Quando Foi mesmo que Me Apaixonei? escrita por valentinaLB


Capítulo 5
Capítulo 5 - O Beijo


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou postando rápido porque já tinha estes capítulos prontos.
Como supunha, acho que não estão gostando, pois até agora não me enviaram um comentário sequer. Assim vou ficar "de mal..."
Bjs.



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CAPÍTULO 5 – O Beijo

(POV NESSIE) 

Por que eu não me sentia à vontade diante de Jake? Ele era meu melhor amigo, aquele pra quem eu contava tudo... Aquele para o qual eu corria sempre que estava triste... Aquele que eu procurava quando estava alegre... Meu fiel companheiro.

Agora só de nossos olhos se cruzarem eu já ficava corada. E o pior é que eles estavam se cruzando o tempo todo.

Precisava sair da sala antes que meu pai tivesse um ataque do coração devido aos pensamentos que eu não conseguia controlar. E que pensamentos...

- Vou lá fora tomar um ar, estou me sentindo um pouco sufocada – falei.

- Eu vou com você, Nessie – Jake falou, se levantando também.

Meu pai deu uma encarada nele que mais parecia uma ameaça.

Alguma coisa muito estranha estava alterando o comportamento das pessoas naquela sala. Só podia ser a lua.

Falando em lua, ela estava deslumbrante naquela noite, deixando o jardim todo prateado.

Pus a mão na testa enquanto encaminhávamos para nos sentarnos no banco debaixo da árvore. Eu devia estar com febre... O que era aquela sensação no meu estômago?

- Jake, me dá um abraço? – Pedi, antes de nos sentarmos. Eu queria o meu amigo de volta, queria reencontrá-lo naquele abraço.

Ele, diferente das outras vezes, colocou suas duas mãos ao redor da minha cintura e puxou meu corpo para junto do seu, deixando nossos rostos com uma proximidade perturbadora. Suas mãos abraçaram minhas costas. Definitivamente não era meu antigo amigo que estava ali.

Apesar do calor do seu corpo, eu tremia com aquele contato.

Coloquei minhas mãos ao redor de sua cintura também o puxei para junto de mim.

Ficamos um tempo naquele abraço diferente, que me causava as sensações mais estranhas e prazerosas que eu já tinha sentido na minha vida.

Afundei meu rosto na curva de seu pescoço e aspirei seu perfume inebriante. Senti o corpo de Jake se enrijecer e então notei que ele estava excitado... É, eu já sabia sobre esse detalhezinho dos meninos.

Fiquei tão envergonhada e assustada que esquivei meu corpo rapidamente, evitando encostar-me nele novamente.

Ele percebeu o que estava acontecendo e se sentou rapidamente.  

- Desculpe-me, Nessie. – Falou sem olhar pra mim, extremamente sem graça. – É melhor eu ir embora. Devo estar ficando louco. Por favor, não fique chateado comigo. Isso nunca mais vai acontecer.

- Jake, não é só você que está se sentindo estranho. Eu também não sei o que está acontecendo comigo. – Desabafei, quase chorando.

Jake me puxou e me fez sentar ao seu lado. Afastou meus cabelos do meu rosto com as pontas dos dedos e sorriu.

- Não se preocupe, minha Nessie, nós só estamos confusos devido a saudade que estávamos um do outro. Amanhã você vai ver, estará tudo como antes. Eu prometo.

Comecei a chorar e me debrucei sobre seu peito, soluçando sem parar.

Ele não falou nada, apenas afagava meus cabelos, me apertando contra seu corpo.

Então eu fiz uma coisa que nem eu acreditei que fosse capaz. Levantei rapidamente meu rosto e colei meus lábios nos seus.

Ficamos absolutamente imóveis por alguns segundos. Parecia que meu coração ia saltar pela boca.

Jake me afastou gentilmente, apenas alguns centímetros de seu rosto e me fitou intensamente. E o que aconteceu daí em diante eu não tenho palavras para descrever.

Só me lembro da boca de Jake colada na minha, num beijo doce e apaixonado. Quando sua língua invadiu minha boca, pensei que perderia os sentidos. Eu estava  beijando Jake, ou melhor, nós estávamos nos beijando. Seus lábios eram úmidos, quentes e sedosos. Suas mãos afagavam meus cabelos, me puxando para junto dele. Eu estava vivendo um sonho...

- RENESMEE!!!!  O QUE É ISSO?? – Ouvi o grito colérico do meu pai.

- Hã... – Afastei-me de Jake imediatamente, atordoada.

- Calma, Edward, – Jake começou a falar - a Nessie não tem culpa de nada. Eu que a beijei.

- Pai, pelo amor de Deus, fique calmo!! – Eu não sabia o que dizer nem como explicar como aquilo tinha acontecido.

Toda a minha família estava ali, diante dos meus olhos, me olhando como se eu estivesse cometido um crime. Eu queria morrer, se isso fosse possível.

- JACOB, SAIA DAQUI ANTES QUE EU FAÇA UMA BESTEIRA! – Meu pai estava irreconhecível.

- Tudo bem, Edward, eu vou embora, mas só se me prometer que não vai fazer nada com Renesmee. Se alguém aqui fez algo errado, esse alguém fui eu. Então vamos resolver entre nós. – Jake agora estava sério e assumira uma postura mais ameaçadora.

- EU NÃO TENHO QUE TE PROMETER NADA, A FILHA É MINHA! ESSA MENINA QUE VOCÊ ESTAVA AGARRANDO É “MINHA” FILHA!!!!

- Nós não estávamos nos agarrando, Edward. – Jake mantinha uma voz calma, porém firme. – Eu apenas a beijei. Você sabe que eu jamais me aproveitaria de Nessie, por mais que a desejasse.

Vovô resolveu intrometer.

- Edward, por favor, se acalme. Nós sabíamos que uma hora isso ia acabar acontecendo, então vamos tentar ser racionais.

- Bella, leve Renesmee para dentro – pediu Carlisle.

- Vamos querida, vamos pra casa. – Minha mãe segurou em meus ombros e nos encaminhamos para dentro. Eu chorava de soluçar. Eles tinham estragado o melhor momento da minha vida.

Olhei para Jake e vi a dor em seus olhos. Nossos olhos disseram mais que mil palavras... Eu o amava e ele me amava também. E ninguém ali poderia fazer nada que mudasse isso.

- Pai, se você matar ou machucar Jacob eu nunca o perdoarei. – Apesar dos soluços, eu precisava fazer algo para defendê-lo.

- Não se preocupe, Nessie, não vamos deixar Edward fazer nenhuma besteira. – Tio Jasper falou, fazendo-me sentir um pouco melhor.

Subi direto para o meu quarto e me atirei na cama. Só conseguia chorar. Minha cabeça rodava enquanto tentava entender o que tinha acontecido naquela noite. Eu havia beijado meu amigo na boca, e pior, tinha gostado muito.

Minha mãe e minhas tias estavam no quarto comigo. Tia Alice parecia conter um sorriso. Cheguei a acreditar que ela estava feliz pelo beijo. Tia Rosalie  me olhava indignada, sentindo asco por eu ter beijado a boca do “cachorro”, como ela costumava se referir a Jacob, e mamãe... bem, dessa eu não consegui decifrar os sentimentos. Seu rosto parecia uma máscara sem expressão nenhuma. Ela era uma garota de dezoito anos que acabava de ver sua filha aos beijos com um rapaz. Mesmo para nós vampiros, que vivíamos uma realidade diferente dos humanos, essa situação era surreal. Meus pais tinham quase a minha idade!! Era difícil para ela... Para eles...


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