Os Mistérios da Mansão escrita por Hana


Capítulo 5
Fortsetzung tödlichen


Notas iniciais do capítulo

Chapter IV - "Fortsetzung tödlichen"
"A continuação mortal"



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 A marca demoníaca ardia na pele branquíssima de Erik. Pois este tentou apagá-la.

 

“Perante as leis do inferno, a marca não pode ser apagada.”

 

 E agora, ela havia sido modificada. Não se pode modificar o destino daqueles que pertencem – mesmo que obrigatoriamente – ao ser habitante das trevas.

 

Perseguido... pela eternidade?O demônio não tem a manha de perdoar.

 

 Há dois dias, ele não se comunicava com Melisse. Há dois dias, estava preso naquele lugar arrepiante.

 

 

 

- A chave... foi encontrada!

 

 

 Se um humano entrasse no mundo ‘infernal’, teria de ser sacrificado.

- Welcome to the hell?

 

 Não.

 

 Melisse estava inconsolável, sentia-se quase que deprimida, mas os irmãos e o pai – mesmo não entendendo nada – sempre tentavam animá-la. Tentativas inúteis.

 

Ela se fechou. Literalmente.

 

 Era noite. E a garota saiu de casa. Precisava de ar puro, embora não estivesse tão puro assim. Andando sem rumo, pela infinita escuridão. Assim ela estava.

 Até que ela parou. Sentou-se em uma calçada qualquer, e ficou observando o movimento. Até ouvir risadas descontroladas.

 Um grupo de garotos, de classe média-alta, andavam em direção à ela. Com medo, tentou fugir, mas eles já estavam bem perto. E continuavam rindo.

- Está com medo, garota?

            Um dos garotos indagou-lhe, segurando em sua cintura. Ela esquivou-se.

 

 Novamente, tentou fugir, mas acabou tropeçando em uma pedra. Caiu. E eles pegaram-na de volta.

 Torturaram a menina, rasgaram suas roupas, roubaram sua bolsa. E deixaram-na jogada no meio da rua.

 

 - A chave... onde está a chave? – murmurava.

 Algo brilhante foi encontrado no chão.

 - Achei. – ela sorriu, triunfante, porém, fraca.

 

“Tudo que somos está desaparecendo.”

 

 Andou, até a casa, quase morrendo, mas uma de suas qualidades mais fortes era a persistência, e ela não podia desistir.

 

 E enquanto isso, Lino Hydan torturava Erik, mostrando-lhe o que estava acontecendo com a amada.

 

 

 Tentou comunicar-se com a garota através de pensamentos. Não conseguiu. Começou a sentir medo por ela.

 - Família, cheguei! – gritou Melisse, ao chegar em casa.

 

 Ninguém respondeu.

 

“Será que todos já foram dormir?”, perguntava a si mesmo. Estranhou o silêncio.

 

 

 

 Subiu ao quarto do pai. Este, dormia. Ao quarto dos irmãos, e...

 - NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – Um gritou. Ensurdecedor. Tão alto que ecoou por toda a mansão. – Marco... – a garota chorava. Eram tantas coisas acontecendo... Marck estava ajoelhado ao lado da cama do irmão, chorando também. E rezando.

 

“Marco Reichert, assassinado em 10 de agosto de 1998, à meia-noite.”

 

 

 

 

“Tudo isso afundará, do inferno em que estamos...”

 

 Ele era mais uma vítima. Mais um adolescente morto por causa de uma guerra que ainda nem havia começado.

 

 Joanne, adentrou à casa, tropeçando em tudo que via. Estava fumando. Melisse olhou-a torto. Seus pensamentos a respeito daquela vampira eram coisas como “drogada”, “metida”, ou “doente mental.” É, Joanne era uma péssima companhia. Ofereceu um cigarro à garota. Que recusou. Quem esse demônio pensava que ela era?

 - Ai, você é muito fora de moda. – era a vampira que reclamava, aliás, era a única coisa que sabia fazer. Reclamar. Reclamar. E, reclamar.

 

 - É, e o problema é meu. Ou seja, você não tem absolutamente nada a ver com a minha vida. Sai fora, satanás.

 Joanne parecia estar gostando de receber tais xingamentos. E Melisse estava gostando de xingá-la.

 

 E depois, as duas riram. Por incrível que pudesse parecer.

  - Eu vou te ajudar nesta luta. – a vampira sorriu. Melisse estava radiante. Conseguira uma aliada. Alguém que a ajudaria a vencer os obstáculos, a passar por cima de Rurik, e os outros vampiros do mal.

 A garota agradeceu.

 - Por que Erik não se comunicou mais comigo?

 - Ele está... preso. – respondeu, de cabeça baixa.

 - Vai ajudá-lo, não vai?

 

 

 Ela assentiu. Mas em sua mente, imaginava um sorriso cínico em seus lábios. Despediu-se da jovem, e voltou para o submundo.

 

“Ela acredita que eu esteja mesmo do seu lado.” Joanne gargalhava, falando com Lino Hydan.

“- Excelente.”

 

 

 Erik, apenas assistia a conversa, com uma sensação ruim pelo corpo.

 

“E o tempo está correndo, agora, eles estão descendo as colinas por trás.”

 

 Sim, o tempo está correndo. Vidas estão sendo tiradas. Inocentes estão sendo mortos. Quando os próprios assassinos deveriam estar sendo punidos.

 

 E em cada uma dessas mortes, nenhum sinal era encontrado na casa. Nenhuma pista; nenhuma digital. Somente sangue.

 

 Catherine havia morrido esfaqueada na banheira do quarto do casal.

 E Marco, com a cabeça cortada.

 

 

 

 Marck lamentava não ter conseguido salvar o irmão. Sentia-se culpado, pois ele estava junto no dia de sua morte.

 

 Flashback on:

 

- O que você quer? – Marco indagava à Rurik. Não deveria ter-se atrevido a falar nada.

 Rurik, então, atacou os dois irmãos. Quando Marck recuou, Marco foi atacado. Morrendo, com a cabeça cortada.

 

Flashback off:

 

 Tentou eliminar os pensamentos de sua mente. A custo, conseguiu dormir.

 “A culpa é sua! Você não conseguiu salvá-lo.”, era Rurik falando no subconsciente do garoto, que acordou  assustado. O pai foi ver o que era, junto com Melisse. Já bastava Marco. Não iria aguentar mais uma perda tão grande.

 

 

 Erik, no submundo, estava decidido a livrar-se daquela prisão. Mesmo sabendo que iria correr mais riscos. Porém, não podia deixar aquela garota indefesa, delicada, e jovem, como Melisse, sozinha. Ele amava-a.

 

 A custo, conseguiu despistar os vigias do assombroso lugar. Depois, ele era forte, e conseguiu arrebentar as algemas. E fugiu. Direto para o mundo humano. Direto... para a mansão.

 

 Chegando, percebeu o clima estranho. Ele sabia o porquê. Mas não iria tocar no assunto. E também, não podia revelar que Joanne não estava a seu lado. Iria machucá-la por dentro. E ele não queria isso.

 - Mel... - ele disse, correndo em direção à seu quarto. - Eu voltei! - Melisse, ao ouvir o doce som de sua voz, seguiu em direção à ele. Abraçando-o.

 - Que saudade! - ela chorava, encostada em seus ombros. Ele sorria, pois finalmente podia senti-la em seus braços, de novo.

 

 "Eu os sinto se aproximando, seus rugidos estão arrepiando minha espinha"

 

 De fato. Os vampiros do mal realmente estavam arrepiando-a, a medida que ela sentia eles se aproximando.

 Mas agora, com Erik de novo, ela voltava a sentir-se segura.

 

 - Amanhã é meu aniversário. - a garota revelou, num suspiro. - dezessete anos.

 - Teremos festa, então?! - ele riu.

 - Não... estou sem ânimo pra isso.

 - Mel! O que é isso? Você tem que se animar. A não ser que queira que eu vá embora para sempre e nunca mais ouça falar de mim.

 - NÃO! - ela gritou, num impulso. - Tudo bem, teremos festa. - ela tentou sorrir.

 Erik gargalhou.

 - Amor, era brincadeira. Nunca vou te abandonar.

 - Ah, seu bobo. - ela riu, desconcertante. - Nunca mais fale isso, nem brincando.

 Ele beijou-lhe a face. Assentindo, carinhosamente.

 

 

O único problema, é que tanta felicidade não seria possível. Algo muito ruim estava para acontecer naquela noite.

“A guerra iria começar. O clã do mal já estava preparado. Os humanos que ainda não sabiam de nada.”

 

 Perigo. Mais mortes. Cadáveres. Mutilação.

  “Eles vão ver”, Hydan gargalhava.

 

 “A lua está cheia, ela irá fazer uma brincadeira ou um truque. Eu aposto que sim”

 

 Haveria a esperança que os humanos estavam procurando? Ou a batalha estava perdida para os bebedores de sangue?

 

Vampiros ou humanos? Para quem você irá torcer?

 

 


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Notas finais do capítulo

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