How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 35
How to be the queen of England # FINAL PART 1 # (Yes, this time will NOT have the NOT)


Notas iniciais do capítulo

Como ser a rainha da Inglaterra # FINAL PARTE UM # (Sim, dessa vez não vai ter o NOT)


TAM TAM TAM TAMMM!
Sim, é o penúltimo capítulo (Parte 1) :(

Mas chegou o momento em que todos os shippers JasEm esperavam... O momento em que ela iria deixar de ser PRINCESS e virar QUEEN ♥

Mas adivinhem? EU VOU FAZER UMA CONTINUAÇÃO :D ♥

HOW TO BE THE QUEEN OF ENGLAND, EM ABRIL, NOS CINEMAS DO NYAH



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— Que..? - Wanda arqueou uma sobrancelha.

— Peter II. Nosso destruidor. - Harah sorriu, se apoiando no trono. - Terá o mesmo destino que ele. - Harah sorriu, e a transmissão cortou.

— Muito bom. - Wanda sorriu pra nós. - Segurem eles. - Wanda ordenou, e duas delas nos fizeram levantar.

Harah cochichou algo pra Wanda, que a fez olhar pra mim, esperançosa. Desviei o olhar pra Jason.

— Viu isso? - perguntei.

— Vão te usar pra abrir a ilha. - Seu rosto estava sombrio, e eu sabia o que ele queria dizer. - Não podemos deixar. 

— Ou vamos morrer tentando. - Concordei, segurando sua mão.

Tinha vontade de chorar, mas segurei. Parecia mais fácil morrer antes, já que eu não perderia Jason.

Respirei fundo, e fomos caminhando por onde Wanda conduzia.

Passamos por uma porta de vidro iluminado, e chegamos num dos caminhos de cimento que vi na lembrança, o que levava além da areia.

Meus olhos doeram. Tinha quanto tempo que não via a luz do dia? O cheiro de água salgada era tão familiar pra mim... E aquele vento de costa? Batia em mim todo dia, assim que acordava.

Sentiria falta disso.

— Gosta da vista? - Wanda perguntou, e eu a ignorei.

Continuamos andando, e dessa vez não nos importávamos se Wanda nos veria juntos. Acabaríamos com isso agora.

Deixei Jason apoiar o braço no meu, mesmo com as algemas atrapalhando.

Fomos até um porto de madeira, e Wanda nos fez parar, enquanto um barco branco ancorada na costa flutuava parado ali. Ele tinha o símbolo real.

Deviam ter umas... 10 terroristas naquele barco? 

Nos sentamos num banco branco, enquanto elas nos encaravam, impassíveis.

Permanecemos com o rosto confiante, enquanto o barco acelerava com toda a velocidade, deslizando no mar.

Reparei como a maioria delas tinha cabelos curtos como os de Harah. 

— Acho que seu colar tem algo a ver com isso. Se essas pulseira inibem sua eletricidade, a prioridade é acabar com ela. - Jason sussurrou, e eu assenti.

— Consegue fazer suas loucuras de esgrima?

— Claro. - ele sorriu. - Vamos conseguir.

Fechei os olhos, assentindo. Podia sentir as bolhas de nervosismo pelas minhas veias.

O barco ancorou numa ilha 10 vezes menor.

Devia ser só 2 vezes do tamanho da minha casa. O que estávamos fazendo ali? Abririam a ilha assim? 

Nos forçaram a descer do barco. O vento balançava meus cabelos, e Jason olhou pra mim incomodado. Ele tinha uma coisa com meu cabelo, e não suportava que ele estivesse bagunçado. Ri, e ele revirou os olhos.

— Isso me irrita muito, você não entende. 

— Tem razão, não entendo. - dei de ombros, andando pelo concreto duro. Tinha um tipo de forte acinzentado e sem graça, como tudo ali, exceto por uma pequena floresta.

Duas delas vigiavam o perímetro tranquilo do mar em cima, com as mãos na espada, e outras deviam estar ali dentro, monitorando algo que necessitava muita energia, podia sentir as ondas elétricas dali. 

No centro do pátio sem graça, tinha um tipo de buraco arredondado. Uma escada de aspiral feita de pedra preta e úmida não era a única coisa estranha ali. Tinha um pressentimento ruim do que viria.

Duas delas entraram, e Wanda nos fez descer as escadas.

Uma caverna cheia de água.

Era incrível. De algum jeito, a água azul do mar entrava na caverna iluminada por alguns buracos no teto de pedra preta, que fazia a luz do sol entrar.

No meio da água, bem no topo de uma pedra grande, estava enfiado um tridente dourado e reluzente, com duas pedras circulares vermelhas. Uma delas faltava.

Era o tridente de Aparondes.

— Hanala não tinha dito que eram esmeraldas? - sussurrei a Jason. 

— Sim. Existem esperadas vermelhas. Como essa. - ele apontou pro meu colar. Sempre achei que era um rubi...

— Isso não é bom. - Ele concordou.

— Essa.... É Emily Harah Rhodes. - Harah começou, fazendo todas elas a olharem com respeito e admiração. - Depois de tantos anos aguentando a repreensão dos homens lá fora... Chegou a hora da vingança. Nós os esmagaremos, ralaremos seus rostos no asfalto, e mataremos lentamente cada pessoa que entrar em nosso caminho!

Elas gritaram, vibrando, e eu só tremi.

— O colar dela... – Harah continuou. - Faz parte daquele tridente. A profecia dizia que o filho viria libertar sei povo! - ela olhou pra mim. - Você é o filho.

Fiz uma careta pra esconder meu nervosismo.

— Eu sou menina. - Cruzei os braços, fazendo elas rirem de desgosto.

— Ai meu Deus, Em. - pude sentir que ele sorria. - Você vai nos matar um dia.

—  Você vai nos libertar. – Wanda.

Wanda tocou meu ombro, e Jason, em meio segundo a afastou. Me encolhi um pouco pro seu lado.

— Não ouse tocar... – Seus olhos cheios de ódio foram interrompidos por Wanda.

— Não ouse o que, Jason?! Fazer isso? - Em meio segundo, ela chutou sua canela com força, e me puxou pela blusa com força, me jogando em direção a água.

Gritei, e a expressão de Jason era de desespero. Mas ao invés de eu cair na água, caí sobre ela, flutuando.

Mas foi como cair com força no chão. Au!

Jason me fitava estupefato, assim como todas elas.

— Certo, que droga é essa? - Wanda colocou as mãos na cintura, indignada.

— O tridente está protegendo ela. O tridente está protegendo o colar. – Harah respondeu, impressionada.

Olhei pra Jason, e ele assentiu. 

Era agora.

Ele chutou com força a canela de Wanda a sua frente, que caiu de joelhos no chão, fazendo todas se alarmarem.

Antes que pudessem pensar, Jason tinha uma espada nas mãos algemadas. Nunca o tinha visto usar uma espada, mas pensei em um inseto batendo contra o para-brisa do carro.

Rezava pra que eu estivesse errada.

Eu estava errada.

Ele sabia fazer isso! Mesmo com as mãos algemadas! 

Opa! Levantei num pulo do chão quando um tiro passou voando do meu lado.

Harah e mais umas 3 delas tentavam atirar em mim. Não me atingiram, por pouco. Rolei, e me escondi atrás da pedra onde o tridente estava enfiado por um instante.

Jason.

Ele se lançou contra a água, enquanto algumas delas focavam em atirar em mim.

Ele andou sobre a água graciosamente, como... Jesus

A Destructive que tentava exaustivamente enfiar uma espada em sua barriga, tentou seguir Jason, e acabou dentro da água, afundando e afundando com a armadura pesada.

Harah berrou algo em outro idioma, antes de sair escada a cima, e o barulho de tiros continuava ensurdecedores, estalando em nossos ouvidos. Estávamos nós dois, contra a pedra preta.

— Harah foi buscar ajuda. - disse, com a respiração difícil.

— Não podemos ficar aqui pra sempre.

Olhei pro tridente acima de nós. A idéia passou por mim como um flash.

— Não – Jason entendeu onde eu queria chegar. - , pode ser perigoso...

— Vai ser mais ainda quando 700 delas passarem por aquela porta. - ele olhou pra água abaixo de nós, pensando. 

— Certo. - Respirei fundo. 

Me levantei num pulo, pronta pra agarrar o tridente.

Por que aquilo me protegia? Eu nunca vou abrir a fenda pra ilha. Era a profecia, algo me dizia.

Desculpa tridente mágico, eu faço meu destino.

— NÃO! - Wanda berrou, mas foi tarde demais, minhas mãos já tocavam o cabo do tridente.

Foi uma das melhores sensações que já senti.

Me sentia viva.

Meus olhos foram cobertos por raios brancos escorrendo pra lateral do meu rosto, e meu cordão exaltava uma luz branca quase cegante que iluminou o lugar.

Derrepente, todo o som na caverna parou. Elas estavam estáticas.

Arranquei o tridente da pedra, com uma força que não sabia que tinha, e ele se cobriu por raios.

— QUE COISA INCRÍVEL. - Jason sorriu.

Algo... Uma sensação me fez arrepiar e um frio correr por minhas veias.

 Algo dizia: Mate, mate, mate.

Balancei a cabeça.

Lancei una bola de raios vivos contra elas, e, gritando, elas caíram para o lado, algumas atingidas, e outras como Wanda, estavam inteiras.

Isso me deu tempo pra explodir as algemas de Jason.

As minhas já tinham ido a muito tempo.

Ele agarrou a espada, se levantando firme ao meu lado.

— Seus olhos estão estranhos demais. - Abri um sorriso enorme, e fomos caminhando.

Mais delas entraram ali.

Jason partiu pra cima de duas delas, já em terra firme, e eu tratei de protege-lo dos tiros.

Larah. A reconheci ali, atirando contra mim. Eu odiava ela.

Fiz um campo de força me protegendo, mas mesmo assim, por descuido, uma bala passou de raspão no meu braço.

Gritei, fechando os olhos, me esforçando pra manter o campo e conter a dor.

Mordi o lábio, levantando a cabeça. Estava com raiva.

Lancei raios que atingiram os grupinhos emaranhados na escada. Elas convulsionam, gritando, e eu manti minhas mãos erguidas, fritando cada centímetro de sua pele.

— Emily! - Jason gritou, horrorizado, e eu parei. Ele me olhava como se não fosse eu ali, mas uma pessoa diferente. O cheiro de carne queimando me fez sorri.

Olhei pra montanha de corpos que deixei na escada. Tapei a boca. Essa não era eu.

Contra minha vontade, comecei a andar rapidamente pras escadas, onde sentia que mais delas se aproximavam.

Jason negou com a cabeça, se forçando a vir atrás de mim. 

Eu não queria ter matado elas.

Queria.

Não queria.

Queria.

Parei de andar, sentindo uma pontada na cabeça. Essa voz não era minha, muito menos de Hanala.

— Emily, o que...? - Jason foi obrigado a parar, por uma bala voando perto de mim.

Preparei minhas mãos, e lancei bolas elétricas em uma direção, eletrocutado alguns tiros a direita.

Aquilo cansava, me sentia acabada, mas poda fazer isso o dia inteiro. Podia matar o dia inteiro.

Ah droga. Aquele tridente estava mexendo comigo.

Minha mão direita se ergueu, fritando até os cabelos de uma loira convulsionando pra longe. Raios mais fracos manteram um grupo longe de Jason, e o rosto de outra era destruído na minha frente.

Jason lutava ferozmente com 3 delas. 

— Você não parecia um monstro de longe. - Uma morena com cara de assustada, fechou os olhos e veio até mim.

Eu não era um monstro. 

Uma dor forte na cabeça me fez fechar os olhos, e apertar as têmporas com força. Não deixe isso te controlar, Emily Harah Rhodes.

Gritei de ódio.

MATE.

Harah. Quando passei a aderir esse nome?

— EMILY! - Jason gritou, o que me fez abrir os olhos, que já não faiscavam maleficamente como antes.

Um campo de força involuntário me protegia dos zilhões de tiros disparados contra mim. Até espadas batiam com força ali.

Precisava acabar com isso. Precisava matar todos.

Meus olhos faiscaram novamente, e eu gritei com o poder. O campo de força ficou maior, e maior, lançando todas elas longe.

Um barco com umas 20 delas avançava com velocidade máxima. Usando o tridente, lancei uma raios contra o barco, que virou, com um buraco no casco, já afundando. Gritos.

Jason me olhava horrorizado.

Ele era fraco.

— Não deixe essa coisa controlar você. - Ele sussurra, tocando meu rosto.

Uma faísca o queima. Jason tira a mão de perto de mim num pulo, e me olha.

O que eu estava fazendo?! PARE!

Não. Tenho que matar.

Antes que uma Destructive pudesse atirar, queimei seu rosto com força.

— Emily, você é mais forte que isso! - ele grita, alterado, e eu o derrubo com um olhar. Literalmente.

Um raio saiu dos meus olhos, e o derrubou, gemendo.

— Não! - Gritei, com as mãos na cabeça. - Eu não quero machuca-lo!

A dor voltou. Ajoelhei, com um campo de força ao meu redor.

Meus gemidos e o vento eram o único som ali.

Pare.

Meu corpo desligou, e caiu pro lado, sempre envolto pelo campo de força branco.

Um zunido irritante em meus ouvidos ecoa mais alto que minha vontade

— Olhe ela. - A voz de Harah me faz olhar pra lá. Jason se levanta, segurando a espada. Ela se mantia quieta, olhando pra mim. - Uma mente tão fraca... Fácilmente devorada pelo poder.

— Emily é muitas coisas, mas não é fraca. – sua voz falhando pelos espasmos de dor diz.

— Tem razão. Ela é forte, tenho que admitir. Mas vai acabar morta, e você vai junto.

Num impulso, ela está lançando a espada na direção se Jason.

Pronto, ele bloqueia fazendo o típico barulho de ferro de espada ecoar alto por toda a pequena ilha.

Onde estava Wanda?

Jason desliza a espada pro lado, atacando Harah, que defende firme.

Fecho os olhos, com dor, e quando os abro, Jason está no chão, com um corte médio  ensanguentado na blusa. Que?

— Acho que você está enferrujado... - Jason se levanta o mais rápido que consegue, e lança a espada em sua direção. Ela se abaixa, e tenta investir contra suas pernas, mas ele pula, a fazendo virar pro lado com o impulso, e Jason tem a oportunidade de abrir um corte grande que ia da bochecha até a orelha.

Ela gritou, se afastando dele, mas Jason ainda tinha adrenalina no corpo.

Foi impedido de acabar com a líder, por Nyna, a mãe de Wanda, que o derrubou no chão, perdendo a espada das mãos.

Nyna prendeu suas pernas, e começou a socar, uma, duas, três vezes... Até Jason alcançar a espada, e enfiar em suas costas, num local onde a armadura não protegia.

Ela não teve tempo de gritar, estava morta.

O grito de dor Wanda preencheu o lugar, e fez pássaros em algumas árvores ali voarem, asustados. 

Percebi ela passando por mim para ir até lá, cheia de ódio e lágrimas, mas eu consegui lançar uma pequena faísca em seus pés, a derrubando com o queixo no chão.

Jason tirou a espada do corpo de Nyna, e se abaixou ao seu lado, antes de fechar seus olhos verdes. Ele não queria ter matado ela.

Wanda tentou desesperada enfiar a espada nele, mas falhou, graças aos reflexos rápidos de Jason.

Wanda estava com lágrimas de raiva nos olhos, completamente devastada e raivosa, tentando loucamente matar Jason. Ele se sentia culpado, e mal conseguia defender olhando em seus olhos.

Ele acabou cortando grande parte de seu braço. E ela caiu no chão, berrando de dor.

Matar. Tinha que matar.

Matar.

Matar.

Matar.

Me levantei num pulo, e joguei raios contra os dois, que caíram pra longe.

Wanda permaneceu caída.

Jason pressionou o braço dolorido, olhando pra mim.

Eu não sabia o que fazer.

Mate. 

Não. 

Sim.

Pisquei, balançando a cabeça.

— Emily, essa não é você.

Não sou eu.

É você.

Não. 

Neguei com a cabeça, apertando as têmporas, e desviei meu olhar dele.

— Essa não é a minha Emily. Lute contra isso! - ele grita, insistindo.

Mantenho meu passo firme em direção a Wanda. 

Não ouça ele. Não ouça ele.

— Ela já está perdida, imbecil. - Wanda de esforça pra sentar. - Eu tentei impedir de você virar uma máquina de destruição.

— Não sou nada disso. - fechei os olhos.

Não sou isso.

É

— Você nunca mais será a mesma, Emily Harah Rhondes. Sempre existirá um espírito assassino em você. 

Trinquei os dentes, e fui com os socos pra cima dela. A acertei quatro vezes, antes de meu punho reclamar de dor.

Ela cuspiu sangue, rindo. O sangue inundava seus dentes brancos, e Wanda tirou os cabelos sujos de sangue do ombro, sem fazer questão de se levantar o chão sujo.

— Como seguirá a vida sabendo que pode matar seus filhos em segundos? Que pode machucar todos que você ama. O poder, nunca é inocente. 

Gritei, colocando minhas mãos com energia pulsante em seu rosto.

Mate. Essa era eu falando.

Ela gritou o mais alto que conseguiu, incessante.

— Emily... - A voz fraca de Jason estava mais próxima. Ele não conseguia andar, mas se arrastava até nós. Tirei minhas mãos do rosto dela, revelando as marcas de queimadura com a forma perfeita das minhas mãos. 

Fomos interrompidos por vários jatos que surgiram ao horizonte, e posaram com força na base. Sons de tiros ecoavam.

Era o castelo, mandado reforço.

— Deixe o monstro cuidar de você. – Minha cabeça se virou contra Wanda no mesmo instante. - Atire nele. Mostre que pode se mais.

Fechei os olhos. 

Não vou atirar nele.

Vou atirar nele.

Peguei uma arma, e mirei nele, dentado ferido no chão. Ergui o tridente na direção de Wanda.

— Atira. - ela sorriu maniacamente.

Atira.

Jason respirou fundo

— Você é boa. Minha Emily que tem medo de palhaços, gosta de sorvete e odeia Scargot. - ele pressionou os lábios, desesperado pra conter as lágrimas.

Não. Fechei os olhos, resistindo contra suas palavras. Eu queria matar.

— Minha Emily que não gosta de salto, não sabe nadar, ama pastrami e morde os lábios quando pisco pra você. — Ele piscou pra mim, e eu mordi o lábio, e o gesto veio acompanhado por uma lágrima.— Minha Emily que não tem medo de mostrar o que sente e é alérgica a Margaridas do Sul. Não suporta pessoas orgulhosas, e faz de tudo por seus amigos. Minha Emily corajosa e boa. Minha Emily rainha do seu mundo. E do meu coração também. 

Atira.

Atira.

Não.

Lágrimas.

Atira.

Atira.

— ATIRA! - Ela gritou, e eu atirei.

Contra minha barriga.

Soltei o ar que segurava, e o tridente junto com a arma, foram ao chão.

— Não, Emily, Emily! - Jason usou todas as forças ignorando a dor parar vir até mim no instante que eu perdi o controle das minhas pernas. 

Ele me segurou, e com a cabeça em seu colo senti que nenhum raio estava em mim. Era eu.

— Emily, não me deixe. Por favor, olhe pra mim. - Obedeci, piscando os olhos. Sua voz desesperada declarava intensa urgência.

— Você é... lindo.... - sorri, mostrando meus dentes cheios de sangue. 

Seus olhos azuis cravaram em mim, e em câmera lenta, uma lágrima caiu lentamente, seguida por outras.

Jason negou com a cabeça.

— Eu sinto muito. - sua voz falhou, e ele encolheu a cabeça. - Por tudo. Eu devia ter dito antes... Eu...

Sorri levemente.

— Eu te amo Emily. - Jason pisca, fazendo duas lágrimas caírem em meu rosto.

— Eu sei. - dei um sorriso pequeno, segurando as lágrimas. 

— Cada célula do meu corpo te ama. - Jason segurou meu rosto. – E-Eu não sou uma pessoa boa como você, eu sinto muito... Mas por favor... não me deixa. - ele mordeu os lábios com força, fazendo lágrimas rolarem.

Ele estava sofrendo. Soube naquele instante que ele preferia a morte.

Eu sorri gentilmente.

— Você me deu milhares de razões pra ir embora. - e entrelacei nossos dedos, e ele me olhou, com as íris azuis ressaltadas pela vermelhidão de seus olhos. - Nunca consegui desistir de você. E eu amo o fato de não conseguir te odiar. Eu simplesmente te entreguei minha vida sem me importar com o que você faria com meu coração. Eu sou sua, Jason. - Senti minha voz falhar. - Não vou te deixar nunca. Eu me apaixonei pela boa pessoa que você é e sempre foi. Eu sou louca. - ele piscou uma vez, rindo pelo nariz.

— Somos dois loucos. - ri, e ele limpou as lágrimas, que foram substituídas por outras, e outras... Aquilo era inútil.

— Não chore. Eu não gosto de te ver chorar. - acariciei seus dedos, e ele estava focando nisso, sendo que eu só conseguia olha-lo.

— Que ironico. É a primeira vez que choro em meses. 

— Meses não. Aquele dia no morro da mansão...

— Eu achei que ia perder você. - ele fez uma pausa. - Aquilo foi um erro. Eu me arrependo por cada momento que podia estar com você, e não estava. - Jason me olhou nos olhos. - Você não pode me deixar.

— Não diga como se eu fosse morrer. - dei de ombros, rindo.

— O que? Por que você está rindo?

— Porque eu não vou morrer. - enfiei minha mão fraca no bolso, e tirei de lá o vidrinho de perfume cheio do líquido vermelho.

— Ai meu Deus, sua filha da p... Você sabia... Ai meu Deus... - ele arrancou a coisa das minhas mãos, e pingou uma gota na minha barriga. 

Ardeu por um segundo, e eu pude sentir a pele começando a cicatrizar.

— Por que você fez isso? - ele não conseguia parar de chorar. Tentava limpar as lágrimas e engolir os soluços, mas era impossível. 

— Eu não queria te deixar assim. - Me sentei devagar, gargalhando. O abracei, e ele fez o mesmo. 

— E por que você está chorando? - ele riu, sem deixar as lágrimas de lado.

Sim, eu estava rindo e chorando, com os soluços batendo contra minha garganta.

— Eu sei lá... Se você chora eu choro também. - Eu ri, e ele me acompanhou, sem me largar nem por um segundo. - E... Eu sabia que você só falaria que me ama se eu quase morresse. 

— Claro que não! Uma hora eu falaria, e você não precisava me assustar desse jeito... Sério Emily, você não pode brincar com isso. 

— Desculpa. - fiz um biquinho, e ele sorriu.

— A primeira vez que eu digo isso, você responde "Eu sei" - Ri.

— Na verdade... Você já me disse isso outra vez. - ele olha pra frente, pensando por alguns segundos.

— Hum, não. Eu me lembraria... A menos que... - Mordi o lábio, e ele sorriu. Eu li seu diário.

— Desculpa. A Hanala mandou... E bem, você meio que deu ele pra mim, de acordo com as letras em negrito e... - ele me interrompe, colando nossos lábios por alguns segundos. Segurei o ar, completamente feliz por aquele momento

Meus olhos fitam suas pálpebras, surpresa, mas dou de ombros, e o agarro também.

Estávamos desesperados por isso, e eu só queria ficar com ele pra sempre.

 - Rarra rorrigo. - ele resmunga, e eu sorri, distânciando meu rosto do seu. 

— O que? Eu não entendi...

— Casa comigo. - ele sorriu, e eu arregalei os olhos. 

— É sério...? – pisquei os olhos, incrédula. - E-Eu já ouvi isso antes vindo de você, e não foi algo muito romântico...

— É sério, Em. - ele sorriu, segurando minhas duas mãos. - Eu te amo. - ele deu de ombros. - Não tenho mais alergia a casamentos, e... Eu quero ficar pra sempre com você. - Jason me olhou, esperando uma resposta. 

Ah querido, espera, eu não consigo nem respirar, imagina falar...

Eu o fitava com um O estampado na boca, e lágrimas se formavam lentamente.

Ele desmanchou o sorriso.

— N-Não precisa ser agora... Meu pai ainda deve governar por mais 1 ou 2 anos no máximo, e...

— SIM, JASON, CALA A BOCA, SIM! - Eu sorri, o abraçando com força por um segundo. Grudei nossas testas, segurando suas mãos, e ele sorria, sem deixar de me olhar.

— Espera. - Separei nossos rostos. - Eu vou ter que te aguentar 24 horas por dia né... - fiz uma careta. - Ain... Posso pensar? Porque, eu vou ter que usar salto? Vou ter que amarrar sua gravata todo santo dia... Ai Deus, eles servem Scargot? Diz que não!

Jason riu, ouvindo o barulho dos barcos se aproximando.

 


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Notas finais do capítulo



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