O Som ao Redor escrita por Eponine


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

***Coloquei na categoria LIVRE, mas tem insinuação de sexo, nada muito absurdo, acalmem as pernas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690477/chapter/1

Marlene pensou consigo mesma se trocava ou não de calçada ao ver um grupo de homens bêbados debaixo do poste de luz.

Sentiu vontade de rir quando notou que estava com medo de meia dúzia de bêbados, logo ela, uma Auror em treinamento em tempos de Guerra. Apertou-se mais ainda em sua jaqueta de couro e colocou um pouco de seus cachos no rosto. O Beco Diagonal era escuro e feio, agora durante a noite e o dia, já não havia nem diferenciação do tempo.

Passou pelo grupo, não se dando trabalho de olhá-los, mesmo que estivessem se comportando feito um grupo de porcos, jogando “elogios”.

— Boa noite, McKinnon. – Ela virou-se, assustada. O grupo de bêbados dividiam uma garrafa de vodka, e apesar de ter um morador de rua entre eles, todos eram relativamente jovens, inclusive o que estava sentado em cima da lata de lixo. Seu cérebro levou alguns segundos para associar suas memórias ao homem de cachos e barba rala. Apesar de ter apenas vinte anos, aparentava quase trinta.

— Oi... – Marlene estava em estado de choque. – Tchau!

Virou-se bruscamente e continuou andando, impressionada em notar que acabara de ver Sirius Black. Sentiu passos apressados atrás dela e tentou recuperar o fôlego.

— Ei, ei, moça, calma! – ela virou-se para ele novamente, o analisando. Apenas ele conseguia ficar charmoso naquelas roupas de rico e deixa-las imundas e desarrumadas. – Tudo bem? Faz muito tempo.

— Aham... – Ela ainda não sabia como agir. – Eu preciso ir, está tarde.

— É, está bem tarde para você estar sozinha. Eu te levo.

— Não precisa. – ela pegou o distintivo em seu bolso. – Meu professor é Alastor Moody... Vigilância Constante?

Sirius gargalhou na rua deserta, o que fez seu riso ecoar. Ela sempre achou engraçado como seu riso parecia um latido. Os dois se fitaram por alguns segundos, parecendo pensar mil coisas. Ela sabia que Sirius tinha uma “quedinha” por ela quando estavam em Hogwarts, mesmo ela tendo quebrado o nariz de James Potter em uma briga para defender Lílian.

Ela sempre fica um pouco irritada quando se lembra disso, já que não adiantou muito defende-la daquele crápula, acabou casando-se com ele. O pensamento lhe deu um choque de adrenalina.

— Aliás, onde está Lily? Eu não a vejo desde o casamento... Me disseram que ela teve um bebê... – Sirius desviou o olhar, segurando o riso.

— Posso te levar para jantar?

— Quê? – ela deu um passo para trás.

— Te levar para jantar, então colocamos a conversa em dia. – Marlene gargalhou. Sirius Black nem tinha coragem de respirar perto dela em Hogwarts, as únicas palavras que trocou com ela em sete anos foi durante os jogos de Quadribol, coisas do tipo “olha o balaço” e “cuidado”. E ali estava ele, a convidando para jantar.

— Você parece um mendigo, ninguém vai te deixar entrar em um restaurante. E é uma hora da madrugada, não tem nada aberto...

— No mundo bruxo. – ele sorriu lentamente. Marlene olhou os caras com quem ele estava conversando e depois para ele, pensativa. Aquele cara sequer era semelhante ao Sirius Black que ela conhecia. A guerra mudava as pessoas, mas não tão drasticamente... Ou mudava? O nome Black piscou em sua mente.

Deu mais um passo para trás, temerosa. A família dele é totalmente envolvida com as Artes das Trevas e apoiavam publicamente Voldemort, não podia confiar nele, por mais distante que ele fosse da família.

— Não acho uma boa ideia.

— Por que? Está com medo de eu te levar até meus familiares? – ela sentiu suas bochechas queimarem. Sirius abriu a capa com as mãos no bolso, dando de ombros. – Se eu quisesse te matar, eu já teria feito isso, acredite. Olha... Estamos em guerra, essa merda está uma loucura, eu só quero um momento descente. Eu passei sete anos querendo te convidar pra sei lá, comprar doces em Hogsmeade, mas eu nunca o fiz. Deixe eu fazer agora.

Marlene respirou fundo, cobrindo o rosto, olhando para baixo, segurando o riso. Estava arriscando sua vida, mas ele tinha razão. Ter um momento descente no meio daquela loucura era um luxo. Deu a mão para ele, relutante. Sirius sorriu e assim que ela sentiu seu toque, eles aparataram.

...

— Merlin! – Marlene caiu no chão bruscamente, sentindo o vômito em sua garganta. Sirius também estava jogado na sarjeta, ofegante. Ela sentou-se, enjoada, suando frio. As luzes ao seu redor eram irreconhecíveis. Deitou-se novamente, ainda fraca. Absorveu o gélido do concreto em seu corpo e fechou os olhos, tentando não morrer.

Sirius apareceu, pairando sobre o céu. Ele a ajudou, colocando-a sentada. Marlene olhou uma torre ao longe e arregalou os olhos.

Estamos em Paris?— gaguejou ela. – Você em enlouqueceu? Podia ter nos matado nessa aparatação!

O homem gargalhou, acendendo um cigarro, ainda sentado na sarjeta. Marlene ainda se sentia terrivelmente mal, mas não queria vomitar, ainda mais na frente dele. Fechou os olhos novamente, ignorando os olhares curiosos. Ela notou que Sirius estava fumando e ergueu as sobrancelhas, sentando-se na sarjeta também.

— Você não fumava. – observou ela. Ele deu um último trago e jogou o cigarro longe. Levantou-se em um pulo e arrumou o casaco, dando a mão para Marlene. Ela pegou, ainda um pouco tonta. – Onde vamos?

— Primeiro, vamos nos vestir corretamente para esse passeio. – Ela riu, com seu braço envolvido no dele. O fuso horário de Paris era obviamente diferente da deles. A guerra parecia não ter chegado na capital, e se chegou, ninguém estava ligando. Olhou a Torre Eiffel, a quilômetros de distância, admirada.

— Eu não tenho nenhum dinheiro comigo. – disse ela.

— Não se preocupe. – os dois entraram em uma loja de luxo bruxa, dentro de um beco mal iluminado. Marlene sentiu-se mal com os olhares dos vendedores. Ela não era rica como Sirius, pelo contrário, a família dela era quase miserável. O homem pegou vestidos diversos, não se importando em aparentar um mendigo e ainda estar sujando a loja com suas botas imundas. Jogou os vestidos nas mãos de Marlene.

— Posso ajuda-los? – indagou o gerente, seco.

— Ah, sim, vocês têm departamento masculino aqui? – questionou Sirius, sorridente.

— O senhor está procurando algo especifico? – o gerente o mediu lentamente. Sirius rolou os olhos e fuçou sua capa, tirando uma gorda bolsa de galeões.

— Acho que isso é o suficiente. Se não for, por favor, colocar na conta dos meus primos, hummm, Bellatrix e Rodolphus Lestrange, já ouviu falar? – Marlene congelou em seu lugar. O gerente engoliu seco e olhou seus vendedores, vermelho. Assentiu lentamente, com a voz falha.

— S-Sim, senhor. Isso basta. – Sirius sorriu enormemente para Marlene e ela enfiou-se no provador, finalmente respirando. Olhou-se no espelho e segurou o riso, sentando-se no banquinho do provador. Poucos minutos atrás estava em Londres, agora estava em Paris, ameaçando um gerente com o nome de Bellatrix Lestrange.

Provou os vestidos, sentindo-se estranha naqueles vestidos de luxo. Acabou escolhendo o preto que cobria seu busto e tinha mangas longas. Detestou o fato de deixar suas costas abertas, mas preferiu aquele. Olhou para seus coturnos, pensando se poderia escolher um sapato também. Saiu do provador e deu de cara com Sirius tomando algo em um cantil prateado. Ele arregalou os olhos para Marlene e fechou o cantil, guardando em um bolso interno de seu novo casaco. Ele não estava mais parecendo tanto um mendigo, mas suas botas não enganavam ninguém.

— Minha senhora, que escolha magnifica. – ele sorriu e deu a mão para Marlene, a puxando para fora da loja. Ela acenou para os vendedores e o gerente, encolhidos atrás do caixa, visivelmente amedrontados.

— Eu não estou com sapatos apropriados! – disse Marlene.

— Você acha que alguém vai olhar para seus pés? – riu ele, fazendo-a corar. Os dois riam, andando de braços dados pela movimentada rua de Paris. Todos eram tão descolados e petulantes, que Marlene sentia vontade de rir deles sem o menor motivo. Pararam em frente a um restaurante visivelmente milionário e Sirius apoiou-se no pequeno balcão do reservista. Restaurant Le Meurice, leu ela, recebendo olhares tortos.

Marlene arregalou os olhos quando ele falou um francês perfeito. Não entendeu nada da conversa dos dois, mas daquela vez Sirius citara sua prima Narcissa Malfoy e seu marido Lucius. Pelo jeito sua noite seria bancada por toda a família Black.

Os dois entraram e Marlene não acreditou estar onde estava.

Decoração oitocentista francesa divina, ela sentiu-se a própria Marie Antoinette enquanto Sirius a levava para a mesa reservada para eles. Ela estava em estado de êxtase, sequer prestou atenção no que Sirius pediu para eles beberem. Olhou o cardápio, arregalando os olhos. Uma simples água custava trinta galeões.

— Sirius! Que lugar é esse!? – ela tapou a boca, ainda impressionada.

— Eu sei! – ele riu. – Cissy ama esse lugar, vem aqui direto, vamos estourar a conta dela!

— Estamos em Paris! – sussurrou Marlene, olhando pela janela, trêmula. – Meu vestido custa dois mil galeões... Esse restaurante... – ela lacrimejou. – Meus uniformes sempre foram de segunda mão, eu... Uau!

Sirius sorriu enormemente, pegando em sua mão. Ela sorriu e em segundos o garçom apareceu com o primeiro prato. Era um a miséria, mas visualmente atraente. Os dois olharam seus pratos e riram. Sirius pegou com a mão, atraindo olhares. Ele enfiou na boca e arregalou os olhos, demonstrando que estava bom, apesar da aparência estranha.

Marlene também pegou uma parte com a mão e enfiou na boca, sentindo sabores que nunca experimentou antes. Não demorou para eles irem para o segundo prato, e o terceiro, e o quarto... Na segunda garrafa de vinho, eles se esqueceram que estavam em um lugar público e perderam o pudor em gargalhar e falar alto demais. Sirius apontava para os caras velhos acompanhados de garotas jovens e acenava, risonho.

Pegaram suas taças de sorvete e exploraram os locais do restaurante, descobrindo o bar. Havia um homem de meia idade tocando piano, em uma melodia lenta e ambiente. Ambos dançaram, meio bêbados, entre colheradas na taça de sorvete, causando burburinho no ambiente. Sirius começou a sapatear com sua taça de sorvete e Marlene gargalhou, sapateando também, deixando sua varinha cair no chão. Ela tentou pegar, desajeitada, e acabou caindo de quatro.

— Eu pareço estar grávida! – gargalhou ela, descendo as escadas do restaurante. Sirius olhou para a barriga da mulher, risonho. Eles andaram de braços dados pela rua movimentada, iluminada pelos faróis de luz e os bares lotados, eles correram até o parque de diversões e correram para o carrossel, ansiosos na pequena fila.

— Eu quero o cavalo preto com as florzinhas! – apontou Sirius, animado.

— Eu quero o bege!

— Vamos naqueles ali!

Little Marriage – Lia Ices

Assim que o brinquedo parou, eles correram para seus locais, aguardando ansiosamente que ele começasse a girar. Sirius parecia uma criança de dez anos, ansioso, dando pequenos chutes na traseira do cavalo de brinquedo. Marlene segurou-se no mastro, encostando seu rosto nele, admirando o parque ao seu redor e a Torre Eiffel não muito longe deles. Olhou Sirius novamente e ele também parecia imerso naquele universo.

A guerra não tocou aquele lugar. Parecia quase sagrado. Um mundo onde eles não precisavam sentir medo... Parecia brincadeira. Ele sorriu levemente para ela e Marlene retribuiu, perguntando-se se ela também aparentava ser tão velha quanto Sirius aparentava. As bolsas debaixo de seus olhos denunciavam a quantos dias ele não dormia e as marcas de expressão pareciam desenho em um rosto tão jovem e cansado. Ele ofereceu a mão e ela aceitou, sendo envolvida pelo leve balançar do cavalo.

Após um breve passeio pelo parque, os dois pararam perto de uma ponte, onde ele se sentou na base, olhando para baixo dele sem nenhum medo nos olhos. Se ele caísse dali, a morte seria certa.

— E se nós fugíssemos? – perguntou Sirius, conseguindo a atenção de Marlene. – Foda-se a Guerra... Fodam-se todos...

A mulher tirou suas madeixas louras do rosto, estranhando aquela atitude. Sirius não costumava dar um passo sem a presença de James Potter. Aquele comportamento era estranho.

— Onde está James, Sirius? – indagou ela, preocupada. O garoto disfarçado de homem assumiu um rosto endurecido e sério.

Ele olhou ao longe, impassível. Ela sabia que não obteria resposta então entregou-se a suas divagações internas, perguntando-se onde estaria uma de suas melhores amigas. Ela o olhou novamente, não acreditando que quem ela menos esperava lhe proporcionou uma das melhores noites de sua vida. Sirius sorriu para ela e inclinou-se. Ela fechou os olhos, sorridente, e ele acabou beijando seus dentes, ela riu mais ainda, de olhos fechados, e os dois finalmente se beijaram.

Marlene e Sirius andaram de mãos dadas pelas ruas desertas de Paris, admirados por cada detalhe. Faziam-se anos que não viam pessoas andando na rua tranquilamente, sem pressa, sem olhares desconfiados. Pessoas nas janelas de suas casas, casais rindo na rua em alguma mesa de bar.

Eles encostaram em um beco qualquer e Sirius a abraçou. Em segundos, estavam em Londres novamente. A mudança drástica de um lugar movimentado e iluminado para o deserto e escuro subúrbio bruxo de Londres pareceu sugar de Marlene toda a leveza que tivera durante a noite.

Andaram em silêncio pela rua maltratada, até Sirius parar diante de um prédio imundo, abrindo a porta para Marlene. Ele entrou e eles subiram as escadas, parecia um lugar abandonado e aquele pensamento se confirmou quando ela viu uma ratazana fugir da luz da varinha de Sirius. Ele chutou uma porta no fim do corredor e abriu espaço para ela entrar.

Marlene olhou o lugar ao seu redor, não acreditando que aquele chiqueiro era a casa do cara que nasceu em um berço de ouro. Ele selou a porta com mil feitiços, parecendo uma oração. Ela acendeu a luz do quarto com a varinha, ainda, observando o local bagunçado. Sirius tirou o casaco e olhou-a.

— Eu não vou dormir com você. – disse ela, desconfortável.

— Eu não estava esperando isso. – sorriu ele.

Ele apagou a luz com a varinha e tirou suas botas rapidamente, jogando-se no colchão no canto da parede. Marlene acariciou seu braço, ainda impressionada com a noite louca que tivera, abaixando-se para desamarrar seu coturno. Tirou seus pés deles, lentamente, e deitou-se no colchão, ao lado dele. Ambos observaram o teto, em silêncio.

— O que você tem feito? – perguntou ela. Sirius sorriu, tristemente.

— Nada muito importante. – disse ele.

— E os outros, Peter, Remus...

— Por aí, em algum lugar. – ele virou o rosto, olhando-a. – Como vai seu treinamento? Você não queria ser jogadora?

Ela sorriu para ele.

— O mundo não está precisando de mais uma reserva no Holyhead Harpies. – Sirius aproximou-se no colchão e a abraçou. Marlene pousou sua cabeça no peito de Sirius, sentindo o quão exausta estava, não iria demorar muito para adormecer. Mas ela teve medo de esquecer o que tanto queria perguntar: – Por que você nunca me convidou para sair em Hogwarts?

Sirius ficou em silêncio, até ela mexer-se um pouco, para conseguir olhá-lo. Ele tirou seus olhos da paisagem da janela e a olhou, sonolento.

— Porque eu tinha vergonha. – ele sorriu. – E você dava medo.

Ela riu, voltando a seu local original. Absorveu o cheio de cigarro e uísque em sua roupa.

— Queria que tivesse me convidado antes. – confessou ela, sonolenta. – Eu teria aceitado... Apesar de detestar seus amigos... Eu teria dito sim.

Sirius tirou-a de cima de seu peito e a beijou assim que o corpo de Marlene tocou o colchão de fato. Ela esquecera seu aviso e fechou os olhos, deixando-o tomar controle da situação. O som ao redor de Sirius e Marlene, assim como em cada momento que ambos se encontravam em Hogwarts, era distorcido e lento, como se eles parassem na mesma frequência e o mundo seguisse em frente, os deixando para trás.

Os olhos de Marlene só se abriram novamente com a luz gélida através da janela. Ela acordou assustada, não reconhecendo o lugar onde estava. Observou o quarto imundo e bagunçado ao seu redor, e o colchão solitário onde ela estava deitada. Encolheu-se de frio no cobertor gasto em que estava envolvida, olhando a paisagem da janela, com os olhos inchados.

Edith Piaf – La Vie En Rose

Vestiu-se e amarrou seus coturnos, sentindo-se incrivelmente leve. Saiu do quarto, não olhando as pessoas mal encaradas no corredor, em direção das escadas. Cruzou os braços, trêmula com o frio congelante, saindo para a rua. Ignorou os olhares por conta do vestido e misturou-se a multidão trouxa após uma caminhada de vinte minutos. Londres era encantadora naquela manhã, e mesmo cinzenta como sempre, parecia ter mais cores naquele dia. Marlene sorriu docilmente para o Big Ben, andando entre aquela pequena multidão apressada. Nunca mais reviu Sirius, e nem sentiu falta do mesmo.

Fora assassinada algumas semanas depois.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam???

Aos curiosos, eu já escrevi a famosa história de quando Marlene quebrou a cara de James: https://fanfiction.com.br/historia/686509/Cinco_Dias/

Eu gostei de escrever essa história, gosto de imaginar pequenos momentos felizes no meio de uma desgraceira sem tamanho que era a Guerra hahaha

Comentem! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Som ao Redor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.