~ Peter pov ~

Hoje fazem 2 meses desde que virei o Wade e 1 mês desde que tivemos notícias do Mess Up ou seja metade do tempo que estou no corpo dele isso é muito desencorajador.

(Acho que já deu de reclamação né)

[Não seja mau]

(Só estou falando que é um saco o Pete ficar reclamando, sendo que ele não faz porra nenhuma]

(É verdade Pete, você devia levantar essa sua bunda grande e gorda e fazer alguma coisa)

— Pela primeira vez desde que nos conhecemos vocês disseram algo realmente útil - Pego meu celular e disco o número do Wade, no terceiro toque ele atende

— Petey?

— Estava conversando com uns amigos e acho que vou começar a patrulhar a cidade atrás do Mess Up

— Com amigos você quer dizer as vozes

— Não interessa

— Que triste Baby Boy

— Você vêm ou não?

— Onde nos encontramos

— Acho que o prédio que fomos transformado é um bom lugar para começar

— Okay

...

— Já está tarde vamos embora amanhã procuramos mais

— Vamos descansar um pouco e continuar por favoooor – junto as palmas da mão como estivesse rezando ele revira os olhos e assente

— Okay

Sentamos no terraço de um prédio e encaramos as luzes da cidade

— Acho que temos que conversar sobre ... nós sabe? esses beijos e tudo - ele coça a nuca de um forma que é visível seu desconforto com a situação

— Nós? Não existe um nós

— Então, está me dizendo que não sentiu nada durante os beijos? Que não sentiu a minha falta no tempo que ficamos separados? - ele estava se controlando para não gritar comigo

— Wade, você sabe que eu sou - antes de terminar a frase ele me corta

— Não diga hétero, depois de tudo o que passamos você não teria a coragem de me dizer uma besteira dessa - ele aponta o dedo na minha cara com a raiva explicita no olhar

— Wade ... - caminho até ele que por sua vez se afasta e vai em direção a porta

— Não me venha com "Wade" com essa cara de cachorro que caiu da mudança - seu rosto suaviza por um segundo logo sendo substituída por um sorriso maldoso - Para um super herói você é um covarde, me chame quando você tiver coragem de aceitar a verdade - e sai pisando firme

(Eu sabia que isso não ia dar certo mas que pensei que o Wade ia dizer algo estupido contudo quem fez merda foi você)

[Parabéns Pete, quando o Wade faz algo certo você estraga tudo]

— Não foi isso, vocês sabem por que não posso

(Na verdade não sei, porque você não pode demonstrar os sentimentos que tem por um cara que sente o mesmo?)

— Porque eu gosto de meninas

[E...]

— E que ele é um mercenário é desumano o que ele faz por dinheiro e é perigoso para mim ficar perto dele e para ele também

(Cala a boca Peter cada segundo que passa você só fala mais merda)

[A gente devia intervir]

(Concordo)

— Eu não

[Problema seu]

Peguei o celular e disquei o número do Wade depois tudo escureceu e quando abri os olhos de novo estava na cama, aproposito como vim parar aqui?

Gemo esfregando as mãos nos olhos então ouço mais um gemido

— Minha bunda - Eu arregalo os olhos e olho para o lado e para minha surpresa É O WADE

— AI MEUS DEUSES NÓS...

— Sim e você foi incrível - Levo as mãos a testa então olho para mim e estou vestido

— Se fizemos como posso estar vestido?

Ele começa a gargalhar - Não fizemos nada

— Mas a sua bunda...- um raio de sanidade passa por mim - Que raios você está fazendo na minha cama?

— Tecnicamente a cama é minha - ele sorri - Você não se lembra de nada de ontem?

— Não, o que houve?

~ Wade pov ~

Ele é um babaca não acredito que foi tão cretino comigo depois de tudo que passamos juntos eu DUVIDO que ele não sentiu nada DUVIDO. Vocês não concordam que ele só está com medo de sair do armário? Como se fosse tão ruim gosta de mim fala sério eu sou gostoso, inteligente e engraçado. Não vejo motivo para ele não me querer.

Sinto meu celular vibrar e o rosto do Peter aparece com uma careta engraçada (a foto foi tirada uns meses atrás então é o rosto do Peter que agora está comigo)

— É bom você ter me ligado para dizer desculpas por ser um babaca

— Será que você pode voltar aqui no prédio por favor – a voz dele era firme não parecia a do meu Baby Boy

— Estou ai em dois minutos – Cheguei no prédio e ele estava exatamente do jeito de quando eu sai como se nunca tivesse se mexido, assim que percebe a minha presença ele se levanta e vem em minha direção de uma forma apressada e intimidadora e então quando está a cerca de um passo de mim ele para e me olha com o olhar mais sério que já vi

— Me desculpe

— Você está brincando comigo né?

— Cale a boca que não terminei – seu olhos continuam fixos nos meus – Me desculpe por tudo nesses últimos meses eu fui um completo babaca, te tratei mal, falei mal da sua aparência e fui o pior amigo que pude – ele respira fundo e continua – E respondendo sua pergunta... sim eu não senti a sua falta eu estava com muita raiva de você para pensar em saudades mas quando você me ligou e disse que sentia minha falta toda a minha raiva se foi e todo o ódio. Você derreteu meu coração como um marshmallow na fogueira e eu percebi o quanto te queria do meu lado o quando você fazia falta o quanto ... te amo – ele tinha um olhar singelo e inocente que combinava perfeitamente com aquele rosto angelical MEU DEUS EU QUERIA ENGOLIR AQUELA CARINHA NÃO DÁ PARA FICAR BRAVO COM ISSO

— Eu te perdoou – ele vem em minha direção e me abraça

— Eu te amo Sugar Dead – que meigo um apelido... perai PETEY NÃO TEM CRIATIVIDADE PARA ISSO MAS QUEM... as vozes

— Agora me beije

— Acho melhor não

— Porque? To com bafo? Não me quer?

— Vocês são patéticas

— Como sabia?

— Estamos juntos a séculos

— Foi o Sugar Dead né, eu disse que era muito na cara mas ninguém me ouve

— Deixem o Petey voltar ao comando

— Não sem antes um beijinho

— Não

— Não é? – ele olha para mim e então sai andando e para na ponta do prédio – Se não me der um beijinho me jogo

— Duvido – Ele dá um passo para frente e antes de pular eu corro e o agarro mas isso não impede a queda, felizmente caímos em um latão cheio de lixo mas infelizmente eu cai primeiro e Petey caiu em cima de mim ou seja fudi toda a minha bunda e costas. Levantei e ele estava desmaiado então ainda carreguei o infeliz até o apartamento.

...

Peter acordou faz uns 30 minutos e depois de contar tudo o que aconteceu ele ficou meio nervoso e sem graça mas eu disse que tudo bem e agora está se preparando para sair e patrulhar novamente.

...

— Wade, me desculpe – ele não olhou no meu rosto

— Oras por que?

— Porque elas te deram falsas esperanças – Seguro ele pelo dois braço e ele olha preocupado para mim

— Você sabe como as vozes funcionam? – Ele balança a cabeça na negativa – Elas não fazem o que querem elas fazem o que VOCÊ tem vontade de fazer mas não tem coragem - os olhos do pequeno se arregalaram e eu coloquei a mão no seu ombro – Então você tem que me pedir desculpas por falar a verdade, você tem que SE pedir desculpas por se reprimir tanto

— Mas que gracinha – A voz atravessou meu ouvidos e um calafrio passou pela minha espinha

— Como diz aquele velho ditado "Quem é vivo sempre aparece"

— Sentiram saudades? – o desdém na sua fala me irritava de uma forma que tive que me segurar para não pular em cima dele e quebrar aquela fuça

— Sim, saudades dessa sua cara feia estou com vontade de ter uns pesadelos

— Não seja agressivo pequeno Parker – eu dou um passo para frente mas Pete me segura

— Como sabe meu nome?

— Eu sei tudo sobre tudo

— Não perguntei O QUE você sabe perguntei COMO

— Quer saber então porque não vem comigo– um flash de luz surgiu e me deixou cego por alguns segundos, quando a visão voltou ao normal pude ver Mess Up segurando o Petey que estava desmaiado. Corri em direção a eles mas então o brilho verde que me cegou dias atrás quando ele fugiu apareceu de novo mas dessa vez ele não foi só, aquele infeliz levou consigo meu Baby Boy.