Lovesick escrita por Mothra


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE JSDAODJIOSJDPOIAJO AI!1 Não sei o que dizer, tô meio grogue (tô gripada, rip) e fiz a fic de última hora porque passei o dia todo fora. E como estou na casa de mamys... É meio complicado mesmo. Enfim, não podia deixar a data passar em branco. Tenho uma tradição há 3 anos (acho) de escrever sobre o aniversário da Satsuki, minha menina linda ♥

Como o otp é lindo e cheiroso, não podia deixar de escrever. Sem mais delongas, espero que gostem e vejo vocês lá embaixo!

Boa leitura ♥



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Uma data especial. Um dia que se repetia todos os anos, sempre no meio da Golden Week— em pleno o feriado de descanso da população. Uma das vantagens de nascer num dia durante a semana que o país praticamente parava era ter tempo livre para apreciar o próprio aniversário de maneiras novas e excitantes.

Mas nesse ano, estava resfriada. E tal resfriado acabou com todos os seus planos. Planejava sair para patinar no gelo naquele dia, passar em alguma pâtisserie e comer guloseimas deliciosas! Só que agora estava fadada a ficar em casa sob a tutela da mãe que não permitiria sua saída de casa até que melhorasse.

Desde que acordara, sua sina era permanecer na cama. A febre, junto dos espirros frequentes e de uma leve tosse incômoda não lhe deixaria fazer mais nada. Recebeu os parabéns dos amigos que a felicitaram por meio de mensagens e ligações – embora sua voz soasse rouca e nasal demais ao agradecer o carinho. Todos disseram que esperaria a melhora dela para que pudessem comemorar devidamente; todos, exceto Daiki. O Ás de Touou não tinha se pronunciado até a última vez que ela checara o celular que estava ao seu lado.

Caiu no sono, forçadamente, efeito dos analgésicos e anti-inflamatórios que deveriam acelerar sua recuperação, mas parecia apenas retardá-la – em sua opinião. Quando voltou a acordar, conseguiu notar através das frestas da cortina da janela que já estava escurecendo; tornou a checar o celular e nada do moreno. Mesmo levemente grogue, achou estranho. Durante todo o dia, ele não tinha dado nenhuma notícia sequer. Teria ele, se esquecido de seu aniversário?

“Não. O Dai-chan não esqueceria... Não ele...”

— Sa-chan? – uma voz irrompeu pela porta e se não fosse o tom feminino, teria se exaltado achando que era Aomine Daiki. – Se sente melhor?

Satsuki se encolheu por baixo das cobertas. De repente, sentia mais frio do que antes. Seria o frio da solidão? Ela não sabia dizer.

— Sim... – a voz fraca soou débil, incerta. – Bas ainda sinto frio...

A matriarca Momoi se aproximou da filha e a tocou na testa, a fim de medir sua temperatura.

— Pelo menos sua febre abaixou. – constatou, sem ao menos precisar de um termômetro. – Fiz uma sopa bem nutritiva, ela deve ajudar você recuperar suas energias.

A gerente de Touou cobriu a cabeça com a coberta e fez um som de desagrado. E mesmo não vendo, a mãe sabia que ela fazia uma careta de nojo.

— Eu odeio sopa, babãe... – choramingou, tirando o tecido do rosto. – E o Dai-chan, ele apareceu hoje?

Sua mãe esboçou um pequeno sorriso que passou despercebido por Satsuki, devida a escuridão do quarto.

— Não, querida. Ele ainda não apareceu.

— Hm, entendo. – disse, parecendo se importar. – Ele deve ter aproveitado o feriado pra treinar com o Kagabin...

A Momoi mais velha se aproximou e a beijou na altura da testa.

— Seu presente está no seu banheiro. – confidenciou. – Sais de banho novos para sua coleção, e alguns para usar. Feliz aniversário, Sa-chan.

Satsuki acariciou brevemente o rosto da mãe antes dela se afastar, agradecendo baixinho pelo presente. Voltou a ficar sozinha quando ela fechou a porta, com a promessa de que retornaria com a sopa em mãos e que a faria engolir mesmo contra a vontade. Simulou um som de vômito para se fazer ouvir seu desconforto, que não foi ouvido. Vários minutos passaram, minutos que a fizeram quase cochilar, torcendo para que a mãe – ocupada com seus afazeres, se esquecesse de levar a tal sopa para ela.

Sua alegria durou pouco.

Novamente, a porta se abriu.

— Eu já disse que odeio sopa, mãe! Não vou cober nem--...

— Ah, isso vai ser um problema. – retrucou, uma voz masculina e tão familiar. – Sua mãe vai me matar se eu levar a sopa de volta. Não tenho escolha, senão obrigar você a comer.

A boca se encheu com respostas, mas elas morreram em sua garganta.

Depois de não dar notícia alguma ou sequer lhe desejar parabéns, cá estava Aomine Daiki. Em seu quarto, com uma tigela de sopa em mãos.

— Você sabe que odeio sopa, Daiki. – redarguiu.

Aomine sentiu a raiva dela quando o chamou pelo nome e não pelo apelido.

— Você sabe que tem que comer, se quiser melhorar. – afirmou, sem perder a postura.

Satsuki se encolheu debaixo das cobertas quando Daiki ligou o interruptor e a lâmpada banhou o cômodo com sua luz.

— Eu não quero cober. Estou sem fome, nada desce pela binha garganta. – e era verdade, a garganta inflamada afetava seu apetite e a dor não podia ser mais inconveniente e a presença dele tão tarde influenciava seu mau humor.

— Então vou te fazer engolir a sopa garganta abaixo. – proferiu o moreno, no auge de sua delicadeza.

Satsuki deixou resmungos escapar enquanto ele equilibrava a tigela em uma mão e trazia uma cadeira para próximo da cama dela, sentando sobre a mesma.

— Vai se sentar direito ou vou ter que te obrigar? – indagou, lançando a ela um olhar implacável.

Podia responder à altura, se não estivesse tão vulnerável. Decidiu ceder e então ajeitou o travesseiro nas costas e se sentou sobre a cama.

— Você está péssima. – disse, alternando o olhar entre ela e a sopa, a qual mexia com a colher.

Daiki não estava mentindo, estava realmente péssima. Estava resfriada desde a manhã do dia anterior e ao invés de melhorar, seu corpo só piorava. Os lábios estavam ressecados e a ponta do nariz constantemente vermelha, por espirrar várias vezes seguidas.

— Está parecendo uma rena com o nariz vermelho. – o moreno segurou uma risada.

A expressão de Satsuki não era das melhores.

— Sério? Sério besmo? – cruzou os braços e o encarou.

A carranca de Aomine caiu por terra quando ele começou a rir. Ouvi-la falando pelo nariz era a coisa mais engraçada do mundo para ele. Mas ao contrário dele, Satsuki não estava nada contente.

— Se você veio aqui apenas para rir de bim, pode ir embora. – falou, desviando o olhar para o lado. Estava triste. Por estar doente e por ser tratada daquela maneira, justo por ele, que era o seu namorado.

Daiki parou de rir e a fitou por alguns segundos. O semblante triste, as pequenas bolsas abaixo dos olhos resultantes da noite mal dormida; o cabelo numa bagunça rosa que ele se afeiçoou após ver tantas vezes. Por fim, deixou um sorriso de canto decorar seus lábios grossos.

— Sabe... Você é bem dramática para quem tá fazendo 18 anos, Satsuki. – afirmou, mergulhando a colher até o fim da tigela antes de emergi-la. – E bem rabugenta quando seu namorado apenas quer cuidar de você.

Ela fez beicinho, fingindo não ter se desarmado diante de tais palavras. A verdade era que mesmo estando adoentada, tudo o que ela queria eram mimos do namorado. Mas os mimos de Daiki não eram nada convencionais e não viriam antes de um ou outro bate-boca.

— Vai abrir a boca logo ou vou ter que forçar? – a postura sisuda voltou a se mostrar nele.

Meio que a contragosto, ela abriu a boca. Ele fez uma espécie de aviãozinho e levou a colher até os lábios dela, ignorando a careta que ela fazia antes de finalmente abocanhar o talher. Conversaram sobre trivialidades entre as colheradas de sopa, falando sobre seus dias e o que tinham feito. Aomine tinha mais a relatar do que ela, afinal seu dia fora resumido em ficar na cama e dormir, para descansar. No fim da sopa, Satsuki se sentia um pouco mais fortalecida. E aquecida também, mas a causa era a presença alheia.

— Obrigada, Dai-chan... – agradeceu, quando ele deixou a tigela vazia sobre o criado-mudo.

A resposta veio com um assentir de cabeça em concordância. Ficaram em silêncio por alguns minutos, se entreolhando.

— Precisa de ajuda com alguma coisa? – questionou, observando-a com um sorriso que tornou-se malicioso após a sentença. – Com o banho, talvez?

O fuzilou com o olhar e esticou seu braço ao máximo na esperança de acertá-lo com um sono, mas sequer conseguiu alcança-lo. Ele zombou de sua tentativa fracassada com um sorriso jocoso.

— Pervertido. – declarou, enfim, torcendo o nariz.

— E antes que você pense, não esqueci seu aniversário. – viu o rosto dela se iluminar. – Fiz planos, mas você, como sempre, não se cuidou e acabou ficando doente. Já disse que você precisa se alimentar direito e... – viu que ela se encolheu diante do sermão da montanha que ele começou a dar. Afinal de contas, quem era ele para julgar? Ele também só não comia porcaria todo dia porque seguia uma dieta balanceada devido ao basquete. Pigarreou. – Enfim... Melhore logo para que a gente possa comemorar, ok? Diga que vai se esforçar.

Ela sinalizou com a cabeça que sim.

— Vou me esforçar, prometo! – disse, um pouco mais animada. – Estou ansiosa!

Ele se ergueu da cadeira e tirou algo do bolso. Era uma caixinha pequena e enfeitada, que logo chamou a atenção dela e sem delongas, a entregou em mãos.

— Isso é para você. Não é grande coisa, mas achei que você fosse gostar. – disse, um tanto embaraçado. – Feliz aniversário!

— Ai meu Deus! – exclamou, quando abriu a caixinha e viu o par de brincos folheados a ouro, era do formato de bolas de basquete.

— Eu vi você namorando eles na loja semana passada, me adiantei e comprei.

Satsuki o puxou pela mão para mais perto e abraçou a cintura alheia que estava em seu alcance.

— Dai-chan! Eu adorei! São lindos! – disse, apertando-o embora não houvesse força no contato. – Amei o presente!

Daiki retribuiu ao abraço desajeitado da melhor maneira que pôde. Desvencilhou-se dela apenas para inclinar seu corpo para baixo e depositar um beijo demorado na testa dela.

— Eu disse que não foi nada. – repetiu. – Mas fico feliz que você tenha gostado.

Ergueu-se novamente e seus dedos, de forma involuntária, acariciaram as madeixas rosas em desordem; que avançaram pela orelha até chegar em sua bochecha, alisando a pele alheia com uma gentileza que não era dele. Ela fechou os olhos e apreciou o toque. Naquele momento, tão perdido e admirado com aquela visão dela, Daiki não resistiu e roubou um selinho breve dos lábios convidativos. Ela o puxou para um abraço e descansou sua cabeça no ombro dele por alguns instantes, até ele se despedir. Implorou para que ele ficasse e como simplesmente não conseguia negar nada a ela, ali ficou, obrigando-a a abrir espaço na cama para que ele se sentasse com ela. E disse que a mataria se ela o contaminasse com o resfriado.

Mas já estava contaminado.

Não pelo vírus da gripe ou algo assim, e sim pelo amor que sentia por ela.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! Mandem reviews, isso me deixa feliz e me incentiva a escrever. Quanto a demora em responder aos reviews (pra quem já me acompanha), estou sem internet na minha casa por tempo indeterminado, mas to aproveitando que tô na mamys e passando-os para o word para ir respondendo e postando aqui. Enfim... Vejo vocês nos reviews! Amo vcs, mas isso não é novidade. Beijos apimentados e até a próxima! ♥



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