela e jogou tudo fora.

— Qual é! Isso custou vinte dólares. – protestou Coronel.

Colocou em seguida a garrafa no meio do tapete, e continuou.

— Você gira a garrafa e pergunta para a pessoa, “verdade ou consequência”.

— Só não quero beijar o Coronel. – eu falei começando a rir.

Ela riu também, já Coronel comia mais um bufrito.

— Vamos começar... Verdade ou Consequência, Gordo? – perguntou ela girando a garrafa que ficou em minha direção.

— Consequência. – eu respondi rapidamente.

— Me beija. – ela disse olhando sensualmente para mim.

Eu estava ao lado dela, coloquei minha mão no rosto dela. Comecei a beijá-la gentilmente, mas sua língua se mexia com voracidade. Ela mordeu minha boca e me soltou. Foi rápido, mas foi gratificante. O Coronel estava num canto curvado.

— Nem olhem para mim, eu estou muito bêbado. – disse ele meio vesgo.

Eu e Alasca olhamos para ele e caímos na gargalhada.

Duas horas se passaram, o CD estava se reproduzindo novamente. Alasca levantou-se do tapete, tirou o CD e colocou um de Indie. Ela foi até o frigobar que tinha no quarto, trouxe duas cervejas. Coronel agora estava deitado no chão, seus braços atrás da cabeça. Ele roncava e sua boca estava escancarada. Ela olhou-o com dó, pegou o cobertor amarelo da cama e o cobriu.

— Minha vida está uma droga... – disse ela sentando-se ao meu lado.

Eu apenas a olhei. Como ela tinha olhos lindos, e seus cabelos agora estavam desarrumados.

— Gordo, o que você acha de mim? – ela me perguntou.

Tomei um longo gole de cerveja pensativo.

— Você á a garota mais incrível que eu já conheci. – respondi finalmente.

Alasca sorriu para mim e foi se aproximando. Seu hálito era de vinho, batom e cigarro. Senti o impulso de agarrá-la e beijá-la desesperadamente. Ela me empurrou gentilmente para eu deitar no tapete, e subiu em cima de mim. Meu coração batia forte.

— Mas e Jake? E Lara? – eu perguntei antes dela me beijar.

— Shhh.. – fez ela tampando minha boca com o dedo indicador.

Nossas línguas dançavam uma nas outras. Ela ergueu minha camiseta, começou a passar a mão delicadamente no meu abdômen.

— Você é muito gostoso, Gordo. – falou ela enquanto beijava o meu pescoço.

— O que vocês estão fazendo? – perguntou a voz de Coronel.

Eu congelei na hora, Alasca ergueu-se um pouco e disse.

— Estamos conversando, volte a dormir Chip.

Ele resmungou e saiu do quarto.

Alasca saiu de cima de mim, andou pelo quarto até a sua bolsa, abriu-a e retirou o maço de cigarros.

— Aceita um? – perguntou pegando um cigarro e acendendo-o.

Neguei com a cabeça. Ela deu um trago no cigarro, assoprou a fumaça.

Meus olhos pesaram, logo adormeci.

***

— MAS QUE DROGA! – escutei alguém gritar.

Abri meus olhos, eu estava assustado. Alasca estava em pé, ela estava chorando de soluçar. Me levantei do chão e fui ampará-la.

— EU PRECISO SAIR DAQUI.

— ALASCA O QUE ACONTECEU? – eu gritei também.

— VOCÊ NÃO ENTENDERIA. – respondeu ela para mim.

Eu estava com receio do que ela podia fazer. Em seguida, ela saiu pela porta do quarto, e eu fui atrás dela. Seguimos pelo Campus, devia ser umas três horas da manhã.

— ALASCA, ONDE VOCÊ ESTÁ INDO? – eu gritei correndo atrás dela.

— ME DEIXE EM PAZ, MILES! – protestou ela.

— NÃO, VOLTE AQUI E ME EXPLIQUE O QUE ESTÁ ACONTECENDO! – gritei em resposta, mas ela parecia não estar me ouvindo.

Ela ainda seguia pelo campus, e ia em direção da ponte.

— O QUE VOCÊ IRÁ FAZER? – eu perguntei entrando em desespero.

Alasca se virou, seus olhos estavam inchados de tanto chorar.

— O JAKE TERMINOU COMIGO!

— O QUÊ? COMO AQUELE BABACA TEVE A CORAGEM DE FAZER ISSO? – perguntei incrédulo.

Antes que eu pudesse dizer algo, ela já estava subindo pela beirada da ponte. Ela havia me contado uma vez que não sabia nadar. Droga, ela iria se matar.

— NÃO FAÇA ISSO, ALASCA YOUNG!

— POR QUÊ? NINGUÉM SE IMPORTARIA SE EU MORRESE.

— EU ME IMPORTARIA!

Ela olhou para mim, ela ainda continuava chorando.

— Adeus, Miles... – disse ela como um ultimo suspiro, fechou os olhos e se jogou da ponte.

Eu entrei em desespero, corri em direção ao lago. Pulei nas águas turvas, nem me preocupei de tirar a roupa.

Continuei nadando até onde não dava mais pé. Enchi meus pulmões de ar e mergulhei. Eu não conseguia enxergar nada.

A luz da lua banhou o lago, sombras escuras se formavam. Nadei durante alguns minutos, até que finalmente encontrei Alasca, seus olhos estavam cerrados, sua pele pálida, sua boca arroxeada ao redor. Envolvi minha mão ao redor da cintura dela e a puxei para cima.

Após sairmos do lago, eu a peguei no colo, ela não era muito pesada. Coloquei-a sobre o gramado. Me lembrei de algo para o que se fazer quando uma pessoa se afoga, primeiramente, eu teria de fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca.

Juntei minhas mãos, comecei a massagear o lado esquerdo do peito dela.

— Um... dois... três... quatro... – falei enquanto fazia a massagem.

Em seguida, eu abri a boca dela gentilmente, tampei o nariz dela e assoprei.

— Um... dois... três... quatro... – continuei repetindo a massagem e a respiração.

Nenhuma resposta. O desespero começou a bater, eu não parava de fazer os procedimentos.

— Por favor, Alasca. – eu disse começando a chorar desesperadamente.

Na ultima tentativa, houve resposta. Ela tossiu violentamente, cuspiu toda a água que estava em seus pulmões.

— Miles? – indagou ela me olhando.

Eu estava completamente ensopado dos pés a cabeça. Logo, eu abracei-a erguendo-a um pouco. Meu corpo tremia, eu chorava de soluçar. Ela me abraçou também, ela fazia carinho em meus molhados.

— Você realmente se importa comigo. – disse ela após nos soltarmos.

— É claro que sim. – eu respondi ela.

Alasca enxugou minhas lágrimas.

— Eu te amo, Alasca Young. – falei com sinceridade.

Ela me puxou para perto dela e me beijou. Eu retribuí o beijo.

— Eu também te amo, Miles Halter. – falou Alasca e me beijou novamente.

FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado :3



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