How To Be The Princess of England escrita por Emily Rhondes


Capítulo 19
How not to die of drug overdose and pudding


Notas iniciais do capítulo

Como não morrer de overdose por drogas e pudim



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— Ela está..., Georgia... Jason... Vindo... - Ao meio de tudo, ouvi essa voz, aguda e abafada pela água. Quando achei que ia perder a consciência, a água se movimentou ao meu lado. Enquanto senti meus braços paralisarem, fui erguida as pressas da água. Assim que alcancei o ar, comecei a tossir e a cuspir água  pro lado, finalmente conseguindo respirar, mas o mundo ainda girava, e minha cabeça latejava.

— Em, olhe pra mim. - Ouvi a voz de Jason. Não sabia de onde ela vinha, estava tudo confuso. - Consegue respirar? - Assenti, ouvindo murmúrios atrás de mim. 

— Afastem-se. - Uma voz de mulher que nunca ouvi ecoou. - Está me enxergando, flor? 

— Tá... Tudo borrado... Minha cabeça dói... Acho que bati na beirada...

Uma luz bateu contra minhas pupilas. Acho que era uma lanterna.

— O que aconteceu? - A voz irritada de Andrew falou, abrindo caminho no círculo de pessoas. Todos ficaram em silêncio. - Jason, o que aconteceu?! 

Pude notar que Jason me olhava. Seus olhos estavam cravados em mim. Como se ele sentisse que tivesse falhado.

— Eu... Acho que cai... - Falei, tossindo. Apenas de Jason sair andado, e de eu bater a cabeça. - Tinha uma moita... Guardas dentro da piscina... - gemi, jogando a cabeça pra trás, e passei a mão nas bochechas de Jason. Elas eram bem macias...

— Estamos aqui, princesa. Não estamos nos afogando. - Philipe.

 Ele estava aqui? Não sabia. Quem sabe ele me dê pudim. 

Vi Jason direcionar um olhar mortal ao guarda que nem notou.

— Tão lá dentro... Cuspindo suco de limão. – assegurei.

— Não, querida, não fale. Você bateu a cabeça feio. Vamos cuidar disso. 

 Foi a vez dos meus braços irem pra trás acompanhando meu cabelo molhado. 

— Não, eu quero pudim....

Ouvi risos.

— Príncipe Jason, leve-a para dentro, por favor. - a voz feminina pediu.

— Os guardas... Estão se afogando... - Jason se levantou, e eu fui junto em seus braços.

— Não meu anjo, só você estava se afogando. - Ele diz, meio pra baixo.

— Por que está tristinho, meu amorzinho?

Ele faz uma careta divertida ao ouvir o apelido. 

— Eu devia ter te protegido, Em. - Ele suspirou.

— Devia é pegar um pudim pra mim, meu amorzinho.

— Não tem pudim, Em. Você está delirando. Por minha causa. 

— Não tô. As pessoas que me empurram devem ter tentado acabar com os guardas. - falo sorrindo.

Jason me olha, chocado.

Aquela pintura de cachorrinho sempre esteve ali?

— Emily, alguém te empurrou? - Tirei o quadro da parede, e o encarei, sorrindo pro doguinho.

— Ele é fofo.

— Emily, você viu se alguém te empurrou?

— Eu senti as mãos da minhas costas, e depois os guardas se afogaram. 

— Emmy. - A voz docinha de Andrew nos alcançou. Larguei o quadro no chão, que caiu com toda força.

— Cadê meu pudim, benzinho? - Sorri, brincando com sua orelha.

— Por que ela parece uma drogada? - Um sorriso se abriu, ao segurar minha mão para me fazer largar sua orelha.

— Ela bateu a cabeça. - Jason fala, ainda desanimado.

— Bati? - perguntei, passando a mão na minha testa, achando um punhado de sangue, que enfiei na boca. - Hum. É bom. 

Chegamos a uma sala com uma maca gelada.

— Ta gelado. - reclamei, vendo Jason me largar ali.

Tinha vontade de gritar, para ele me agarrar, ao invés de me largar naquela coisa ridiculamente linda. Minha melhor amiga, maca. Maca é linda.

Aquela mesma mulher feia com uma lanterna azul, de novo.

— Hm. - ela disse, passando um líquido que fez minha testa ardeu intensamente, o que me fez gemer. - Ela bateu a cabeça na beirada. - Em seguida, ela pegou um aparelho que parecia uma chapinha, com uma luz roxa saindo dela. - Parada, princesa Emily. - Ela passou a chapinha devagar, como se fizesse um vídeo da minha cabeça por dentro, e sendo emitida num painel  branco. - Sorte não ter afetado nada importante. O impacto provocou um transtorno temporário, só vai durar algumas horas, e é ela pode não se lembrar de hoje a noite. - Vi Jason me olhar.

Novamente, era um olhar triste. Ou um olhar de que ia me dar meu pudim. Torcia pelo segundo. 

Me distrai com o cabelo ruivo da mulher.  Era igual ao meu, mas lizinho e curto.

— Tia Flora, ela tá... - Andrew apontou pra mim, que brincava com os cabelos da tia Flora.

— EU PERCEBI. - Ela se virou bruscamente contra mim, e me enfiou uma agulha no braço, fazendo Andrew e Jason pularem dos acentos. - Deita aí, sua maluca. 

Meus membros pararam de funcionar, e eu caí de lado com os cabelos em meu rosto. 

— TIA FLORA! - Andrew gritou. 

— É um sedativo, querido. Ela tá muito drogada.

(...)

Acordei aos poucos. Minha visão estava normal. Pude ver a beliche de Aly em cima da minha. Estava de dia, e não tinha ninguém no quarto.

Uma imagem vem a minha cabeça.

Sorri e agarrei as cobertas forte.

Bufei. Estava com muita fome.

Até que me lembrei da piscina. Me olhei no espelho, e vi um curativo cobrindo uma parte da minha testa.

Sim, eu estava com uma estranha sensação de querer um pudim bem grande.

Me equilibrei, sem dificuldade, e tirei o curativo sem dificuldade, e entrei no banho. O corte não era muito grande nem profundo, mas eu tinha ganharia una cicatriz pequena. Depois, coloquei um short branco e uma blusa florida com estampa rosa estampas vermelha. Desci as escadas, e assim que pisei no chão, os braços de Andrew me envolveram num abraço forte.

— Achamos que tinha tido uma overdose de drogas. Nunca mais chegue perto daquela piscina.

O olhei, com uma interrogação na cabeça.

— Ah, EMILYZINHA! - Wanda pulou no meu pescoço. - Fiz um pudim pra você. - ela me entregou o prato pra mim. 

— Obrigada...?

Sorri, até meus olhos encontrarem os de Jason.

Ele me olhou, parando de mastigar, e abaixou a cabeça, engolindo em seco. Seu olhar era... Como se tivesse falhado em alguma missão importante. 

E ele focou, em sua panqueca.

— Então, salvou os guardas se afogando? - Kiro zombou. Novamente não saquei nada do que acontecia ali.

— Ela não lembra. - Jason falou, ainda olhando pra baixo.

Todos sentiram o frio que sua pele irradiava.

— Am, você disse que os guardas estavam se afogando. – Agradeci a  Andrew por acabar com esse clima.

— E ficava chamando os outros de benzinho, pedindo um pudim. - Hlenah comentou. Olhei pra Wanda.

— De nada. - ela piscou, rindo.

— Você parecia uma drogada. - Aly completou. - Seus gritos acordaram até Deus.

— O que diabos você fazia na piscina? - Anne perguntou. 

Encarei Jason. Algo nele me dizia pra não contar que conversamos.

— Pegando ar. - Disse eu, sem deixar de encara-lo.

— Foi uma pegada de ar conturbada. - Kiro falou. 

— Como caiu? - Por algum motivo que não identifiquei, olhei pra Georgia e Dakota. Elas não seriam capazes de me afogar, isso poderia me matar, fácil fácil. Desviei o olhar das duas caladas.

— Não sei. Não lembro.

Dei de ombros, comendo meu pudim. 

A mesa era grande, e comecei a observar Dakota e Georgia, a medida que o café da manhã corria.

Elas estavam tensas, esfregando a mão, trocando olhares nervosos, olhando pra mim, as vezes, e mal tocaram na comida. 

Dei de ombros. Gente estranha.

Passei a observar Jason.

Ele larga o garfo, e esfrega os olhos, como se não tivesse dormido.

Ele olha a janela, e volta a atenção às panquecas que não quer comer.

Olha pra Andrew.

Olha pra Wanda.

Olha pra Aly e Lyly. 

Olha pra DAKOTA E GEORGIA.

Até que olha pra mim. 

Seu olhar e sem vida, e sinto como se ele fosse chorar naquele momento. Mas Jason é orgulhoso. Nunca choraria com ninguém por perto. Ele era do tipo que aguenta socos e tapas, vai pro quarto, e lá chora até ter dor de cabeça.

Então ele me encara por mais tempo. 

Até perder o controle de tudo que carregava nas costas.

Ele se levanta num pulo, fazendo o garfo bater contra o prato, e a cadeira cair pra trás.

Todos o olham estáticos.

— Am...? Jason? - Aly diz.

Jason sai andando, pela porta da casa. Me levanto, e saio andando atrás dele.

— Jason! - gritei. Ele me olha, já passando a piscina.

— Me deixa, Em... - Acho que ele acabou de se arrepender de ter usado meu apelido, e volta a andar mais rápido.

Reviro os olhos. Ridículo, imaturo, orgulhoso, arrogante,levemente babaca, e um egoísta. 

O xinguei, enquanto andei rápido atrás dele. Jason passou a quadra, e parou, encarando a descida do morro de grama que levava ao bosque.

— Ai Jason. - disse ofegante. - Eu estava adorando aquel... 

Fui interrompida pelos lábios de Jason, que se comprimiram contra os meus, de forma feroz. Não entendi o que ele queria, mas estava com um toque de desespero. 

Passei meus braços atrás de seu pescoço, enquanto ele se forçava cada vez mais contra mim.

Até que perdi o equilíbrio, caindo morro a baixo, o levando junto. 

Comecei a rir, finalmente parando de rolar. Mas olhei pra Jason. Ele mantinha o olhar fixo na copa das árvores.

— Jas? - O chamei. Ele nem piscou.

— Desculpa, Emily.

Franzi o cenho, me levantando. Sentei a seu lado, e o encarei.

— Pelo quê? 

— Por... Por... Ah. -  Ele se sentou, com as pernas cruzadas. - Por me aproximar... - Jason me olha.

— O que? - deixo transparecer minha confusão.

— Eu... Destruo tudo o que toco. Não quero destruir você. - O olhar dele está sobre a grama. - Desculpa. Acho que podemos arrumar um jeito de te tirar do castelo depois que eu me casar com Dakota.

Essas palavras caem sobre mim como um peso, me esmagando. Sinto lágrimas se formarem em meu rosto. Mas eu as seguro.

— O que você está fazendo?

— Me afastando Emily. Sinto muito. Eu não quis... Fazer você gostar de mim. 

Jason se levanta, e começa a subir o morro. Quando as palavras me vêm a cabeça.

— Você é um covarde, Jason. - Ele para.

Sem me olhar. Acho que quer ouvir.

 - Você é um covarde egoísta que só se importa com você! E se culpa pela Leila. - a última parte sai como um sussurro. Nem tenho certeza se ele ouviu. - Eu não sei o que aconteceu. Mas sei que você se culpa. Então vive com isso. Aprendeu a se afastar, a não sentir, ou aparentar que não sente. – pisquei forte, deixando as lágrimas caírem. - Mas eu sei que você sente. Eu senti também. Senti o que você sente. Você tenta não fracassar com ninguém de novo, mas faz isso, e não percebe. Você quis ficar longe de mim. Mas não fez. E não vai fazer. Leila amava você, e não iria querer que você desse uma de idiota e perdesse uma nova chance.

O que eu estou dizendo?

Que amo Jason Londres.

Eu amo Jason Londres.

— Eu...

Ia continuar, mas ele se vira. Lágrimas grossas rolam sem controle de seus olhos. Nada nunca doeu mais em mim, que seus olhos azuis ficando vermelhos.

— Desculpa. - sua voz sai rouca, e com dificuldade. Mas ele vira a cabeça, e sai andando morro acima.

Enquanto os pedaços de meu coração caem espalhados pela grama.


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