Everything Can Change escrita por Black


Capítulo 4
Atenção: Risco de explosão


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo. Capitulo novinho para vocês.
Boa leitura.



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Capitulo três

Atenção: Risco de explosão. 

" Meu melhor talento é me meter em encrenca. "

 

Sabe aquelas histórias que dizem que quando uma pessoa esta cara a cara com a morte ela vê toda a sua vida passando em frente aos seus olhos? Devo confirmar que é tudo verdade.

Enquanto meus tios se aproximavam de mim com uma expressão difícil de identificar, todas as minhas aventuras e momentos de confusões passaram por minha mente como um filme. Lembrei-me de coisas que haviam sido arquivadas no mais profundo da minha mente. Como por exemplo, no final do meu primeiro ano todos os alunos tinham que fazer uma poção muito complicada para a prova final. Se feita incorretamente e ingerida de forma inadequada por qualquer ser humano pode, como consequência, o transformar em uma nuvem de fumaça. Até hoje não entendo o porquê de passarem algo assim para crianças de apenas onze anos de idade.

É algo totalmente desagradável, então não queiram experimentar. E para voltar à forma humana é ainda pior, pois envolve uma gosma laranja nojenta, um frasco de vidro minúsculo, um feitiço enorme cheio de palavras quase impronunciáveis e várias horas perdidas. Sei disso muito bem, pois acabei tomando minha poção por acidente. 

Motivo de nunca me lembrar desse episódio, pois foi uma experiência horrível, e se se tornou o motivo também de sempre ficar atenta quando estou na aula de poções, única aula em que eu realmente tive que aprender a ficar quieta e concentrada.

Também me lembrei de um episódio em que no meu segundo duelo transformei Julian, um aluno do Instituto dos Bruxos, em uma coruja quando só tentei afasta-lo de mim. Foi a primeira vez que transformei alguém em um animal e, devo confessar, descobri que dependendo da situação pode ser uma ótima pegadinha.

Ou então quando eu tentei convencer minha única amiga no Instituto, Helena Siver, a transgredir as regras uma vez. Não deu muito certo. Era mais fácil eu parar de fazer pegadinhas do que ela burlar as regras. E antes que eu conseguisse faze-la mudar de ideia, teve de ser transferida para Beauxbatons.

Antes que pudesse lembrar-me de mais alguma coisa, meus pensamentos foram interrompidos pela voz firme de minha tia.

— Samantha Aylin Potter! Quando é que a senhorita pensava em nos contar que havia sido transferida de escola para não ser expulsa? – perguntou Tia Euphemia furiosamente. – Achou mesmo que Dumbledore não iria nos avisar? Pois se pensou isso esta redondamente enganada mocinha.

Mesmo na casa dos seus cinquenta e seis anos de idade, Tia Euphemia continuava sendo uma bela mulher. Com seu cabelo negro sedoso já repleto de fios grisalhos, que a deixava com a aparência de ser ainda mais sábia do que já é, emolduravam um rosto que mesmo estando cheio de rugas por, era preenchido de vida e que sempre carregava um sorriso caloroso. Olhos castanho-esverdeados que sempre mantinham um brilho especial e que possuía tal intensidade que às vezes parecia que podia ver nossas almas.

Olhos que nesse momento faiscavam furiosamente em minha direção. Sério! Nunca queiram ver Euphemia Potter furiosa, é assustador.

Eu sabia que Dumbledore iria contar aos meus tios o que aconteceu, mas tinha esperança que ele esperasse até eu voltar para casa. Esperança tola! O jeito agora é tentar explicar da melhor maneira possível o que aconteceu.

— Hm, eu... Eu queria fazer uma surpresa. – disse – Então, surpresa! – exclamei enquanto levantava os braços e dava um sorriso sem graça para minha tia.

Acho que não foi muito inteligente da minha parte ter dito isso, pois minha tia fechou ainda mais a cara para mim.

— É melhor você começar a se explicar, Samantha. – disse Tio Fleamont sério.

Tio Fleamont é a versão mais velha do James. O mesmo cabelo castanho rebelde (que nesse caso conseguia se manter domado, ao contrário do de James ) quase tomados pelos fios brancos, olhos azuis sempre alegres e um sorriso bondoso que permanecia presente em seus lábios. Mas a idade já começava a pesar para ele, o cansaço de muitos anos de trabalho como Auror marcava seu rosto.

Era difícil olhar para os dois a minha frente e não perceber o quanto envelheceram desde a ultima vez em que os vi. E isso só faz alguns meses.

— A culpa não foi minha. - decretei alguns minutos depois de observá-los em silêncio. – Foi da enxerida da Bennet.

— Esta me dizendo que você colocou fogo no cabelo da garota por culpa dela mesma? – perguntou Tia Euphemia indignada.

— Ela beijou meu namorado! – tá legal que ele não era o melhor namorado do mundo e que eu tinha minhas dúvidas quanto a ele, mas poxa! Ele ainda era o meu namorado. Tinha que ter um pouco mais de respeito.

— Isso não é motivo para você ter feito o que fez. – retrucou Tio Fleamont.

— Ela bem que mereceu. – disse a ele. – E não foi só por ela ter beijado o meu namorado essa foi apenas a gota d’agua, mas também por sempre estar me enchendo o saco.

— Samantha, você ia ser expulsa! – disse minha tia exasperada. – Não acha que foi longe demais dessa vez?

— Não tia. – respondi calmamente. Helena já havia me perguntado isso nas cartas que trocávamos diversas vezes e eu sempre respondia a mesma coisa. – Ela vivia pegando no meu pé desde o primeiro dia de aula, só porque eu era diferente deles. A senhora me pediu uma vez para ter paciência e não arrumar confusão com ela. Eu tentei. Juro por Merlin que tentei tia. Mas ela não cooperou. - virei-me para James que estava sentado no sofá junto de seus amigos, somente observando a minha situação – Lembra-se da caixa que você me deu no ultimo natal? - perguntei a ele. Soltando uma gargalhada que não combinava em nada com o clima na sala ele assentiu – Eu sabia que se tratando de você não seria algo bom, então para garantir que eu não esquecesse e acabasse abrindo a caixa, eu coloquei escrito Atenção: Risco de Explosão em cima dela. Só pra garantir. E sabe o que a Bennet fez? Mesmo com o aviso ela foi lá e abriu. Uma coisa que não era nem dela. E não foi a primeira vez que ela fez isso, mas garanto que foi a ultima. E sabe por quê? Porque quando ela abriu a caixa ela realmente explodiu. Uma chuva de bomba de bosta voou em cima da Bennet, deixando-a suja da cabeça aos pés. Ela disse para todos que foi uma brincadeira minha de mau gosto, e foi por isso que ela beijou meu namorado. Como vingança, sabe? Ai então que eu pus fogo no cabelo dela.

Depois que terminei de contar o que aconteceu respirei fundo e olhei para minha tia esperando que ela dissesse algo, mas foi meu tio que tomou a palavra.

— Dumbledore havia nos dito que você ira para Hogwarts esse ano, mas até lá você estará de castigo. – disse ele severamente - Estamos entendidos? – assenti relutante, sabia que não deveria contrariar suas ordens. Então para minha surpresa ele sorriu docemente enquanto me envolvia em um abraço – Seja bem vinda de volta, minha sobrinha.

— Obrigada tio – respondi com um pequeno sorriso. Virei-me para minha tia e depois de um longo suspiro, ela me acolheu em seus braços. – Me desculpe tia.

— Tudo bem querida. Já passou mesmo. Só gostaria que todos vocês parassem de se meter em encrencas. – disse ela olhando para mim e os meninos. – Mas acho que é impossível que façam isso.

— Bota impossível nisso Tia Euph. – disse o garoto de cabelo longo, que eu acho que seja o Sirius Black, se pronunciando pela primeira vez com um sorrisinho sacana no rosto.

— Venha Sam. – chamou-me Tio Fleamont enquanto pegava minha mala – Vou te ajudar com as malas.

Foi mais fácil do que achei que seria, pensei. Segurei minha mochila no ombro e segui meu tio escada acima.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Algum erro? Me avisem se tiver.
Bjs



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