A Invenção de Marcolino Pereira escrita por Luk, Martins


Capítulo 4
Até o Fim




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Eles subiram no bondinho como se não houvesse amanhã, quando finalmente alcançaram o Cristo Redentor, BAM, a porta estava trancada:

— Rápido Doutor! Use a Chave Sônica! - Disse Jo

— Acontece que eu quebrei a Chave de Fenda Sônica pra entrar na TARDIS do Mestre - Disse o Doutor coçando a cabeça

Jo deu um urro irritada:

— Olha só o céu! Parece que ele ta pegando fogo! Chega! Me da a Chave de Fenda

— Eu ja disse Jo...

— A NORMAL

O Doutor tirou uma Chave de Fenda comum do bolso e entregou pra Jo, que violentamente a usou para arrombar a maçaneta e entrar:

— O quão forte você é Jo? - Perguntou o Doutor

— O suficiente nas horas necessárias

Eles voaram para dentro da TARDIS e desmaterializaram, dentro dela a Jo exigia:

— Pode começar a explicar

— Certo, olhe, O Mestre não pretendia absorver A Invenção de Marcolino Pereira como objetivo chave do Plano Mestre dele, na verdade ele descobriu que a área habitada da Cidade do Rio de Janeiro é cheia de Energia Artron

— Energia Artron?

— Sim, Energia Artron é... - Disse o Doutor parando para pensar um pouco - É uma espécie de energia residual temporal que normalmente se encontra em TARDIS'es, seja para alimenta-las ou não. Não sei como tal quantidade de energia Artron foi parar nessa área do Brasil, mas se ele conseguir extrair ela, o Brasil vai ter sua linha do tempo alterada, provavelmente fazendo que...

— Os Portugueses nunca cheguem ao Brasil. Doutor, tal mudança na história iria remodelar ela totalmente

— É mais provável que abra um buraco no tecido do tempo e leve toda a Terra junto

— Mas o que o Mestre poderia querer com isso? - Perguntou Jo abismada

— Poder, com a TARDIS dele tão potencializada com tantos hectares de Artron, ele poderia expandir os poderes hipnóticos dele e uma vez que um Senhor do Tempo é ligado psíquica e simbioticamente com sua TARDIS, poderia ter a galaxia inteira a seu mando

— O que nós vamos fazer?!

— Esse é o ponto Jo, o que nós podemos fazer é muito perigoso - Disse O Doutor pegando a mão dela - E é capaz que não saiamos com vida

Jo parou e pensou, após isso ela apertou a mão do Doutor mais forte e disse:

— Pela história da Terra? - Ela perguntou

— Pelo Mundo - Disse O Doutor

Então Jo foi para perto do console e se segurou firme, sabia que ia ser uma viajem turbulenta, então O Doutor começou a mexer nos controles da nave, ele passava por todas as secções do console e parecia agitado, então um som começou, o sino de claustro começou, ele apitava alto e declarava que havia uma tragédia iminente, a TARDIS começou a balançar e tremer, o som do tempo-espaço sendo rasgado por fora da nave era amedrontador:

— Estamos indo em rota de interferência com a TARDIS dele! se a Minha TARDIS tiver potencia psíquica para o suficiente para quebrar o link dele com as maquinas de extração que ele colocou ao redor de toda o Rio, ele será forçado a se retirar! Torça para que ela não morra no processo!

Então eles começaram a sentir o efeito da interferência com a TARDIS do Mestre, um choque térmico os atingiu enquanto voavam dentro do vórtice em grande velocidade, drasticamente de uma temperatura agradável, ela mudou para um calor infernal, e a nave continuava a bater nas paredes da realidade em grandes choques, por fim a TARDIS deu um pirueta e bateu fortemente em uma coisa, fazendo parar a turbulência.

O Doutor acordou lentamente depois do forte choque, a coluna do console da TARDIS ainda se locomovia de cima para baixo mostrando que ela não se materializou ainda, ele se levantou e disse:

— Uniforme desconfortável - Disse dando um tapa nas costas, ainda estava com o uniforme da organização do Domingão do Faustão

Ele olhou em volta e foi em direção a Jo que se encontrava inconsciente no chão:

— Jo! Jo! - Dizia o Doutor

— Ah... - Disse ela acordando - Ja morremos?

— Ainda não Jo, parece que estamos na zona portuária onde o Mestre está conectado com os dispositivos

— Zona portuária?

— Como se fosse um bolsão de realidade onde ele pode meio que "estacionar" a TARDIS dele

— Muito Bem dito, Doutor! - Disse uma voz que vinha de um escâner

Ambos olharam para a tela, era uma figura encapuzada com uma máscara de ferro:

— Mestre? - Disse o Doutor

— Olá, como você está Doutor? Antes de responder, saiba que está numa situação melhor que a minha

O Doutor saltou para o console e começou a mexer nos controles loucamente:

— Doutor, pra que tudo isso? - Perguntou Jo

— Estamos na zona dele, tenho que impedir o controle dele sobre a TARDIS

— Senhorita Grant - Disse o Mestre - creio que você vá fazer o interrogatório no lugar do Doutor

— Sim, tenho uma pergunta, pra que a máscara de ferro?

— Ah, creio que eu tenho que responder umas perguntas antes, por exemplo, "O que aconteceu comigo após a explosão da Invenção de Marcolino Pereira?" "O que exatamente eu estou fazendo agora?", O Doutor certamente viu esquematizações do plano, mas não sabe ao certo qual vai ser o fim que darei para os dispositivos de extração

— Então? - Perguntou Jo com um ar de ordem

— Acontece, Senhorita Grant, que se a primeira parte do Meu Plano Mestre tivesse sido um sucesso, eu teria controle sobre a minha TARDIS o suficiente para não cometer suicídio espaço-temporal! Estou aqui para apenas levar a raça humana para onde ela deve ser levada desde o começo, para OBLÍVIO!

— E porque raios você quer cometer essa loucura?! - Devolveu Jo em duvida

— Essa responde a pergunta 2 também. Quando A Invenção de Marcolino Pereira explodiu, Minha TARDIS se auto danificou seriamente por conta dos circuitos telepáticos, eu fui incendiado pela auto destruição que quase foi completa! Pena que não foi completa, preferia estar morto...

O Mestre abaixou o capuz e tirou a mascara para revelar seu rosto, um rosto queimado e dilacerado, com a carne exposta, Jo se sentiu mal e tapou a boca e O Doutor parou de operar os controles vendo a face dele:

— ... A estar com esta aparência! Prefiro levar a humanidade comigo a ter que viver neste fardo de corpo!

— Isso não é nada a mais do que merece Mestre, sua própria maldade e corrupção o levaram a isto - Disse o Doutor

— Você me levou a isto, Doutor! Agora veja a humanidade que tanto ama perecer sob seus olhos

Então O Doutor bruscamente puxou uma alavanca e a imagem da tela se apagou, mas não foi esse o efeito da alavanca. Lá fora, no bolsão de realidade, a TARDIS do Mestre começou a se debater:

— O que você fez? - Perguntou a Jo

— Deixei a TARDIS dele meramente confusa, isso nos dá tempo

— O que nós iremos fazer?

— Olhe, os dispositivos que mencionamos, estão em quatro extremos da cidade, enquanto ele está atordoado, podemos retira-los antes da fase final do Plano Mestre

— Certo

O Doutor então materializou no primeiro ponto, Jo rapidamente agarrou a Chave de Fenda que ela usou anteriormente e pulou pra fora da cabine de policia, pouco tempo depois pulou para dentro com uma caixa de metal do tamanho do punho dela, seriamente avariada. Eles repetiram rapidamente essa rotina mais duas vezes, até que na quarta e ultima, a Jo pulou para fora da TARDIS, esta caixa estava enterrada na areia, ela cavou e achou:

— Rápido Jo! - Gritou o Doutor

— Ela está muito enterrada na areia!

Então as portas da nave se fecharam bruscamente e uma desmaterialização foi forçada, a Jo se levantou e gritou "DOUTOR!", mas de nada adiantou, o Mestre estava controlando a TARDIS do Doutor, e ele a levou para o bolsão de realidade novamente, o Doutor tentou impedir, mas quando viu ja estava no bolsão, ligando a tela do escâner novamente, estava a face dilacerada do Mestre de novo:

— Esteve muito ocupado, não Doutor?! - Ele dizia

— Ja tirei 3 caixas de extração, acabou Mestre

— Ah é? Ainda estou captando sinal de uma, sabe que ainda posso tirar muitas vidas humanas com ela, não?

— Sim, eu sei, mas como em toda a história, existe o bem para lutar contra o mal, e nessa história, um enfraquecido e subjugado Mestre perde

Ele riu:

— Ah Doutor, você teve sorte até agora! Mas para eu vencer, eu só preciso de sorte uma vez, e olhe só... Você esta indefeso, eu tenho a chave para a destruição do Rio de Janeiro, ou seja, ele está completamente sobre minha merce!

Na Praia, Jo continuava a arrancar a caixa, dificilmente ela forçava a caixa para fora da areia com a chave de fenda:

— Vamos! vamos! - Então a chave de fenda quebrou - Ah! Chega disso

Ela então cravou suas unhas fundo na areia e puxou, puxou mais forte do que ela jamais tinha puxado:

— PARA AS HORAS DE NECESSIDADE! - Ela gritou

E violentamente arrancou a caixa da areia.

Na TARDIS do Doutor:

— O que você quer Mestre? Sentado ai em sua TARDIS vendo a destruição de uma cidade inteira, é assim que você se imaginava no futuro lá na academia?

— Não, não esperava continuar esmagando formigueiros ainda

— O que você quer? - Implorou o Doutor

— Tudo o que eu sempre quis foi ver a sua face, implorando por misericórdia, e agora eu a ten... - Ele olhou para o console confuso - Não!

O Doutor teve uma certeza, a Jo tinha conseguido, então ele fez uma manobra ousada, lançou toda a energia psíquica restante da TARDIS sobre a outra sem a danificar, a TARDIS do Mestre ricocheteou entre as linhas da realidade, caiu sem parar entre o vórtice temporal:

— Acabou! - Disse o Doutor - Acabou!

Ele mexeu nos controles da TARDIS, estava indo atrás da Jo novamente.

A TARDIS se materializou em um lugar em que não atrairia tanta atenção, O Doutor saiu dela com sua roupa novamente, e foi a praia ver se Jo ainda estava lá, depois de longos minutos a procurando, a encontrou no mesmo banco onde ela tomou aquele picolé antes, tomando outro picolé:

— Jo? - Disse ele chamando atenção - Caprichando nos picolés?

— Doutor! - Disse ela se dirigindo a ele e o abraçando - Você conseguiu! Derrotou o Mestre outra vez, e sem morrer!

— Não Jo, foi você, se não fosse por sua enorme força de vontade não teríamos impedido o Plano Mestre

— O que aconteceu com ele?

— Bom, depois do fiasco com a Invenção de Marcolino Pereira, a TARDIS dele já estava danificada, creio que ele vai ficar por muito tempo inativo para consertos

Eles começaram a caminhar em direção a TARDIS:

— Quando você acha que vai voltar a ver ele? - Perguntou Jo

— Ah, vai demorar, isso eu te garanto. Sabe, la em venus eles tem um ditado

— É mesmo? Qual é?

— "Depois de cada luta contra seu inimigo mortal, eles se encontraram no fim dos tempos"

— Fim dos Tempos? E Isso quer dizer...?

— É uma figuração, Fim dos Tempos seria o próximo confronto mortal, onde ninguém sai morto apenas quando o bem vence

— Que interessante - Eles chegaram na frente da TARDIS - Então? Até o fim dos tempos?

— Sim, sim... Até o Fim

Eles entraram na TARDIS e se foram.


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Notas finais do capítulo

realmente não é que a fic noiada ficou interessante apesar de tudo, hehe
espero que tenham gostado



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