Quando Foi mesmo que Me Apaixonei? escrita por valentinaLB


Capítulo 27
Capítulo 22 - ESPERA AGONIZANTE


Notas iniciais do capítulo

POIS É, MENINAS, A FIC JÁ ESTÁ CHEGANDO NO FIM. FALTAM POUCOS CAPÍTULOS. BEIJÃO PRA VCS.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68908/chapter/27

CAPÍTULO 22 – ESPERA AGONIANTE

(POV NESSIE)

Achei que Jake ia desmaiar quando me viu fazer cara de dor no momento em que meu avô cravou suas presas em meu pulso. Assim que se afastou, o sangue gotejava dos furos que ali estavam. Carlisle pegou um tubo de vidro e colocou num dos cortes, deixando o líquido vermelho enchê-lo.

Só havia duas coisas que cortavam pele de vampiros: Dentes de vampiros e de lobisomens. Pela cara de Jake, ele jamais teria coragem de fazer o que meu avô fez. Pra falar a verdade, do jeito que tremia, ele não teria forças nem pra morder um pudim.

- E aí, vô, meu sangue é gostoso? – Perguntei brincando.

- Melhor que de alces, querida... Muito melhor –  falou rindo.

- Pronto, Nessie, dentro de alguns minutos saberemos se há presença do hormônio BHCG em seu sangue. Eu mesmo vou realizar o exame. Esta amostra seria a descoberta do ano no meio médico. Não queremos sua foto numa revista científica, não é mesmo? – Brincou.

Meu avô deixou o consultório e olhei para Jake. Ele estava mais branco que meu pai. Na verdade estávamos os dois apavorados com a possibilidade de uma gravidez. Um filho era tudo o que queríamos, mas não agora.

Todos já sabiam da decisão de meu pai de só casarmos se eu estivesse esperando bebê. Agora só faltava descobrir se eu estava ou não...

Jake pegou minha mão e a apertou forte. Ele vinha se sentindo muito culpado por estarmos passando por isso. Sentia-se irresponsável por não ter usado preservativo.

- Jake, se estivermos esperando um filho eu vou ficar muito feliz também – falei, tentando deixá-lo mais calmo.

- Eu também quero muito ter filhos com você, Nessie, mas uma gravidez agora te privaria de aproveitar a vida. Você foi quase uma prisioneira durante esses quase sete anos e agora que poderia começar a conviver socialmente com outras pessoas, eu dou uma derrapada dessa. Eu não me perdôo por isso, foi muita irresponsabilidade.

- Não fale assim, Jake. Você não fez nada sozinho. Que eu me lembre, eu participei ativamente – falei, rindo maliciosamente. - Também não me preocupei com isso. Se algo acontecer, será porque nós dois deixamos que acontecesse.

- Edward vai me jogar isso na cara pelo resto da vida – falou, de cabeça baixa.

- Isso é entre a gente. Se eu não estou te culpando, não tem que se preocupar com o que os outros pensam.

- “Eu” me culpo, Nessie... Eu...

Deitei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos. Eu estava angustiada. Tentava não transparecer, para não deixar Jake mais culpado ainda, mas por dentro só eu sei o que estava sentindo. As palavras do meu pai ainda ressoavam em minha cabeça.

Nessie, queria muito que você tivesse novas experiências de vida quando concluísse seu desenvolvimento. Espero que freqüente uma universidade, que viaje, que tenha amigos, enfim, que faça tudo que uma garota de sua idade faria. Esse é meu sonho. É o que desejo para seu futuro... Mas se tiver engravidado, não terá tempo para isso e talvez tenha de se isolar novamente, por causa do desenvolvimento acelerado do seu filho, sem falar que poderá ter uma gestação dolorosa como a da sua mãe, afinal é meia humana também. Era isso que tentei evitar, mas acho que não fui muito eficaz.”

E se eu estivesse gerando um bebê mais forte do que eu fui? E se tivessem de me transformar em uma vampira completa para salvarem minha vida? Será que Jake continuaria gostando de mim, do meu cheiro, da minha pele fria? E se meu bebê crescesse no mesmo ritmo que eu? Em alguns anos eu teria um filho da minha idade, igual meus pais!! Cada pensamento que eu tinha me deixava mais desesperada. Pior é que não podia dividir meus medos com Jake, pois isso o faria se sentir pior ainda.

Quando Carlisle entrou pela porta, pensei que meu coração saltaria pela boca.

Jake apertou a minha mão tão forte que achei que a quebraria.

Meu avô nos olhou sério.

- Não consegui fazer o exame, Nessie. Seu sangue não aceita os reagentes. Teremos de esperar algumas semanas para ver se sua menstruação desce. O ultra-som seria uma possibilidade, mas nossa pele atrapalha sua realização. O jeito é esperar para ver se aparecem os sintomas: enjôos, tontura, aumento do apetite, cólicas, seios doloridos e aumentados...

Não acreditava que aquela agonia iria se estender por mais alguns dias. Tinham se passado dez dias desde que transamos.

- Vô, quantos dias mais teremos de esperar? – Perguntei, meio desanimada.

- Bem, Nessie – Carlisle agora falava como um médico – segundo me contou, você ficou menstruada no dia cinco do mês passado. Estamos no dia vinte e sete. Então só daqui a mais ou menos nove dias é que saberemos se iniciará outro ciclo. Se não menstruar... – ele me olhou com aquela expressão “você se fu...”.

- Tente não pensar muito nisso ou vai acabar somatizando sintomas, o que chamamos de “gravidez psicológica”. Relaxem e se divirtam. Não há nada que vocês possam fazer a não ser esperar. – Era incrível como Carlisle era calmo e ponderado.

Ele fez um curativo em meu braço que já estava praticamente cicatrizado por causa de sua saliva e despedimo-nos para irmos embora.

- Meninos, - meu avô chamou – levem isso, por enquanto.

Ele entregou uma caixinha cheia de camisinhas para Jake, que ficou mais vermelho do que o lobo no qual transformava. Eu não tinha onde por minha cara.

- Obri... obri... obrigado. – Nunca tinha visto Jake tão envergonhado. Deu até vontade de rir. Isso se eu não tivesse mais preocupada em achar um buraco para entrar dentro.

Saímos rapidamente dali.

Entramos na caminhonete e ficamos em silêncio por alguns segundos.

- E agora? – Perguntei enfim.

Jake me puxou para mais perto e afagou meus cabelos.

- Como Carlisle disse, só nos resta esperar, Nessie. Não fique preocupada, vai dar tudo certo. Eu estarei sempre do seu lado e o que quer que tenha acontecido, enfrentaremos juntos. – Era impossível não me acalmar com a voz doce de Jake.

Ele colocou a mão na minha nuca e me beijou apaixonadamente, de um jeito que me fazia esquecer qualquer pensamento ruim.

Desde que chegamos de La Push, a pouco mais de uma semana, não tínhamos tido muito tempo nem clima para namorarmos. Aquele era o primeiro beijo, beijo mesmo, que estávamos dando, e foi mais do que suficiente para despertar em mim o desejo e as lembranças da nossa primeira vez.

Jake começou a beijar meu pescoço e a me abraçar cada vez mais forte.

- Ei, estamos no estacionamento do hospital, lembra? Quer que todos nos vejam de amasso no carro? – perguntei quase sem fôlego.

- Você me faz perder a razão, menina. – Jake se afastou de mim, suspirando profundamente.

- Quer ir lá pra cabana? – Ele tinha um sorriso maroto nos lábios que deixava bem claro suas intenções.

- Tudo bem, vamos – respondi, sentindo o rubor em meu rosto.

Jake riu da minha timidez e deu partida no carro.

Durante o caminho fui pensando o quanto minha vida tinha mudado nos últimos meses. Eu tinha deixado de ser criança e me tornado uma mulher tão rapidamente, que nem percebi. Podia até estar preste a me tornar mãe. Deus do céu!!!

- Nessie, vou tomar um banho. Nunca suei tanto na minha vida como enquanto esperávamos Carlisle trazer o resultado do exame. – Tínhamos acabado de chegar na casa de Jake.

Antes de entrar no banheiro, abriu a gaveta do criado mudo que ficava ao lado da cama e colocou a caixa de camisinhas, depois me deu um sorriso todo malicioso.

- Quer esfregar minhas costas?

Confesso que fiquei sem ar. Tudo bem que já tínhamos feito amor e nos vistos nus, mas tomar banho juntos me pareceu bastante constrangedor, embora a idéia fosse tentadora.

Fiquei olhando pra cara de Jake sem saber o que falar.

- Calma, Nessie – falou rindo – é só um banho... ou não... – terminou, gargalhando.

- Ele me puxou pelo braço sem nem esperar eu responder e foi me levando para o banheiro.

Ele se despiu tão naturalmente que parecia que éramos casados há muitos anos.

Fiquei admirando seu corpo perfeito, que lembrava uma estátua grega. Jake tinha uma beleza que me tirava o fôlego

Meus olhos percorrerem cada centímetro daqueles músculos, me fazendo respirar fundo.

- Desse jeito vai me deixar encabulado, Nessie.  

- Hã... – Nem tinha percebido que estava sendo tão explícita. Devo ter ficado muito vermelha, pois senti minhas bochechas queimarem.

Jake se aproximou de mim, fazendo-me tremer apenas com a proximidade daquele corpo nu no meu.

- Você não vai entrar no chuveiro de roupa, vai? – Sussurrou em meu ouvido.

- Nã... não, cla... claro que não. – Eu estava um pouco nervosa com aquela situação.

Tirei a minha roupa sem olhar para Jake, mas podia sentir seus olhos em meu corpo.

Por fim tirei minha calcinha, a última peça que faltava.

- Você é tão perfeita que eu poderia ficar olhando você se despir por horas seguidas e não me cansaria – falou, abraçando minha cintura. O toque de sua pele na minha me fez ficar em brasa. Jake me beijou, deslizando suas mãos por meu corpo, fazendo minhas pernas perderem as forças.

Ele me ergueu, sentando-me na bancada da pia.

- Acho bom você se sentar, ou vai acabar caindo com essas pernas trêmulas – falou em meu ouvido.

Afastou minhas pernas e se colocou entre elas, forçando nossos quadris a se unirem. Percebi que ele abriu a gaveta do armário e pegou uma camisinha.

- Você usa preservativo para tomar banho? – Perguntei, brincando que não estava entendendo onde íamos chegar.

- E quem disse que vamos tomar banho agora, menina?

Jake colocou a camisinha e em pouco tempo estávamos nos amando, ali naquela bancada, numa posição constrangedora mais extremamente excitante. Jake sabia como enlouquecer uma mulher... como sabia...

O banho também foi perfeito. Foi a primeira vez que tive coragem de tocar mais ousadamente o corpo de Jake. Apesar da surpresa diante da minha desinibição, ele deixou claro que eu estava lhe proporcionando muito prazer...

- Ow! Ow!... Quem é você? O que você fez com minha namorada tímida? – Perguntou rindo, enquanto fechava os olhos numa expressão de quem estava gostando muito daquilo.

- Se quiser eu paro...

- NÃO!! Não faça isso... con... continua...

Continuei e não demorou muito para que outro pacotinho de preservativo fosse aberto.

Estávamos deitados na cama, nus, exaustos e mais que felizes. Passei a mão na minha barriga me lembrando que ali dentro poderia ter uma sementinha nossa, crescendo.

- Jake, acha que minha barriga está grande?

- Nessie, seu corpo não tem o menor sinal de gravidez. Sua barriga está lisinha, sua cintura fininha e seus seios estão do mesmo tamanho de antes, e pelo visto não estão doloridos, pois você não reclamou em nenhuma das diversas vezes que eu os toquei – falou, enquanto afagava meus cabelos.

- É, você tem razão - concordei.

- Não se preocupe, meu amor, não estamos grávidos. – Jake sempre me passava tanta confiança que bastava uma palavra sua e eu já me acalmava.

A nossa conversa me deixou mais aliviada. Realmente meu corpo não demonstrava nenhum sinal de mudança.

Jake me deixou em casa e foi trabalhar. Tinha muito serviço esperando por ele.

Evitei o máximo pensar no que fizemos na cabana. Se meu pai viu alguma coisa em minha cabeça, preferiu não fazer comentários. Ele estava se esforçando.

Oito dias depois, acordei menstruada. Foi o melhor dia da minha vida. Liguei para Jake contando a novidade. Ele ficou super feliz.

Quando desci, percebi que todos da família já sabiam... Que falta de privacidade... Malditos ouvidos!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando Foi mesmo que Me Apaixonei?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.