Lendas espaciais. escrita por Helen


Capítulo 6
Coração de Robô


Notas iniciais do capítulo

Enquanto passeava por um campus, ouvi alguns estudantes de um curso de robótica debatendo com estudantes de medicina. Me aproximei e tentei entender o motivo. Um dos estudantes percebeu a minha curiosidade e se aproximou de mim, então contou a razão, que era essa história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690512/chapter/6

Havia um estudante prodígio, que era uma pessoa muito gentil e misericordiosa. Ele passava horas no seu quarto, desenvolvendo tecnologias que ajudassem as pessoas.

No caminho do seu apartamento para sua faculdade havia um beco, pelo qual passava nos dias em que estava com pressa. Uma vez, porém, mesmo sem pressa, resolveu pegar o atalho. Pense no susto! No meio do caminho abandonaram uma usuária devedora. Boa parte do seu rosto estava desfigurado, e metade de sua perna esquerda havia sido cortada, e para piorar, seu tórax sangrava bastante. Movido pela vontade de salvar aquela vida, o estudante imediatamente ligou para um hospital e chamou uma ambulância. Eles chegaram e o estudante disse que a visitaria dali a um mês.

O tempo se passou e ele voltou ao hospital. Ela parecia ter melhorado quase nada. Estancaram os sangramentos, mas nada de melhorar os problemas. Quando ele perguntou aos enfermeiros sobre aquilo, eles disseram que era necessário uma taxa (que aliás, era bem alta) para qualquer serviço além do básico. Revoltado, o estudante a levou para um laboratório médico que possuía, e lá cuidou dela como se fosse sua filha. Ela melhorou bastante com o passar do tempo, mas os efeitos dos anos usando drogas começaram a castigar sua vida, e a incomodar o estudante. Não demorou muito até que ela se encontrasse nas ruas novamente, voltando à mesma vida. E demorou menos ainda para que os mesmos indivíduos que quase a mataram tentassem aquilo novamente.

Numa noite, ela voltou para o laboratório se arrastando. Parecia estar à beira da morte, e desesperada para sair do vício. O prodígio se virou para ela, num misto de rejeição e amor, e perguntou:

— Você quer viver? Tipo, de verdade?

—.... Quero. — respondeu a mulher, com a voz fraca.

— Se importaria se eu te ajudasse nisso? Tipo, de qualquer forma?

— Não... Eu só.... quero... viver...

— Ok. Deite na sua cama, e deixe o resto comigo.

O estudante era prodígio em robótica. Com seu conhecimento de anatomia, realizou implantes de placas de metal e criou aparelhos para substituir órgãos, além de fazer uma prótese da sua perna e cobrir sua face desfigurada. Terminou seu trabalho na hora do almoço, no dia seguinte. A mulher acordou horas depois, sentindo-se mais pesada, além de perceber dores em algumas partes do seu corpo. Quando o estudante revelou o que tinha feito, mostrando para a mulher um espelho, ela se assustou mas logo em seguida sorriu.

— Obrigada!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Os estudantes discutiam se o prodígio seria capaz de fazer aquilo, e se a mulher realmente teria se arrependido. Eu tirei minha própria conclusão e fui embora.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lendas espaciais." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.