—Acho melhor você se transformar se não quiser morrer.-disse Ayato.

Eu não posso fazer isso, pensei, Eu não quero machucar mais ninguém, lágrimas inconvenientes escorriam pelo meu rosto, Mais eu também ainda não estou preparada para morrer.

Eu fechei os olhos e depois disso, nada...

Voltei em mim quando eu estava com as minhas mãos no pescoço do Kaneki, que parecia estar inconsciente. Logo o soltei.

—Kaneki!-gritei deseperanda tentando socorre-lo, mas não consegui, antes senti algo afiado entrando em mim. Olhei para tras e vi um monstro enorme com suas garras no meu estômago.

Comecei a cospir sangue.

—Você...-ouvi alguém dizer e me viro para olhar quem é.-ainda tá transformada.-era Ayato, ele estava jogado no chão e sua aparência não era das melhores.

Quando ele disse isso senti aquelas garras se afundarem mais em meu corpo.

Tirei elas com tudo de mim e logo em seguida caí no chão gemendo de dor e cuspindo mais sangue.

—K-Kaneki.-minha voz era fraca.-O que eu fiz?-comecei a chorar.

—Achei que fosse mais forte.-disse o monstro.-Sua mãe era.-soltou um risinho.-Ele sempre ganhava de mim. Não sei como ela pôde deixar que a matassem.

Fiquei com raiva. 

Como ele teve a audácia de falar sobre a minha mãe? Como ele conhecia a minha mãe? Eles já tiveram um caso?, so de pensar nisso me deu náusea.

—Não fale da minha mãe!-explodi.

Ele riu, uma risada alta e maldosa.

—Seu génio é igual ao dela. A aparência também, vocês são muito parecidas, mesmo sendo totalmente diferentes. Ela era linda.-sua voz era maldosa e maliciosa.

—Cala a boa!-gritei indo para cima dele.

Ele desviou rapidamente, me pegou por trás e me paralisou.

—Nunca perca o seu foco, o inimigo sempre vai te atacar por trás.-disse me jogando no chão.

Cai do lado do Kaneki.

—Kaneki.-disse eu olhando para o mesmo.

Ele abriu seus olhos vagarosamente.

—Tem que deixar de ser boazinha Fukui.-disse ele me olhando.-Tem que senentregar ao seu...-ele torciu sangue.-ghoul.-sua voz era fraca.

Ele tinha razão, eu tinha que me entregar ao meu ghoul, que a tempos eu havia escondido por medo de machucar as pessoas, mas seu eu não as machucassem ela iriam me matar.

Dei um sorrisinho e olhei para o monstro que estava de pé em cima de mim.

Coloquei meu peso nos meus braços e levantei as minhas pernas, dando um chute na sua barriga, me levantando e fazendo ele cair no chão.

Começamos a lutar de verdade a partir daí.

Eu estava muito machucada então ficou empate, vamos dizer assim.

Depois de tanto lutar ele me deu um monte de golpes seguido de um golpe muito forte, eu quebrei duas culunas do estacionamento, depois cai no chão e apaguei por completo.

                       ...

Me acordei em um sofá vermelho grande, mais largo que a minha altura, eu cabia lá perfeitamente. 

Meu corpo doía muito e eu estava cheia de hematomas.

—Vejo que já se acordou.

Olhei para o lado e vi Kaneki de costa para mim olhando pela grande parede de vidro que estava racha.

—O que acontece?-perguntei confusa.

—Você conseguiu controlar o seu ghoul.-se virou para mim.-Você se sente bem? Está melhor?

Pela primeira vez eu o vi realmente preocupado comigo, quer dizer, ele me protegeu, me defendeu, cuidou de mim, mas era como se ele tivesse feito isso por obrigação, mas agora não, ele realmente estava preocupado comigo, sendo que ele também estava mal, acho até que ele estava pior que eu.

—Sim.-menti.-Eu estou bem, não precisa se preocupar.-senti a minha barriga doer, mas eu não sabia se era por causa da luta ou porquê eu estava com fome.-Acho que eu só tô com um pouco de fome.-disse eu rindo enquanto tocava na minha barriga.

Ele sorriu.

Era a primeira vez que eu via o seu sorriso, e meu Deus que sorriso era aquele.

—Você tá babando?!-disse ele rindo.

Toquei na minha boca e vi que de fato eu estava babando que nem uma retardada, limpei rapidamente com o meu antebraço.

Abaixei a cabeça e senti as minhas bochechas arderem, ou seja, eu estava corada.

—Bom dia!

Eu reconheci aquele voz de imediato, era Ayato entrando.

—Achei que estariam com fome então eu mesmo trouxe comida.-disse ele me entregando.-Só não se acostumem, não sou obrigado a ficar de empregadinha de vocês.

Eu ri.

Ayato também não estava bem, havia algumas marcas na sua mão e no seu rosto.

Comemos e depois ficamos coversando, eu era a que mais falava e Kaneki era o que não falava quase nada.

Aquela era a minha nova família.