Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente amei escrever esse capitulo. Espero que curtam tanto quando eu curti escrevendo.

Boa leitura!!



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Eu lembro do nosso primeiro beijo. O beijo que me fez ficar em dúvidas sobre meu relacionamento com o Josh. Nós não tivemos culpa, não sai de casa pensando "vou beijar o Castle hoje" foram as circunstâncias. E obrigada 'circunstâncias' por me proporcionar o melhor beijo de todos. Estava uma noite fria e os lábios dele estavam tão quentes, tão macios, apenas esperando pelos meus. Ele me deu o primeiro beijo e quando me soltou eu o beijei. O beijei porque precisava sentir aquilo de novo, precisava matar esse desejo que sentia de beija-lo desde que ele apareceu em minha vida. Eu o beijei desesperadamente e ele correspondeu cada segundo. Não queria, mas tive que parar, estávamos ali para salvar nossos amigos. Então com o pouco de sanidade que me restou consegui me afastar e golpear o cara que estava na porta. Logo em seguida me veio uma vergonha que nunca senti antes, e ouvir ele dizer 'isso foi incrível' não ajudou muito, não conseguia encara-lo depois disso. E então não falamos mais sobre isso, e nem tinha o que falar. Mas aquele beijo me marcou. Naquela noite eu fui pra casa e Ele não saiu da minha cabeça. Desde que nos beijamos eu procurava o beijo do Castle em casa beijo que o Josh me dava, mas foi em vão. Nunca os beijos dele chegaram ao único beijo que Castle me deu. 

Só agora consegui encontrar o beijo que tanto procurava. O beijo que fez meu coração disparar e minhas pernas bambearem. Se não fosse pelos braços fortes de me segurando eu não estaria em pé. Ele me beija com tanto carinho e com tanta paixão, até com um certo desespero. Eu tento corresponder a esse beijo inesperado. Ele realmente me beijou, mas eu o beijei também. Eu pensei que esse dia fosse acontecer, mas nunca pensei que fosse hoje. O nosso beijo é tão perfeito, nossas bocas se encaixam sem esforços. Mesmo se eu quisesse parar agora eu não conseguiria, estou completamente rendida a ele. Minha boca se abre convidando-o para entrar mais, sua língua procura a minha como se dependesse daquilo para viver e aprofunda mais o beijo. O nosso beijo lento, amorosamente lento.

Eu paro o beijo com uma risada quase inaudível, mas ele escuta. Claro que ele escuta. Então preciso me justificar.

— Eu preciso de ar -ele rir e cola nossas testas, me abraçando em seguida.

Eu estava com saudade dele. Dois dias foi o limite. Espero que ele não atrase mais nada e nem que haja outro motivo para separa-lo de mim. Ele fez mais falta do que os dias que o separei depois da cirurgia. Pensei que fosse ser fácil, dois dias, pra mim seria moleza, mas não foi. Eu senti falta da sua risada, dos filmes, dele lendo pra mim. Sim, ele lia enquanto ficava deitada apenas escutando sua voz. Foram dias incríveis.

"— Vem, Kate. Senha aqui. Eu vou ler e você vai relaxar. Tá muito estressada hoje. 

— Não estou estressada, estou apenas de TPM. 

— Então vem, esse livro é incrível, você vai adorar. 

Mesmo contrariada eu vou. Ele já se apossou da minha cama, como pode? Ele simplesmente entrou no meu quarto e se deitou na minha cama. Não posso com isso, então eu deito próximo a ele e ele pega o livro "Flowers For Your Grave". Sim, ele sabe todos os meus gostos. Não é porque é dele, mas ele sabe o quanto amo esse livro. Ele começa a ler e então cada palavra significa alguma coisa pra mim. Lembro da minha mãe, lembro de estar deitada com o livro na mão lendo baixinho enquanto chorava, lembro da fila que enfrentei para pegar um autógrafo que, se ele viu, não falou nada, lembro do cenário onde me levou a encontrar o Castle e tudo o que vivemos até agora. Esse livro, contado nas palavras dele, expressa exatamente o que sinto, o que tenho, o que tive. É a minha história que está sendo contada pelas palavras dele e agora pela voz dele. Se fosse resumir minha vida em um único objeto, esse livro seria o escolhido. Isso prova o quanto Castle me conhece mesmo antes da gente se conhecer.

Ele termina de ler, fecha o livro e abre novamente. 

— Para a jovem mais linda, de olhos encantadores. Espero que cada lágrima que se forma em seus olhos se torne um motivo para alegria. Richard Castle. -ele leu a dedicatória. 

Me sinto queimar imediatamente. Pensei que ele fosse deixar passar, mas é do Castle que estamos falando. Eu também não acreditei no que ele escreveu, eu estava na fila e ele apenas disse "autografo pra quem?" Eu disse meu nome, ele me olhou meio segundo e escreveu essa dedicatória que me fez chorar mais uma uma vez. Como ele soube tanto de mim em meio segundo? Esse é mais um mistério de Richard Castle que eu nunca vou descobrir. 

— Você foi na sessão de autógrafos?

— É.. -eu realmente estou com vergonha. Ele nunca soube disso

— E como eu deixei você passar sem ser percebida?

— Você percebeu. Percebeu até demais. -digo apontando para a dedicatória. 

— Mas.. Como eu deixei você ir sem nem te conhecer. Eu sou um burro mesmo. 

— Você não é burro. Apenas não sabia que um dia eu seria a melhor detetive dessa cidade. 

Ele me olha travesso e nós acabamos rindo. E só agora eu percebo o quanto estamos próximos. Quase íntimos. Ele está sabendo coisas de mim que ninguém mais sabe. Está descobrindo coisas que eu nem sei se queria que ele soubesse. Só espero que isso seja bom."

— Vamos conversar -ele diz num sussurro.

Me desperto dos pensamentos e digo que sim, já desesperada pelo rumo dessa conversa. Não quero que eu diga algo errado e acabe com tudo que construímos até agora. Entramos em casa e encontramos meu pai preparando o jantar. 

— Oi, Castle. Não sabia que estava aqui. 

— Cheguei a pouco tempo. 

— Que bom que veio, assim não me preocupo de deixar a Kate sozinha por muito tempo. 

— Pra onde o senhor vai?

— Tenho um jantar de negócios. Acho que vou demorar. 

— Pode deixar que eu fico com ela. 

— Eu não preciso de babá, Castle. -eu reviro os olhos. Não precisava mesmo, já estava ótima. 

— Mesmo assim será um prazer cuidar de você. -ele sorrir pra mim e eu conheço bem esse sorriso. Ele tem planos. Mas quais?

— Bom, o jantar está pronto, só servir 

— Obrigada pai.

Ele me beija e se despede do Castle, mas não vai embora sem antes soltar uma piada

— Não façam nada do que eu não faria.

Sim, acabei de cortar as horas que ele passa com a Lanie. Ela fica enchendo a cabeça dele de coisas que nem são reais e depois sobre pra mim. Castle tanta esconder o sorriso, mas eu sei muito bem o que ele está pensando. 

— Vamos jantar?

— Vamos. Na verdade to morrendo de fome, assim que acabei de escrever os capítulos vim direto pra cá. -ele fala enquanto arruma a mesa e eu coloco a comida na mesa.

— Aposto que você não comeu quase anda esses dias, não é?

— Claro que comi! Um Hambúrguer, o melhor da minha vida -não seguro a risada da cara que ele faz, parece criança. 

— Você não dá essas coisas para Alexis, então por que come? Tem que dar exemplo, Castle. 

— Eu fui um mal exemplo a vida toda para Alexis e olha ela, a pessoa mais responsável que eu conheço. 

Tenho que concordar. Alexis realmente é uma exceção da família Castle. Sentamos na mesa juntos e jantamos e lavamos a louça com ele contando as travessuras da Alexis pequena. Eu gosto de escutar essas histórias, sempre gostei desse lado Pai, do Castle. É um lado bonito, cheio de amor e esperanças. Me faz pensar em um dia ter uma família. 

Sentamos no sofá com um vinho. Bom, ele com vinho e eu com suco de uva, mas gosto de pensar que era vinho. 

— Você nunca pensou em ter filhos, Kate?

Essa pergunta realmente me pegou de surpresa. Não sei se foi pelo beijo, ou pelo fato de eu ter medo de ser mãe. Mas resolvo responder naturalmente. 

— Já.. Quando eu era pequena. Adora cuidar das filhas das amigas da minha mãe. -eu sorrio com a lembrança.- mas depois eu esqueci isso. Nunca mais pensei em ter filhos..

— Porque? 

— Por medo.. Medo de não conseguir ser uma boa mãe, medo de não saber lidar com crianças.. -na verdade meu medo era outro. Mas ele não precisava saber. 

— Mas todo mundo sabe lhe dar com crianças -ele me interrompe

— Eu não. Às vezes acho elas lindas e engraçadas, aí elas começam a chorar e o desespero de não saber o que fazer toma conta de mim. 

— Mas isso você só aprende quando for mãe.. 

— Estamos mesmo falando sobre filhos? -ele rir

— Desculpa, é que você nunca falou sobre isso, fiquei curioso.

— Não precisa se desculpar.. 

O silêncio se forma e eu fico apreensiva, se ele tocar no assunto do beijo eu ainda não sei o que dizer. Então eu resolvo quebrar o silêncio. 

— Vamos assistir um filme?

— Nós já assistimos todos os filmes que eu trouxe. Vamos jogar. Eu contra você, valendo... Um encontro

— Um encontro?

— É. Mas um encontro de verdade, onde eu possa vir te pegar, te levar para jantar, só nós dois. Regado a um bom vinho, ou suco se preferir -eu ri

— Tudo bem -eu gosto da ideia de ter um encontro com o Castle.- mas.. Se eu ganhar, você vai ter que fazer o que eu quiser

— Você não vai ganhar. 

— Isso é o que vamos ver. 

Ele levanta animado e liga o vídeo game que ele trouxe, ele e meu pai uma vez passaram a tarde jogando, parecendo duas crianças. Mas só quando vi os dois juntos soube o quanto eles significam para mim. 

— Esse jogo é bem complexo. Tem varias armas..

— Armas, Castle? Você não tá querendo mesmo me vencer né?-eu sou boa em armas, ele deveria saber disso. Ele me olha com um sorriso safado e eu sei que ele está tramando alguma coisa.

— Sou eu contra você. Você é o de cima. Eu tenho meu exército e você o seu, quem chegar vivo até o final vence. 

— Okay. -eu estou tranquila, esse jogo já está ganho. E eu vou poder fazer o que quiser com ele, já tenho até algumas ideias. 

O jogo começa e então é tiro para todo lado. E eu realmente sou boa em armas, mas armas de verdade, esse controle tem muito mais comandos do que eu me lembrava.

— Você já era, Kate. 

— Não, você já era. -resolvo apelar e apertar todo botão que vem no meu caminho, eu não sei o que estou fazendo mas estou matando um monte de gente aqui, isso é divertido. 

— Kate você está matando os seus homens 

— O que?? -já não basta estar perdendo, eu ainda mato meus homens?

Castle para o jogo e começa a rir. Ele rir como eu nunca vi ele rir antes, a gargalhada sai fácil e os olhos estão mais pequenos que o normal. Ele coloca a mão na barriga como se estivesse doendo. 

— Para de rir -taco uma almofada nele

— Não consigo -ele continua rindo e eu tenho vontade de dar nele

— Você é um idiota Castle. -eu fico brava e nem sei porque. Levanto do sofá e ele me puxa 

— Não, vem cá -parece que ele controlou o riso. Ele me puxa e eu sento ao lado dele, bem próximo mesmo. 

— Você não me ensinou -minha voz sai um pouco emburrada

— Você fica linda quando faz esse bico -ele puxa meu queixo para olhá-lo e então percebo que nós estamos mais que próximos.- eu vou te ensinar, vem cá. 

Ele se levanta e senta atrás de mim, eu estou entre suas pernas com minhas costas em seu peito. Meu coração bate mais forte, e eu tenho certeza que ele vai sair pela boca. 

— Aqui você atira. Mas sua arma esta pequena, tem que pegar uma maior. -ele fala devagar no meu ouvido, mexendo no controle junto comigo.- seus homens são esses se preto. Os meus são o verde escuro. 

— Mas as cores se parecem muito. 

— Os clarinhos são os meus. Sua tela é a de cima. Aqui você joga as bombas, aqui você luta com eles..

— E como eu atiro em você? -ele ri

— Meu bem, você só vai conseguir atirar em mim depois que passar pelo meu batalhão. 

Então ela da play num jogo novo, de apenas um jogador e fica no mesmo lugar, jogando comigo. Até que é divertido esse jogo. Olho para cima para olhá-lo, ele sorri pra mim e eu me perco em seus olhos. Nossas bocas estão tão próximas e eu quero tanto beija-lo. 

Há alguns dias atrás decidi não me privar de mais nada, foi por isso que deixei Castle se aproximar. E eu não vou me privar agora de novo. Pego o controle de suas mão e coloco de lado, me afasto dele o suficiente para conseguir ficar de frente, sempre olhando nos olhos dele. Acaricio seu rosto e ele fecha os olhos, sorrio com a cena, sei o que isso significa pra ele, colo nossas testas e sinto minha respiração devagar, ele suspira e antes que eu possa pensar demais o beijo. Um beijo leve, mas que logo ganha ritmo. Ele suga meus lábios e morde devagar, isso é bom. As mãos dele estão no meu cabelo agora, segurando com força e eu gosto cada vez mais disso. Me ergo um pouco e sento com as pernas em volta dele, uma em cada lado, estou literalmente sentada nele. Meus dedos já penetram por entre os fios sedosos dele, e ele solta um pequeno grunhido quando eu puxo. Alguma coisa despertou dentro de mim, e eu não consigo soltá-lo. Castle envolve minha cintura com um braço colando mais nossos corpos, como se isso fosse possível. Nós paramos em busca de ar e rimos feito dois idiotas com as testas coladas. 

— Isso foi incrível -ele diz ofegante, exatamente como nosso primeiro beijo. 

— Foi.. 

— E eu quero mais 

Ele ataca minha boca novamente e dessa vez o beijo é intenso, forte e rápido. Sua língua procurava a minha incansavelmente e seus braços me prendiam mais nele. Minha boca se abria para ele com tanta facilidade que eu chego a me surpreender, mas continuo nosso beijo quente aprofundando mais cada vez que ele tentar diminuir o ritmo. Não quero acabar com isso, quero mais, muito mais. Minhas mãos passeiam pelos seus braços fortes, descem por suas costas e o arranhando por cima da camisa. Ele gosta e segura mais forte os cabelos da minha nuca.  

Realmente era incrível, nunca pensei está assim com Castle algum dia. Eu me perco no nosso beijo até escutar uma voz atrás de mim. 

— Boa noite. -MEU PAI!!!


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Notas finais do capítulo

EAI?? o que acharam?
Quero saber hsauash
Comentem e divulguem. OBRIGADA