A Sombra do Pistoleiro escrita por Danilo Alex


Capítulo 27
Epílogo - O Direito de Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos!

Depois de exato cinco meses, aqui estamos finalmente no último capítulo.

Quero agradecer de coração a você que chegou até aqui, que tirou um pouquinho do tempo das suas semanas para vir se emocionar, se indignar, sofrer e torcer por Enrico.
Uma das coisas mais preciosas do Nyah é que aqui se faz amigos. A Sombra do Pistoleiro me permitiu ter amigos formidáveis, a quem quero dedicar essa história. Matheus Braga, Jessica, ArveeneNymeria, Lehh, Hellena... A vocês todo o meu carinho e amor. Muito obrigado pelas dicas, os puxões de orelha, as críticas sempre construtivas e os elogios, dos quais nunca me julgo merecedor. Vocês, como contadores de histórias também, sabem que não pode haver satisfação maior do que a de saber que sua história cativou as pessoas. Me alegra muito saber que de alguma forma se identificaram com o Enrico, suas lutas e seus dilemas, bem como suas motivações. Graças a vocês, esse meu personagem que muito estimo amadureceu muito. Graças aos reviews de vocês, essa história cresceu muito mais do que eu podia imaginar, tomando proporções impressionantes até mesmo para mim. Com a ajuda de vocês pude melhorar muito, dando mais tempo de destaque para Davis, a fim de conhecê-lo um pouco mais, e pude escrever capítulos adicionais, inserindo elementos importantes do western que eu tinha deixado de fora. Há um bom tempo, quando escrevi essa história, o arquivo no Word mal dava cem páginas. Hoje a finalizo com cento e cinquenta páginas, graças a vocês. Muito obrigado de coração, por me ajudarem a crescer como escritor. Muito obrigado por ter dado uma chance para mim ao ler minha história, e muito obrigado por darem uma chance ao faroeste. Ele não é um gênero morto como dizem, e vocês são a prova disso, porque mesmo um conto tão simples como o meu foi de alguma forma capaz de transportá-los para aquele tempo de herois e bandidos, homens nobres e homens gananciosos.
Meu muito obrigado também a todos que chegaram até aqui, deixaram algum review ou não.
Como já me estendi demais, vou deixar vocês lerem o desfecho, se despedirem dignamente de Enrico. Tomara que gostem do final! Recebi até ameaças! kkkkkkkkk Não fazem ideia do quanto ri dos reviews do último capítulo. Vocês são demais.

Uma última coisa: por favor, leiam esse epílogo ao som da canção que escolhi para o fechamento. I'm so sorry, do Imagine Dragons, é a cara do Oeste e, principalmente, a cara do Enrico. Me digam depois nos reviews se gostaram dela.

Aí vai o link para a música: https://www.youtube.com/watch?v=D0gddT_DDzQ

Já revejo vocês nas notas finais!

Boa leitura!!!



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Afinal, há final?

Sim e não, meus leitores.

Como assim? Calma, eu explico. Prestem atenção.

Enrico Aguilar De La Cruz é uma lenda. As lendas tem um começo, mas nunca um fim. Ou então não seriam lendas.

Nos contos do Oeste antigo, temos origens de homens lendários. Sabemos data e local do nascimento de Enrico; porém, ignoramos o dia de sua morte. Como mito, ele vai viver para sempre. Pelo menos em nossas mentes e corações. E é o que de fato importa.

O que se sabe com certeza é que seu amigo Peter Davis felizmente resistiu ao ferimento e à cirurgia, e sobreviveu.  

Assim como eu, você agora conhece toda a história de vida do jovem Enrico De La Cruz. E é você também, leitor, quem vai dizer o fim que Enrico mereceu ter. Transfiro para você essa responsabilidade.

 Há quem ache que ele sobreviveu, mas não voltou para sua vida antiga, não mais viu Catherine Summers.

Há ainda quem diga que Enrico De La Cruz morreu muito tempo depois, em duelo, num saloon qualquer, finalmente abatido por um desses pistoleiros caçadores de fama.

Outros afirmam que ele se tornou um espírito vingador do deserto, defendendo os viajantes contra os assaltantes.

Também houve quem especulasse que ele teria seguido para as montanhas ao norte, viver entre os apaches, ao lado de seu amigo Garra de Falcão, ocupar seu lugar de direito como Ba’cho Dill, o Sangue de Lobo.

 Certa vez um caçador de recompensas, mais bêbado que um gambá, jurou de pés juntos, pela alma da mãe, diante de várias pessoas em um saloon decadente em algum lugar do Texas, que tinha visto Enrico De La Cruz como chefe da Polícia Ferroviária quando passou por Abilene.

Em outra ocasião, um agente funerário do Wyoming deu entrevista a vários jornais locais, dizendo que tinha enterrado um cadáver cuja descrição batia com perfeição à de Enrico Aguilar De La Cruz, um homem jovem que estava na cidade, tinha tentado socorrer o xerife em uma troca de tiros contra assaltantes de Banco e morrera no processo.

Essas são todas suposições.

A incerteza a respeito das lendas do gatilho é o que as envolve em um mistério intrigante, tornando-as inesquecíveis, eternas, imortais.

Então, caro leitor, como é o fim que você dá para essa história?

Não sei se irá concordar comigo, porém, depois de tudo isso que soubemos, não gosto de pensar em morte ou solidão.

Prefiro imaginar que Enrico sobreviveu. E viveu.

Que, sendo encontrado a tempo pelos amigos naquele milharal, tão logo se recuperou dos ferimentos, cumpriu sua promessa e foi buscar a amada de seu coração.

 Imagino Enrico De La Cruz se casando com Catherine Summers em uma bela igreja do México, a fachada caiada de branco, cercada por muros de adobe que reluzem ao sol vespertino e ostentando seu sino de prata pura, característica de todo templo construído pelos frades das missões franciscanas. O casamento sendo presidido por padre Emanuel, o pai adotivo do jovem mexicano.

Quase vejo a jovem Catherine linda em seu vestido de noiva, o véu cobrindo o belo rosto jovem e radiante, arrastando a cauda imensa própria do vestuário tradicional da ocasião, atravessando a igreja de braços dados com Gregory Summers o qual, com um sorriso, leva a filha até o noivo vestido elegantemente, aguardando diante do altar. A cerimônia e a festa repletas de pessoas, contando com a presença de amigos preciosos como: Peter Davis, James Muray, Mike e Lauren Sanders e Hector Gonzáles.

Para mim, Enrico se livrou de suas armas, mudou de nome e conseguiu passar o resto de seus dias com tranqüilidade em uma fazenda, em companhia da esposa e dos filhos que com certeza viriam depois, vivendo como um proprietário rural de considerável prosperidade.

Não o veremos sozinho, montando Muchacho, rumando para o horizonte que abriga o sol poente.

Por outro lado, não é difícil imaginá-lo escorado a uma cerca de madeira de seu rancho, os olhos negros perdidos pensativamente no céu tingido de vermelho pelo por do sol, o peito largo aquecido pela esperança de dias melhores. Consegue vê-lo assim, tendo seus devaneios interrompidos pela voz musical de Catherine que, sorrindo, aparece na porta para anunciar o jantar?

Tornou-se alguém livre da sombra de seu passado.

Prefiro pensar assim porque, mesmo sendo uma lenda do gatilho, Enrico foi um homem de carne e osso, com suas virtudes e defeitos, seus erros e acertos, seus dons e seus pecados.

E todo homem tem sempre o direito de recomeçar.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo, cowboys e cowgirls!

E aí, que acharam? Sejam sinceros, por favor. Eu aguento. rsrs
Mais uma vez, muito obrigado por me acompanharem até aqui.
1397 visualizações. Nada mau para uma história que estava engavetada heim? rsrs
Se depois do Enrico alguém quiser conhecer mais sobre o Oeste, pode me chamar aqui por mensagem que eu indico filmes, séries, livros, hqs sobre o tema. Muito recentemente, esse mês, inclusive, saiu no cinema um remake de um grande clássico do western chamado Sete Homens e um destino. O filme conta com um elenco de peso, sendo que um dos nomes é nada menos que Denzel Washington. Vale a pena conferir.
Para quem gostou desse meu rabisco original, convido a dar uma lida nos outros textos de minha autoria, hospedados aqui no meu perfil: A Arca de Pandora, uma fic de treze capítulos que reúne piratas e sobrenatural, e duas one-shots de terror: Amor Perdido e A Vingança dos Lobos. Também escrevi sobre o universo dos seriados Arrow e Sobrenatural, para quem se interessar. Deixa seus reviews por lá para eu saber o que achou, por favor.
No mais, por ora é isso, meninos e meninas.
Muito em breve nos vemos por aqui, com uma nova história, se Deus quiser.
Forte abraço!

Fiquem com os anjos!!!!



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