Dangerous escrita por Karina A de Souza
Notas iniciais do capítulo
Hã... Nada a declarar.
Comecei a ser treinada para entrar na Dangerous aos 14 anos. Matei pela primeira vez aos 16.
A Dangerous é como uma equipe “irmã” do FBI, só que não existe oficialmente, pois não há registro algum sobre ela, e ela não tem que ser reportar a ninguém.
A equipe é composta por cinco integrantes: Daniel Vidar, Ivan Arrel, Luke Quienan, Paul Evans e eu, Jenna Mhoritz. Nós fazemos o que o FBI não pode: matar criminosos de alta periculosidade, sem prendê-los ou julgá-los antes. Garantimos a paz, a segurança e a limpeza do mundo. Achou ruim? Então deve preferir que esses monstros continuem soltos.
Nunca tivemos problemas, todos os nossos alvos foram mortos, menos Raymond Reddington, nunca conseguimos sequer capturá-lo. Caçamos esse cara por seis anos, então Harold Cooper (diretor assistente do FBI) nos mandou abandonar o caso, sem explicação.
Como uma Dangerous, ninguém pode me prender, com exceção do FBI, que dá proteção para a equipe, e todo o suporte que precisamos, mas geralmente trabalhamos por conta própria.
Naquele dia, tínhamos capturado Max Hiller. Raramente prendíamos alguém, e só acontecia em casos especiais. O de agora era um: Max era um estuprador, nós não seríamos bonzinhos com ele. O cara tinha mais de 50 vítimas.
Entrei na sala onde Max estava amarrado numa cadeira, os garotos já tinham dado as “Boas-Vindas”, deixando-o quase inconsciente. Daniel entrou e ficou perto da porta.
—Como vai, Max?-Perguntei, puxando-o pelo cabelo para que olhasse pra mim. –Como se sente?
—Quando eu sair daqui... Vou acabar com seus amigos, e depois lidar com você, sua vadia. –Sorri, soltando-o.
—Você não vai sair daqui, não vivo.
Peguei a arma, bem presa no cinto, e atirei em Max, na “área sensível masculina”, em nome de todas as vítimas. O desgraçado gritou e se inclinou para frente. Com isso, guardei a arma e saí da sala. Daniel trancou a porta e me seguiu.
—E agora?-Perguntou.
—Ele vai sangrar até a morte, então é só se livrar do corpo.
—Ok.
—Vou em casa, tomar um banho e comer alguma coisa, me ligue se precisar.
—Tudo bem, general. –Olhei pra ele, que sorriu.
—Idiota.
***
Tomei um banho rápido e cuidei dos machucados que consegui na última missão. Acabei não jantando, estava com Max na cabeça, a imagem do sangue jorrando quando o atingi. Eu raramente me deixava afetar por esse tipo de coisa, mas comer pouco depois das missões era difícil.
Coloquei meu “uniforme” (regata preta, leggue preta, botas pretas e um cinto com munição e uma arma) e saí para a base da Dangerous.
Notei algo errado assim que saí do carro e fui em direção à antiga base militar. A porta, que sempre ficava trancada, estava aberta, e a base estava mergulhada no escuro.
Saquei a arma, peguei uma lanterna no carro, e entrei, tentando não fazer som algum. O que faltava era termos sido invadidos, o que não podia acontecer. Nunca deixávamos pistas, e apenas o diretor e o diretor assistente do FBI sabiam onde a base ficava.
Cheguei à “sala de reuniões” e prendi a respiração. Daniel, Luke, Ivan e Paul estavam caídos pela sala, sangue manchava o chão e as paredes. Abaixei a mão que segurava a arma, em choque.
Ouvi um som atrás de mim e comecei a me virar, pronta para disparar. Quem estava atrás de mim foi mais rápido, acertando minha cabeça com força.
Tudo apagou de vez.
***
Me sentei rapidamente, meu objetivo era encontrar algo que pudesse ser usado como arma, e me localizar, mas parei. Estava em um quarto de hospital.
—Mhoritz. –Olhei na direção da porta. Harold Cooper estava nela. –Lamento por sua equipe. –Assenti. –Tomamos a decisão de encerrar de vez a Dangerous. Você será transferida para o FBI.
—O que?-Quase saltei da cama. –Eu o que?
—Você me ouviu. Se estiver se sentindo melhor, começa amanhã. –Me entregou um pedaço de papel e saiu.
—FBI?-Murmurei. –Isso não vai dar certo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo!