La Reina. escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Elijah.
Já fazem dez dias que ela está adormecida. Nem se moveu.
E quanto a mim? Estou aqui sentado ao lado de sua cama quando de repente, seus lindos olhos se abrem subitamente.
—Renesmee? Meu amor?
—Ai. A minha cabeça tá doendo.
—Eu vou buscar aspirina.
Ela bebeu o remédio e olhou para mim com aqueles lindos olhos castanhos.
—Quem é você? Você é médico?
—Não se lembra de mim?
—Deveria?
—Sim.
—Eu com certeza tenho sentimentos fortes por você, só não decidi se são positivos ou negativos ainda.
—Quando descobrir me avise.
—Vai ser o primeiro a saber.
Os pais dela vieram correndo assim como Niklaus.
—Oi querida.
—Oi mãe. Pai.
—Do que você se lembra?
—De acordar aqui e de vestido? Porque estou usando um vestido dourado?
—Porque estávamos em uma festa. Era natal.
—Eu preciso de um banho. Banho quente sempre ajuda a me lembrar das coisas.
Ela se levantou e pediu:
—Mãe, me ajuda a tirar esse vestido?
—Claro querida.
—Vocês podem dar licença por favor?
—Claro.
Eu não acredito que ela não se lembre de mim. Mas, após ter sofrido um trauma tão grande é provável que sua mente tenha bloqueado as memórias do incidente.
Embora isso não explique como ela se lembra dos pais e não de nós. O avô vai fazer uma bateria de exames nela para ter certeza de que não houve nenhum tipo de dano ao cérebro.
—Vai doer vovô?
—Não. É só ficar paradinha ai.
No hospital o Doutor Cullen a colocou na máquina de ressonância magnética e escaneou seu cérebro. Ele colheu seu sangue, sua urina e suas fezes, verificou seus reflexos, seu batimento cardíaco, sua pulsação. Fez um eletroencefalograma e nos chamou em particular.
—O que foi?
—Infelizmente, a parte do cérebro que cuida da memória a longo prazo foi severamente danificada. Não sei se ela vai se recuperar desta lesão, nunca houve ninguém como ela antes e não sabemos o quão poderosa é sua capacidade de regeneração. Ela ainda tem suas memórias da infância por isso lembra-se de mim, de Bella e de Edward. Mas, o que ela viveu depois disso se foi.
—Então ela basicamente voltou a ser criança.
—Não exatamente. A sua maturidade prevalece, mas ela não tem nenhuma memória de todos os anos que viveu. Ela perdeu 17 anos de sua vida em uma noite. O pedaço de concreto que caiu sob sua cabeça a deveria ter desintegrado, a única explicação para sua sobrevivência é que seus poderes a envolveram num casulo de energia telecinética.
—E o que isso tem a ver com a perda de memória?
—Creio que usar tanto poder ao mesmo tempo e inconscientemente acabou sobrecarregando seu corpo. O que ocasionou a perda de memória.
—Sei. E existe alguma chance de sua memória voltar?
—É um mistério. Só o tempo dirá. Talvez sim, talvez não, mas tenho absoluta certeza de que pressioná-la não ajudará em nada. Devemos agir com naturalidade e tratá-la o mais normalmente possível. Ela não sabe que perdeu a memória.
—Ótimo. Vamos lá então.
Assim que entramos no quarto ela estava sentada na cama assistindo desenho na TV e rindo.
—Oi querida.
—Oi. Vocês tem que ver isso, esse bicho é como nós imortal.
Ela assistia o coiote sendo massacrado pelo Papaléguas.
Ela olhou para nós e disse:
—Mi mi.
O barulho era exatamente igual ao do desenho. Igualzinho.
—O papaléguas é tão malvado. Ele sempre sacaneia legal o coiote.
—Como seria se ele conseguisse, imagine o papalégoas morrendo explodido ou esmagado por aquela pedra gigante.
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