Billdip - De novo, Bill. escrita por LeaDoll


Capítulo 8
Relação Romântica Adolescente Humana


Notas iniciais do capítulo

então... se estão se perguntando porque essa demora, é que alguém aqui derrubou o celular e quebrou a tela. é a segunda vez que isso acontece dkfjhdfk
eu devia ter recebido o celular antes do dia 10, mas os técnicos não tinham a peça e ENFIM eu estou de volta e isso que importa.
admirem essa fanart linda que eu recebi da Awkward Owl Pines, no nyah, da cena em que o Bill encontra a estátua dele. acho que ela tem conta aqui também?? enfim, eu fiquei super feliz ;u;
amo muito vocês e se mais alguém quiser enviar fanart eu aceito viu uashuahs
muito obrigada moça ❤



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Se explicar para Mabel não foi fácil. Ela ficou uma hora falando sobre como estava preocupada com Dipper, como ele deveria ao menos ter levado o celular e que o fato de ele ter saído sozinho para procurar Bill e acabar se machucando o tornava extremamente irresponsável. E é claro que Dipper não contou para ela sobre aquele beijo. Não queria esconder nada de sua irmã, mas aquela definitivamente não era a hora certa para contar aquilo à ela.
"Acho que eu já deveria te contar que eu me preocupo você, Pinheirinho, mais do que qualquer humano ou demônio", Dipper se lembrava das palavras do loiro, "Existe um motivo para eu ter procurado a sua ajuda ao invés de a de qualquer outro humano."
Eu sou realmente especial pra ele? Por quanto tempo sentiu isso..? se perguntava. Dipper queria pensar que Bill era um inimigo, lembrar do que ele fez no passado, lembrar de que não deveria confiar nele, mas era impossível. Agora, toda vez que pensava em Bill Cipher a única imagem que vinha a sua cabeça era a do adolescente loiro sendo adorável. Wow, Dipper, isso que é paixão.
Decidiu tomar um banho antes de tudo, depois de ficar um tempão deitado na grama suas roupas estavam todas sujas. Foram cinco minutos no chuveiro que pareciam uma eternidade, e assim que saiu do banheiro se lembrou do quão faminto estava.
— Dipper? — Mabel entrou no quarto, Bill tinha ido tomar banho e Dipper já havia posto o pijama, afinal, estava anoitecendo e ele não ia sair mesmo.
Entãão, eu falei com a Grenda e a Candy e bem, nós estávamos planejando uma festa do pijama... Hoje.
— Ah não, você não vai trazer elas aqui, né? — respondeu o outro, claramente infeliz com a decisão de Mabel.
— Não, não! Vai ser na casa da Candy. Só queria saber se você vai ficar bem sozinho com o Bill.
—Ah... — Você nem imagina, pensou — Tá bom, se for só por essa noite.
— Aww, Dip, obrigada! — o abraçou e avisou que já tinha feito o jantar e deixado tudo na mesa, como uma forma de agradecimento.
Por mais estranho que pareça, Bill não disse nada durante a refeição e Dipper, estranhando, se virou apenas para ver o outro dormindo na mesa, com o prato vazio de lado.
— Bill? — perguntou baixo, querendo saber se o loiro estava acordado, e ele só respondeu com um grunhido — Larga de ser preguiçoso.
— Não fui eu que dormi a tarde toda. — retrucou Bill, e o moreno queria dizer que só "dormiu" a tarde toda por culpa dele, mas segurou o comentário e suspirou.
— Vem, vamos pro quarto. — puxou o loiro pela mão e Bill o encarou confuso — O que foi?
— Mas... aonde eu vou dormir? Você disse que não queria que eu dormisse com você.
— ...Acho que eu não me importo de ficar na mesma cama que você por mais uma noite. — disse Dipper, compartilhando um sorriso com o outro.
Os dois passaram a noite conversando, e pela primeira vez Dipper permitiu com que Bill o abraçasse, os dois aquecendo um ao outro debaixo dos cobertores.
— Pinheirinho? — murmurou o loiro, sua respiração quente contra o pescoço do outro garoto — Você me considera um amigo?
Amigo.
Será que ele poderia considerar quem tentou matar sua família como um amigo?
Não, eles não eram amigos.
— Não. — Dipper olhou sério para Bill, e depois abriu um sorriso — Se eu te beijei é porque não quero ser  seu amigo, cara.
— Mas isso significa que nós temos, um, uma relação romântica adolescente humana? — Bill o olhou confuso, e o moreno não conseguiu segurar a risada.
— É, isso mesmo, uma relação romântica adolescente humana chamada namoro.
— Eu achava que só humanos que se amavam namoravam. Você me ama? Mesmo eu sendo quem eu sou?
E Dipper ficou em silêncio por alguns segundos, Bill o fitando genuinamente preocupado, se é que ele sequer entendia o conceito de amor, se é que ele já amou alguém.
Se é que ele já foi amado.
— Sim, Cipher, eu te amo. Independente de quem você já foi, passado é passado, e até mesmo um demônio irritante como você merece um pouco de amor.
— Nossa, que rude. — Bill fez uma careta, mas acabou rindo também — Eu também te amo, Pinheirinho. Esse sentimento estranho que só sinto com você, acho que agora que eu "sou" humano, finalmente pude perceber o que era...
Dipper não aguentou e abraçou o outro mais forte, era incrível ver esse lado fofo de Bill. Bill suspirou, mas acabou o abraçando também, escondendo seu rosto no pescoço do moreno.
— Ei, Pinheirinho?
— Ainda me chama assim?
— Cala a boca, me deixa falar que é importante. Nesses últimos anos, você se esqueceu de mim?
A pergunta silenciou quaisquer pensamentos de Dipper. Não, ele não se esqueceu, era impossível se esquecer daquele trauma. Mas não ia dizer isso para a criatura adorável em seus braços.
— Claro que não, não tem como esquecer meu dorito favorito!
— Aw, que fofo da sua parte, Pinheirinho! Fofo como sempre, aliás! — disse Bill, o olhando com aquele sorriso irritante usual. Estranhamente, Dipper estava se acostumando com aquele sorriso e com o apelido, "Pinheirinho". Se perguntava o porquê de algumas poucas vezes nesses últimos dias Bill não o chamar pelo apelido, principalmente quando ele estava irritado. Quando o Dipper não disse nada, o loiro resolveu falar novamente.
— Seus tio-avôs vão voltar logo..? — perguntou em uma voz baixa.
— Não sei. Por que a pergunta?
— Se eles voltarem, não vai contar pra eles sobre mim, né? — Bill murmurou, e olhou para Dipper esperando a resposta — Você disse que ia me ajudar, se gosta mesmo de mim não vai contar pra eles.
— É... Não vou contar. — confirmou firmemente, sabendo que era arriscado dizer aquilo. Mas o quê as crianças de hoje em dia não fazem por uma paixão, não é mesmo?
— Promete?
— Prometo.
Bill sorriu, voltando a esconder o rosto no pescoço do outro e o abraçando firmemente, esquecendo de tudo naquele momento. Esquecendo de toda a vingança que tinha planejado, esquecendo de que era um demônio, esquecendo de todo orgulho e de tudo que já viu como um ser imortal de pura energia. Naquele momento tudo que o importava era Dipper Pines.
E assim, sem mais nenhuma palavra, os dois caíram no sono.
...
Seus passos faziam um barulho alto na terra molhada da floresta, perdido e ainda confuso. O temporal continuava o mesmo, e estava congelando de ficar naquela chuva, com as roupas encharcadas. Felizmente, podia ver a Cabana do Mistério de não muito longe, mas enquanto se aproximava acabou tropeçando em uma poça.
Ao olhar para baixo, o reflexo que viu na água não era seu.
Era de Bill.


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