Schnee escrita por BabiihFr


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Eae? Tudo explicadinho nas notas finais, oie.
o/



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- EU NÃO ACREDITO NISSO! - Mark pulava de um lado pro outro, depois fez um gesto com as mãos, como se me projetasse dentro de uma câmera - Imagine você, Lori Shepherd num desfile desse tamanho! Isso vai alavancar sua carreira!

 E ele continuou tagarelando sobre um monte de coisa que eu sinceramente não queria prestar atenção. Esfreguei os olhos.

- LORI! - ele gritou, sacudindo as mãos - Você não me parece feliz...

- É claro que estou feliz, Mark! - montei meu melhor sorriso - Só que você é meio hiperativo, sua energia me cansa... - ri.

- Nhai, invejosa - ele vez um biquinho, contendo uma risada - Mas você tinha que estar mais feliz. Qual é o problema afinal, Lori?

- Ah - suspirei. Nem eu mesma sabia a razão de tanto desânimo - Sei lá. Você acha mesmo que estou pronta pra um desfile desses? Quer dizer, Milão, sabe como é...Eu nunca fui para um desfile importante lá e...

- Shh, não fale mais - o rosto de Mark se contorceu numa expressão superior - Você vai. E Milão não é absolutamente nada perto dos lugares que você vai depois que as pessoas te descobrirem de verdade.

 Revirei os olhos, sorrindo.

- Tomara - me virei, pegando minha bolsa sobre a mesinha de canto do estúdio - Agora se me dá licença, eu estou morta. Preciso descansar, você me arranja ensaios demais.

- Você quer ou não ganhar dinheiro? - Mark projetou um biquinho - Acho que quer, então me deixe trabalhar, por favor? Grato.

 Dei mais um sorriso desanimado. Eu não queria magoá-lo, só não achava que ia fazer sucesso naquele desfile. Tantas modelos lindas e famosas...Eu realmente não ia me destacar.

 Pendurei minha bolsa sobre o ombro esquerdo e olhei de relance para a janela. Noite. Chuva. Ótimo.

- Te vejo amanhã? - Mark perguntou, enquanto rabiscava uma pilha de papéis sobre o balcão.

- Eu tenho que trabalhar, não é? - dei-lhe um beijinho na face, me virando e caminhando até a porta. Tirei as chaves da bolsa e olhei para o céu. Realmente, eu odeio essa cidade que só chove.

 Coloquei o capuz da minha jaqueta bege adquirida numa butique linda em Hamburg. Merda, essa chuva infernal ia molhar a minha jaqueta. Odeio Halle.

 Corri até meu carro, estacionado em frente ao prédio. Destravei as portas eletrônicas e me enfiei no automóvel o mais rápido o possível. Respirei fundo.

 Coloquei a chave na ignição e arranquei. Fui dirigindo até meu apartamento sem muita paciência, enquanto uma das minhas mãos trabalhava tentando pegar um CD dentro do porta-discos.

- Isso - sorri vitoriosa, enfiando um CD aleatório no rádio.

 Minha mão voltou ao volante e eu continuei dirigindo - não muito bem, devo acrescentar - até em casa. Demorei um pouco para notar que o CD escolhido tinha sido Scream. Do Tokio Hotel. Banda preferida do Mark. Não, ele nunca foi muito normal, sempre tentando me convencer a amá-los também. Acho que quase morri de tanto ouvir "Céus, um dia eu ainda cato esse Bill" ou então "Tom Kaulitz, me possua".

 Cheguei no prédio de 34 andares iluminado por luzes verdes. Minha sugestão, por sinal.

 Acionei o portão da garagem coberta, que demorava meia hora até abrir inteiro, portanto, quando estava aberto até a metade - ou o suficiente para que meu Hyundai Sonata pudesse passar - já fui entrando, para desgosto do porteiro que nunca foi com a minha cara. Acho que ele sempre pensa que eu vou bater o carro no portão. Bem, mas não posso reclamar, a maioria das pessoas que me conhece - ou que algum dia já andou de carro comigo - diz que eu comprei a carteira. Mentira, só sou um pouco apressada.

 Estacionei o carro, descansando o pára-brisas. Soltei um longo suspiro enquanto desligava o rádio e pegava minha bolsa.

 Caminhei do carro até o elevador, parando no térreo para pegar a correspondência. Lá vem bronca.

- Ah, senhorita Shepherd - o porteiro fez uma careta, enquanto levantava da cadeira atrás do balcão - devo avisar-lhe que se não esperar para entrar na garagem até que o portão esteja totalmente aberto e continuar manobrando seu veículo irresponsavelmente terei de comunicar ao síndico.

 Isso, comunique ao síndico, pensei, vai tomar no meio do seu...olho, porquê o cara é provavelmente um dos únicos que me suporta aqui. Então vai, vai lá, seu desgraçado, comunique a ele e perca seu emprego.

- Está bem - murmurei, simplesmente, pegando os envelopes sobre o balcão e entrando no elevador novamente. Ás vezes é melhor aceitar o quê os outros dizem do que começar a gritar que nem uma louca - Porcaria - murmurei, me apoiando sobre uma das paredes do elevador, assim que as portas se fecharam. Pega pela claustrofobia. De novo.

 Tentei esquecer a dificuldade para respirar e o pânico que tomava conta de mim, mas assim que as malditas portas abriram de novo, pulei pra fora, arfando.

- É só um elevador - fechei os olhos, respirando fundo e indo até a porta do meu amado apartamento. Número 505, 28º andar.

 Destranquei a porta sem paciência, escancarando-a. Entrei em casa ainda com a respiração irregular.

 Não pude deixar de admirar minha nova decoração. Quer dizer, não nova, uma vez que eu morava na cidade a dois meses. Vim de Magdeburg para estudar, mas Mark praticamente se apossou da minha vida - e carreira - então, resolvi seguir a carreira de modelo e só. Mais, não dava tempo.

 Sorri bobamente encarando as paredes vermelhas da sala e os sofás com estampa de jornal e almofadas de foto. Olhei para minha linda cozinha americana. Céus, como eu amo esse apartamento.

 Larguei minha bolsa em algum lugar - que na hora de sair eu nunca lembrava onde era - e me joguei no sofá preguiçosamente, largando a correspondência sobre a mesinha de centro.

 O dia seguinte seria cheio. Muito cheio.


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Notas finais do capítulo

RIARIAIRIAIRA, QUEM CURTIU?
cri, cri, cri, cri. .__.'
Sério, primeiro capítulo, chatinho como sempre :/
Mas não vou usar isso como desculpa XD Reviews, só pra eu saber as opiniões? *---*
:*

~~corre~~



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