La Petite Princesse Argent escrita por shadowhunter


Capítulo 14
Quer namorar comigo?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como estou inspirda esses dias tentarei postar varios caps e quem sabe chegar ao final da fic.
Aproveitem!



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Os dias passaram tranquilos. Harry estava se esforçando para provar que tudo que me disse no natal era verdade, ele era constantemente fofo e carinhoso, o me deixava feliz. Antes do final das férias passei uns dias com os meus pais, que estavam felizes por tudo estar dando certo, e descobri o pequeno interesse de Tonks por Lupin, eu fiquei feliz por ela, Remus é uma boa pessoa. Malia e Marlene pareciam estar se conectando cada dia mais e eu fiquei feliz pela minha amiga, sei o quanto ela quis isso, mas Marlene ainda me olha estranho e eu só a ignoro. Sirius, à medida que as férias iam acabando, aparentava estar triste, mas eu sabia que tudo isso era porque ia ficar preso naquela casa, sozinho, e por isso tentava animá-lo o máximo que podia.

Eu estava pensando em fazem companhia a Sirius. Voltar à escola significava colocar-se mais uma vez sob a tirania de Dolores Umbridge, que, sem dúvida, conseguira passar à força mais uma dúzia de decretos na nossa ausência. Se não fosse por Harry e meus amigos eu tentaria voltar para Beauxbatons, mas eu sabia que Dumbledore não deixaria e que os meus amigos precisavam de mim. Falando em Dumbledore, uso o anel que ele me deu constantemente, sem mostrar o símbolo, e ainda não descobri o que a mensagem dele significava.

Então o último dia de férias chegou. Eu estava com Harry e os outros no quarto em que ele dividia com Rony, ambos jogavam xadrez de bruxo enquanto eu, Hermione e Gina observávamos tudo.

— Harry, querido – disse a Sra. Weasley, metendo a cabeça no quarto –, pode vir à cozinha? O Prof. Snape quer dar uma palavrinha com você.

Mas Harry não a ouviu, ele estava muito concentrado no jogo, uma de suas torres estava batalhando com um peão de Rony, e ele incentivava com muito entusiasmo.

— Achata ele... achata ele, é só um peão, seu idiota. Desculpe, Sra. Weasley, que foi que a senhora disse?

— O Prof. Snape, querido. Na cozinha. Gostaria de lhe falar.

O queixo de Harry caiu de terror. Olhou para Rony, Hermione e Gina, todos igualmente boquiabertos para ele. Mas quando me olhou apenas dei de ombros, eu não fazia ideia do que o meu padrinho fazia ali mas tinha certeza que não estava ali por conta própria.

— Snape? – repetiu Harry sem entender.

Professor Snape, querido – corrigiu a Sra. Weasley. – Vamos logo, depressa, ele diz que não pode se demorar.

— Que é que ele quer com você? – indagou Rony, parecendo nervoso quando a Sra. Weasley se retirou do quarto. – Você não fez nada, fez?

— Não! – Harry disse indignado e depois se virou para mim – Vem comigo?

— Acho que ele quer falar com você sozinho – falei

— Não ligo – ele disse confiante – Você vem?

— Claro – falo levantando da cama e pegando em sua mão.

Descemos as escadas e um minuto depois Harry empurrou a porta da cozinha e nos deparamos com Sirius e Snape sentados na longa mesa olhando em direções opostos, me segurei para não rir diante de tal cena, sei o quanto os dois estão odiando isso. Harry se fez presente e ambos se viraram para nos encarar, meu padrinho certamente não gostou do que viu (Harry e eu ainda estávamos de mãos dadas) e me olhou com cara feia. Sei bem o que ele pensou: “Mais uma ruiva caindo nos braços de um Potter”. Mas ele não pode fazer nada e sabe disso.

— Sente-se, Potter – meu padrinho falou me ignorando totalmente

— Sabe – disse Sirius em voz alta, se recostando e se apoiando nas pernas traseiras da cadeira, e falando para o teto –, acho que eu preferia que você não desse ordens aqui. É a minha casa, sabe.

Harry sentou ao lado de Sirius, de frente para o professor, e eu sentei ao seu lado, me mantendo calada.

— Eu devia vê-lo sozinho, Potter – disse Snape, o riso desdenhoso crispando sua boca –, mas Black e Argent...

— Sou o padrinho dele – disse Sirius, ainda mais alto.

— E ele disse que eu podia vir – falei tentando me defender

— Estou aqui por ordem de Dumbledore – continuou Snape, cuja voz, em contraposição, ficava cada vez mais baixa e sibilante –, mas, sem dúvida, fique, Black, eu sei que você gosta de se sentir... participante.

E ele vai começar...

— Que é que você quer dizer com isso? – retorquiu Sirius, deixando a cadeira recair nos quatro pés com um forte baque.

— Simplesmente que tenho certeza de que você deve se sentir... ah... frustrado pelo fato de não poder fazer nada de útil — Snape enfatizou delicadamente a frase – “pela Ordem”.

Foi a vez de Sirius corar. A boca de Snape se crispou em triunfo ao se dirigir a Harry.

— O diretor me mandou dizer, Potter, que quer que você estude Oclumência neste trimestre.

E discretamente ele me manda um olhar. Eu sabia que isso ia acontecer e sabia que Dumbledore não me deixaria ensinar a Harry, mas meu padrinho não fará isso, ele não ensinara, ele irá forçá-lo e dizer que está ensinado, porque ele é filho de James Potter e por isso não merece que ele gaste seu “precisoso” tempo.

— Estude o quê? – perguntou Harry sem entender.

O desdém de Snape se tornou mais pronunciado.

— Oclumência, Potter. A defesa mágica da mente contra penetração externa. Um ramo obscuro da magia, mas extremamente útil.

Harry ficou com um olhar preocupado e então segurei sua mão, tentando lhe passar confiança, mesmo sabendo que não estava tão confiante assim.

— Por que tenho de estudar essa Oclu...? – deixou escapar.

— Porque o diretor acha que é uma boa ideia – disse Snape suavemente. – Você receberá aulas particulares uma vez por semana, mas não contará a ninguém o que está fazendo, muito menos a Dolores Umbridge. Entendeu?

— Sim, senhor – disse Harry. – E quem é que vai me ensinar?

Snape ergueu uma sobrancelha.

— Eu – respondeu.

Como eu tinha previsto.

— Por que Dumbledore não pode ensinar ao Harry? – perguntou Sirius agressivamente. – Por que você?

— Porque suponho que seja uma prerrogativa do diretor delegar as tarefas menos agradáveis

— disse Snape suavemente. – Posso lhe garantir que não pedi esse encargo. – Levantou-se. – Espero você às seis horas da tarde na segunda-feira, Potter. Minha sala. Se alguém lhe perguntar, diga que está tomando aulas particulares de Poções. Ninguém que tenha visto você em minhas aulas poderia negar que precisa de reforço.

Ele se virou para ir embora, a capa preta de viagem se enfunando como uma cauda.

— Espere um momento – pediu Sirius, sentando-se mais reto na cadeira.

Snape se virou para encarar os dois, desdenhoso.

— Estou com muita pressa, Black. Ao contrário de você, tenho um tempo limitado de lazer.

— Irei direto ao assunto, então – falou Sirius ficando em pé. Era bem mais alto do que Snape, que, fechou um punho no bolso da capa, segurando, sem dúvida, o punho da varinha. – Se eu souber que você está usando essas aulas de Oclumência para infernizar a vida de Harry, terá de acertar contas comigo.

Ele se verá comigo no primei momento em que Harry disser algo negativo. Ele precisa entender que Harry não é James Potter e que ele não matou Lily Potter, ela morreu por ele, morreu porque o amava mais que a si mesma e Snape precisa entender isso. Viver desse jeito está o matando e eu não quero que ele passe a vida dele se remoendo por isso.

— Que comovente! – debochou Snape. – Mas você com certeza já notou que Potter se parece muito com o pai dele, não é?

— Já – respondeu Sirius com orgulho.

— Bom, então sabe que ele é tão arrogante que as críticas simplesmente resvalam nele – disse Snape com voz de seda.

Sirius empurrou a cadeira bruscamente para o lado e contornou a mesa em direção ao outro, ao mesmo tempo que puxava a varinha. Snape puxou a dele. Pararam se medindo, Sirius furioso, Snape calculista, seus olhos correndo da ponta da varinha para o rosto do oponente.

— Sirius! – chamou Harry, mas o padrinho não pareceu ouvi-lo.

— Eu lhe avisei, Ranhoso — disse Sirius, seu rosto a menos de meio metro do de Snape –, não me interessa se Dumbledore acha que você se regenerou, eu sei que não...

— Parem – gritei – Parem os dois

— Calada B... – falou Snape, mas o interrompi antes

— Não se atreva – gritei com raiva, como ele podia fazer aquilo comigo? Como ele podia pôr tudo a perder por uma raiva desnecessária?

— Ah, então por que não diz isso a ele? – sussurrou Snape, ignorando o que tinha acabado de acontecer e se voltando para Sirius. – Ou tem medo de que ele não leve a sério o conselho de um homem que está há seis meses se escondendo na casa da mãe?

— Me diga, como anda Lúcio Malfoy ultimamente? Imagino que encantado com o fato do seu cachorrinho de estimação estar trabalhando em Hogwarts, não?

— Por falar em cachorros – disse Snape mansamente –, você sabia que Lúcio Malfoy o reconheceu da última vez que arriscou uma escapulida? Ideia brilhante, Black, deixar que o vissem em uma segura plataforma de trem... arranjou uma desculpa irrefutável para nunca mais deixar o buraco em que se esconde, não?

Então Sirius ergue a varinha.

— NÃO! – berrou Harry, pulando por cima da mesa para se interpor aos dois. – Sirius, não!

— Você está me chamando de covarde? – berrou Sirius, tentando tirar Harry da frente, mas o garoto não se mexeu.

— Ora, suponho que sim.

— Harry... saia... da... frente! – vociferou Sirius, empurrando-o para o lado com a mão livre.

Eu já não sabia o que fazer. Eu me segurei para não falar nada de mais, não com Harry presentes, mas talvez fosse o único jeito deles pararem. Mas antes que eu possa dizer algo a porta da cozinha se abriu e toda a família Weasley mais Hermione entraram, todos parecendo muito felizes, trazendo um orgulhoso Sr. Weasley vestindo um pijama e por cima uma capa de chuva.

Ele e os outros Weasley ficaram paralisados à porta, contemplando a cena na cozinha, também suspensa, em que Sirius e Snape olhavam para a porta com as varinhas apontadas uma para a cara do outro, Harry, imóvel entre os dois, tentando separá-los e eu de longe observando a cena chocada.

— Pelas barbas de Merlim! – exclamou o Sr. Weasley, o sorriso desaparecendo do rosto. – Que é que está acontecendo aqui?

Sirius e Snape baixaram as varinhas. Harry olhou de um para outro. Ambos tinham no rosto uma expressão de extremo desprezo, contudo a entrada repentina de tantas testemunhas pareceu tê-los chamado à razão. Snape embolsou a varinha e atravessou a cozinha, passando pelos Weasley sem fazer comentário. À porta, olhou para trás.

— Seis horas da tarde, segunda-feira, Potter.

E foi-se embora. Mas eu não ia deixar ele ir embora assim, sem que ninguém visse o segui porta a fora e antes que ele pudesse fazer eu o chamei. Ele se virou para mim com um pouco de raiva e então eu despejei tudo.

— Você realmente ia fazer aquilo? – perguntei – Ia revelar quem eu realmente sou?

— Charlote – ele começou – Eu não... – mas eu sabia que ele ia fazer isso

— Você ia acabar com tudo por causa de uma rivalidade de criança – falei com raiva – Ia destruir tudo que planejamos por raiva

— Mas não o fiz – ele diz parecendo arrependido

— Porque o impedi – falei – Eu esperava mais de você – digo decepcionada – Mas no fundo você é aquele Severo que se juntou a Voldemort porque queria ter mais poder que os marotos, eu pensei que eu tinha mudado alho em você, mas eu estava enganada – falo voltando para a cozinha.

A refeição daquela noite deveria ter sido muito alegre, com a volta do Sr. Weasley. Sirius procurava fazer com que assim fosse, mas não se esforçava para dar gargalhadas com as piadas de Fred e Jorge e nem oferecia aos outros mais comida; seu rosto se fechara numa expressão melancólica e reflexiva. Assim como Sirius passei o jantar inteiro calada ao lado de Harry, que parecia preocupado com nós dois. Quando terminei de comer pedi licença a todos, dei um beijo na bochecha de Harry e subi para o meu quarto.

—-- Nex Day ---

Acordei de manhã cedo já pronta para voltar para Hogwarts. Meu malão já estava mais do que arrumado e a roupa que iria usar já estava separada, faltava apenas guardar meu pijama no malão para poder fechá-lo. Tomei um banho demorado, saindo ainda com os cabelos molhados, e fui me vestir. Escolhi uma camisa branca de botões, uma calça preta, meu casaco azul claro, sapatos da mesma cor, um cachecol branco e, para voltar as minhas raízes francesas, luvas e boina. Pego minha bolsa e meu malão e desço para tomar café. Quando cheguei Tonks e Remus já estavam tomando café. Remus aparentava cansado como sempre e minha irmã aparentava alegre como sempre. Sentei na mesa desejando um bom dia animado e Tonks sorriu.

— Até parece que está voltando para Beauxbatons – ela fala sorrindo

— E aí mamãe estaria gritando para irmos porque precisávamos aparatar na estação, que fica na França – falo lembrando dos anos anteriores

— E aí quando chegássemos lá suas amigas iriam elogiar sua escolha de roupas – ela continua rindo – E você falaria que eram apenas roupas e todas ficariam indignadas e fingiriam que você não disse nada

— E então eu iria junto com elas e só nos veríamos no ano seguinte

Então sorrimos uma para a outra. Eram bons tempos, não tínhamos muito com o que se preocupar e éramos felizes. A época onde as vozes quase não existiam, a época em que eu não precisava mentir tanto assim.

Então os outros começam a entrar e se sentar para tomar café, não tão animados quanto eu. Malia riu quando me viu e disse que eu parecia uma típica francesa, já Hermione me elogiou e disse que combinava comigo.

Depois do café da manhã apressado, todos vestiram seus casacos e cachecóis (eu tinha tirado ambos, e as luvas). Me despedi de todos com uma certa dificuldade, principalmente de Sirius, e sai com os outros. Tonks (no momento disfarçada de mulher alta e magra da aristocracia rural, com cabelos grisalhos) nos apressava para descer os degraus.

A porta do número doze bateu às costas do último a sair. Nós acompanhamos Lupin. Quando chegamos à calçada, olhei para os lados. O número doze foi encolhendo rapidamente ao mesmo tempo que as casas laterais se ampliavam para o seu lado, fazendo-o desaparecer de vista. Uma piscadela de olhos depois, já não existia.

— Vamos, quanto mais depressa entrarmos no ônibus melhor – disse Tonks, havia nervosismo no olhar que ela lançou pela praça. Lupin esticou o braço direito.

BANG.

Um ônibus violentamente roxo de três andares materializou-se, tirando um fino do poste de iluminação mais próximo, que saltou para trás para sair do caminho. Um rapaz magro, de orelhas de abano e espinhas, trajando um uniforme roxo, saltou para a calçada e disse:

— Bem-vindos ao...

— Sei, sei, já sabemos – disse Tonks brevemente. – Subam, subam, subam...

E ela empurrou Harry em direção aos degraus, para além do motorista, que arregalou os olhos quando o garoto passou.

— É... é Arry...!

— Se gritar o nome dele faço você perder a memória – murmurou Tonks, ameaçando-o, e me empurrando para dentro.

Ela as vezes é divertida e bem desastrada e não aparenta ser séria, mas quando se trata de uma missão ela é uma das melhores. Tenho orgulho dela e não me canso de dizer isso a ela.

— Parece que vamos ter de nos separar – disse Tonks brevemente, procurando poltronas vazias. – Fred, Jorge, Gina e Malia, vão para aquelas poltronas lá no fundo... Remo pode ficar com vocês.

Quando ela disse Remus lembrei que ele ainda estava conosco e então tentei localizá-lo. Ele estava junto de Fred e Jorge e olhava para minha irmã de um jeito estranho, seria admiração? Será que ele sente o mesmo que ela?

Nos separamos e fomos para o último andar onde tinha dois lugares na frente e três no fundo. Sentei na frente com a minha irmã e o trio de ouro foi para o fundo com Lalau Shunpike logo atrás.

BANG.

As poltronas tornaram a correr para trás quando o Nôitibus saltou da estrada de Birmingham para uma tranquila estradinha campestre cheia de curvas fechadas. As cercas vivas que ladeavam a via saltaram para longe quando o ônibus avançou sobre as cercaduras. Dali, entramos na rua principal de uma cidade movimentada, depois subimos um viaduto cercado por altas montanhas, descemos para uma estrada assolada pelo vento entre altos prédios de apartamentos, produzindo um estrondo a cada mudança de rumo.

Alguns minutos depois, o Nôitibus parou cantando pneus à frente de um pequeno bar, que se espremeu para sair do caminho e evitar uma colisão. Eu ouvi Lalau ajudando a pobre mulher a desembarcar do ônibus e os murmúrios de alívio dos companheiros de viagem no segundo andar. O ônibus tornou a partir, ganhando velocidade até...

BANG.

E estavamos rodando por uma Hogsmeade coberta de neve. Vi de relance o Cabeça de Javali na rua lateral, o letreiro com a cabeça cortada rangendo ao vento invernoso. Flocos de neve batiam na enorme janela dianteira do ônibus. E finalmente paramos nos portões de Hogwarts.

Remos e Tonks nos ajudaram com as bagagens e então desceram para se despedir.

— Vocês estarão seguros quando entrarem – disse Tonks, lançando um olhar cauteloso para a estrada deserta. – Um bom trimestre, o.k.?

Então de repente eu a abracei com toda a força que eu tinha, ela imediatamente me abraçou de volta. Eu só ia sentir saudade dela, apenas isso, e eu sei que ela estava preocupada comigo.

— Ouça bem – ela falou – Fique longe de confusão com Dolores, faça o que veio fazer e não mande nenhuma carta, fiquei sabendo que ela está de olho em você depois que sumiu

— Okay

— Qualquer coisa já sabe com quem falar, mamãe e papai mandaram um beijo – fala me abraçando uma última vez e se virando para se despedir dos outros

Subimos penosamente a estrada escorregadia até o castelo, arrastando nossos malões. Hermione já estava falando em tricotar uns gorros para elfos antes de dormir. Harry olhou para trás quando chegaram às portas de carvalho da entrada e segui seu olhar; o Nôitibus já partira e eu cheguei a desejar nunca ter entrado nele.

Estava andando ao lado de Harry, morrendo de cansaço. Não dormi direito na noite anterior e agora estava morta, quase tendo que ser carregada pelo moreno ao meu lado. Eu só queria a minha cama quentinha e confortável, é pedir demais?

A cada passo que dávamos alguém parava para perguntar sobre a próxima reunião da A.D e eu estava pensando seriamente em ficar no dormitório da próxima vez, não é como se eu fizesse algo além de observar todos e corrigir o Harry quase nunca. Tínhamos acabado de topar com Zacarias quando uma voz falou:

— Oi, Harry – me virei e me deparei com a chata da Cho, serio que ela não desiste?

— Ah! – exclamou Harry desconfortável e olhando para mim – Oi

— Vamos estar na biblioteca, Harry – disse Hermione com firmeza, agarrando Rony acima do cotovelo e tentando me puxar também

— Estou bem aqui – falo e então ela vai com o ruivo

— Teve um bom Natal? – perguntou Cho, parecendo meio desconfortável com a minha presença e tentando ignorá-la

— O meu foi muito tranquilo. – quase quis gritar que ninguém se importa com o Natal dela

— Aah... tem outro passeio a Hogsmeade no mês que vem, você viu o aviso?

— Quê? Ah, não, ainda não dei uma olhada no quadro de avisos desde que cheguei.

— Tem, no Dia dos Namorados...

— Certo – respondeu Harry, parecendo não entender que a garota estava falando, o que me fez revirar os olhos com tamanha lerdeza Bom, suponho que você queira...

— Só se você quiser – disse ela, ansiosa.

Harry arregalou os olhos. E eu o olhei com raiva, ele não teria coragem de chama-la para sair na minha frente, no Dia dos Namorados, não depois de dizer que me ama.

— Eu... aah... Vou com a Lotte – ele fala pegando em minha mão e me deixando mais tranquila

— Então quer dizer que vocês estão juntos? – pergunta Cho aparentando nervosismo

— Sim – falo antes que Harry fale algo e piore a situação – Ele me pediu em namoro nesse Natal em que passamos juntos— falo dando ênfase em “namoro” e “juntos”

— Oh! – ela fala forçando um sorriso – Felicidades para o casal

— Obrigada – falo abraçando Harry de lado – Estamos realmente muito felizes

— Eu vou deixar os pombinhos as sós – fala desconfortável e saindo logo em seguida

Me viro para Harry que parece ainda em choque. Sorrio e lhe dou um selinho, mas ele acaba aprofundando o beijo.

— Então quer saber que estamos namorando? – ele pertuba

— Você é muito mais lindo calado, sabia? – falo voltando a beija-lo

— E você quer? – ele fala interrompendo o beijo – Quer namorar comigo?

— Terá que fazer mais que isso se quiser que eu aceite – falo lhe dando um selinho e siando.

As seis horas Harry vai para a aula com o meu padrinho e como estou cansada desejo boa noite a todos e subo, encontro Malia no dormitório e conversamos um pouco. Mas logo a morena desce e decido tomar um banho e dormir. Estava tão cansada que assim que pus a cabeça no travesseiro apaguei.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!
Bjs!!!



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