Fiz o que Greg pediu, quando abri o envelope tive uma nova surpresa, dentro estava algumas folhas de papeis, quando as virei notei que era alguns desenhos. O primeiro era a de um homem sentado dentro de um carro observando uma moça passeando pela rua. O segundo desenho mostrava em descrição minuciosa quando o homem pegava a moça, imobilizava-a e colocava desacordada no porta malas de seu carro, levando a moça para uma espécie de galpão, esperava ela acordar e em seguida a matava estrangulada, depois com uma lamina serrilhada, retirava os pés da garota. O ultimo desenho e mais detalhista o possível, narrava a desova do corpo da moça, no playgraud para crianças, ele despia todo o corpo da moça e em seguida o deitava sobre a caixa de arreia, posicionando-a como uma modelo, em um ensaio fotográfico.

  - Então quer dizer que temos um novo assassino que desenha, é isso?

  - Ainda não temos provas para sabermos se o Sr. Anônimo é realmente um assassino Nick, também não sabemos se os desenhos foram criados da imaginação dele ou se foi apenas a reprodução de todo o processo de um assassinato!
  - Não acho muito difícil ele nos dá uma sena de crime primaria! – Falou Sara.

  - Grissom...

  - Sim Jim?

  - Temos um 419. – Todos se entreolharam.

  - Descreva a cena do crime para mim Jim, Por favor.

  - Bem, um guarda noturno que fazia sua ronda, encontrou uma garota morta no playgraud. A moça estava completamente nua, em uma posição que me recordava muito uma modelo e está sem seus pés. Estranho não é? Acho que se o assassino tentava omitir a identidade da moça. Ele também deveria ter retirado as mãos!
  - Bem, agora ele nos deu a cena de crime primaria. – Falou Warrick.

  - Greg, Nick. Quero que acompanhem o Brass, serão os primeiros a analisar a cena do crime.

  - Espero vocês em frente ao departamento. - Falou Jim se retirando.

  - Sara, Warrick, vocês irão analisar minuciosamente os desenhos mandados pelo nosso assassino. Tenho a impressão de que seus crimes não irão se resumir apenas neste, assassino deste tipo, costumam deixar assinaturas, procurem qualquer marca, objeto, ou outra coisa que possa parecer uma assinatura, isso serve para vocês também! – Falei para Nick e Greg, depois fui me retirando.

  - Hey, aonde vai?

  - Resolver meus problemas com a Catherine, Warrick! – Retirei-me da sala sem dizer mais uma palavra.

  - E lá vai ele mais uma vez, correndo atrás dela!

  - O que disse Sara? – Indagou Warrick.

  - Por que ele tenta esconder o que sente por ela?

  - Ah é isso que você estava se referindo!- Disse ele, como se já estivesse a par do assunto.

  - Eu também não entendo, ele acha que ninguém nunca percebeu isso, mas pelo contrario, não há um ser humano nesse laboratório inteiro que não saiba desse amor que ele sente por ela! – Manifestou-se Nick.

  - De quem vocês estão falando? – Perguntou Greg meio perdido na conversa.

  - Do amor de Grissom pela Catherine.

  - Vocês estão brincando não é? O Grissom é apaixonado pela Catherine?

  - Retiro o que disse Sara, Greg é o único ser humano nesse laboratório que não sabe do amor que o Grissom sente pela Catherine. Em que planeta você vive Greg Sanders ?

  - Eu juro que não sabia.

  - Você tem que tirar mais seus olhos das suas revistinhas pornôs e se concentrar um pouco mais no mundo que gira ao seu redor! – Falou Nick dando um tapinha no ombro do garoto.

  - Mas eu quase não olho mais minhas revistas.

  - Quase ainda é muito meu caro, agora vamos trabalhar, vejo vocês dois mais tarde. – Nick e Greg se retiraram da sala e seguiram para a cena do crime.

  - E então Sara, acha mesmo que esse amor é só por parte do Grissom? – Perguntou Warrick em um tom como se estivesse testando Sara, sobre o nivel de seus conhecimentos a respeito do assunto.

  - Bem eu não sei, Catherine é muito conservadora e eu ainda não pude notar ao certo se ela sente algo por ele. 

  -Bem é ai que você se engana em dizer que ela é conservadora, para mim o conservador nessa história toda é o Gil, vocês ainda não perceberam por que nunca pararam para prestar atenção nela, observam apenas o Grissom, mais eu posso lhe assegurar que ela também sente algo por ele, já presenciei cenas de olhares que ela lançou sobre ela, sem contar com as frases subentendidas que ela costuma usar com ele. Outro fato bem suspeito que eu lembro foi o dia em que os dois se ausentaram juntos.

  - Bem isso eu não posso negar que foi realmente suspeito.

  - Pois é, os dois estavam bem estranhos naquele dia, e quando voltaram no dia seguinte agiam como se fossem dois estranhos, mal conversavam. Era como se tentassem evitar falar de algum assunto

  - Tem toda razão, agora vamos trabalhar, antes que ele volte e nos pegue conversando a respeito dele.

  Levei um bom tempo para encontrar Catherine novamente. Finalmente quando minha ultima opção de lugares para procurá-la era o vestiário, encontrei-a retirando sua bolsa do armário. Quando notou minha presença, olhou-me com repugnância e depois voltou a desviar o olhar:

  - Podemos conversar?

  - Não! – Respondeu-me em tom rude e rápido.

  - Catherine, tudo aquilo foi um mal entendido, eu não...

  - Você é surdo? Eu disse que não quero conversar com você! – Falou ela, depois se retirou rapidamente do vestiário e se direcionou para o estacionamento, então eu a segui. Cath entrou em seu carro e acionou as travas de segurança para que eu não abrisse a porta.

  - Cath, por favor, abra a porta, precisamos conversar! – A ruiva não me deu muita importância, apenas ligou o carro. Foi então que eu tive uma idéia um pouco ousada, fiquei em frente ao seu carro. – Você não sairá daqui enquanto não conversarmos!

  - Saia daí Grissom.

  - Terá de passar por cima de mim, para que eu a deixe ir!

  - Vamos Grissom, eu não estou brincando, saia da frente de meu carro agora!

  - Eu também não estou brincando, se você tem realmente coragem, passe por cima de mim!

  - Muito bem, foi você quem pediu...