A Hat and A Cap escrita por AllBlueSeeker


Capítulo 6
No xadrez, isso é o check mate


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Sim, eu criei isso enquanto estava almoçando ontem e tentei escrever, mas o lindo do computador estava sem bateria e adivinhem? É, eu perdi o texto todo.
Enfim, lá vai a parada!



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[Ace]-Ih Koala, olha ali uma loja de doces!

[Koala]-Peraí, mas do que queeeeee..... 

Meu irmão puxou-a pelo braço livre. Um "Ótimo, Ace!" foi tudo o que eu consegui expressar, pois minha mente se encontrava ocupada encarando e fluindo toda a raiva que tinha armazenada pelo miserável que estava à frente:

[X-Drake]-Heh... Parece que você gosta da coelhinha, então.

[Sabo]-Olha essa boca, miserável! A menos que queira que eu esfregue sua cara nas pedras da calçada.

[X-Drake]-Pra que esse mau humor todo, amigo?

[Sabo]-Não somos amigos.

[X-Drake]-Pela coelhinha, deveríamos ser.

[Sabo]-Ela não é nenhuma coelhinha. 

[X-Drake]-Caso seja do seu interesse, ela gosta de ser chamada assim. Ah, mas para ser do SEU interesse, eu teria que perder o meu. Desculpe amigo, mas não vai rolar...

[Sabo]-Escuta aqui ô base da cadeia alimentar -ele mostrou desgosto - Você não vai encostar nem em um fio de cabelo daquela garota enquanto eu estiver vivo. E não é da sua conta se eu gosto dela ou não.

[X-Drake]-Hahahahahahaha! Você quer ser o cavaleiro que vai salvar a princesa do dragão malvado? Que romântico. Mas não vivemos na literatura medieval...

[Sabo]-Você não seria um dragão nem se nascesse de novo. No máximo uma lagartixa e olhe lá... E deixa eu ser mais claro, "amigo": Em um jogo de xadrez, o peão nunca vai tocar no rei enquanto a rainha estiver de pé.

[X-Drake]-Claro "majestade", se é uma corrida pelo coração dela que você quer...

[Sabo]-A corrida é minha. Sai do caminho, lagartixa.

[X-Drake]-Certo! -ele ironizou - Apostemos quem conquista a jovenzinha primeiro.

[Sabo]-Espero que tenha lembrado do protetor solar... Porque você vai se queimar. 

Deixei o infeliz rindo e entrei na multidão. Logo, localizei numa rua perpendicular à praça meu irmão sentado. Acenei para ele e fui respondido. Desci as escadas e fui até lá:

[Ace]-Como foi o debate, candidato Sabo?

[Sabo]-Tsh. Eu vou limpar essa praça com a cabeça dele se ele encostar uma célula na Koala.

[Ace]-Quer dizer que você admite?

[Sabo]-Admito o que?

[Ace]-A equação: "Sabo + Koala = 1".

[Sabo]-T-talvez. -desviei o olhar - Cadê ela?

[Ace]-Ela não quis doce. Tá aí dentro comprando alguma coisa.

Li "Chapelaria dos Coelhos" na placa acima da cabeça do Ace. Pouco tempo depois, ela apareceu:

[Koala]-Oi meninos! Que tal? -ela estava totalmente radiante pela nova aquisição

[Ace]-Meh. 

[Sabo]-Ficou linda em você. -eu sorri - Isso é vermelho.

[Koala]-Vinho.

[Ace]-Quero.

[Koala]-É a cor... -ela olhou irônica

[Ace]-Ah... Ei galera, cês querem ver os museus agora?

[Sabo]-A gente deveria seguir a sala, não?

Ace me encarou como se dissesse: "Calado, loirinho lazarento. Não estraga a magia do pai.". Deixei que ele continuasse:

[Ace]-Eu dei uma olhada nessa cidade antes da excursão. Sei todos os lugares que o pessoal vai e em que ordem. Cês tão afim de dar rolé ou não? -ele saltou do banquinho e desceu a rua

Sem ter direito à resposta, fui puxado pela garota de boina vermelha (porque aquilo era vermelho, sem dúvidas). Seguimos o Ace até um museu prisão. Descemos até o subsolo, onde ficavam as celas e outras coisas à mostra:

[Ace]-Sabo, vamos jogar a Koala naquela cela? -ele apontou para a que estava aberta

[Koala]-Qu-quê?! N-nem vem! -ela se afastou e encolheu num canto

[Sabo]-Eu topo. Mas qual a acusação?

[Ace]-Hmm...

[Koala]-S-seus estúpidos, v-vocês não podem fazer isso com a pobre Koala. Ela vai ficar dodói no frio daquelas pedras e vai pegar tétano com essa ferrugem toda.

[Ace]-Na verdade...

[Sabo]-Exatas, volta pro assunto.

[Ace]-A acusação é desafiar a ASL e tentar sair impune!

[Sabo]-Acho justa.

[Koala]-C-como assim justa, Sabo?!

[Ace]-Ela está tentando mandar nos líderes de forma quase explícita, além de oferecer propina ao Líder Alfa e agredir fisicamente o Líder Beta. É uma acusação mais do que justa.

Agarrei-a pelas pernas e o Ace pelos braços. A pusemos dentro da cela e o Ace travou o cadeado:

[Ace]-A senhorita pode pensar nas desculpas quando sua pena acabar.

[Koala]-M-mas...

[Sabo]-"Mas" nada.

[Ace]-Cale essa boca e fique quieta aí. Vamos tomar café, Sabo.

Meu irmão saiu. Sentei num barril perto da cela para observá-la:

[Koala]-Eu quero fazer xixi.

[Sabo]-Tem um pouco de feno ali no canto. Eu posso sair até que você se satisfaça.

[Koala]-Eu quero sair daqui... -seus olhinhos azuis marearam

[Sabo]-Desculpe, mas é a lei.

Ela se encolheu e pôs a cabeça nas pernas. Era possível ouvir os soluços de tristeza. Resolvi abrir o cadeado, mas aparentemente ela não percebeu:

[Koala]-Eu quero sair... Tá frio aqui... 

Joguei meu casaco sobre seus ombros e a ergui com um abraço:

[Sabo]-Sentença abolida.

[Koala]-Me larga, seu grosso.

[Sabo]-Não quero largar você, sua chorona.

[Koala]-Mas você... -ela sucumbiu ao abraço, pôs as mãos no meu peito e a cabeça sobre meu ombro - Eu te odeio pra sempre.

[Sabo]-Odeia tanto que me beijou.

[Koala]-N-não foi isso! V-você tomou a iniciativa e eu conclui porque você é um enrolado. -ela ficou tão vermelha quanto a boina

[Sabo]-Você poderia não ter beijado.

[Koala]-Mas estava perto demais...

[Sabo]-Logo, você quis beijar esse idiota.

[Koala]-Não quis! Pare de dizer isso.

[Sabo]-Seu beijo é gélido.

[Koala]-Achou ruim?

[Sabo]-Eu quero outro.

[Koala]-Acha mesmo que é distributivo assim, garoto? Nã-nã-ni-nã-não. 

[Sabo]-Não consegue, né?

[Koala]-É claro que consigo! E-eu só não quero. Imbecil!

[Sabo]-Então por que não larga o imbecil?

[Koala]-Porque tô com frio, e você está quente.

[Sabo]-Não mereço um beijo?

[Koala]-E o que te faz pensar que eu vou beijar de novo?

[Sabo]-Porque você gostou. Eu admito que gostei do meu primeiro beijo.

[Koala]-T-também foi...

[Sabo]-Viu, você gostou.

[Koala]-Pare de concluir as coisas por mim! Que droga, Sabo.

Beijei sua testa como provocação e passei os dedos nos fios de cabelo que pendiam sobre suas costas:

[Koala]-Você não vai parar de insistir, não é?

[Sabo]-Não esperava que fosse vencer pelo cansaço...

[Koala]-E-eu não disse que você venceu. 

Suas mãos foram parar nas minhas bochechas:

[Koala]-Você é muito estranho. Por que eu me sinto tão bem perto de alguém que eu conheci esse ano?

[Sabo]-Digo o mesmo. Quer a verdade? Nem sei porque faço as coisas... Eu só faço.

[Koala]-Eu também... Será o destino?

[Sabo]-Nah, que coisa babaca. 

Recebi dois belos beliscos, um em cada bochecha:

[Koala]-COM LICENÇA, TÁ?

[Sabo]-Ai ai ai, sua bruta! Pra que isso?

Das bochechas, as mãos dela se juntaram por trás do meu pescoço e nossas bocas também. O beijo gelado estava um pouco mais quente, e dessa vez não era um selinho só. Passei as mãos pela cintura dela e deixei que a dança acontecesse. Quando ela terminou:

[Koala]-Para de me pedir isso. Não somos namorados.

[Ace]-Ainda.

[Sabo]-Sério, eu vou te enforcar. -fuzilei meu irmão mentalmente antes de olhar pra ele - Você não pode nem respeitar um momento e...

[Ace]-Eram rosas, Sabo? 

[Koala]-O-o quê?! R-rosas pr-pra mim? -ela levou as mãos à boca

[Ace]-Eu acertei, Sabo? -o sorriso do Ace dizia claramente para concordar com o plano

[Sabo]-É... Rosas, sim. Muito boa, Ace... -eu sorri, sem graça

[Ace]-Ah, tem o cartão...

Olhei para ele, incrédulo. Ele apenas sorria confiante:

[Ace]-Mas eu perdi ele! 

[Koala]-Acho que sei o que poderia estar escrito nele. Sabe, Sabo... Vou pensar se realmente quero aguentar você oficialmente. Mas não agora, nem hoje.

[Sabo]-Certo, tome seu tempo.

[Ace]-Cês vão ficar aí se pegando ainda? É que a gente tem que ir andando...

[Sabo]-Se quiser, posso chamar a Vivi para ir consoco...

[Ace]-N-n-não Sabinho querido, irmãozinho que eu tanto amo. Tudo bem, o Acezinho espera ali no cantinho.

[Koala]-Por que ele é assim?

[Sabo]-Ainda não vi o Ace com interesse verdadeiro em uma garota. Nenhuma delas, até hoje, teve o toque que o Ace espera.

[Koala]-Quantas foram?

[Sabo]-Três, com a Vivi. Ele gosta de pagar de insensível, mas não é bem por esse lado não... 

[Koala]-Que bonitinho da parte dele. Pena que a Vivi é...

[Sabo]-Eu sei. Não tem nada que faça os dois combinarem, mas o Ace vai onde o ouro brilhar. Ele é bem ambicioso, mesmo sabendo da decepção. Mas vamos falar do meu irmão ou o quê?

[Koala]-Certo, vamos andando. 

[Sabo]-Tá querendo dizer que eu sou impaciente?

[Koala]-Nããããããão... De onde tirou isso, garoto?

 A puxei pelo braço esquerdo com força e saí emburrado. Seguimos o Ace até outro edifício, que agora era um banco:

[Sabo]-Quanto dinheiro! Isso deve valer...

[Ace]-Shhh...

[Koala]-Ace, o que está fazendo?

[Ace]-Shhh... Tô enchendo a blusa.

Pensei em bater nele de alguma coisa, mas a Koala foi mais rápida: Pôs o buquê de alguma forma em minha mão e saiu puxando meu irmão pelas orelhas:

[Ace]-Ai ai ai ai ai ai, é ele ali ó! Bate nele, não em mim!

[Koala]-Silêncio.

Ela o pôs sentado na calçada:

[Koala]-A senhora Dadan não lhe ensinou educação?

Segurei o riso:

[Koala]-O que eu disse de errado, Sabo?

[Ace]-Dadan e boa educação são duas coisas opostas...

[Koala]-Mas ela...

[Sabo]-Não, você não conheceu a Dadan. Você conheceu a cara nº 3 dela: A Boa Dadan. 

[Ace]-Vamos crucificar a velha mesmo?

[Sabo]-Já não fazemos isso todos os dias?

[Ace]-Sim, mas... Na frente da minha cunhada?

[Sabo]-Você não tem intimidade pra chamar ela assim, seu estúpido!

Ela escondia o rosto na gola da blusa:

[Ace]-Ah lá, ela gostou.

[Koala]-D-de qualquer forma, vamos andando. Pra onde agora?

[Ace]-Eu tô com fome, vocês não?

[Sabo]-Já é hora do rango?

Os braços do meu irmão quase formavam uma seta perfeita para a casa onde havia uma multidão na porta:

[Ace]-Certo galera, correr pra pegar mais carne!

[Koala]-Mas é prato feito...

[Sabo]-Protocolo padrão. É por causa do Luffy.

[Koala]-Vai me dizer que ele come a panela de carne sozinho?

[Ace]-Ele fez isso num almoço de domingo e o Garp o atirou nas árvores. Aí a gente comeu pizza.

[Koala]-Sua família é louca, sabia?

[Sabo]-Acredite: o mais normal de nós todos sou eu.

[Ace]-É verdade.

Fomos até a multidão de alunos. Ao que parecia, a professora proferia um discurso para uma turma que não dava a mínima e só queria comer. Do lado dela, como um guardinha de cinema, o miserável posava. Assim que a mulher terminou, a horda a atropelou e consumiu as mesas do local rapidamente. As mesas logo eram servidas pela equipe de frenéticas garçonetes e garçons com refrigerante. Nos sentamos numa mesa afastada:

[Ace]-Ou, eu vou mijar.

[Koala]-Ace!

[Ace]-Koala, eu vou ao banheiro urinar. Tá melhor?

[Koala]-Obrigada, eu acho.

[Sabo]-Uau, você fez o Ace ser educado. Meus parabéns!

Meu sorriso momentâneo foi substituído por uma expressão de desprezo:

[X-Drake]-Boa tarde, bela jovem. Aceitaria sentar-se comigo?

[Sabo]-Ela está acompanhada, microcéfalo. Vaza daqui.

[X-Drake]-Sugiro uma companhia mais seleta.

[Koala]-Obrigada, mas aqui está bom o bastante. Sente-se conosco, por favor!

[Sabo e X-Drake]-Não, de jeito nenhum!

Ela, curiosa, olhava nossa guerra de olhares:

[Ace]-Ei amigo, tá perdido? Vem, vamos achar a sua mesa.

[X-Drake]-Tire a mão de mim, sai!

[Ace]-Olha viadinho, eu estou sendo cortês e te tirando de uma possível guerra fria. Vai por mim, você não quer ficar aqui. Ou o loirinho ali, sabe, vai te bater tanto que nem sua mãe vai te reconhecer no necrotério.

[X-Drake]-Hmpf.

Mais pomposo que um pavão, o miserável saiu tentando disfarçar a ligeira escorregada que dera há pouco:

[Sabo]-A...

[Ace]-Shh... Um mágico nunca revela as cartas que ele sabe que estão marcadas.

Almoçamos. Tivemos a tarde livre, e fomos caminhar. O bocudo do Ace resolveu contar algumas das muitas aventuras que tivemos quando éramos só nós dois e de quando o Luffy pôde começar a brincar com a gente de verdade. Algumas até que não deveria contar, especialmente o episódio especial "Sabo e as formigas lava-pés". Mas a Koala não ligava. Ela só ria e ouvia com atenção às histórias. Deixei os dois conversando e entrei em uma ruela. Cruzei caminho com quem não deveria cruzar:

[Sabo]-Oe.

[X-Drake]-Hmm?

[Sabo]-Check mate, palhaço.

[X-Drake]-Heh. Nesse jogo, jogam dois.

[Sabo]-Vou repetir, amigo: Check. Mate. Você nem mesmo passou dos 100 metros, peãozinho incompetente.

[X-Drake]-O tempo só vai pra frente, majestade. Além do mais, dá pra fazer muitas jogadas.

Fomos todos convocados para voltar para a praça e, consequentemente, para casa. Nos reunimos perto do ônibus, mais uma vez a chamada foi feita e embarcamos. Assim que tomamos nossos lugares, o ônibus partiu:

[Koala]-Ei Ace, você...

Meu irmão apagara. A ponto de roncar, babar e dormir de boca aberta:

[Sabo]-Ele precisa muito dormir. Já passou do limite hoje. E você também deveria...

[Koala]-Você está certo. Se importa se eu...

Desmaiei sobre as pernas da Koala, completamente esgotado. A última coisa que senti foram suas mãos passando pelo meu cabelo.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, que tal?